domingo, dezembro 28, 2008

PARA FECHAR 2008

Se o primeiro post do ano foi dedicado a Maria Sharapova, apresentando seu então novo look, com franjas, por que não terminá-lo da mesma forma, agora com fotos do ensaio que a musa russa fez para a revista GQ espanhola? Confira logo abaixo, e clique nas imagens para poder vê-las em formato maior.
O Search & Destroy faz sua já tradicional pausa estratégica de fim de ano e volta com tudo na segunda semana de janeiro. Aproveito e agradeço à todos que deram uma passada por aqui durante 2008, um ano cheio de (boas) novidades para mim, e espero que estejamos juntos novamente em 2009, que promete mais um punhado de coisas (boas e) novas. Até lá!





quinta-feira, dezembro 25, 2008

DUFFY CANTANDO BORDERLINE DA MADONNA

KINGS OF LEON - ONLY BY THE NIGHT

(texto extraído da Rolling Stone #26, novembro de 2008; texto de autoria de Carlos Eduardo Lima)

Quarto disco dos “Strokes sulistas” cristaliza mudanças sonoras


Ao ouvir este Only By The Night, quarto trabalho do grupo Kings of Leon, uma coisa é perceptível: o quarteto está cada vez mais distante de qualquer coisa que lembre música rural americana. Os vocais gritados e o saudável desleixo das canções híbridas de punk e country, que compunham os bons Youth And Young Manhood (2003) e Aha Shake Heartbreak (2005), também ficaram para trás. A mudança, que já se insinuara no trabalho anterior, Because The Times (2007), trouxe a banda de Tennessee para a cidade grande e instaurou um clima sombrio e moderninho que domina agora este Only By The Night. Tendo algo das fases Achtung Baby e Rattle And Hum, do U2, como inspiração, além de elementos poéticos totalmente urbanos, os irmãos Caleb, Nathan e Jared Followill (mais o primo Matthew) adentram o rock mais clássico e usual em “Use Somebody” (com corinho a la Bono), flertam com a psicodelia no single “Sex On Fire” e na sombria abertura de “Closer”, além de tangenciar cacoetes moderninhos do rock em “Manhattan”. Se a empreitada chega a funcionar como conceito, o Kings Of Leon coloca em risco a espontaneidade e a inspiração dos primeiros discos - seus diferenciais em meio a tantas formações surgidas - e se arrisca a ser mais um na multidão de bandas dos anos 00 com a mesma cara.

METALLICA - ALL NIGHTMARE LONG (NOVO VÍDEO!)

domingo, dezembro 21, 2008

sexta-feira, dezembro 19, 2008

DÁ PRA MIM!


Saiu já faz um tempinho a versão deluxe dos três primeiros álbuns do U2, respectivamente, Boy, October e War. Cada um deles, além de conter o disco original remasterizado pelo The Edge em pessoa, traz um CD extra com várias faixas bônus, incluindo músicas até agora inéditas em discos oficiais da banda de Bono e cia. Eu já tenho a versão de pobre desses três discos, mas quem quiser me presentear com a versão motherfucker, fique a vontade.



Já o Pearl Jam se adianta e não vai esperar que seu álbum de estréia, o excelente e parte do meu top 10 ever, Ten, complete 20 anos de lançamento em 2011. Os caras já anunciaram para 24 de março próximo a versão luxuosa do disco (mas já está em pré-venda). O mimo terá o CD remasterizado, um DVD com o Acústico MTV, um LP com o show Drop In The Park, réplica da fita demo com três músicas que serviram de entrada para Eddie Vedder na banda, um caderno de composições de Vedder, faixas bônus e mais. Compra para mim também, vai!

sexta-feira, dezembro 12, 2008

GANTZ

(texto extraído da VIP # 284, novembro de 2008, por Odair Braz Jr)

HÁ VIDA APÓS A MORTE (E CHEIA DE GOSTOSAS!)
Gantz é o mais bacana na onda de mangás violentos (e põe violento nisso!) e recheados de gatinhas (e muitas!)


