domingo, outubro 30, 2005

YOU COULD HAVE IT SO MUCH BETTER WITH FRANZ FERDINAND

Olhem só o que a revista Veja, em sua edição desta semana, disse sobre You Could Have It So Much Better, o novo disco do Franz Ferdinand:
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O quarteto escocês Franz Ferdinand é uma das maiores sensações do novo rock. Seu repertório é energético (o que agrada à rapaziada) e seu visual, impecável (o que provoca histeria entre as meninas). Se o segundo disco costuma ser a prova dos noves para bandas assim, o Franz Ferdinand passou no teste com louvor. O novo trabalho é ainda melhor que seu CD de estréia, do ano passado. O grupo ficou menos reverente à new wave dos anos 80: prefere investir em canções com guitarras sujas. Faixas como “The Fallen” e “Evil and a Heathen” são feitas para incendiar as pistas roqueiras. Há também boas baladas – “Eleanor Put Your Boots On” remete aos Beatles. O lançamento inclui um DVD com entrevistas, clipes e um making of das gravações.
Claro que a Veja não é das mais confiáveis, até porque nesta mesma seção Veja Recomenda já apareceu o acústico do Charlie Brown Jr. E este lance de “repertório energético que agrada à rapaziada e visual impecável que provoca histeria entre as meninas” chega até a ser engraçado de tão idiota que é, mas isto é normal na mídia não-especializada, e a revista tem a mania horrorosa de rotular comportamento jovem. Mas, junto a outros textos que li, este segundo álbum do Franz parece ser muito bom mesmo. Na minha opinião, se for tão legal quanto o primeiro, que só adquiri recentemente, tá mais que no lucro, e as duas faixas que já ouvi, a faixa título e “Do You Want To”, são bem bacanas. Segue a lista de músicas do álbum abaixo:
1. The Fallen
2. Do You Want To
3. This Boy
4. Walk Away
5. Evil And A Heathen
6. You're The Reason I'm Leaving
7. Eleanor Put Your Boots On
8. Well That Was Easy
9. What You Meant
10. I'm Your Villian
11. You Could Have It So Much Better
12. Fade Together
13. Outsiders

NOSSA!!!

Olhem só como a Lois Lane (interpretada pela atriz Erica Durance) vai aparecer num dos próximos episódios da nova temporada de Smallville:
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É, parece que esta quinta temporada vai ser melhor que a anterior, hehehe. Lembrando que no Brasil os novos episódios da série começam a ser exibidos pela Warner Channel a partir de 8 de novembro.

sábado, outubro 29, 2005

SANDMAN - TERRA DOS SONHOS

Parece que a periodicidade quadrimestral dos encadernados de Sandman pela Conrad foi para o espaço. Isso porque, apenas um mês e meio depois de lançarem o segundo volume, “Casa de Bonecas”, já está em pré-venda no Submarino o terceiro volume da série, “Terra dos Sonhos”, por um preço promocional de R$ 47,90 (confira clicando aqui). Eu, que até agora só tenho o primeiro volume, “Prelúdios & Noturnos”, vou ter que me virar agora para comprar as duas edições, pois não quero que acumule muita coisa para comprar. Confira abaixo a capa e a sinopse do produto.

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Fenômeno mundial de público e de crítica, Sandman consolidou o gênero de quadrinhos adultos. Publicado no final da década de 80, o épico original mistura mitologia grega clássica, lendas urbanas modernas e fantasia. Esta é a mais luxuosa edição de Sandman já produzida no mundo. Terra dos Sonhos é o 3º volume de uma coleção de 10 livros com a série completa de Neil Gaiman - todos com capa dura, formato maior, papel especial e conteúdo totalmente colorido. Em “Terra dos Sonhos”, Gaiman faz um intervalo no enredo principal e traz quatro novas histórias para a trama atemporal do Mestre dos Sonhos. "Calíope" conta a sina de uma musa grega aprisionada por escritores inescrupulosos. "Um Sonho de Mil Gatos" revela que o domínio do Sonhar não é exclusividade dos humanos. A história seguinte é a única obra dos quadrinhos a ganhar o World Fantasy Award: Morpheus cobra uma barganha antiga com William Shakespeare - "Sonho de Uma Noite de Verão". "Fachada", por fim, mostra uma mulher dotada de poderes imensos, mas que vive um pesadelo. “Terra dos Sonhos” traz ainda o roteiro original de "Calíope", uma viagem exclusiva aos bastidores de uma das maiores sagas dos quadrinhos.

