sexta-feira, dezembro 14, 2012

ARGO



Em 1979, a embaixada dos Estados Unidos no Irã é invadida por revolucionários locais, revoltados com o asilo dado pelo governo americano ao xá deposto Reza Pahlevi, fazendo 52 reféns. Mas seis funcionários da embaixada conseguem escapar e conseguem refúgio com o embaixador do Canadá. A CIA bola, então, um plano no mínimo curioso para resgatar o sexteto: com a ajuda de Hollywood, criam a produção de um filme faz de conta – o Argo do título – e os refugiados seriam um grupo com o diretor, a roteirista e produtores que estariam no Irã à procura de locações para a película, arrumando assim uma desculpa para trazê-los de volta são e salvos.
Argo é a terceira investida de Ben Affleck na direção – as outras foram Medo da Verdade e Atração Explosiva – e a melhor até o momento. Enxuto, com um elenco acima da média, com destaque para o próprio Affleck no papel de um especialista em retirar reféns e o sempre competente John Goodman, que colabora com algumas cenas de humor, trazendo um contraponto a tensão da trama, e retratando bem a época do final da década de 70/início da década de 80 (como é que aqueles óculos enormes eram considerados bonitos um dia?!), os bastidores de Hollywood e o período explosivo que vivia a região do Oriente Médio, o filme já é cotado para levar algumas estatuetas na próxima cerimônia do Oscar. Se vai chegar a tanto, não sei, mas Argo é daqueles artigos cada vez mais raros que renovam nossa fé na sétima arte. Recomendo!

sábado, dezembro 08, 2012

THE BEATLES – MAGICAL MYSTERY TOUR

(texto publicado originalmente na revista ESPECIAL BRAVO! BEATLES; autoria de Sergio Martins)




Embora Magical Mystery Tour não faça parte da discografia oficial inglesa dos anos 60, hoje em dia é tratado como um disco normal do catálogo dos Beatles. As seis canções do filme saíram originalmente na Inglaterra em um pacote que abrigava dois compactos duplos e um livreto. Os americanos, que nunca gostaram do formato EP, montaram o álbum usando as canções do filme e para o lado B utilizaram os singles que os Beatles tinham soltado no ano de 1967. Nos anos 70, o álbum foi adotado no mundo inteiro. O filme Magical Mystery Tour não agradou à crítica, mas é difícil achar falhas nas canções. Aqui estão também as últimas incursões dos Beatles pelo universo do psicodelismo. A faixa-título, escrita por Paul, é tão eficiente que até parece um jingle. Paul também escreveu a reflexiva The Fool on the Hill, que logo seria regravada por uma infinidade de artistas. Your Mother Should Know é mais uma viagem nostálgica do baixista. George se incumbiu da atmosférica Blue Jay Way. John veio apenas com uma música para o projeto, mas ela roubou a cena. A bombástica I Am the Walrus, composta depois de duas viagens de ácido, é uma ode à lisérgica, com John abusando de aliterações e citações a Lewis Carroll. Seu sinistro arranjo de cordas e acordes dissonantes ajuda a tornar a música perturbadora. O segundo lado do LP tinha o lendário compacto Strawberry Fields Forever, Penny Lane, o hino da contracultura All You Need Is Love e seu lado B Baby You’re a Rich Man e Hello Goodbye, que fez parte de um single de sucesso com I Am the Walrus do outro lado.



terça-feira, dezembro 04, 2012

MARCADOS PARA MORRER




Depois de um bom tempo sem ir ao cinema (a última vez que fui foi em Batman: The Dark Knight Rises), fui assistir A Possessão. Mas, como o site do cinema da minha cidade estava errado (no site, esse filme estaria em cartaz legendado, mas chegando lá só tinha cópia dublada) fui assistir Marcados Para Morrer. Confesso que não sabia o que esperar desse filme, já que eu não havia visto trailers, nem críticas ou coisas do tipo. Fui às cegas. E acho que foi isso que tornou o filme uma agradável surpresa para mim.
O filme conta a história de dois policiais, Taylor e Zavala, quando eles durante uma patrulha encontram um homem com uma pequena (mas não tão pequena assim) quantia em dinheiro e algumas armas. A partir daí eles começam a desvendar uma rede de crimes ligados à máfia, algo que não era da responsabilidade deles, mas que como bons policiais, eles acabam envolvidos, mesmo correndo grande risco de morte.
O filme é daquele estilo "filmagem caseira" (a justificativa é que as filmagens serviriam para um projeto de Taylor), mas com presença também de filmagem convencional, para as partes onde os policiais não estão com câmeras ou quando as câmeras caseiras poderiam prejudicar a ação. 
As atuações do filme estão boas, com destaque para os personagens principais, que em certos momentos chegam a emocionar a plateia, e olha que se trata de um filme policial/suspense, onde isso não é tão comum. Esse filme meio que humaniza os policiais, sem mostrá-los usando uma máscara da lei, sempre durões. Os policiais aqui são retratados de forma mais humana, o que eu achei outro lance legal no filme.
Marcados para Morrer é um ótimo filme, principalmente para quem curte um bom suspense policial! Foi uma surpresa pra mim, e acho que não vai decepcionar quem assistir!