sábado, dezembro 30, 2006

RETROSPECTIVA TOSCA DE 2006

Melhores Músicas

:: “Steady as She Goes”, Raconteurs
:: “Woman”, Wolfmother
:: “Break the Night with Colour”, Richard Ashcroft
:: “You Only Live Once”, Strokes
:: “Malevolosidade”, Superguidis

Melhores Filmes (lançados em DVD em 2006)

:: Superman O Retorno
:: Match Point
:: Crash
:: King Kong
:: A Intérprete

Destaques nas HQs

:: O relançamento de V de Vingança
:: Mais 3 volumes de Sandman e Morte
:: A fase final do Bendis no título do Demolidor
:: Os Supremos
:: DC: A Nova Fronteira

Fiascos do Ano

:: A nova programação da MTV, que prometia mais clipes e não durou 3 meses
:: O “novo” reggae brasileiro (Edu Ribeiro e Armandinho)
:: Todo o auê sobre o futuro da DC Comics na Brasil, e tudo ficou como estava
:: O funk carioca ganhando status de cool
:: Os textos da Ivy Farias na seção Guia da Rolling Stone brasileira


Ficou meio fuleira, mas deixa assim mesmo. Se quiser ver uma retrospectiva de responsa, dá uma olhada na feita pelo Marlo do Catapop (é só desprezar a parte onde ele elogia a Sandy Jr, hehehe). Agora o Search & Destroy faz uma pausa e volta na segunda semana de janeiro. Eu até desejaria um feliz ano novo, mas seguindo a tendência, deverá ser pior que os anteriores. Nos vemos em 2007...

BALANÇO DO SEGUNDO SEMESTRE

Descriminados abaixo estão todos os gibis que comprei nesse segundo semestre de 2006, divididos por data:

7/jul - Superman & Batman 12; Adam Strange 4; Demolidor 29; Love Hina 5; Monster 2
14/jul - Slam Dunk 4; Slam Dunk 5; Slam Dunk 6; Slam Dunk 7; Slam Dunk 8; Slam Dunk 9; LJA 43; Préludio Para Superman O Retorno 1
21/jul - Contagem Regressiva Para Crise Infinita Especial; Novos Titãs 24; Superman 44; Marvel Millennium 54; Slam Dunk 13
25/jul - A Liga Extraordinária vol 1; A Liga Extraordinária vol 2; Hellblazer - Nas Ruas de Londres
28/jul - Batman 44; Prelúdio Para Superman O Retorno 2; Superman O Retorno Adaptação Oficial; Love Junkies 28; Love Hina 6
4/ago - LJA 44; Superman & Batman 13; Demolidor 30; Love Hina 7
11/ago - Novos Titãs 25; Marvel Millennium 55; Slam Dunk 14
18/ago - Superman 45; Batman 45; V de Vingança; Love Hina 8
25/ago - Contagem Regressiva Para Crise Infinita 1; O Invencível Homem de Ferro - Extremis 1; O Invencível Homem de Ferro - Extremis 2
1/set - Contagem Regressiva Para Crise Infinita 2; Demolidor 31; O Invencível Homem de Ferro - Extremis 3; Love Hina 9
8/set - LJA 45; Superman & Batman 14
15/set - Novos Titãs 26; Marvel Millennium 56; Monster 3; Love Hina 10
22/set - Contagem Regressiva Para Crise Infinita 3; Batman 46; Dinastia M 1
29/set - Superman 46; Love Hina 11
6/out - LJA 46; Superman & Batman 15; DC: A Nova Fronteira vol. 1; Grandes Clássicos DC 7 Lanterna Verde/Arqueiro Verde Vol. 2; Grandes Clássicos DC 8 Superman - As Quatro Estações; Homem-Aranha & Gata Negra 1;Slam Dunk 15
13/out - Superman 47; Demolidor 32; Marvel Millennium 57; Love Hina 12
20/out - Novos Titãs 27; Dinastia M 2
27/out - Batman 47; Love Hina 13
3/nov - Superman & Batman 16; Contagem Regressiva Para Crise Infinita 4; Demolidor 33
10/nov - DC Especial 10; Batman Anual 1; Homem-Aranha & Gata Negra 2; Monster 4
17/nov - LJA 47; Novos Titãs 28; Marvel Millennium 58
24/nov - Dinastia M 3
28/nov - Sandman - Um Jogo de Você; Sandman - Fábulas & Reflexões; Morte
1/dez - Superman 48; LJA 48
8/dez - Contagem Regressiva Para Crise Infinita 5; Batman 48; Superman & Batman 17; Marvel Millennium Anual 1
15/dez - Novos Titãs 29; DC: A Nova Fronteira vol. 2; Demolidor 34
22/dez - Contagem Regressiva Para Crise Infinita 6 ; Superman 49; LJA 49; Novos Titãs 30; Dinastia M 4
24/dez - Marvel Millennium 59


A lista do primeiro semestre está aqui.
Acabei de fazer minhas contas. No total foram 180 gibis durante 2006, uns 30 a mais que em 2005 (e eu pensando que tinha comprado menos). Da DC foram 105 (incluindo Vertigo e Wildstorm), da Marvel 38 e o resto são mangás. Agora não quero nem saber o quanto tudo isso me custou em dinheiro...

sexta-feira, dezembro 29, 2006

DINASTIA M #4

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Essa minissérie demorou um pouco para engrenar, mas quando finalmente achou seu ritmo, sai de perto! E nessa edição chegou ao ápice. O confronto entre o grupo reunido por Wolverine, formado após perceberem a mão da Feiticeira Escarlate nessa nova versão da realidade, e as forças mutantes de Magneto acontece, enquanto o Doutor Estranho tenta persuadir Wanda para que ela restaure a realidade normal. Aí é que está a parte surpreendente da trama. Quando todos esperavam que a história acabasse com simplesmente o retorno ao status quo, Bendis nos apresenta algo que realmente traz mudanças ao universo Marvel (não quero estragar a surpresa, só lendo mesmo). Se futuramente esse novo fato for bem trabalhado nas revistas de linha (principalmente os títulos mutantes), as mudanças serão ainda mais profundas. Depois de ler as quatro edições, o saldo final é mais que positivo. Confesso que me surpreendi, pois vi muitos dizendo que a mini era um lixo e tal, e se os ouvisse e não comprasse, eu acabaria quebrando a cara. Trabalho acima da média de Brian Michael Bendis e ótimos desenhos de Olivier Coipel. Ainda não li Homem-Aranha e Gata Negra (ainda não chegou a edição 3 por aqui), mas até agora Dinastia M é a mini do ano, batendo Contagem Regressiva Para Crise Infinita.

FRASE

“Mulheres necessitam de uma razão para fazer sexo. Homens só precisam de um lugar.”

Billy Crystal, comediante americano

quarta-feira, dezembro 27, 2006

CONTAGEM REGRESSIVA PARA CRISE INFINITA 5 & 6

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Depois de seis longos meses (mais longos ainda com os atrasos constantes da Panini), chega ao fim as quatro minisséries que serviram de prelúdio para a Crise Infinita.
Confirmando o que vinha se desenhando nas edições anteriores, Projeto OMAC foi a melhor delas. Com a morte de Maxwell Lord, iniciou-se um protocolo de emergência que ativou todos os OMACs (um milhão e trezentos mil deles, no total). Sasha Bordeaux, agora meio-humana, meio-máquina, pede ajuda ao Batman, que bola um plano que envolve o maior número de heróis possíveis para deter as ameaças, enquanto Sasha tenta invadir o Irmão-Olho e mudar sua programação. Bom trabalho de Greg Rucka, que também usou bem os dois títulos mensais que escreve (Mulher-Maravilha e Adventures of Superman) para enriquecer a trama. Os desenhos, a cargo de Jesus Saiz e Cliff Richards, beiraram a perfeição.
Dia de Vingança começou como uma piada sem graça do autor Bill Willingham, mas depois que você percebe que não é para levar a sério mesmo a história, ela se torna agradável. Nos seis capítulos vimos a batalha interminável entre o Espectro, que estava sobre a influência de Eclipso, e o Pacto das Sombras, grupo formado para esse conflito. Na parte final, tivemos o esperado encontro entre o Espectro e o Mago Shazam, e no meio de tudo isso conhecemos o Detetive Chimp, melhor personagem da trama, sempre com boas tiradas. A arte de Justiniano foi apenas mediana.
Em Vilões Unidos, é revelado quem é o traidor do Sexteto Secreto, enquanto a Sociedade de Vilões decide exterminar o Sexteto, invadindo seu QG. Há mais um quebra-pau homérico entre os grupos, com baixas para ambos os lados, e é revelado um segredo sobre Luthor, que ainda não digeri bem. Na mais descompromissada das quatro minisséries, a roteirista Gail Simone faz aquele feijão-com-arroz básico, mas que agrada. Os desenhos de Dale Eaglesham caíram bem na história que trazia marombados por todos os lados.
Agora, com o nada almejado título de pior série, está Guerra Rann/Thanagar. Tudo bem, minha aversão por essas batalhas intergalácticas tem sua culpa, mas o roteirista Dave Gibbons (que deveria voltar aos desenhos; nessa área sim, ele é mestre) não ajudou. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo tornavam a leitura confusa, e a trama, mesmo com tudo o que ocorria, não parecia evoluir. Não me peça para resumir o que aconteceu nesses dois capítulos finais porque não sou capaz de uma tarefa tão ingrata. Até agora não entendi por que a DC não escalou Andy Diggle, roteirista de Adam Strange – Mistério no Espaço, que serviu de prelúdio para Guerra Rann/Thanagar (que por sua vez é um prelúdio para Crise Infinita; complicado, né?!) para escrever esse trabalho também. A arte, dividida entre os brasileiros Ivan Reis, Joe Prado e Joe Bennet, salvaram a história do fracasso total.
Saldo final: Projeto OMAC – nota 8; Dia de Vingança – nota 5; Vilões Unidos – nota 6; Guerra Rann/Thanagar – nota 3. E que venha a Crise Infinita, afinal!

sábado, dezembro 23, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-A tenista russa Maria Sharapova, musa favorita desse que vos escreve, ganhou a eleição de sorriso mais bonito do meio esportivo (pensou que seria o Ronaldinho?!). E a garota tem mesmo motivos para sorrir a vontade, pois esse foi seu melhor ano como profissional. Para ser perfeito só faltou me conhecer...

