sábado, janeiro 28, 2006

STROKES - ROOM ON FIRE

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Demorei pra cacete pra comprar Room On Fire. Acho que as críticas à época do lançamento não me deixaram muito empolgado com o disco. Diziam que o álbum era uma repetição fraca da estréia deles, o já clássico Is This It. Diziam que as músicas pareciam sobras do debut, que os integrantes da banda não tinham se esforçado muito na feitura das novas canções. Só depois ouvi algumas faixas do CD. Achei o primeiro single, “12:51”, bem legal. Depois vieram “Reptilia” e “The End Has No End”, inferiores, mas ainda boas. Esqueci o disco por um tempo, mas no final de 2005, com uma graninha extra sobrando, resolvi comprá-lo. E até que gostei. Claro, não chega aos pés de Is This It, mas é pedir demais à banda para fazer algo melhor que a excedente estréia. Tem alguns bons momentos, como as 3 citadas acima, além de “What Ever Happened?”, “I Can’t Win” e “Automatic Stop”. Em alguns momentos, a falta de criatividade dos arranjos incomoda um pouco, mas acaba não estragando o todo. O saldo final é um punhado de canções, ora legais, ora apenas regulares, mas que servem para segurar mais um pouco o hype em cima do quinteto nova-iorquino. Agora alguém me explica o porquê do intervalo de 5 segundos entre as músicas, por favor!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

PRÊMIO BIZZ 2005

Como prometido, abaixo se encontra a lista dos ganhadores do Prêmio Bizz 2005, na opinião do público e da crítica, publicada na edição de janeiro da revista. O Franz Ferdinand foi o grande campeão, vencendo nas principais categorias, e agradando tanto ao público quanto à crítica. Aliás, destaca-se o entrosamento entre os leitores e os jornalistas especializados, com várias coincidências na opinião dos dois grupos, algo pouco visto em eleições passadas. Qual o motivo disso? Os críticos estão menos exigentes ou somos nós, leitores, que não estamos mais engolindo qualquer merda que aparece? Confira a lista abaixo e tente responder. Ah, coloquei apenas o 1º colocado da correspondente categoria. Se quiser ver a lista com os 5 primeiros colocados, compra a Bizz, meu!
Artista:
Público – Franz Ferdinand
Crítica – Franz Ferdinand

Música:
Público – Do You Want To, Franz Ferdinand
Crítica – Daft Punk Is Playing At My House, LCD Soundsystem

Disco:
Público – You Could Have So Much Better, Franz Ferdinand
Crítica – You Could Have So Much Better, Franz Ferdinand

DVD Musical:
Público – No Direction Home, Bob Dylan
Crítica – No Direction Home, Bob Dylan

Show:
Público – Strokes
Crítica – Arcade Fire

Revelação:
Público – Arcade Fire
Crítica – Arcade Fire

Capa de disco:
Público – In Your Honor, Foo Fighters
Crítica – Sexy 70, Che

Programa de TV:
Público – Alto Falante, TV Cultura
Crítica – The Blues, GNT

Hall da fama Bizz:
Público – Raul Seixas, pela série de CDs Raul 60 Anos
Crítica – Roberto Carlos, pela série de box sets Para Sempre

Coisinha ridícula do ano:
Público – A demissão coletiva no Charlie Brown Jr
Crítica – O caso IPod/Maria Rita na Veja

GRANDES CLÁSSICOS DC 4: BATMAN – CONTOS DO DEMÔNIO

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Neste quarto volume de Grandes Clássicos DC temos uma seleção dos maiores confrontos entre Batman e Ra’s Al Ghul, escritas pelo criador deste último, Dennis O’Neal. No total são onze histórias, desenhadas por feras como Irv Novick, Neal Adams e Bob Brown, a maioria publicada originalmente nos anos 70. Além do claro valor histórico da edição, é bem interessante vermos como o Cavaleiro das Trevas era retratado nesta era, digamos, mais inocente das HQs. Se hoje o Batman é quase imbatível, sisudo e obcecado em sua missão, na década de 70 ele era mais humano, errava, e até soltava umas piadinhas durante as lutas. Também é bem legal ver o nascimento do relacionamento do Morcego com Ra’s e sua filha, Talia, personagens importantes na mitologia do herói mascarado até hoje. Leitores mais jovens, acostumados com a complexidade dos quadrinhos hoje em dia, podem não gostar da simplicidade de alguns roteiros, mas é só entrar no clima da época que a diversão está garantida. Realmente uma edição que merece a alcunha de Clássico.