Morrer é ir para um lugar melhor, segundo a crença de muita gente. Mas Hiroya Oku, o criador de Gantz, não acredita nisso. O mangá sai no Brasil mostrando um jogo doentio com um grupo de pessoas que passou desta para melhor. O protagonista é Kurono Kei, tipinho esquisito, um tanto pervertido. Ele está esperando o trem do metrô quando um mendigo cai nos trilhos. Um conhecido de Kurono desce para ajudar e pede uma força ao rapaz. O resultado é que eles salvam o tiozinho, mas acabam atropelados e mortos. Voltam a si e percebem que estão inteiros, num quarto, em Tóquio, isolados junto com algumas outras pessoas e uma esfera enigmática. Todos recebem a missão muito bizarra de matar alienígenas que habitam a cidade. Também ganham roupas e armas especiais.

A história se apóia em aliens bem bizarros, humor negro e sensualidade. Já no começo da trama surge uma gata completamente nua com um belo par de peitos enormes. As edições seguem quentes, com muitos peitos e bundinhas de fora. Uma das coisas bacanas de Gantz é que o autor mistura desenhos dos personagens feitos a mão com cenários criados em computador. Veja como fica legal, isso se você conseguir tirar os olhos das peladinhas mortais.

sábado, dezembro 06, 2008

METALLICA - DEATH MAGNETIC

(texto estraído da Rolling Stone #25, outubro de 2008, de autoria de Pablo Miyazama)

Resgatando motivações do passado, banda lança melhor disco em 20 anos

Talvez seja a voz de James Hetfield a maior responsável pela mudança na aceitação do som do Metallica ao longo dos anos. Seu timbre estridente amadureceu em ... And Justice For All (1988) e ganhou corpo em Metallica (1991). E foi assim que a banda virou figura fácil na MTV, vendeu milhões e se tornou maior que a vida. Foi também a partir daí que a maioria dos fãs antigos lhe virou as costas. Que os orfãos se conformem que Hetfield tem 45 anos e jamais cantará como em 1983. Se a voz não é a mesma, não dá para dizer o mesmo da complexidade das músicas. Sucessor do fraco St. Anger (2003), Death Magnetic supera as expectativas até do mais otimista dos metaleiros. A banda não quis desperdiçar as idéias acumuladas nos últimos cinco anos: coleções de riffs são despejadas de modo aparentemente aleatório e sem sutileza, alternando entre velocidade thrash (o coice "That Was Just Your Life" e a semibalada "The Day That Never Comes", mansa no início, furiosa nos minutos finais) e arranjos intricados e energéticos ("All Nightmare Long", "Broken, Beat & Scarred"). Parece que a grande motivação do Metallica - pais de família na casa dos 40 e tantos - era provar que a capacidade de criar música rápida e complicada não se esgotou com a idade. Méritos de Rick Rubin, mais guru do que produtor, que domou egos e estimulou a banda a resgatar, lá atrás, a essência de suas motivações. A terapia, afinal, deu certo.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

TRECHOS DO DIÁRIO DE KURT COBAIN (PT 2)

Toda vez que volto, é o mesmo dejà vu que me dá um arrepio na espinha, depressão total, ódio total e rancores que durariam meses, velhos cards com desenhos de roqueiros tocando guitarra, monstros e legendas na capa como: "This Bud's for You" ("Esta flor é para você") ou "Get High" ("Vai fundo"), desenhos elaborados de narguilés, alterações de trocadilhos sexuais sobre a garota feliz jogando tênis. Olhem em volta e vejam os pôsteres do Iron Maiden com cantos rasgados e buracos preenchidos, pregos nas paredes onde ainda hoje se exibem bonés de tratorista. Depressões na mesa provocadas por cinco anos de quarter bounce. O tapete manchado de cusparadas sonolentas na escarradeira, eu olho em volta e vejo toda essa porra e a coisa de que mais me lembro da minha adolescência inútel é que, toda vez que entro no quarto, passo o dedo pelo teto e sinto o resíduo grudento de um acúmulo de fumaça de maconha e tabaco.
(Kurt descrevendo o quarto onde passou parte da adolescência; narguilés é um cachimbo de água utilizado para fumar; quarter bounce é uma brincadeira onde o pessoal joga uma moeda no copo de cerveja, bebendo em seguida, você já deve ter visto em algum filme)