quarta-feira, fevereiro 28, 2007

FALA QUE EU TE CHUPO

-Estou acompanhando essa nova fase do Demolidor, escrita pelo Ed Brubaker e desenhada pelo Michael Lark, através dos scans. Até agora li as duas primeiras histórias e é excelente. O estilo é outro, mas é tão bom quanto a fase da dupla Bendis & Maleev. E o personagem principal continua comendo o pão que o diabo amassou. Brubaker também está fazendo um ótimo trabalho no título do Capitão América (que igualmente leio via scan). Como é que a DC deixou esse cara ir embora?

-Finalmente a Panini lançou a versão definitiva de O Cavaleiro das Trevas. Com 516 páginas e capa dura, e contendo, além da clássica minissérie original, sua controvertida continuação, O Cavaleiro das Trevas 2, e uma porção de extras (esboços, capas originais, trechos de roteiro etc), tudo isso pela bagatela de R$ 95,90. Tem também uma versão mais barata, com capa mole. Se tudo der certo faço minha encomenda até o meio de março. É uma vergonha dizer isso, mas eu não tenho essa maravilha na minha gibiteca, apesar de já ter lido emprestada.

-Não sei o que foi mais ridículo, a Britney Spears raspando o cabelo ou vários programas de TV americanos analisando os motivos por que ela fez isso, inclusive com a ajuda de psiquiatras e afins. Pelo menos a CNN fez uma matéria com muito humor sobre o ocorrido.

-O principal motivo de assistir ao Oscar, ao menos para mim, é dar boas gargalhadas, e esse ano a Ellen Degeneres, de quem gosto desde que fazia sitcom para a TV, cumpriu bem seu papel. O monólogo inicial foi bem legal, e suas intervenções posteriores mantiveram o pique. Destacam-se os momentos onde ela interagiu com a platéia (aquele com o Scorsese foi muito engraçado) e quando ela se misturou àquele grupo que fazia imagens temáticas com os corpos. Também sobrou humor para as estrelas. Jack Black é sempre engraçado, e o momento O Diabo Veste Prada foi excelente (eu amo a Meryl Streep), sem esquecer o Al Gore, que entrou no clima da festa. Em relação aos premiados, bem, não vi nenhum dos filmes indicados, então não posso fazer uma análise melhor, mas foi bom ver finalmente o Scorsese ser reconhecido e o Forest Whitaker sair como melhor ator (pelo que ele fez nas participações em duas séries, The Shield e ER, dá para perceber que ele está em sua melhor forma). Ah, e saudações ao inventor da tecla SAP. A tradução simultânea tira 90% da graça da premiação, apesar de que os comentários do Rubens Ewald Filho (assisti pela TNT) às vezes fazem falta.

sábado, fevereiro 24, 2007

GRANDES ASTROS BATMAN & ROBIN #1

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Se Superman ganhou Grant Morrison e Frank Quitely como equipe criativa, o Morcego e o Garoto Prodígio não ficaram atrás e levaram Frank Miller e Jim Lee nos roteiros e desenhos, respectivamente, para a linha All Star. Nessa primeira edição é retratada a morte dos pais de Dick Grayson, o Robin original, num espetáculo de circo, tudo visto por Bruce Wayne, que na ocasião se encontrava da boa companhia da colunista Vicki Vale. Depois do ocorrido, a polícia de Gotham leva o garoto em sua patrulha para lhe dar uma dura, quando são interrompidos pelo Batman, que fala para o pequeno Dick que ele foi convocado para uma guerra.
Vi muitas críticas negativas internet afora para essa HQ, mas sempre que falam mal de um trabalho do Frank Miller, temos que considerar o seguinte: é ruim comparado com os clássicos do mesmo roteirista, como Cavaleiro das Trevas e Ano Um (para ficar com seus trabalhos estrelados pelo Morcegão), ou é ruim em relação aos gibis em geral? Aqui, como na maioria das vezes, a alternativa certa é a primeira, até porque o Miller nos seus piores dias ainda é infinitamente melhor que um Chuck Austen da vida. Já Jim Lee é aquela coisa, não tem meio termo, ou você gosta do estilo do cara ou o odeia. Sou dos que curtem seu traço, e aqui ele faz um trabalho até melhor que o usual, preocupando-se mais em contar a história e menos em fazer pin ups página sim, página não. Miller, sabendo da desenvoltura do desenhista em fazer belas mulheres, coloca Vicki Vale na trama, que aparece em toda sua exuberância logo nas primeiras páginas. No final, o gibi não tem aquela cara revolucionária de Grandes Astros Superman, é mais pé no chão, mas é tudo bem contado, e faz jus ao que propõe essa linha de quadrinhos da DC.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