CDS MAIS BARATOS?!

É impressão minha ou o preço dos CDs tiveram uma sensível queda? Há uns 2 anos atrás os discos, em sua maioria, custavam algo beirando os 40 reais, e às vezes até ultrapassavam este valor. Mas hoje você encontra facilmente CDs abaixo disso. E não estou me referindo à CDs de pagode, forró ou sertanejo, que são geralmente mais baratos mesmo, mas à CDs de bandas top do rock internacional, como Oasis e Audioslave. Senão, vejamos: dos últimos seis CDs que comprei, quatro custaram entre 21 e 28 reais. Apenas dois ultrapassaram os 30, o da Melissa Auf der Maur e o novo do Foo Fighters, que saíram por R$ 31,90 cada, sendo que o do FF é duplo. Espero que esta seja uma tendência daqui pra frente, pois os preços estavam absurdos, e a melhor maneira das gravadoras lutarem contra a pirataria e os downloads gratuitos é cobrar preços razoáveis por seus produtos.

sábado, janeiro 21, 2006

BIZZ # 197

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Já chegou às bancas a edição de janeiro na nossa querida BIZZ (ainda bem que a gente não diz mais o nome da revista precedido do adjetivo “saudosa”, agora que ela voltou, né?). Na capa o boa praça Jack Johnson (fala sério, “Sitting, Waiting, Wishing” é uma música do cacete!), que fala um pouco de sua carreira, como músico e como surfista. Temos ainda uma matéria sobre a passagem do Pearl Jam na nossa terrinha; entrevista com Moacir Santos (quem?!; também fiz essa pergunta, mais ao folhear a revista vi que o cara tem história); os melhores de 2005 pelos leitores e pela crítica (depois faço um post dizendo quem ganhou o quê), além da seção de lançamentos de CDs, DVDs e livros, dicas para um verão pop e outras cositas mais.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

DVD DE BEAVIS & BUTT-HEAD

Eu quero muito isso!
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Saiba mais aqui.

LETRA TRADUZIDA

PINK FLOYD
SHINE ON YOU CRAZY DIAMOND
BRILHE, LOUCO DIAMANTE
(Roger Waters)

Remember when you were young
Lembra quando você era jovem
You shone like the sun
E brilhava como o sol
Shine on you crazy diamond
Brilhe, louco diamante
Now there’s a look in your eyes
Agora há uma expressão em seus olhos
Like black holes in the sky
Feito buracos negros no céu
Shine on you crazy diamond
Brilhe, louco diamante
You were caught on the cross fire of childhood and stardom
Você foi pego no fogo cruzado entre a infância e o estrelato
Blown on the street breeze
Levado pela brisa gelada
Come on you target for faraway laughter
Vamos alvo de risadas distantes
Come on you stranger, you legend, you martyr, and shine!
Vamos, estranho, lenda, martír, e brilhe!

You reached for the secret to soon
Você descobriu o segredo muito cedo
You cried for the moon
Você gritou para a lua
Shine on you crazy diamond
Brilhe, louco diamante
Threatened by shadows at night
Ameaçado pelas sombras da noite
And exposed in the light
E exposto à luz
Shine on you crazy diamond
Brilhe, louco diamante
Well you wore out your welcome with random precision
Você se fez indesejado com a precisão do acaso
Rode on the steel breeze
Cavalgou na brisa gelada
Come on you raver, you seer of visions
Vamos playboy, visionário
Come on you painter, you piper, you prisoner
Vamos pintor, gaitista, prisioneiro
And shine!
E brilhe!