-Fazer compras de Natal é sempre um saco, principalmente quando é para comprar presentes para os outros, mas anteontem tive uma grata surpresa. Nos cerca de 30 minutos que passei numa loja, em seu som ambiente rolou Nirvana, Eric Clapton, The Clash, Oasis, Los Hermanos e Raimundos. Beeeem diferente dos axés e forrós encontrados nesses lugares.

-Acabou o cocô! Ontem comprei Novos Titãs 30 e ela foi minha última edição. A revista tá bem fraquinha, e esse arco desenhado pelo Liefeld foi a gota d’água. E sem esquecer de Robin, a pior série da DC/Panini certamente. De agora em diante ficarei acompanhando Renegados e Titãs pelos scans.

-Deixei acumular muitos gibis nesses dois últimos meses, e agora tenho material de sobra para ler nesse período de final/início de ano. Olha só a listinha:
Demolidor 34
Marvel Millennium Anual 1
Dinastia M 4
Homem-Aranha e Gata Negra 1 e 2
DC Especial 10
Contagem Regressiva Para Crise Infinita 6
Novos Titãs 29 e 30
LJA 49
Superman 49
DC: A Nova Fronteira vol. 1 e 2
A Liga Extraordinária vol. 2
Sandman – Fábulas & Reflexões
Morte
Slam Dunk 8 e 9
-Como é? Desejar Feliz Natal? EU?! No fucking way, man! Contente-se com esse trecho da letra da música “Fairytale Of New York”, do Pogues: “Feliz Natal o seu rabo, rezo para que seja o último!” Uahahahaha!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

SANDMAN - UM JOGO DE VOCÊ

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Quinto volume encadernado da clássica série da Vertigo, em Um Jogo de Você, Neil Gaiman traz de volta a personagem Barbie, do arco A Casa de Bonecas. Ela costumava sonhar com um reino onde era uma espécie de princesa local, mas devido aos acontecimentos mostrados naquele arco, deixou de sonhar. Agora aquele mundo (imaginário?) do sonhar corre perigo, e quatro habitantes dele decidem procurar por sua princesa perdida para ajudá-los, e para isso um deles, Martin Tembones, é enviado para a “nossa realidade”. Apesar de acabar morrendo, Tembones consegue entregar o porpentino à Barbie, objeto que permitirá que ele sonhe. Ela consegue então voltar ao sonhar, encontrando lá Luz, Wilkinson e Prinado (depois ficamos sabendo que esses personagens fantásticos têm as aparências dos brinquedos de Barbie quando criança), e juntos irão à procura do Cuco, o inimigo daquele reino. Enquanto isso, suas amigas (um casal de lésbicas, um transexual e uma garota baixinha e de óculos, que se revela saber bem mais do que imaginávamos) vão a sua busca, através de um feitiço que afeta o clima terrestre de tal modo que trará grandes conseqüências na trama. Aqui, Morpheus, o senhor do mundo dos sonhos, é mero coadjuvante, e aparece bem pouco, e só no ápice da trama (os dois últimos capítulos), e por isso mesmo Um Jogo de Você é meio “à parte” da trama principal da série. Aliás, Gaiman tinha originalmente planejado a história para ser contada dentro do arco A Casa de Bonecas, mas ainda bem que ele resolveu dedicar seis capítulos à Barbie, aproveitando melhor o espaço para contar seu drama. Enfim, mais um excelentíssimo volume de Sandman, onde mais uma vez Gaiman mostra o porquê dele ser considerado um dos melhores roteiristas a trabalhar com os quadrinhos, com uma trama envolvente extremamente bem contada. A edição da Conrad, como de costume, é aquele primor, com capa dura, papel do miolo de alta qualidade, boa impressão, ótima tradução etc etc etc. Agora, cadê mesmo aquela edição de Novos Titãs desenhada por Liefeld para eu queimá-la?!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

RED HOT CHILI PEPPERS - BLOOD SUGAR SEX MAGIK (1991)

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Finalmente chegamos ao último capítulo da série sobre grandes discos de 1991, e Blood Sugar Sex Magik, quinto álbum de estúdio do Red Hot Chili Peppers, é o derradeiro homenageado.
O disco já nascia com cara de clássico. As gravações aconteceram numa antiga mansão em Hollywood, que, segundo conta a lenda, era assombrada. Os quatro rapazes moraram lá durante o período, e o guitarrista John Frusciante jura que viu um fantasma por lá. Na produção (e também morando na mansão) estava Rick Rubin, um mestre conhecedor de tudo no meio musical, e que já tinha trabalhado com bandas díspares como Slayer e Public Enemy (e ele já está escalado para produzir o novo trabalho do Metallica; meus dedos já estão formigando esperando pelo resultado dessa parceria). De cara, a sintonia de Rubin com o grupo indicava que o resultado seria positivo. Palavras do vocalista Anthony Kiedis: “Rick nos pareceu uma escolha natural. Tem uma formação supervariada, com experiências em diversos formatos, sente-se à vontade com punk rock, rap, rock e funk, e tem uma cabeça aberta.”
Aquele seria o primeiro álbum pela Warner, depois de uma passagem atribulada pela EMI, e também seria a primeira vez que o grupo iria repetir a mesma formação por dois discos consecutivos. O prodígio John Frusciante, que entrou na banda aos 19 anos, e o batera Chad Smith haviam se juntado aos integrantes originais Kiedis e Flea (baixo) e já tinham gravado
Mother´s Milk, que já havia trazido uma projeção maior à banda. Agora chegara a hora do salto maior, e definitivo, para o time das grandes bandas.
Durante sete semanas foi gravado 25 músicas, sendo que 17 acabaram no álbum (na época em vinil duplo). Além dos rocks funkeados, como a faixa-título e "Give It Away", marca registrada da banda até então, o disco traz novas sonoridades. Tem sons mais delicados, quase acústicos, como “Breaking The Girl” (para mim, A MÚSICA da banda), “I Could Have Lied” e o grande sucesso “Under The Bridge”, que toca até hoje em programas de músicas românticas, apesar da letra tratar dos problemas com drogas do vocalista. (A banda retornou às músicas calminhas em Californication, que iniciou uma nova fase de sucesso dos caras, mas sem o mesmo brilho). Outros bons momentos de Blood... são “Suck My Kiss”, “The Power Of Equality”, “Naked In The Rain” e a apoteótica “Sir Psycho Sex”, com seus mais de oito minutos de duração.

O que disse a mídia especializada:
“Blood Sugar Sex Magik bate uma bola legal. Está para o rock como Dadá Maravilha para o futebol: é negão, malaco e boa gente; é pesadão e meio desajeitado, mas flutua no ar como helicóptero e beija-flor.” (Bizz)

terça-feira, dezembro 19, 2006

RETROSPECTIVA 25 ANOS VIP

Completando 25 anos, a revista VIP aproveitou a ocasião e fez diversas listas destacando o que de mais importante aconteceu na Cultura Pop durante esse período. Confiram algumas dessas listas:
-As Personalidades:
::Winona Ryder > Nascida numa comunidade hippie, afilhada de Timothy “LSD” Leary, linda, estrela de cinema, namorada de roqueiros e ladra de loja. Mais pop impossível.
::Steve Jobs > O homem que inventa necessidades que as pessoas nunca imaginaram ter. Mudou o jeito que o mundo usa computador, ouve música, assiste a filmes...
::Kurt Cobain > Com uma guitarra na mão e muitas neuras na cabeça, virou o mercado da música de pernas pro ar. Depois do Nirvana e seu CD Nevermind, mainstream e alternativo são rótulos aposentados.
::Madonna > Virgem de mentirinha, devoradora de homens, herege, figura de cartoon, musa gay, sadomasoquista, bisca disco, cachorra, mãe de família, seguidora da cabala...
::Bono > Para esse irlandês atarracado, liderar a banda de rock mais popular de planeta é pouco. Tem que encontrar presidentes, alimentar a África, e pagar a dívida do Terceiro Mundo.
::Quentin Tarantino > O cara criou um estilo de fazer cinema com seus dois primeiros filmes. Ninguém virou referência nesse tempo recorde. E Kill Bill é uma obra-prima.
::Arnold Schwarzenegger > Uma montanha de músculos que não fala inglês direito se transforma no maior astro do cinema mundial e larga tudo para tentar a Casa Branca. Inacreditável.
::Jerry Seinfeld > O sujeito que revolucionou as séries de TV criando o viciante “seriado sobre o nada”. Matou o programa e agora solidifica o mito ficando na moita. Seus súditos o aguardam.
::Homer Simpson > O pai de família que levou a condição de idiota a um patamar nunca antes imaginado. Quando nós fazemos alguma bobagem na vida, basta lembrar: Homer faria pior.
::Gisele Bündchen > Muito de vez em quando, o mundo se curva diante do Brasil. Então o melhor é se curvar diante desse monumento. Gisele é um animal fotográfico, um Boeing.

-Quem mudou…
…O Cinema: Matrix
…A Música: Mp3
…As Séries de TV: Seinfeld
...Os Quadrinhos: Frank Miller
...A Literatura: Amazon.com
...Os Games: Gameboy

-Top 5 das trilogias do cinema:
1 Indiana Jones
::Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
::Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)
::Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)
2 Duro de Matar
::Duro de Matar (1988)
::Duro de Matar 2 (1990)
::Duro de Matar – A Vingança (1995)
3 Matrix
::Matrix (1999)
::Matrix Reloaded (2003)
::Matrix Revolutions (2003)
4 De Volta Para O Futuro
::De Volta Para O Futuro (1985)
::De Volta Para O Futuro II (1988)
::De Volta Para O Futuro III (1989)
5 Star Wars I
::Guerra nas Estrelas (1977)
::O Império Contra-Ataca (1980)
::O Retorno de Jedi (1983)

-Os Melhores finais de filmes:
::O Sexto Sentido > Nesse filme sensacional estrelado por Bruce Willis e por aquele menino que vê gente morta, o mocinho não morre no final.
::Os Suspeitos > Kevin Spacey conta para um policial a história maluca de um crime. Mas você vai ver que nada é o que parece. Nada mesmo.
::Match Point > No melhor Woody Allen em anos, o mocinho não se dá mal por um tantinho assim. Veja numa cena genial que “tantinho” é esse.
::Vanilla Sky > No filme mais esquisito que Tom Cruise já fez, você só percebe que está assistindo à ficção científica nos cinco minutos finais.