GRANDES ASTROS SUPERMAN #1

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Que gibi, meu deus, que gibi!
Superman faz parte de uma expedição ao sol que é quase sabotada por Luthor. Como todos sabemos, a fonte de poder do homem de aço vem da energia solar, mas o herói acaba exposto a um nível critico de radiação solar, o que o faz manifestar um novo poder e aumentar exponencialmente sua força, porém também impede que a energia seja processada de maneira eficiente, causando morte celular. Antes de sua morte o herói quer fazer algumas coisas, como revelar sua identidade a amada Lois Lane. E é só nessa edição de estréia da mais que aguarda linha All Star (Grandes Astros na tradução da Panini; por mim ficaria em inglês mesmo), e ficamos com gosto de quero mais quando chegamos à última página. O roteirista Grant Morrison, que há tempos desejava fazer um trabalho grandioso estrelado pelo Superman como esse, está inspiradíssimo, bolando suas teorias científicas fantásticas, que lembram a era de prata da DC. E temos ainda os traços cinematográficos de Frank Quitely, retratando perfeitamente os personagens (o Clark atrapalhado dele é excelente; e a capa, meu deus, é uma verdadeira obra de arte). Nota 10 com méritos. Já estou na espera da segunda edição.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

NOTAS MUSICAIS

-Depois de se reunir para se apresentar no chatíssimo Grammy, o Police anunciou uma turnê mundial, que irá comemorar 30 anos da banda. A excursão começa em 28 de maio em Vancouver e poderá passar pelo Brasil. Será que o Sting é menos pé no saco sozinho ou acompanhado?! Agora só falta os Smiths voltarem...

-Uns se reúnem, outros se debandam. O vocalista Chris Cornell anunciou sua saída do Audioslave, alegando conflitos de personalidade e diferenças musicais inconciliáveis. O Audioslave surgiu com fama de superbanda, trazendo em sua formação os (bons) músicos do Rage Against The Machine mais Cornell, ex-Soundgarden, uma das grandes bandas da cena de Seattle nos anos 90. Chegaram a lançar três álbuns e ainda fizeram um show histórico na ilha de Fidel. Bem, achei o primeiro disco dos caras excelente, o segundo foi bem meia-boca, e nem me dei ao trabalho de ouvir o terceiro e derradeiro disco. Cornell deverá agora cuidar de sua carreira solo. E os demais integrantes? Bem, tem um show do Rage Against The Machine já marcado para o próximo Festival Coachella, no final de abril.

-Os Arctic Monkeys saíram como os grandes vencedores do Brit Awards, realizado na quinta-feira passada. A banda venceu nas categorias de melhor grupo e de melhor álbum britânico. Enquanto isso o The Killers levou os prêmios de melhor grupo internacional e de melhor álbum internacional.

-Com mais de 35 anos de atraso a Índia irá receber seu primeiro grande show de heavy metal. O Iron Maiden tocará por aquelas bandas em 17 de março, nos jardins de um palácio em Bangalore. O disco dos caras A Matter Of Life And Death é o segundo nas paradas locais. Como seria um Eddie indiano?