O “diamante” tinha uma luz própria. Era ninguém menos do que Syd Barrett, fundador e primeiro líder do Pink Floyd. Foi Syd quem deu o nome à banda, bom como sua concepção de som “espacial”. Infelizmente, Syd participou apenas do primeiro álbum da banda, o monumental The Piper At The Gates Od Dawn, gravado na mesma época de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. O guitarrista e cantor teve problemas com o excesso de drogas lisérgicas que ingeria. Passava shows tocando um acorde apenas, entrou em surto esquizofrênico, não conseguia mais se relacionar com os colegas e o mundo real. Saiu do grupo em 1968, entrando em seu lugar David Gilmour, mas ainda gravou, com a ajuda dos ex-colegas, dois álbuns, The Madcap Laughs e Barrett. Syd foi inspiração de The Dark Side Of The Moon (1973) e “Shine On You Crazy Diamond”, faixa de Wish You Were Here (1975). O “diamante”, infelizmente, não brilha mais. Na última vez que ouvi algo sobre Syd, ele está internado num hospital em Londres, cego e diabético.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

CRISE DE IDENTIDADE 5

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E chegamos à quinta edição de Crise de Identidade. Neste capítulo, intitulado Dia dos Pais, temos o maior número de mortes. Morre herói, morre pai de herói, morre vilão. Já fica meio óbvio quem seja um dos mortos pela ilustração da capa.
Sei que é chover no molhado, pois todos os últimos meses tenho feito isso aqui no S&D, mas tem que ser dito: o Brad Meltzer tá mandando muito bem na trama desta história, com seu texto muito bem construído, com um suspense que tem deixado os fãs com problemas de sono tentando descobrir o autor dos assassinatos. Neste número, o grande destaque é a conversa entre Robin e seu pai, e a subseqüente (spoiler a seguir!) morte deste último (fim do spoiler!), com Batman e o menino-prodígio ouvindo tudo através do comunicador do batmóvel.
Quanto aos desenhos, bem, tenho lido muitas críticas quanto à escolha do Rags Morales para desenhar a minissérie, mas eu particularmente gosto de seu traço. Apenas ao desenhar o Superman ele não tem se saído bem. Mais ele ainda é melhor que o Michael Turner, que tem até feito umas capas legais, mas sua arte interior (como visto em Superman/Batman, no arco da volta da Supergirl) é muito enjoativa. Enfim, mais uma excelente edição deste novo clássico das HQs.

domingo, janeiro 15, 2006

NOVO ÁLBUM DOS STROKES

Olha só o que a Veja, em sua edição que acabou de chegar às bancas, falou do novo disco dos Strokes, First Impressions of Earth:
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Expoente do novo rock americano, o quinteto The Strokes enfrenta sua prova de fogo nesse terceiro disco – e não faz feio. Há quatro anos, o grupo despontou com Is This It, álbum repleto de bons rocks que emulavam o punk dos anos 70. Room on Fire, lançado dois anos depois, se limitou a repetir a fórmula e foi recebido com frieza. Já First Impressions of Earth mostra que os Strokes não são uma banda efêmera. Para produzir o disco, os roqueiros chamaram Dave Kahne, conhecido por trabalhos ao lado de Tony Bennett e do grupo The Bangles. Kahne amansou as guitarras dos Strokes e refinou seus arranjos – como se percebe na balada Ask Me Anything.
Agora confira a lista de músicas do CD:
1. You Only Live Once
2. Juicebox
3. Heart In A Cage
4. Razorblade
5. On The Other Side
6. Vision Of Division
7. Ask Me Anything
8. Electricityscape
9. Killing Lies
10. Fear Of Sleep
11. 15 Minutes
12. Ize Of The World
13. Evening Sun
14. Red Light

sábado, janeiro 14, 2006

Duas semanas sem ir às bancas dá nisso. Ontem gastei quase 80 reais de gibi. Segue a lista de compras:
-Ex Machina – Estado de Emergência
-Grandes Clássicos DC 4 – Contos do Demônio
-Superman & Batman 6
-Novos Titãs 18
-Crise de Identidade 5
-Marvel Millennium 48
-Demolidor 23
Agora é arranjar tempo para ler tudo isso. Sandman – Terra dos Sonhos e Elektra Assassina, que comprei há cerca de dois meses, não li nem a contra-capa ainda. E tem também o arco do Austen na revista da Liga, mas não tô com a mínima pressa de ler isso, hehehe.