-Os vilões mais violentos:
::Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo)
::Jason (Sexta-Feira 13)
::Michael Myers (Halloween)
::Chucky (Brinquedo Assassino)
::Odete Roitman (Vale Tudo)

-Séries de TV que não souberam acabar:
::Arquivo X
::Bill Cosby
::Friends
::That ‘70s Show
::Twin Peaks

-A série de TV que não devia ter acabado:
::Seinfeld

-Grandes personagens não-humanos:
::Jessica Rabbit
::Lara Croft
::Max Headroom
::Beavis & Butt-Head
::Pamela Anderson

-Os melhores Jacks:
::Jack Nicholson
::Jack Shephard
::Jack Black
::Jack Bauer
::Jack Johnson
::Jack White
::Jack Daniel’s

-Músicas que a humanidade não merecia ter escutado:
::Macarena – Los Del Rio
::Mintchura – Neuzinha Brizola
::You’re Beautiful – James Blunt
::Pense Em Mim – Leandro e Leonardo
::Taca A Mãe Pra Ver Se Quica – Dr. Silvana & Cia
::Ursinho Blaublau – Absyntho
::Segura O Tchan – É O Tchan

-Coisas que o mundo podia passar sem:
::Boy George
::Menudo
::Vanilla Ice
::Pókemon
::Big Brother
::Hanson

-Filmes mais polêmicos:
::Je Vous Salue Marie, de Jean-Luc Godard
::A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorsese
::Traídos pelo Desejo, de Neil Jordan
::Clube da Luta, de David Fincher
::A Bruxa de Blair, de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez
::A Paixão de Cristo, de Mel Gibson

-Os casais mais improváveis:
::Michael Jackson e Lisa Marie-Presley
::Michael Jackson e a enfermeira
::Michael Jackson e Macaulay Culkin
::Michael Jackson e qualquer ser vivo

-Roqueiros mortos que andam por aí:
::Raul Seixas
::Renato Russo
::Kurt Cobain
::Cazuza
::Keith Richards

quarta-feira, dezembro 13, 2006

terça-feira, dezembro 12, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

- Os rapazes do Oasis não curtiram a recém-lançada coletânea Don’t Stop The Clocks e estão de mal com a gravadora, não aparecendo nos dois clipes promocionais do CD. Em “Acquiesce”, uns japas tomam os lugares dos irmãos Gallagher e cia, enquanto que o vídeo de “The Masterplan” é todo em animação, e é sensacional (vocês precisam ver a versão animada de Liam; copiaram direitinho a maneira do cara andar). Como todo Best Of, esse é também um caça níquel, mas altamente recomendado para quem não tem os álbuns de estúdio da banda (não é meu caso). Apesar dos dois últimos discos de músicas inéditas serem meia boca, os encrenqueiros de Manchester ainda têm crédito.

- Alguém mais assistiu ao show da Madonna quinta-feira passada na HBO? Totalmente excelente! A senhora de 47 anos ainda está inteirinha. E qual artista com tanto tempo de estrada tem a manha de encerrar um show com uma música do álbum mais recente, colocando todo mundo para cantar e dançar? Madonna ainda chuta bundas!

- Viram o piercing da Karina Bacchi? Não?! Então clica aqui e confira (e dá também uma olhada no que tem em volta do piercing). Faz séculos que não compro a Playboy, mas esse ensaio me animou a comprar essa edição.

- As coisas estão meio paradas por aqui, eu sei, mas em questão de dias volto à forma habitual, okay? Então tá.

sábado, dezembro 09, 2006

BOMBA, BOMBA!

Não, não é sobre a situação da DC Comics no Brasil. A MTV anunciou que, em 2007, tirará os clipes de sua programação. Segundo Zico Góes, diretor da emissora, os clipes “não colaboram para o avanço televisivo e apostar neste formato é receita para a queda de audiência”. Esse anúncio foi feito na última terça-feira, quando foi apresentada a nova programação do canal para o próximo ano. Para você perceber a mudança radical, o Disk, programa mais antigo da grade, vai sair do ar. O canal passará a dar espaço a séries de ficção, desenhos animados, reality shows e documentários. Os antigos VJs passarão a apresentar programas de moda e de debates sobre assuntos variados. É esperar para ver, mas tudo indica que o canal vai mais ainda para o fundo do poço. Com essa atitude de tirar os clipes da grade, usando as palavras de um ex-chefão do canal, a MTV estará negando seu DNA, que é o conteúdo musical. Na verdade, desde 1999, quando a emissora mudou sua grade para exibir mais programas de comportamento e incluir estilos de música mais populares, parece que o pessoal que trabalha lá não sabe o que fazer, com mudanças e mais mudanças, nunca encontrando algo minimamente perto do ideal. Agora, eles deveriam ter, ao menos, vergonha na cara e mudar de vez o nome do canal, porque há tempos esse “M” não representa música.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

BATTLE ROYALE

Uma ilha deserta, um grupo de adolescentes, um programa de TV patrocinado pelo governo japonês, um único objetivo: matar uns aos outros até que sobreviva apenas um dos adolescentes.
Todos os liceus japoneses participam desse mortal e secreto sorteio promovido pelo governo, e se depois de um determinado tempo houver mais de um sobrevivente, todos são mortos. Cada garoto recebe um artefato aleatório que pode ajudá-lo na carnificina: uma pistola, uma foice, um colete à prova de balas, um radar ou mesmo uma tampa de panela.
As regras são simples: apenas um pode sobreviver; todos os estudantes têm uma ração de comida, uma arma e um mapa da ilha; todos os estudantes usarão um colar explosivo que pode monitorá-los pela ilha; todos os estudantes são livres para se movimentarem pela ilha, exceto nas ´´zonas de risco´´, que podem mudar de lugar regularmente; se existir mais de um sobrevivente até o fim da partida, todos os colares explosivos explodirão.
Os conflitos em Battle Royale não se resumem às batalhas e assassinatos, mas também a questões afetivas e éticas - namorado contra namorada, amigo de infância contra amigo de infância, e a pergunta mais necessária: o quão longe você iria para garantir a própria vida?
Tanto a versão em mangá quanto a versão cinematográfica de Battle Royale foram extremamente polêmicas no Japão pela sua violência explícita. Mas BR é mais que isso: uma história sobre dúvidas e certezas, onde as escolhas estão além do bem ou do mal.
Esse texto aí em cima é o release oficial de Battle Royale, o novo mangá da Conrad. Serão no total 15 volumes, com uma média de 224 páginas cada. Eu estou muito a fim de ler, mas como cheguei numa fase de contenção de gastos com gibis, estou me segurando. Vou esperar uma daquelas promoções legais da Loja Conrad, como a atual de Slam Dunk, que está com um desconto de 50%. Enquanto isso, tem um preview da primeira edição aqui.

sábado, dezembro 02, 2006

PIXEL SE FU...

Desde setembro a comunidade nerd brasileira esperava a confirmação da ida da DC Comics para a Pixel Media. O Universo HQ noticiou a bomba em primeira mão, mas nenhuma das partes envolvidas confirmava nada. Depois de muitas tramas nos bastidores (que nunca vamos saber dos detalhes), ontem, quinta-feira, o mesmo Universo HQ, por meio do seu editor Sidney Gusman, confirmou que as negociações com a Pixel foram por água abaixo e que a editora não iria publicar os gibis da DC Comics em 2007. Ainda não foi confirmado, mas tudo aponta que a Panini vai continuar dona dos direitos de publicar no Brasil as aventuras de Superman, Batman e cia (e convenhamos, ela vinha fazendo um bom trabalho, tanto que transformou a DC, que era desprezada na época da Abril, numa marca competitiva).
Aquela concorrência DC vs Marvel, sonhada por muitos, vai ficar nisso, nos sonhos. Muitos dizem que seria saudável para o mercado essa concorrência, mas eu vejo isso com certa desconfiança. Gibi não é cerveja, que tem um mercado imenso. Com um mercado consumidor restrito como o de leitores de gibis aqui no Brasil, creio que as chances de alguma editora simplesmente fechar as portas se não conseguir colocar nas bancas revistas com preços baixos e de boa qualidade são altas. No final, todo esse bafafá trouxe apenas algo de certo: bagunçou todo o planejamento da Panini, e agora são grandes as chances de ficarmos sem revistas DC no começo de 2007.

quinta-feira, novembro 30, 2006

DINASTIA M #3

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A minissérie continua num crescente de qualidade. Começou meio morna, melhorou no nº 2, e agora evolui ainda mais. A turma que percebeu a mão da Feiticeira Escarlate alterando a realidade procura ajuda, “libertando” outros heróis para o confronto com Magneto e trazer de volta a “verdadeira” realidade. Com a turma reforçada, os heróis partem para Genosha, onde Magneto está recebendo vários líderes mundiais, não só para confrontá-lo, mas também para saber do paradeiro do Professor Xavier. A seqüência que mostra o Homem-Aranha, que nessa versão da realidade é casado com a Gwen Stacy e tem um filho, descobrindo a verdade é emocionante. Outro ponto alto é quando Jessica Drew questiona se não seria melhor deixar tudo como está, já que todos são felizes e realizaram seus sonhos nessa versão alternativa da Terra, ao mesmo tempo sendo rechaçada pelo Wolverine. Apesar de algumas críticas negativas, tenho gostado dessa minissérie. Confesso que esperava bem menos. Bom enredo do Bendis e bons desenhos do Coipel. Espero que a última edição não decepcione.