CRISE INFINITA #2

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Antes de qualquer coisa, não posso deixar passar mais uma mancada da Panini. DC Apresenta #1, que traz o arco com a Poderosa e que deve ser lido antes dessa edição de Crise Infinita, acabou ficando com sua distribuição setorizada, apesar de ter sido anunciada como nacional. Tive que me virar e baixar os respectivos scans para ler essa história. Esses problemas com a distribuição já estão virando piada velha.
Mas vamos à Crise. Três personagens que haviam desaparecido com a Crise nas Infinitas Terras estão de volta. Superboy Primordial, Superman da Terra 2 e Alexander Luthor da Terra 3 retornam com o intuito de concertar as coisas. Segundo eles, a Terra salva na Crise original foi a errada, e a Terra certa deve retornar. Com eles também está o segredo da origem da Poderosa (e no final a leitura de DC Apresenta não parece tão essencial para o entendimento da trama). Enquanto isso, Donna Troy reúne uma equipe para ir a Nova Cronos, o Coringa quer saber (ao seu modo) por que não foi chamado para a Sociedade de Vilões, os OMACs atacam a Ilha Paraíso e o Batman, bem, ele continua paranóico.
Com a entrada dos três personagens citados e a origem da Poderosa revelada, a trama toma contornos mais nítidos, mas ainda está longe de colocar todos esses acontecimentos convergindo. O texto de Geoff Johns continua competente, mas a arte de Phil Jimenez pareceu meio descuidada em algumas passagens. Já a parte que coube ao George Pérez (o flashback contado pelo Superman da Terra 2) ficou excelente, mas o mesmo não posso dizer da capa desenhada pelo mesmo Pérez, bem aquém do esperado. Mais uma vez escolhi a capa do Jim Lee.

sábado, fevereiro 17, 2007

FRASE

“Estou com a cabeça no carnaval, e não no ministério.”

Do nosso querido presidente Lula. Com um governante com essa mentalidade, não tem PAC que dê jeito. Aliás, nunca vi um governo levar tão a sério a máxima que diz que, no Brasil, o ano só começa após o carnaval. O que me faz lembrar o João Gordo berrando “a gente trabalha e se fode o ano inteiro, chega o carnaval, é globeleza, é globeleza, é globeleza...”

CAPA DE GIANT-SIZE SPIDER-WOMAN 1

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sábado, fevereiro 10, 2007

NOTAS MUSICAIS

-Billy Corgan não desiste. Os Smashing Pumpkins voltaram a se reunir (quer dizer, Corgan e o baterista Jimmy Chamberlin; James Iha e D’Arcy, respectivamente guitarrista e baixista, não participam dessa nova encarnação da banda). Desde o ano passado os caras estão em estúdio, onde gravaram o álbum Zeitgeist, que tem previsão de lançamento para 7 de julho próximo. Na boa, a fonte de Corgan secou faz tempo. O Zwan, seu projeto após o final dos Pumpkins, parecia uma xerox mal feita de sua antiga banda, e ninguém ouviu seu disco solo. E sendo um pouco mais exigente, ele deveria ter pendurado as botas (ou o microfone e a guitarra) depois de Mellon Collie And The Infinite Sadness, talvez o melhor álbum duplo da história do rock.

-Os lendários da seminal banda protopunk, The Stooges, anunciaram que farão uma turnê para divulgar seu primeiro disco de estúdio em mais de 30 anos, The Weirdness, que deve sair em 20 de março. Nas datas anunciadas até agora estão incluídas grandes cidades americanas, como Nova York, Seattle e São Francisco, e festivais pela Europa. Por enquanto nada de Brasil, que pôde ver os caras em 2005.

-Quem também está voltando é o Dinosaur Jr, um dos grandes representantes da cena alternativa americana entre os anos 80 e 90, e que ganhou um pouco mais de visibilidade com a ascensão do grunge. A formação original (J Mascis, Lou Barlow e Murph) se reuniu depois de 18 anos para gravar o CD Beyond, com lançamento marcado para o final de abril. As músicas que farão parte do disco são:
'Almost Ready'
'Crumble'
'Pick Me Up'
'Back To Your Heart'
'This Is All I Came To Do'
'Been There All The Time'
'It's Me'
'We're Not Alone'
'I Got Lost'
'Lightning Bulb'
'What If I Knew'
-Não fui o único a se surpreender com o Prince tocando “Best of You”, do Foo Fighters no Superbowl (sim, eu também curto futebol americano). Os próprios integrantes do Foo não esperavam por isso. O baterista Taylor Hawkins falou o seguinte: “Cara, não tenho a mínima idéia por que ele fez aquilo, mas adoraria saber. Quer dizer, passou pela minha cabeça que o Prince queria dizer um “foda-se” para gente, ou talvez ele realmente goste da música”. Lembrando que o FF já fez uma cover do Prince, “Darling Nikki”, que acabou entrando num lado b de um single.