NOVIDADES NA MINHA CDTECA

Seis novos discos se juntaram a minha coleção esta semana. Foram eles:
- Auf der Maur - Idem
- Interpol - Antics
- Oasis - Don't Believe The Truth
- Keane - Hopes And Fears
- Foo Fighters - In Your Honor
- Audioslave - Out Of Exile
Só tem coisa boa, né? Legal ter bom gosto, hehehe. Depois falo de cada um deles, mais não antes dos textos sobre Room On Fire, dos Strokes, e Hail To The Thief, do Radiohead, que comprei no final de dezembro (o do U2 já está devidamente avaliado aí embaixo). E com estas últimas aquisições, minha CDteca ultrapassou a quantia de 500 CDs, são 504 agora para ser mais preciso. Todos álbuns oficiais, nenhum caseiro, fruto de cerca de 11 anos de esforço, onde quase todo dinheiro que caiu nas minhas mãos foi dedicado à música. É, como disse minha mãe dia desses, com o dinheiro gasto daria para comprar um carro novo. Mas com certeza um carro não me traria um quinto da felicidade que a música me proporciona.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

2005 – OS GIBIS

Chegou a hora de revisar o ano que passou tendo em vista as HQs. Bem, terminei adquirindo no total 154 gibis durante 2005, um pouco menos que em 2004, onde comprei 200, fechado. A diminuição de títulos mensais que passei a comprar foi a maior responsável por esta queda. Ainda no 1º semestre parei com J. Kendall, fumetti publicado pela Mythos. No meio do ano parei com Marvel Max (após o final de Alias) e X-Men (ao término da fase de Grant Morrison). Minha lista de títulos mensais ficou assim: Batman, Superman, LJA, Novos Titãs, Superman & Batman, Homem-Aranha, Demolidor e Marvel Millennium Homem-Aranha.
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Comprei ainda um bom volume de especiais, que tomaram uma boa parte do meu orçamento, como as edições da linha Grandes Clássicos DC, Marvels, Elektra Assassina, Alias Especial e DC Especial. Também adquiri algumas minisséries, como Procurado, Identidade Secreta, Reino Sombrio e Crise de Identidade.
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2005 também foi o ano que passei a comprar os caríssimos encadernados da Devir e da Conrad. Adquiri os seguintes: três volumes de Sandman (Prelúdios & Noturnos, A Casa de Bonecas e Terra dos Sonhos), três de Sin City (A Cidade do Pecado, A Dama Fatal e A Grande Matança), Planetary – Mundo Estranho e Hellblazer – Poder Infernal. Detalhe que só nestes oito gibis devo ter gastado uns 350 reais. Ou seja, apesar de ter comprado menos, devo ter gastado mais em 2005.
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No final de 2004 passei a baixar scans de HQs através do programa DC++. Mas foi só durante 2005 que esta atividade ganhou um contorno quase doentio, hehehe. Com minha conexão discada, passei várias madrugadas conectado, pegando tudo quanto era HQ que não saia no Brasil em sua maioria. Y - The Last Man, Fables, 100 Bullets, Manhunter, Invincible e The Walking Dead são alguns dos títulos que passei a acompanhar graças às facilidades do mundo moderno. Somando as que eu comprei, posso dizer que nunca li tanto gibi quanto este ano que acabou de terminar, e numa variedade também inédita.
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Enfim, foi um ano que li muito material fora do universo DC/Marvel, principalmente da Vertigo. Sandman, que tinha a maior curiosidade em ler, finalmente pude acompanhar graças aos encadernados de luxo (e bota luxo nisso!) da Conrad. E é justamente Sandman o grande lançamento do ano em terra brasilis. Outros destaques: a linha de clássicos da DC publicada pela Panini, a republicação de Marvels, minis como Identidade Secreta e Crise de Identidade e especiais como O Homem que Ri. Tivemos ainda Superman & Batman, o mais novo título mensal da DC, que conta com a excelente fase de Greg Rucka a frente da Mulher Maravilha, a nova fase do Superman, com Azzarello e Jim Lee à frente, transformando o título do Homem de Aço na melhor revista mensal da atualidade. Em Demolidor, Brian M. Bendis continuou sua ótima fase a frente do título do Homem Sem Medo. Os Supremos voltaram a abrilhantar as páginas de Marvel Millennium. E Geoff Johns continua mandando muito bem a frente dos títulos do Flash e da SJA.
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No lado negativo, tive o desprazer de ler Procurado, mini de autoria de Mark Millar, com certeza o pior gibi que li durante o ano. Chuck Austen também me deixou com ânsia de vômito com seus roteiros à frente dos X-Men, título que finalmente parei de acompanhar. E a revista do Aranha, que depois de alguns bons momentos com The Pulse, a cada edição consegue ficar ainda pior.
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quarta-feira, janeiro 11, 2006