quarta-feira, novembro 29, 2006

PACOTÃO NEIL GAIMAN E RESOLUÇÃO DE ANO NOVO ANTECIPADA

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Aproveitando uma promoção monstro do Submarino que recebi via e-mail (desconto de R$ 20,00 mais frete grátis para compra de livros acima de 100 reais), coloquei em dia os encadernados de Sandman. Comprei os volumes 5 e 6 da série de 10, respectivamente Um Jogo De Você e Fábulas & Reflexões, os últimos lançados até agora pela Conrad, e o especial estrelado pela personagem que surgiu nas páginas da mesma HQ, Morte, tudo escrito pelo Neil Gaiman, que dispensa apresentações. Olha só a economia: o frete seria R$ 34,94, mais o desconto de 20 reais. E os três livros estavam em promoção: Um Jogo De Você, de RS 60,00, estava por R$ 42,10; Fábulas & Reflexões, de R$ 66,00, custava R$ 55,90, e, finalmente, Morte custou R$ 41,20, e não os normais R$ 60,00. Total final: R$ 119,20, dividido em 5 vezes. Acabei economizando mais de 100 reais. Considerando a qualidade do material, uma verdadeira pechincha. O pedido, feito na quinta-feira passada, chegou hoje. Natal antecipado para nerd nenhum botar defeito.
E essa encomenda acaba meio que sendo o final de uma era. Explico: agora em 2007 quero diminuir drasticamente os gastos com gibis. Vou diminuir minha lista de títulos mensais e ser mais seletivo quanto aos especiais e minisséries que comprar. Estava sem controle, chegando a ponto de gastar em média 150 reais mensalmente em HQs. E recentemente, lendo os absurdos de Jeph Loeb em Superman & Batman, testemunhando o lixo da arte de Rob Liefeld em Novos Titãs e quase passando mal com as histórias do Pantera Negra, percebi como estava gastando minha curta grana de maneira errada, com um material que, se já era difícil ler pela primeira vez, ficaria só ocupando espaço, porque nunca mais voltaria a ler. Só não decidi ainda o que vou cortar por causa desse imbróglio envolvendo a Pixel e a Panini pelos direitos de publicação da DC Comics, mas a meta é passar dos 7 títulos mensais da DC e da Marvel atuais para apenas 4. Quanto aos mangás, aquela febre inicial passou e agora só estou acompanhado duas revistas, uma delas bimestral, e a outra comprarei com preços promocionais pela Internet. Republicações de luxo eu continuarei adquirindo um bom número delas, são materiais de alta qualidade e ficam legais na coleção (e esses, sim, você vai ler e reler sempre). E claro, comprarei os 4 volumes restantes de Sandman que ainda serão lançados.

sábado, novembro 25, 2006

U2 – ACHTUNG BABY (1991)

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Pensou que tinha acabado? Nada disso. 1991 ainda tem mais grandes discos em seu currículo, e não seria logo a obra-prima do U2 que ficaria de fora, né?
No final da década de 80, o U2 tinha o mundo aos seus pés. Com o álbum The Joshua Tree, que trazia canções como “With Or Without”, “Where The Streets Have No Name” e "I Still Haven't Found What I'm Looking For", Bono e cia tinham finalmente conquistado a América, alcançando as primeiras posições das paradas na terra do Tio Sam. Com o mezzo ao vivo, mezzo de estúdio Rattle And Hum, o reinado dos irlandeses só se confirmou. Então, o U2 poderia sossegar, passar o resto da vida numa ilha do Caribe e lançar a cada dois anos uma nova versão de The Joshua Tree (da mesma forma que os Rolling Stones têm feito há 20 anos, lançando mais do mesmo para apenas manter o status), certo? Nada disso! Os caras resolveram se reinventar.
Os quatro integrantes foram de mala e cuia para a recém reunificada Berlim para gravar aquele que seria o primeiro disco de uma trilogia, Achtung Baby (trilogia essa, planejada ou não, que se completaria com Zooropa e Pop). A cidade escolhida para servir de base para o trabalho não poderia ser melhor, pois foi também Berlim o local escolhido por David Bowie para se reinventar (ele é mestre nesse quesito) e também fazer sua trilogia, ao lado de Brian Eno, que também embarcava com o U2 nesse projeto.
Quem estava acostumado com o tom “rock de arena” da banda se assustou quando colocou Achtung para tocar pela primeira vez. “Zoo Station”, que abre o CD, traz uma guitarra suja quase heavy metal, enquanto a voz de Bono aparece cheia de efeitos, tudo isso envolto à batidas dançantes. Isso mesmo, o U2 soava eletrônico! As letras também mudaram, e o costumeiro messianismo deu lugar à uma acidez que era novidade para os fãs.
As novidades continuam com o riff repetido à exaustão em “Even Better Than The Real Thing”, ainda mais dançante que a faixa inicial. Inclusive ela foi muito executada nas pistas de dança na Europa. Em seguida temos aquela que talvez seja a balada definitiva da banda, “One”, que recentemente ganhou uma eleição como uma das melhores letras de música da história da música pop. Realmente, Bono estava inspirado quando a escreveu. “Until the End of the World”, dedicada ao diretor alemão Wim Wenders, é outro grande destaque, com uma letra à altura da bela melodia.
Em “The Fly”, a banda soa quase industrial, com a bateria de Larry Mullen soterrada na mixagem e o vocal sussurrado de Bono. A guitarra de The Edge é um caso aparte. Hoje é difícil imaginar, mais “The Fly” foi a primeira música de trabalho do álbum, apresentando de cara a nova sonoridade da trupe irlandesa. “Mysterious Ways” tem um groove que impede qualquer um de ficar parado. Não é a toa que no clipe aparece uma garota fazendo a dança do ventre, e o próprio Bono dá umas sacolejadas nos shows quando ela é executada.
Todas as músicas citadas acima viraram hits na turnê que se seguiu, a famosa Zoo TV, que arrastou mais de 2,5 milhões de pessoas para os shows, a maior que o U2 tinha feito até então. Achtung Baby vendeu cerca de 8 milhões de cópias no mundo todo, e foi crucial para a popularização da mistura de rock com batidas eletrônicas, fórmula já usada pelas bandas da cena de Manchester na segunda metade da década de 80. Na minha opinião, o melhor disco da banda, disparado.

O que disse a mídia especializada:
Trocaram a Dublin da “guerra santa” pela Berlim velha de guerra, botaram todos os produtores no mesmo saco e cometeram um troço meio pesado, meio dançante, meio apaixonado: pós-punk tardio, dúbio, como o rock tem que ser. (Bizz) (texto completo aqui)

quinta-feira, novembro 23, 2006

MONSTER #4

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Tá difícil esperar 2 longos meses entre uma edição e outra de Monster. Neste volume 4 mais ingredientes são adicionados na trama. Aqui ficamos conhecendo uma organização de extrema-direita (ou neonazista, sendo mais claro) de Frankfurt, que planeja tornar Johan, o garoto que o doutor Tenma salvou na edição de estréia, uma espécie de novo Hitler. Nina infiltra-se na organização para descobrir o paradeiro de seu irmão. Mas os neonazistas também planejam pôr fogo no bairro turco da cidade, e tanto Nina quanto Tenma (que também apareceu por lá) esquecem um pouco seus planos de procurar Johan e ajudam a população do bairro. Não conheço muitos mangás, mas não deve ficar muito melhor do que isso. A VIP comparou seu autor, Naoki Urasawa, a Hitchcock, o que não é exagero. Quadrinhos de suspense dos bons. Agora é esperar janeiro para comprar o próximo volume.

terça-feira, novembro 21, 2006

SUPERMAN: AS QUATRO ESTAÇÕES

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Publicada originalmente em quatro edições em 1998, a minissérie Superman: As Quatro Estações, da dupla Jeph Loeb e Tim Sale, volta em edição única em mais um volume da série Grandes Clássicos DC.
Aqui é retratado os primeiros dias do Superman, de sua adolescência em Smallville até sua ida à Metrópoles. Cada um dos quatro capítulos é narrado por um personagem importante na mitologia do homem de aço. No primeiro, intitulado Primavera, Jonathan Kent fala do crescimento do filho e do temor quanto ao seu futuro, enquanto Clark aprende sobre seus poderes e questiona seu lugar no mundo. Já em Verão, narrada por Lois Lane, Clark está em Metrópoles e já fez suas primeiras aparições como Superman. A repórter fala da esperança que o herói trouxe ao local e questiona como alguém vive para ajudar os outros. Também são mostradas as primeiras rusgas entre Lex Luthor e o Kriptoniano. O terceiro capítulo, Outono, é justamente narrado por Luthor, mostrando seu ódio pelo herói, que lhe tirou a condição de pessoa mais importante da cidade, e o vilão não perde tempo em bolar um plano para voltar a sua antiga condição. Luthor consegue atingir o calcanhar de Aquiles do herói, seus sentimentos. Com a derrota, Clark volta a Smallville para repensar sua vida. No capítulo final, Inverno, é a vez de Lana Lang revelar o que pensa do herói, que um dia foi sua paixão, e como a revelação dos seus poderes acabou com os sonhos dela, enquanto uma tempestade na cidade obriga Clark a voltar a agir como Superman. No final, um pastor local fala da importância do inverno, que por mais horrível que seja, é uma estação de onde os novos galhos da árvore saem mais fortalecidos, que acaba servindo de paralelo para a trajetória do herói, que acaba retornando à Metrópoles.
Sei que o nome Jeph Loeb causa calafrios em muitos fãs de quadrinhos, mas quando ele se reúne ao desenhista Tim Sale sempre sai algo de bom. O Longo Dias das Bruxas, Vitória Sombria, Homem-Aranha Azul e esse As Quatro Estações são os exemplos máximos dessa parceria. Os textos são inspiradíssimos, ressaltando o lado humano do Superman, assim como as raízes de um tradicional sujeito do interior americano, com seus valores intrínsecos que o fazem querer usar seus poderes para ajudar a humanidade. A arte de Tim Sale, ao lado da colorização de Bjarne Hansen, cai como uma luva no tom nostálgico da história, cheio de páginas duplas que enchem os olhos do leitor. Se você está pensando em apresentar um gibi do Superman para um leigo, é esse. Não tem como não gostar da criação de Jerry Siegel e Joe Shuster quando terminar a leitura.
A edição da Panini, como sempre em sua linha de luxo, está excelente, com papel de qualidade, capa cartonada e boa impressão, fazendo valer os R$ 25,90. Gibiteca básica.

sábado, novembro 18, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-Tudo bem a empresa valorizar seu produto, mas o Levi Trindade, editor DC da Panini, elogiando a “arte maravilhosa” (palavras dele) de Rob Liefeld em Novos Titãs # 28 foi podre. Tudo tem limite, né?