-Lembram que falei há um tempo que o programa do Jools Holland passaria pela HBO Plus? Pois bem, sabem quem se apresentou por lá ontem? A Nação Zumbi! Isso mesmo, tocaram duas músicas e ainda assistiram, in loco, David Gilmour, do Pink Floyd, apresentando seu trabalho solo, e também executando, ao lado do tecladista Richard Wright, “Arnold Layne”, música dos primórdios do Floyd. Quem perdeu tem reprise nessa segunda à noite. Na próxima sexta não tem Jools Holland, mas tem um especial com Primal Scream e Killers tocando ao vivo. Fica a recomendação. Outro bom programa é o documentário Heavy - A História do Metal, da VH1 (a propósito, esse canal tá matando a pau, ótima programação). Quinta-feira passada foi exibida a primeira parte, destacando os primórdios do estilo, com Black Sabbath e Led Zeppelin, cobrindo até o final da década de 70, com o enfraquecimento do metal devido ao movimento punk, que ditava as modas. Próxima quinta tem a segunda parte, que deve destacar a New Wave Of British Heavy Metal, que teve como principal representante o Iron Maiden. Aliás, Bruce Dickinson, nos depoimentos, está a cara do falecido Caçador de Crocodilos. Que roupinha é aquela?!

-Para terminar que tal uma foto da nossa querida Lily Allen, que tem ouvido muito Klaxons, The Bird and the Bee e Adele (não, eu não conheço esses dois últimos)? Ela não é uma gracinha?! E ainda tem boca suja (com um belo sotaque inglês)! Perfeita!!!
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É GUERRA!

O Coldplay ilustra as capas das edições de fevereiro da Bizz e da Rolling Stone. Confira:
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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

DICAS DO MÊS

As duas recomendações do mês, com textos extraídos das mais recentes edições da Bizz e da Rolling Stone, são Peel Sessions, da musa indie PJ Harvey, e Freak ‘N’ roll...Into The Fog, de uma das melhores bandas dos anos 90 (e com cara de anos 60/70), Black Crowes. No primeiro temos faixas que foram executadas no antigo programa do radialista inglês John Peel, que morreu em 2004. O texto é de autoria da jornalista Lígia Nogueira e foi publicado na Bizz #209, de janeiro (vou poupá-los do texto da Ivy Farias sobre o mesmo CD que saiu na RS de dezembro passado; parecia que a autora nem sabia quem era o John Peel, uma lástima). Depois é a vez do ao vivo dos Black Crowes, a banda dos irmãos Robinson (nem só do clã Gallagher vive o rock), num show de 2005. Texto de Paulo Cavalcanti que saiu na Rolling Stone #4, também de janeiro. Vale ressaltar que a seção Guia da RS, o ponto fraco da revista, teve uma sensível melhora nessa edição. Finalmente!
PJ HARVEY
Peel Sessions (1991-2004)
Universal
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A combinação é saborosa: se John Peel é hoje considerado o radialista mais importante da música pop, ninguém melhor do que a intrigante roqueira inglesa PJ Harvey para homenagear o locutor da BBC, morto em outubro de 2004. Pois essa musa atormentada caprichou na escolha do repertório de Peel Sessions (1991-2004), que reúne 12 faixas gravadas durante as apresentações no programa do amigo. Poderia ser “apenas” mais uma coletânea, se PJ Harvey não fugisse do óbvio – característica, aliás, das mais marcantes em sua carreira. Os primeiros acordes da faixa de abertura, “Oh My”, dão o recado: PJ não brinca em serviço. Sensualidade e dramaticidade se encontram em uma seqüência que inclui três outras faixas de seu disco de estréia, Dry (1992) – “Victory”, “Sheela-Na-Gig” e “Water” – e as até então inéditas em álbuns oficiais “Naked Cousin”, “Losing Ground”, “This Wicked Tongue” e “Wang Dang Doodle” (Willie Dixon). Da parceria com John Parish vem a balada “That Was My Veil”, incluída no álbum Dance Hall At Louse Point (1996). A sinuosa “Snake”, de Rid Of Me (1993), quebra o transe com um grito amedrontador, mas ainda repleto de malícia. “Beautiful Feeling” ficou mais crua e bela sem Thom Yorke – que participa dos vocais no disco Stories From The City, Stories From The Sea (2000). “You Come Through”, homenagem póstuma, encerra o set list à maneira de PJ (e que certamente John Peel aprovaria): espinhosa e cheia de beleza.
Lígia Nogueira
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BLACK CROWES
Freak ‘N’ roll...Into The Fog
ST2
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Os discos de estúdio do Black Crowes na maioria das vezes são irregulares, mas esses caras, quando sobem ao palco, não deixam para ninguém. Este CD duplo, gravado no lendário Fillmore East (São Francisco), traz o registro da tour realizada em 2005 e que quebrou recordes de público. Foi uma espécie de volta do grupo, já que seus integrantes estavam mais interessados em desenvolver trabalhos solos. Freak ‘n’ roll...Into The Fog também foi lançado em DVD, mas os fãs não vão dispensar este registro em áudio. Todos os clássicos estão incluídos e até algumas das canções mais fracas da banda, como “Welcome to the Goodtimes”, ganham novo ímpeto quando tocadas ao vivo. A troca de figurinhas entre os guitarristas Marc Ford e Rich Robinson é de dar água na boca e o vocalista Chris Robinson comanda o show com seu vocal que passeia por elementos de soul, gospel, blues e country. Os pontos altos são vários, mas de cabeça já dá para lembrar de “Soul Singing”, “Hard to Handle” e “Sunday Night Buttermilk Waltz” (uma bela versão acústica). Tem até uma cover de “The Night the Drove Old Dixie Down”, do The Band. Rock sem papagaiadas e de primeira.
Paulo Cavalcanti