U2 – HOW TO DISMANTLE AN ATOMIC BOMB

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Há duas maneiras de analisar este álbum: tendo em vista toda a discografia do U2 ou considerando o cenário da música pop atual. Nas duas o resultado é positivo. Comparando com os demais discos da banda, How To Dismantle An Atomic Bomb tem uma regularidade pouco vista antes. Da primeira música, “Vertigo”, à última, “Yahweh”, temos um apanhado de boas canções pop. Não existe um clássico instantâneo como “Pride” ou “One”, mas todas são bem acima da média.
Já analisando a partir do cenário atual, o CD ganha ainda mais força. Num momento onde surgem novas bandas incensadas pela mídia especializada quase que diariamente, mas que mal passam pelo teste do 2º single (imaginem o teste do 2º álbum então...), os irlandeses nos presenteiam com uma coleção de grandes músicas, com os riffs ganchudos de The Edge e os vocais emocionados de Bono.
Destaques: “Vertigo” (que lembra os primórdios de “I Will Follow”), “Miracle Drug” (a melhor do disco, na minha opinião), “A Man And A Woman (ótima balada ) e “City Of Blinding Lights” (com sua belíssima melodia).

sábado, janeiro 07, 2006

SIN CITY - A GRANDE MATANÇA

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Aproveitando a adaptação para o cinema, a Devir relançou cinco álbuns de Sin City. A Grande Matança é o terceiro deles. Neste volume, conhecemos mais um pouco do Centro Velho, parte da cidade controlada pelas Damas da Noite. Neste local, elas dão as cartas. Policiais, traficantes ou mafiosos não têm poder sobre elas. Comandadas por Gail e armadas até os dentes, as Damas tornaram o Centro Velho a área mais temida da Cidade do Pecado. Mas o assassinato de um policial no local pode acabar com este domínio. A máfia declara guerra, e as meninas, com a ajuda de Dwight McCarthy, vão fazer o possível e o impossível para acabar com ela o quanto antes.
Mais uma vez o mestre Frank Miller dá uma aula. Textos diretos, enxutos, impactantes. A arte em preto e branco é maravilhosa. É realmente espantoso como Miller consegue transmitir a narrativa dos seus desenhos através de uma técnica aparentemente simples, desde as cenas mais violentas as mais sensuais.
A edição da Devir é um primor. Papel de qualidade, ótima impressão, capa cartonada com direito a orelhas, boa tradução. Como extras temos as capas originais, uma seleção de pin ups e uma matéria sobre Miller. Enfim, todo o luxo indispensável para obras como Sin City.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

MELHORES FILMES VISTOS EM 2005

A idéia era a seguinte: dos pouco mais de 100 filmes que vi durante o ano passado, escolheria os 10 melhores. Inicialmente exclui aqueles que já tinha visto antes (como a trilogia De Volta Para O Futuro, Detroit Rock City e Alta Fidelidade, que entrariam fácil em qualquer lista), só valia então os que vi pela primeira vez em 2005. Depois disso escolhi os 25 filmes que mais se destacaram. Destes tiraria 10. Mas não deu, acabei ficando com quinze. Quinze filmes que não podiam ficar de fora da lista por vários motivos, mas basicamente por serem bons pra cacete. A lista final está logo abaixo. A ordem em que se encontram não indica a ordem de preferência. Se foi difícil escolhê-los, imagine colocar na ordem de preferência. Se fizesse isso, iria editar este post uma mil vezes, e não me contentaria nunca. Bem, chega de enrolação, vamos a ela:

Batman Begins – Christian Bale reencarna o Cavaleiro das Trevas magistralmente nesta que é uma das melhores adaptações de uma HQ feita para o cinema. A direção é do excelente Christopher Nolan , que deve ter lido muito atentamente a Batman Ano Um.
Antes Do Pôr-Do-Sol – Ethan Hawke e Julie Delpie se encontram 9 anos depois e passam 80 minutos conversando pelas ruas de Paris. Ótima continuação de Antes do Amanhecer.
Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças – Kate Winslet vai a uma clínica para tirar Jim Carrey da cabeça. Jim faz o mesmo, mas desiste no meio do tratamento, começando uma viagem surreal para tentar guardá-la em algum lugar da sua memória.
Closer - Perto Demais – Julia Roberts, Jude Law, Natalie Portman e Clive Owen passam o filme conversando sobre seus relacionamentos neste belo trabalho do diretor Mike Nichols.
Dogville – Nicole Kidman sofre horrores nas mãos da população de uma pequena cidade americana para ser aceita pelos próprios. Dirigido por Lars Von Trier.
Os Vigaristas – Nicolas Cage é um vigarista cheio de fobias que ganha a vida com os golpes que pratica ao lado de Sam Rockwell, até que uma filha que não conhecia entrar na história.
Círculo De Fogo – Jude Law vive um soldado russo durante a 2ª Guerra e torna-se uma lenda devido a sua eficiência no campo de batalha. Atenção para a cena de amor entre Rachel Weiss e ele, uma das mais belas e dramáticas já filmadas.
La Strada – Anthony Quinn é um artista de circo que viaja por uma Itália incrivelmente pobre ao lado de Giulietta Masina neste clássico de Federico Fellini.
Kill Bill vol. 1 & 2 – Quentin Tarantino faz uma verdadeira salada pop e reinventa os gêneros Kung Fu e Western. Uma Thurman como a noiva vingativa está excelente. A bela trilha sonora é um caso a parte. Já deve ser tema de monografia em faculdades por aí.
O Lenhador – Kevin Bacon é um pedófilo que acaba de cumprir 12 anos de prisão e tenta retomar sua vida, apesar das tentações diárias, do detetive que está sempre lhe vigiando e da desconfiança dos colegas de trabalho.
Colateral – Tom Cruise vive um assassino de aluguel que seqüestra o taxista interpretado por Jamie Foxx para ajudá-lo a realizar uma série de assassinatos neste filme de Michael Mann.
Uma Amizade Sem Fronteiras – Omar Sharif é um mulçumano dono de uma mercearia na Paris dos anos 60 que faz uma amizade com um garoto judeu de 13 anos que foi abandonado pelo pai.
Os Sonhadores – Três jovens passam os dias num apartamento, conversando, bebendo e transando, enquanto as ruas de Paris pegam fogo devido às manifestações da população descontente com o governo, neste filme de Bertolucci.
Les Corps Impatients – A namorada com câncer. O que fazer, ficar ao lado dela ou partir para outra ? Ou um pouco das duas coisas? Comovente filme francês.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

RESOLUÇÕES DE ANO-NOVO QUE GOSTARÍAMOS DE VER

Na última edição da Bizz (nº 196), na seção Barulho, há uma pequena matéria com frases fictícias de alguns artistas nacionais sobre o que eles farão neste ano de 2006. Destaquei duas delas para colocar aqui no S&D. Confira:

Pitty: “Vou mostrar que meu sucesso não é só fruto da obsessão da MTV por um ídolo pra petizada: não vou fazer mais clipes, não vou participar de Acústicos, Ao Vivos e outros programas em que a MTV me enfia, nem aceitar prêmios do VMB que inventem pra mim. Pô, eu sou do hardcore!”

Chorão: “Cansei de bancar o adolescente revoltado! Vou ler alguns livros sem figuras e assistir a alguns filmes sem explosões. E, já que todo mundo puxou o carro da minha banda e meus fãs nem notaram, vou abrir uma franquia do Charlie Brown Jr. em todo o Brasil e só gerenciar a parada. Whatsupindahouse, malandro!”