-Falando em editor, Ricardo Alexandre disse que em 2007 teremos novidades na Bizz. É o começo da guerra Bizz versus Rolling Stone. Se nenhuma das duas acabar sendo cancelada no meio da batalha, beleza. Os leitores saem ganhando.

-Assisti ao filme X-Men – O Confronto Final em DVD. Achei bem mais ou menos, com certeza o pior da trilogia. E tanta gente falando mal de Superman Returns...

-Como já passei daquela fase que não admitia gostar de certas coisas, posso dizer tranqüilamente: tem duas músicas dos novos discos da Marisa Monte, ambas originando clipes, que são sensacionais: “Até Parece” e “O Bonde do Dom”.

-Finalizando com chave de ouro, essa aí abaixo é a Luciana Vendramini, numa foto do ensaio para a revista UM. É incrível como o tempo passa, e a Lu continua (numa) boa.
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sexta-feira, novembro 17, 2006

CD ROM BIZZ

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Já estava meio que conformado. Parecia que não chegaria mais às bancas daqui, e não estava a fim de pagar um frete absurdo encomendando via Internet. Mas estava navegando no Orkut e vi que o box com 7 CD-ROMs com todo o conteúdo da Bizz desde a edição zero estava com um desconto de 50 % na Loja Abril (a promoção ainda tá valendo, clique aqui). Claro, não pensei duas vezes. Fiz logo a encomenda. O frete ainda foi caro (quase R$ 20), mas o desconto adicional de R$ 4,50 para assinante Abril deixou tudo mais palatável. No total custou 46 reais (dividido em duas vezes), ainda bem abaixo dos 60, que seria o preço normal dos CD-ROMs. E hoje chegou pelo correio.
Tive tempo apenas de dar uma pincelada rápida no material, mas tem muita coisa boa. Tinha a maior curiosidade de saber como eram as primeiras edições da revista (só comecei a acompanhá-la em 1992), que, dizem, tinha a melhor equipe de jornalistas que já passaram pela redação da publicação. Com certeza vou passar um bom tempo em frente da telinha do PC lendo e relendo todo as Bizzes. E claro vai servir como uma grande fonte de pesquisa para bolar os textos do blog, isso quando eu não apenas copiar as matérias aqui (portanto não se assuste se aumentar o volume de críticas de discos tiradas da revista).

quinta-feira, novembro 16, 2006

ROLLING STONE #2

Aproveitando a deixa do post anterior, aqui está a capa da segunda edição da Rolling Stone Brasil, que acabei de ver na comunidade da revista no Orkut:
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Iggy Pop, sensacional! Os caras têm ao menos coragem de colocar uma capa dessa, fala a verdade. E pelas chamadas essa edição promete: Especial Política, Cientologia, The Who, Lily Alen, Pink Floyd, Rock Brasil dos 80... Só espero que a seção de reviews tenha melhorado.

quarta-feira, novembro 15, 2006

ROLLING STONE BRASIL – O VEREDICTO

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Agora que terminei de ler a primeira edição da versão brazuca da Rolling Stone, posso fazer uma melhor análise da mesma. Bem, os grandes destaques dessa edição de estréia acabaram sendo duas matérias traduzidas da versão gringa, uma com o grande Bob Dylan e outra com o (tão grande quanto) Jack Nicholson. Aliás esse vai ser o grande diferencial da revista (os textos traduzidos), porque são materiais que dificilmente algum jornalista brasileiro poderia fazer (vocês imaginam o Lúcio Ribeiro entrando na casa do Nicholson ou batendo um longo papo com Dylan?). Do que foi produzido aqui, destaco o texto de Ricardo Soares sobre o Congresso Nacional, a matéria sobre o PCC e o diário do Cansei de Ser Sexy nos EUA. A seção Rock & Roll, com pequenas notas, é bem feita e informativa na medida certa.
Agora o ponto fraco da revista é o Guia, a seção sobre lançamentos. Aqui os textos são paupérrimos. Para você ver a seriedade do problema, meus textos aqui do blog não fariam feio nessa parte da RS. Vi uma boa vontade gritante (para não dizer ingenuidade) em algumas críticas de discos. A menor nota foi um simpático “razoável”! Ou tem muito disco bom na praça ou estou muito exigente. Nesse quesito, com sua escrita inteligente, enxuta e ácida, a Bizz dá de 10 a 0 (você pode até não concordar com o jornalista, mas que o texto fica legal, isso fica).
Claro, é só a primeira edição. É normal nem tudo sair direitinho logo no começo, ajustes nessa fase é algo habitual. Mas mesmo assim a revista me surpreendeu, tem tudo para dar certo. Basta urgentemente dar um jeito na seção de reviews, sei lá, deixar os jornalistas sem comida antes de escrever a resenha talvez ajude...

terça-feira, novembro 14, 2006

SLAM DUNK #7

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É, só agora fui ler a edição 7. Meus planos iniciais de ler um novo número a cada 3 semanas foram para o espaço. O intervalo de uma edição para outra está mais para 2 meses. Em Slam Dunk #6 tivemos o retorno de Ryota, o armador do time. Ele estava hospitalizado devido a uma briga com os veteranos da escola. Agora, no #7, chegou a hora da revanche. E os veteranos não vão se satisfazer apenas dando um pau no Ryota, eles querem bater no time de basquete inteiro! E é basicamente o que temos nessa edição, muita briga. E se houve um princípio de desentendimento entre Sakuragi e Ryota, tudo ficou bem entre os dois depois do primeiro ficar sabendo que o segundo está no time pelo mesmo motivo dele, uma garota (o Sakuragi até solta um “Eu te entendo!”, com as lágrimas nos olhos, hehehe). No final o bando do Hanamichi também se envolve na luta e o resultado... bem, a conclusão só no nº 8 do mangá. Só espero não levar tanto tempo para ler.

sábado, novembro 11, 2006

MATCH POINT & SCARLETT JOHANSSON

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Se existe um diretor que consegue manter uma alta qualidade nos seus trabalhos, mesmo depois de tantos anos, esse diretor é o Woody Allen. E ele prova mais uma vez isso em Match Point, seu mais recente filme, que vi no último fim de semana. Nele, Jonathan Rhys-Meyers interpreta Chris, um instrutor de tênis ambicioso, que chega à Inglaterra atrás de novas oportunidades depois de sua carreira como tenista não ter dado muito certo. Ele logo conhece Tom (Matthew Goode), que acaba se tornando seu cunhado. Mas surge um triangulo amoroso quando Chris conhece a pretendente a atriz Nola Rice (Scarlett Johansson), namorada de Tom. Prato cheio para Allen colocar suas neuroses sobre os relacionamentos, tópico recorrente em seus filmes. Mas Match Point não é só mais um filme do diretor, não é um “mais do mesmo”. Pela primeira vez Allen sai de sua conhecida Nova York e vai filmar em Londres. Sai também o tradicional jazz de suas películas (ele mesmo é um saxofonista) e entra a ópera, bem mais condizente com a tragédia que se desenrola na trama. O final então, é daqueles que entram para os mais inesperados da sétima arte, além de ser inteligentíssimo (e não é que Allen também tem seu lado Hitchcock!). Scarlett Johansson, minha atual musa do cinema, nunca esteve tão bela na tela, e você fica extasiado cada vez que ela aparece, falando com aquela voz sexy que só ela é capaz de fazer. Filmão, com certeza vai entrar no meu top 10 de melhores do ano.
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Não foi só em Match Point que Scarlett Johansson deu as caras aqui em casa recentemente. Em outubro assisti a dois filmes estrelados pela moça. Primeiramente revi o delicioso Encontros e Desencontros, onde ela tem a companhia de Bill Murray (excelente, como sempre) numa Tóquio cheia de gente, mas ao mesmo tempo bem solitária para dois estranhos na terra do sol nascente, que acabam se consolando um no ombro do outro. Dirigido por Sofia Coppola (sim, a filha do homem), o filme chegou a ganhar o Oscar de roteiro original. Merecido.
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Ela também passou por aqui em Uma Canção de Amor para Bobby Long, dessa vez ao lado de John Travolta. No filme ela é Purslane, que vai à Nova Orleans para a casa da mãe recém-falecida e encontra morando lá duas figuras estranhas, que vivem bêbadas. O trio acaba dividindo o teto, apesar do relacionamento nada bom entre Purslane e Bobby (Travolta). Bom filme, que serve também para conhecer um pouco mais o local recentemente foco dos noticiários durante o Katrina.

quinta-feira, novembro 09, 2006

CONTAGEM REGRESSIVA PARA CRISE INFINITA # 4

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Talvez tenha sido meu bom humor, mas achei que essa edição de CRCI teve uma subida de nível. Projeto OMAC continua sendo a melhor das quatro séries. Depois da morte de Maxwell Lord pelas mãos da Mulher Maravilha (mostrada em Superman # 47), um plano de contingência é posto em ação e os OMACs entram em ação para eliminar o Xeque-Mate. Novamente bom roteiro do Rucka e bons desenhos da dupla Saiz/Richards.
Dia de Vingança, até então a pior série dessa Contagem, melhorou sensivelmente, devido principalmente à participação do Detetive Chimp (nessa edição nos foi apresentada a origem do personagem), trazendo boas doses de humor a trama. A interminável luta entre o Capitão Marvel e o Espectro sofreu uma pausa para ambos recuperarem suas energias. Agora vamos saber o que essa tal de Alice Sombria vai fazer. O Willingham está longe do brilho de Fables, mas parece que aprendeu a não levar essa série a sério (com o perdão do trocadilho). Os desenhos do Justiniano não cheiram nem fedem.
Em Vilões Unidos, o Sexteto Secreto vem parar no Acre (no Acre!) para atacar uma instalação da Sociedade dos Vilões. No caminho eles libertam o Nuclear (ué, ele não tinha morrido?!), que servia como fonte de energia para o local, e ficam sabendo dos planos do grupo de Luthor e cia. Não vai mudar sua vida, longe disso, mas a série, escrita por Gail Simone e desenhada por Dale Eaglesham, diverte.
Já falei aqui antes que não sou muito fã dessas sagas cósmicas. E pior quando o roteirista não se dá o menor trabalho de tornar a leitura agradável. Guerra Rann/Thanagar sofre exatamente do mesmo mal, com os textos totalmente sem inspiração do Gibbons. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas, curioso, a trama não avança. Bem, ao menos temos os desenhos competentes de Ivan Reis e Joe Prado.