domingo, fevereiro 04, 2007

PIXEL FICA COM O FILÉ

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Foi revelado na quinta-feira que a Pixel Media assinou um contrato que lhe dá direitos de publicar materiais da Vertigo, Wildstorm e ABC, os três selos da DC Comics voltados para um público mais adulto. Isso foi revelado pelo Sidney Gusman (sempre ele) no Universo HQ, que depois realizou uma extensa entrevista com André Forastieri (diretor da Pixel, e já conhecido de longa data pelos leitores mais antigos da Bizz, onde ele trabalhou na primeira metade dos anos 90) e com os editores Odair Braz Júnior e Cassius Medauar. Confira aqui a noticia e aqui a entrevista.
Bem, não vou negar que fiquei babando com tantas novidades. Em primeiro lugar teremos um título mensal, a Pixel Magazine, incluindo material da Vertigo e Wildstorm, e com distribuição para bancas normais (e feita pela Dinap, nada de Chinaglia). Também prometeram uma verdadeira enxurrada de encadernados, voltados mais para livrarias, comic shops e vendas on line. É gibi bom que não acaba mais. Entre os já prometidos inclui-se Hellblazer, Planetary (esse dois já estréiam na Pixel Magazine), Fábulas, Os Invisíveis, Authority, Ex-Machina, Sandman (a Conrad ainda publicará os 4 volumes restantes, mas a Pixel já tem direitos sobre a obra), entre outros.
Alguns títulos que tiveram vida atribulada por outras editoras no Brasil, como é o caso de Preacher, terão uma atenção especial e será estudada a melhor maneira de publicação. Outras, como Ex-Machina e Planetary recomeçarão de onde pararam (essa última teve dois volumes publicados pela Devir, enquanto que Ex-Machina já teve uma edição pela Panini).
Será finalmente o fim da era onde editoras fundo-de-quintal publicavam porcamente esse tipo de material, com os preços nas alturas e sem garantia de que veríamos os finais das séries? Será que agora encontraremos quadrinhos adultos de qualidade com preços mais acessíveis e sem medo de no meio do caminho ter nossa série favorita descontinuada e sem os atrasos contumazes? Eu vou ficar torcendo por aqui.
Agora, aqui para nós, alguém ainda dá a mínima para a tão falada ampliação da DC na Panini?!

sábado, fevereiro 03, 2007

CD OU DOWNLOAD?