quarta-feira, novembro 08, 2006

MAGNÓLIA

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Da série “finalmente assisti”. Depois de inúmeras chances perdidas de ver pela tv por assinatura, onde foi reprisado várias e várias vezes, nesse fim de semana peguei o DVD de Magnólia. Com o Marcelo Costa (dos blogs Calmantes com Champagne e Revoluttion e editor do Scream & Yell, todos linkados à direita), um dos meus escribas favoritos, sempre arrumando uma desculpa para elogiar o filme, eu mesmo não pude mais arranjar minhas desculpas para não assisti-lo. Apesar de não ter achado tudo aquilo que o Marcelo achou do filme, gostei bastante, e entendi por que a crítica se dividiu bastante à época de seu lançamento. Não é um filme fácil. São mais de 3 horas de exibição (eu mesmo dividi em três sessões para assistir, cada uma com cerca de uma hora) duma trama que você não entende bem qual é, com vários protagonistas dividindo a tela (e sua atenção), e ligados apenas por um game show na tv. Mas chegando ao final do longa, o telespectador é presenteado com um grande filme, com atuações destacadas dos atores (incluído o hoje insuportável Tom Cruise, que concorreu ao Oscar pelo seu trabalho aqui) e um trabalho de direção soberbo de Paul Thomas Anderson (o mesmo de Boogie Nights). Ah, e tem a cena inesquecível da chuva de sapos (isso mesmo, literalmente), que entra para a antologia de melhores cenas já feitas para a sétima arte. Embalando tudo isso a bela trilha sonora feita pela Aimee Mann (vou prestar mais atenção no trabalho dela daqui para frente). Enfim, é menos um da lista de (grandes) filmes ainda por assistir.

Ouvindo o CD Infernal Love, do Therapy?

domingo, novembro 05, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-Alguém está vendo a série Love Monkey? É uma espécie de Alta Fidelidade. O protagonista não tem uma loja de discos, mas trabalha numa gravadora, e não faz listas de tudo que é assunto. Mas fora isso é bem semelhante ao romance de Nick Hornby (que virou filme com o John Cusack), cheio de referências pop (incluindo participações de músicos do mundo real) que deixam a trama mais saborosa. Passa no Sony, nas noites de quarta-feira. Recomendo.

-Se você tinha alguma fé que a MTV voltasse a ser um canal legal, pode esquecer. Palavras de Zico Góes, diretor de programação do canal (sim, é tudo culpa dele, podem xingá-lo à vontade): “Acredito que o clipe esteja morrendo na televisão.” (Como se ele não tivesse culpa no cartório). Pois é, e dá-lhe Beija Sapo, A Fila Anda e outros “programas de comportamento” enchendo a grade do canal (e nosso saco).

-Tava na fila do supermercado há uns 10 dias, esperando minha vez, quando vi a VIP entre as revistas que ficam perto do caixa. A Ana Hickmann olhando para mim, eu olhando de volta. Tinha curiosidade em relação à revista desde que ela ganhou uma eleição feita pela finada Zero, mas deixei esse sentimento adormecido. Mas resolvi arriscar dessa vez e comprei a bendita com a Ana na capa. Li rapidinho e virei fã. Textos inteligentes, enxutos, boas dicas e mulheres bonitas no recheio (claro, tinha um ensaio de moda que simplesmente ignorei). Resultado: fiz minha assinatura.

-Essa nunca vai acontecer por aqui: amanhã Sir Alex Ferguson completará 20 anos (20 anos!) como técnico do Manchester United. E nada melhor comemorar essa data especial com o time líder isolado do Campeonato Inglês.

sábado, novembro 04, 2006

DEMOLIDOR - DECÁLOGO

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Estou aqui em estado de êxtase após ler as duas aventuras do Homem Sem Medo publicadas em Demolidor #33. Eram os dois capítulos finais de Decálogo, o penúltimo arco da dupla Bendis & Maleev à frente do título. Desde já um dos melhores arcos da passagem da dupla, que está fazendo história (daqui a alguns anos vai ter neguinho implorando por novos volumes da série Os Maiores Clássicos do Demolidor com a republicação dessa fase). Fico imaginando o que o Brian Michael Bendis faria com o Batman, personagem em muitos aspectos semelhante ao Demolidor. Mas depois daquele imbróglio em que o Bendis se envolveu numa convenção de quadrinhos anos atrás, acho difícil isso acontecer, pelo menos num futuro próximo. (Relembrando: o Bendis falou do seu interesse em escrever um crossover entre o Cavaleiro das Trevas e o Homem Sem Medo, e foi totalmente desmoralizado pelo editor da DC, que falou que jamais trabalharia ao lado da Marvel enquanto o Joe Quesada mandasse por lá, deixando o escritor com cara de tacho, e ainda tendo que se desculpar por ter colocado a carroça à frente dos bois). Ah, sim, teve o Pantera Negra na revista também, mas é um lixo.

CURTE UMA GORDINHA? DEVE SER FOME

Deu na VIP. A Universidade de Newcastle, na Inglaterra, realizou a seguinte experiência: fotografou várias mulheres, de todos os tipos e tamanhos, e usou as imagens numa pesquisa com estudantes que freqüentavam o refeitório do local, e aqueles que tinham acabado de comer preferiam as fotos com garotas magras e com pouco peito (agora me lembrei daquela piada: “Você gosta de mulher com muito peito?” “Não, dois já bastam.” Uahahaha), enquanto aqueles que ainda estavam esperando a comida escolhiam as mais cheinhas. Explicação científica do ocorrido: os desejos do homem dependem da taxa de açúcar no sangue. Com a barriga vazia, e conseqüentemente a taxa de açúcar baixa, os hormônios despertam interesse por tudo que pareça mais opulento. Como diria minha mãe, tudo demais é veneno, mais aquelas gordinhas que participaram recentemente de uma campanha da Dove na tv satisfazem os apetites mais primitivos, mesmo depois de uma baita feijoada.

quinta-feira, novembro 02, 2006

LETRA TRADUZIDA

THE CURE
Charlotte Sometimes
Charlotte Às Vezes


All the faces, all the voices blur
Todos os rostos, todas as vozes se enevoam
Change to one face, change to one voice
Mudam para um rosto, mudam para uma voz
Prepare yourself for bed, the light seems bright
Prepare-se para a cama, a luz parece forte
And glares on the white walls, all the sounds of
E reflete nas paredes brancas, todos os sons de
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes
Into the night with
Noite adentro com
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes

Night after night, she lay alone in bed
Noite após noite, ela se deita sozinha na cama
Her eyes so open to the dark
Seus olhos tão abertos para o escuro
The streets all looked so strange
As ruas todas pareceram tão estranhas
They seemed so far away
Pareceram tão distantes
But Charlotte did not cry
Mas Charlotte não chorou
The people seemed so close
As pessoas pareceram tão próximas
Playing expressionless games
Jogando jogos sem expressão
The people seemed so close
As pessoas pareceram tão próximas
So many other names
Tantos outros nomes

Sometimes I’m dreaming where all the other people dance
Às vezes estou sonhando onde todas as outras pessoas dançam
Sometimes I’m dreaming, Charlotte sometimes
Às vezes estou sonhando, Charlotte às vezes
Sometimes I’m dreaming, expressionless the trance
Às vezes estou sonhando, sem expressão o transe

Sometimes I’m dreaming, so many different names
Às vezes estou sonhando, tantos nomes diferentes
Sometimes I’m dreaming, the sounds all stay the same
Às vezes estou sonhando, os sons todos permanecem os mesmos
Sometimes I’m dreaming, she hopes to open shadowed eyes
Às vezes estou sonhando, ela espera abrir os olhos sombreados
On a different world, come to me, scared princess
Num mundo diferente, vem para mim, princesa amedrontada
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes

On that bleak track (see the sun is gone again)
Naquele caminho frio (veja que o sol já se foi de novo)
The tears were pouring down her face
As lágrimas pingavam no rosto dela
She was crying and crying for a girl
Ela estava chorando e chorando por uma garota
Who died so many years before
Por uma garota que morrera há tantos anos

Sometimes I dream (where all the other people dance)
Às vezes eu sonho (onde todas as outras pessoas dançam)
(Charlotte sometimes)
(Charlotte às vezes)
(The sounds all stay the same)
(Os sons todos permanecem os mesmos)
Sometimes I’m dreaming (there are so many different names)
Às vezes estou sonhando (são tantos nomes diferentes)
Sometimes I dream
Às vezes eu sonho

Charlotte sometimes crying for herself
Charlotte às vezes chorando por si mesma
Charlotte sometimes dreams a wall around herself
Charlotte às vezes sonha um muro em volta dela
But it’s always with love
Mas é sempre com amor
With so much love it looks like everything else
Com tanto amor que parece com tudo o mais
Of Charlotte sometimes so far away
De Charlotte às vezes tão longe
Glass sealed and pretty, Charlotte sometimes
Vidro fechado e bonita, Charlotte às vezes
Splintered in her head
Estilhaço na cabeça dela
Shape is still asleep
A forma ainda está dormindo
With the toys as tall as men
Com os brinquedos altos como homens
The pictures in the hallway
Os retratos no corredor
Turning inside
Entram
Whispers unseen
Suspiros não vistos
Jumping against the sky
Pulsando contra o céu
Slipping away
Deslizando embora
He looks for the last time
Ele olha pela última vez

O The Cure foi formado em 1976 na cidade de Sussex, Inglaterra. Na formação, Robert Smith (vocal e guitarra), Lol Tolhurst (bateria) e Michael Dempsey (baixo, substituído mais tarde por Simon Gallup). “Charlotte Sometimes” foi lançada em single em 1981, e é uma das canções mais góticas da banda, fruto da obsessão pelos Strangers, principalmente por parte de Robert Smith. A letra fala diretamente aos corações dos fãs solitários, assim como a personagem Charlotte. Depressão pouca é bobagem.

quarta-feira, novembro 01, 2006

CAPA DE ASTONISHING X-MEN #17, BY JOHN CASSADAY

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DANE-SE O LULA II

Não satisfeito em citar o Mainardi, agora trago um trecho da coluna de Roberto Pompeu de Toledo, extraído da mesma edição da Veja:
“Que o próximo governo não roube, ou roube menos. Que não atente contra esse bem precioso, embora negado pelos cegos e mal-intencionados, que é o estado de direito. E que nossos ouvidos sejam poupados (este é um pedido especial) da hórrida retórica do ‘jamais visto neste país’, ou ‘pela primeira vez em quinhentos anos’. O Brasil não está aí para ser inaugurado toda hora. Nenhum país está. Achar o contrário é fruto da ilusão, da ignorância ou da má-fé.”
Acho difícil acontecer isso escrito pelo colunista, principalmente com o ego cada vez mais inchado da corja petista (isso sem falar da cara de pau deles). Mas não custa sonhar, e isso Morpheus tem nos proporcionado satisfatoriamente.

segunda-feira, outubro 30, 2006

DANE-SE O LULA

Nesse triste dia para o país, vou me abster de análises mais profundas e apenas citar um trecho da coluna de Diogo Mainardi, publicada na edição de Veja que acaba de chegar nas bancas:
“Lula pode ser o seu presidente. Meu ele não é. Meu senso de moralidade é superior ao dele. Lula é o chefe de uma junta de golpistas. Referendá-lo significa referendar o golpismo. Cassei sua candidatura um ano e meio atrás. Unilateralmente. Ele que fique com seus doleiros, com seus laranjas, com seus lobistas, com seus assessores, com seus jornalistas, com seus mensaleiros, com seus filhos, com seus gorilas, com seus bicheiros.”
Farei como o Mainardi. Lula não é meu presidente. Ele é o seu?

domingo, outubro 29, 2006

JOHN CONSTANTINE HELLBLAZER – NAS RUAS DE LONDRES

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Coletânea com one-shots publicadas originalmente no título mensal do bruxo inglês. A primeira delas, “Indo Com Tudo!”, da dupla Jamie Delano e John Ridgway, extraída de Hellblazer #03, de 1988, mostra uma espécie de Bolsa de Valores From Hell, e Constantine mostra bom faro para os negócios. Depois temos “Me Abrace” (Hellblazer #37, de 1990), escrita por nada mais, nada menos que Neil Gaiman, com a arte de Dave McKean. Na trama, o espírito de um sem-teto morto pelo frio busca um pouco de calor humano para deixar esse plano de existência. Sobra para nosso querido mago dar o abraço final no pobre fantasma. Seguimos com “Este é o Diário de Danny Drake” (Hellblazer #56, de 1992), da elogiada fase escrita por Garth Ennis, que aqui tem a companhia de David Lloyd, ilustrador de V de Vingança. O tal Danny do título está sob o domínio de um feitiço que não o deixa guardar seus segredos mais obscuros. E quem se mete no caso? Não preciso responder, né? Também do Ennis é a história “E a Multidão Vai à Loucura”, extraída de Hellblazer #77, de 1994, agora com a arte de Peter Snejbjerg, onde o companheiro para toda hora Chas conta aos seus amigos de copo(s) sobre a vez em que o Constantine “morreu”. Depois é a vez de “Fechado”, publicada em Hellblazer #140, de 1999, da curta passagem de Warren Ellis pelo título, com os desenhos de Frank Teran, mostrando um assassino psicopata que tortura suas vítimas num quarto onde os cadáveres acumulam. E quem acaba entrando no quarto? Ele mesmo, oras! Finalizando temos a curta “A Primeira Vez”, que saiu originalmente em Vertigo Secret Files: Hellblazer, no ano de 2000, com roteiro de Brian Azzarello e traços de Dave Taylor, mostrando como começou o vício em cigarros do Constantine (ele ainda era uma criança!). Edição caprichada da Devir, impressa na Espanha (chique!) num papel de altíssima qualidade. Vale quanto pesa.

sábado, outubro 28, 2006

LIKE A ROLLING STONE

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Comprei ontem o primeiro número da versão brasileira da famosa Rolling Stone. Mal comecei a ler, mas dei uma folheada atenta e babei! Formatão, 140 páginas, sendo 102 delas editoriais (eu disse que folheei atentamente), muito texto (mesmo) e só R$ 8,90 (a Bizz, com 84 páginas e formato menor, custa R$ 9,95). E olha quem está no conselho editorial da revista: Reverendo Fábio Massari! (Hoje qualquer um é Mestre, mas para receber a alcunha de Reverendo, só o Massari, VJ dos bons tempos da MTV). No recheio dessa edição de estréia (ou reestréia, já que a RS teve sua versão pirata em terra brasilis na década de 70) tem Bob Dylan, Jack Nicholson, Slayer, Mariana Ximenes, New Order, especial sobre o estado do Acre, a “nova” velha cara do Congresso Nacional, entre outras coisas apetitosas. Apetitosas como a Gisele Bündchen na capa, como você pode conferir na imagem acima.
A aposta nessa Rolling Stone Brasil é alta. A tiragem da estréia é de 100 mil exemplares, uma monstruosidade nesses tempos de competição acirrada com a Internet. Os anunciantes arriscaram, são cerca de 40 páginas de propagandas, e de marcas grandes, como Philips, Toyota, Terra, Chevrolet, Samsung e Mizuno. Tem tudo para dar certo, e estou torcendo por isso.
Como?! Concorrência com a Bizz? Que nada, creio que a Rolling Stone chegou para somar. Há pouco mais de um ano não tínhamos opção de revistas de cultura pop. Hoje, temos duas ótimas revistas mensalmente nas bancas. Eu, pelo menos, vou comprar ambas.
Para terminar, duas coisinhas. O formatão (o mesmo da edição americana) dificulta o manuseamento da revista, e conseqüentemente facilita que ela se amasse, mas são males menores perto do que a RS tem de positivo. E finalmente, a capa aí de cima traz chamadas que acabaram não saindo na versão que chegou às bancas, como a dos Mutantes, que deve ter ficado para o próximo número.

sexta-feira, outubro 27, 2006

LINKS!

-Nevermind é, ainda hoje, um disco atual e sensacional. Marcelo Costa fala dos 15 anos do clássico do Nirvana. O texto é ótimo, mas o meu saiu antes, hehehe.
-Super-heróis acusados de serem antiamericanos. Matéria sobre DC: A Nova Fronteira, publicada na edição dominical de um jornal local.

quinta-feira, outubro 26, 2006

SOUTH PARK NA VH1

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Boas novas para os órfãos do Locomotion, que saiu do ar no ano passado para dar lugar ao Animax, que é especializado em animação japonesa. A partir de novembro, South Park entra na grade de programação do VH1, canal de música e cultura pop. Serão dois episódios em seqüência, todos os domingos, a partir das 10 da noite, começando já no próximo dia 5. E não é só isso. Logo após South Park, será exibido Ren & Stimpy, outra antiga atração do Locomotion. O VH1 também confirmou a exibição do longa metragem de South Park, Maior, Melhor e Sem Cortes, no dia 3 de novembro, às 7 da noite. Agora só falta passarem Beavis & Butt-Head, o melhor programa de tv de todos os tempos, para o VH1 se tornar o canal preferido aqui em casa. Quem precisa da MTV mesmo?!

quarta-feira, outubro 25, 2006

DINASTIA M #2

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Se a primeira edição foi morna, agora o tal ‘evento Marvel do ano’ começa a ficar interessante. No mundo criado pela Feiticeira Escarlate, que tem o poder de moldar a realidade, os mutantes, liderados por Magneto, finalmente venceram a guerra contra os humanos, e acredita-se que os mutantes serão maioria por volta do ano de 2013. Ninguém percebe as mudanças, exceto Wolverine (sempre ele), que nessa versão é um soldado da SHIELD, agora à serviço da raça mutante, e tem um relacionamento com a Mística. Percebendo toda essa estranheza, Logan (ou James) logo abandona seu posto na SHIELD para procurar respostas para tudo aquilo, e ele acaba encontrando um grupo de renegados liderados por Luke Cage, que é seu companheiro nos Vingadores no universo normal. Percebendo a mão da Feiticeira Escarlate nisso tudo, juntos, eles irão procurar restabelecer a realidade, buscando inicialmente a ajuda de Emma Frost. Como disse inicialmente, esse número foi melhor que a estréia, trazendo mais temperos à trama. Mas os diálogos continuam aquém do que o Bendis sabe fazer, principalmente comparando com sua passagem pelo título do Demolidor. Nos desenhos, Olivier Coipel tem um traço que cai bem na história, e considerando como é raro um desenhista que saiba desenhar heróis dos mais diversos estilos, ele não deixa a peteca cair em nenhum momento. Se Dinastia M continuar nesse crescente de qualidade, teremos uma boa minissérie nas mãos.