Comprar o CD oficial ou baixar tudo na Internet? Eis a grande questão que seria feita por Hamlet se a famosa estória de Shakespeare fosse transportada para os dias atuais. Confira o que alguns roqueiros da terra da rainha falaram sobre o assunto:
“CD? Como era mesmo que isso funcionava? Foi há tanto tempo...” (Thom Yorke, do Radiohead)

“Tenho minhas assistentes para baixar músicas. Se quero ouvir ‘Fly Like An Eagle’, dos Neville Brothers, aí chamo uma das minhas filhas e uns minutos depois ela me traz a música num desses aparelhinhos. Se eu compro CDs? Ora, eu sou o Keith Richards, nunca comprei um disco na vida. Eu entro em qualquer loja e eles dão.” (Keith Richards, dos Rolling Stones)

“Baixar músicas? Eu não tenho um computador, estou imune a essa merda.” (Noel Gallagher, do Oasis)

“Nunca baixei uma canção. Acho que deve até ser legal, mas eu sou tradicional. Gosto de ir numa loja, de bater papo com o balconista adolescente mal remunerado que veste uma camisa velha do Oasis.” (Richard Ashcroft, ex-Verve e em carreira solo atualmente)

“Eu não baixo músicas, mas não sou contra. É que nunca tive e não vou ter um iPod. Fones de ouvido me lembram do meu trabalho, não uso fones fora do estúdio.” (Paul McCartney, do... como era mesmo o nome da banda onde ele tocava?!)

“Eu baixo músicas na Internet, não compro um CD há décadas. Bem, todo mundo sabe que sou um usuário assíduo da rede, não?” (Pete Townshend, do The Who)
E o que eu acho de tudo isso? Bem, sou como o Ashcroft, sou meio “das antigas”. Gosto do formato álbum, gosto de colocar a bolachinha (ou o bolachão, na época dos vinis) para tocar, pegar o encarte e ver as letras e tal, gosto do cheirinho de novo quando abrimos o pacote do disco. Mas sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, não posso gastar muito com esse hobby. Lembro que quando meu pai comprou um aparelho de som com CD Player, lá por 1994, num período de um ano comprei mais de 100 CDs, e depois disso mantive uma média acima dos 50 discos anuais. Hoje se essa média chegar aos 15 é muito. Além de não ter muita grana, os CDs estão muito caros agora. Então baixo uma música aqui e ali, no limite que minha conexão discada permite. Ainda assim baixo pouco, até porque não estou muito animado com a situação que nós vivemos no mundo musical e prefiro ouvir meus discos antigos mesmo. Mas é certo que essa era de downloads veio para ficar, e não dá para ficar imune a isso, e fico meio entristecido sabendo que esse formato de uma banda se reunir em estúdio para gravar 10, 12, 14 músicas para um álbum está com os dias contados. Será que não teremos jamais um novo Sgt. Peppers, um novo Dark Side, um novo Pet Sounds, um novo Rocket To Russia, um novo Nevermind?!

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

MONSTER #5

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Nessa quinta edição de Monster, Dr. Tenma procura um antigo colega de faculdade, hoje uma autoridade em psicologia criminal, para analisar uma mensagem que o garoto Johan lhe deixou (fato mostrado no volume anterior). Com isso Tenma quase põe tudo a perder e passa perto de ser capturado. Ele também quase cai na armadilha do investigador Lunge ao entrar na casa onde supostamente Johan cometeu seu mais recente crime e escapa por pouco. Enquanto isso Nina, a irmã de Johan, vai em busca do assassino de seus pais adotivos, mas acaba mesmo ajudando-o a se livrar da máfia.
Apesar de ter sido uma edição com muita ação e onde muita coisa acontece, a trama principal, que é “qual é a desse moleque?”, pouco progride. Mas assim como Lost na televisão, o autor do mangá, Naoki Urasawa, não vai entregar o jogo fácil, e aproveita para colocar novas situações para deixar a vida dos personagens principais mais complicadas ainda. A edição brasileira é de boa qualidade, e a Conrad (talvez a melhor editora que publica quadrinhos na atualidade) faz um bom trabalho, mas custava colocar um “recapitulando” no começo da revista, algo que é mais que necessário num mangá com periodicidade bimestral? Fica o toque. Fora esse detalhe, Monster continua sendo uma das melhores opções de leitura seqüencial nas bancas nos dias de hoje.