sábado, outubro 21, 2006

DOSSIÊ - CRISE NAS INFINITAS TERRAS

(texto extraído da revista Mundo Super Heróis)
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Crise nas Infinitas Terras foi uma série em quadrinhos que renovou o universo relacionado ao Superman e outros personagens da DC. Lançada em 1985, Crise tinha um objetivo ousado: recriar todo o universo DC, tornando-o mais moderno, simples e de fácil acesso aos novos leitores. A preocupação era válida. Em meados dos anos 80, a cronologia dos personagens da editora, incluindo o Superman, era extremamente confusa, fruto das milhares de HQs publicadas ao longo de quase 50 anos. O dia-a-dia dos personagens era pouco coerente e, como eles se relacionavam em uma infinidade de universos paralelos, ficou impossível organizar uma cronologia acessível a um leitor mediano.
Sinta o drama: havia uma versão diferente dos principais personagens da DC divididos na Terra 1, Terra 2, Terra X e por aí vai. O Superman, por exemplo, era jovem na Terra 1, velho e casado na Terra 2 e vilão na Terra 3. Para piorar, as viagens dos personagens entre esses universos eram comuns
Coube ao escritor Marv Wolfman e o desenhista George Pérez botarem ordem na casa, com a criação de Crise nas Infinitas Terras. Na trama, as Terras são ameaçadas pelo vilão Antimonitor, o governante do universo da antimatéria que pretende destruir vários mundos e absolver sua energia. Os heróis das várias terras unem-se e vários deles são mortos. Alguns do primeiro escalão da DC, como a Supergirl e o Flash. Durante as 12 edições de Crise só restou uma Terra, resultado da mescla de todas as outras. Muitos personagens tiveram suas revistas recomeçadas do zero e ganharam uma nova origem mais moderna. No caso do Superman, essa tarefa coube ao talentoso quadrinista John Byrne. Infelizmente, a faxina editorial não foi perfeita e alguns personagens continuaram do ponto onde estavam antes da Crise. Com isso, as histórias permaneceram confusas e a situação só melhorou em 2006, com Crise Infinita, outra série que é continuação direta da Crise original.

quinta-feira, outubro 19, 2006

GOON - O CASCA GROSSA

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Vamos deixar de lado os méritos (ou a falta deles) da edição da Mythos, que tem histórico de cobrar muito e ter um acabamento porco, até porque eu nem vou comprá-la, justamente por causa do histórico citado. Vamos apenas falar da série em si. The Goon é criação de Eric Powell (que já trabalhou com Hulk, Pantera Negra e Vingadores), responsável pelo roteiro e pelos desenhos, e sai lá fora pela Dark Horse (inicialmente o próprio Powell editava e publicava seu material). O título The Goon se refere ao capanga da família Labrazio. A trama, e a porrada, começam com a chegada de um tal Homem Sem Nome e seu grupo de zumbis. A partir daí, Powell traz vários elementos de filmes de ficção B, como cientistas loucos, robôs gigantes, fantasmas etc. O gibi seria uma espécie de Contos da Cripta, Monty Python, Mad e os filmes de zumbis de George Romero, tudo misturado, tornando-se numa HQ de terror recheada de humor negro. Pena que a Mythos faz questão de deixar o material mais inacessível possível para o público. Parece até que seus editores lançam algo assim apenas para satisfazer seu ego e dizer que publicaram uma HQ de prestígio dentro da mídia especializada, não importando o encalhe enorme que com certeza vai existir. Bem, o jeito é se virar com os scans...

sábado, outubro 14, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-Vocês cagam fora de casa? Esse é o título de um tópico excelente do Miolos, um novo fórum sobre quadrinhos, em sua pasta “De Tudo Um Pouco”. Ontem dei altas risadas lendo o que a galera postou por lá. Confere lá, é só clicar aqui.

-Hoje à tarde li Demolidor #32. A série do Homem Sem Medo tá ótima como sempre. A dupla Bendis & Maleev com certeza entrará para a história do personagem com uma fase pau a pau com a escrita e desenhada pelo mestre Frank Miller nos anos 80. Mas o Pantera Negra não tem me agradado até aqui. E eu não engulo essa de um país africano, governado por um guerreiro que é também uma liderança religiosa, possuir o maior avanço tecnológico do planeta. Estranho que nessa edição e na próxima não tem Justiceiro. Somando isso ao fato do editor ter acenado a possibilidade do Justiceiro sair do mix da revista e de ter falado também sobre a chegada de uma nova série no próximo ano, parece que Frank Castle vai passar a fazer suas matanças em Marvel Max. Com isso, a revista pode ser mais uma a ter só uma série que presta (assim como X-Men Extra, que tem Astonishing e as 75 páginas restantes de lixo mutante). Como eu tô doidinho para arrumar desculpas para diminuir minha lista de compras, estou pensando em deixar de comprar a revista assim que acabar a fase do Bendis, e fico acompanhando a nova fase, escrita pelo Ed Brubaker, via scan.

-Na última edição de Veja, o jornalista Sérgio Martins teve a coragem de dizer que Paul McCartney tem uma “paupérrima formação musical”, ao falar do álbum de música clássica do ex-beatle. Pode uma coisa dessas? Mas isso é mania de brasileiro, sempre cobrando algo de quem não tem mais nada a provar, como é o caso do velho Macca, um gênio da música. Recentemente vi um especial produzido para a BBC onde o artista, no clássico estúdio Abbey Road, toca guitarra, violão, baixo, bateria, piano e aquele instrumento esquisito que os Beatles usaram em “Strawberry Fields Forever”, todos de maneira perfeita para uma seleta audiência (que incluía os integrantes do Travis), e vem esse cara e diz que ele não sabe de nada?! Ah, vai se catar. E deixa o Paul fazer o que lhe der na telha, mesmo música clássica. Ele tem crédito.

-Muito bom o Storytellers do VH1. A idéia do programa é a seguinte: cada edição tem um convidado, que faz um som e fala um pouco sobre a história de cada música. Ontem foi a vez do Pearl Jam, com o Eddie Vedder, mas politizado do que nunca, contando histórias fantásticas por traz de suas letras. A de “Alive” é fantástica, quando ele fala da mudança de significado que a letra ganhou devido à reação da platéia ao longo das apresentações da banda. Quem tem o canal, fique ligado que deve rolar reprise. Enquanto isso o barco furado da MTV afunda ainda mais...

-Eu achando estranho a ESPN ainda não ter mostrado nenhuma partida do Barcelona pelo Campeonato Espanhol, mas descobri o motivo. A Sky abriu um canal exclusivo para transmitir o torneio, e eles têm exclusividade nos jogos do Barça. E quem não tem Sky? Foda-se. Como eu.

A LIGA EXTRAORDINÁRIA VOL. 1

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Depois de entrar no mundo de Alan Moore com V de Vingança, nada melhor para mergulhar um pouco mais fundo do que ler A Liga Extraordinária, que conta ainda com os traços de Kevin O’ Neill. A trama da Liga se passa na Inglaterra do final do século XIX. O Império Britânico reúne seis aventureiros, a saber, Allan Quatermain, Capitão Nemo, Hawley Griffin, Dr. Henry Jekyll, Sr. Edward Hyde e a Srta. Mina Murray, todos eles personagens da literatura clássica que ganham uma interpretação única nas mãos de Moore, e juntos ele enfrentarão as ameaças de um criminoso que pretende dominar a Inglaterra, usando as mais fantásticas invenções. O gibi é um primor, leitura das mais agradáveis, e até leve, comparada a V de Vingança, com uma boa mistura de aventura, ficção e humor que em outras mãos seria um desastre (alguém aí falou Austen?). O volume 2 já está devidamente cofrado, e lerei em breve. E estou na espera do lançamento de Grandes Clássicos DC #9, uma coletânea das histórias de Moore com os personagens do Universo DC.
Uma curiosidade: essa semana eu assisti Steamboy, um longa animado japonês, que tem algumas semelhanças com a Liga. Aqui a trama também se passa na Inglaterra do século XIX, também há vários objetos bem futurísticos (incluindo um gigantesco artefato voador), e Londres também quase vai abaixo. Mera coincidência?

quinta-feira, outubro 12, 2006

GRANDES CLÁSSICOS DC – LANTERNA VERDE & ARQUEIRO VERDE VOL. 1 E 2

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O verão do amor tinha acabado e era hora de acordar para a realidade e enfrentar os problemas, e não fugir deles por meio do sexo livre e das drogas. Os heróis tinham morrido de overdose, e os inimigos estavam no poder. A década de 70 começava com uma frustração e um cinismo generalizado na população americana, e por extensão, mundial. E a arte, como sempre, soube expressar esse sentimento geral. Na música, o movimento punk dava seus primeiros passos com o New York Dolls. No cinema, Martin Scorcese e Robert De Niro começavam uma parceria que acabaria por render grandes frutos em Taxi Driver. E, nos quadrinhos, Dennis O’ Neil e Neal Adams revolucionavam a maneira de criar a nona arte.
O título do Lanterna Verde sofria com as vendas baixas, e algo precisava ser feito para evitar o cancelamento. Dennis O’ Neil foi chamado para reformular o personagem, famoso por suas sagas cósmicas. O autor teve então aquela idéia de gênio: que tal colocar o herói enfrentando problemas reais, dentro de um contexto mais próximo do que vemos em nosso dia-a-dia? Que tal humanizá-lo mais, colocando dúvidas em suas ações? E que tal colocar o Arqueiro Verde, dono de uma personalidade oposta à do Lanterna, ao seu lado, viajando por diversas regiões dos EUA? A partir dessa idéia geral foram boladas histórias que focavam o racismo, o vício de drogas, a superpopulação, a poluição ambiental, a questão indígena etc, e que iam bem além do simples “vilão do mês para o mocinho derrotar”, numa profundidade narrativa jamais vista até então nos quadrinhos.
Com o passar dos anos, aquelas histórias ganharam fama de “cult”, e passaram a influenciar todas as gerações futuras de roteiristas de HQs. E este grupo de histórias pode até ser considerada a pedra fundamental dos gibis adultos (e inteligentes), que hoje tem um peso comercial considerável, desmistificando o velho papo que os quadrinhos são leitura barata para adolescentes nerds.
Trinta e cinco anos depois, a Panini republica todas as aventuras da dupla esmeralda, feitas pelas mãos competentes de O’ Neal e Adams, em dois volumes da série Grandes Clássicos DC. Material essencial em qualquer coleção que se preza, não só por seu valor histórico, mas também porque, apesar de todos esses anos, as histórias ainda são boas pra cacete.