sexta-feira, outubro 28, 2005

YOU ONLY LIVE ONCE

Baixei há alguns dias a nova música dos Strokes, “You Only Live Once”, e não tenho parado de ouvi-la desde então. Quando li não sei onde que ela lembrava “I Want To Break Free”, do Queen, não dei muita bola, achava que era exagero. Mas agora que ouvi, putz! A introdução é igualzinha. Se os remanescentes do Queen estiverem atrás de uma graninha extra, podem processar os nova-iorquinos por plágio, que a chance de obter êxito na demanda é grande, nem precisa ficar entrando com recurso atrás de recurso com tem feito o José Dirceu para salvar seu mandato. Brincadeiras à parte, a música é bem legal, e se o resto do terceiro álbum da banda, First Impressions Of Earth, que deve ser lançado no começo do próximo ano, mantiver este nível, teremos uma coleção de bons sons pela frente.
Gostaria de agradecer ao pessoal que tem comentado meus textos. Legal da parte de vocês se darem ao trabalho de fazer isso, além, é claro, de ler meus posts. Quando vi que tinha cinco comentários ao texto sobre o Tim Festival, e nenhum deles era spam (uma verdadeira praga por aqui), cheguei até a me emocionar, hehehe. Continuem assim! Se eu sou um total chato de galocha em pessoa, ao menos virtualmente pareço ser um cara legal, né?
Agora, Fabiano, como você viu in loco todos estes shows, você está desde já intimado a fazer um texto sobre suas aventuras na cidade grande para ser postado aqui no Search & Destroy, falou? Se você concorda, sinais de fumaça por favor.

quinta-feira, outubro 27, 2005

LETRA TRADUZIDA

STEPPENWOLF
BORN TO BE WILD
NASCIDO PARA SER SELVAGEM
(Mars Bonfire)

Get your motor running
Bote seu motor para funcionar
Head out on the highway
E se enfie pela alto-estrada
Lookin’ for the adventure
Procurando aventura
And whatever comes our way
E tudo que aparecer pelo caminho

Ya darling, you could make it happen
Sim, querida, você poderia fazer acontecer
Take the world in a loving embrace
Tomar o mundo num abraço de amor
Fire all of your guns at once
Atire com todas as suas armar de uma vez
And explode into space
E exploda pelo espaço

I like smoke and lightning
Gosto de fumaça e relâmpago
Heavy metal thunder
Trovão heavy metal
Racing with the wind
Apostando corrida com o vento
And the feeling that I’m under
E o sentimento que me domina

‘Cause you are a true nature child
Porque você é um verdadeiro filho da natureza
We were born, born to be wild
Nós nascemos, nascemos para sermos selvagens
We can climb so high
Podemos subir tão alto
I never want to die
Eu nunca quero morrer

Born to be wild
Nascido para ser selvagem
Born to be wild
Nascido para ser selvagem


“Born To Be Wild” fez famoso o Steppenwolf, grupo criado em 1967 na Califórnia pelo vocalista alemão (apenas de nascimento) John Kay. Lançada no álbum de estréia, que leva o nome da banda (de 1968), a música tornou-se clássico de toda uma geração depois de projetada na trilha do filme Sem Destino (Easy Rider, no original). Seu autor, o canadense Dennis Edmonton, conhecido pelo pseudônimo Mars Bonfire, não fazia parte do Steppenwolf: era irmão do baterista Jerry Edmonton. Inicialmente quase uma balada, “Born To Be Wild” foi composta na empolgação dos primeiros passeios de Mars em seu Ford Falcon e teve como inspiração um pôster que celebrava o estilo de vida dos motoqueiros. A letra foi a primeira à citar o termo “heavy metal”, criado pelo escritor junkie William Burroughs. O trovão sonoro que a acompanha é um prenúncio hard rock do que viria a ser o metal. Sempre de óculos escuros e calça de couro negro, o cantor John Kay alcançou o sucesso várias outras vezes, ajudado por riffs clássicos como os de “The Pusher” e “Magic Carpet Ride”. “Born To Be Wild” foi muito regravada. Algumas versões são bem dignas, como a do Cult (no disco Electric, de 1987) e a do cantor Sky Saxon (ex-The Seeds, banda pioneira do rock de garagem americano). Outras, nem tanto (as leituras dos farofeiros Riot e Lizzy Borden). Conhecidos a partir de um hino da vida nas highways, dois ex-integrantes do Steppenwolf ironicamente perderam a vida em acidentes automobilísticos: o organista Rushton Moreve e o baterista Jerry Edmonton, irmão do autor da música.

terça-feira, outubro 25, 2005

TIM FESTIVAL

Como disse na quinta-feira, assisti ao Tim Festival pela MTV, e meus maiores medos em relação à cobertura dos shows se confirmaram. Para falar a verdade, foi até pior que imaginava. Rafa e Sarah estavam péssimos, mas isso eu já sabia, principalmente em relação ao primeiro. Desculpa quem curte os VJs atuais (se é que tem alguém), mas para quem se acostumou com apresentadores do quilate de Gastão, Massari, Soninha e Cris Couto, entre outros, fica difícil engolir essa nova safra. E essa nova safra ainda influi nos antigos VJs que ainda permanecem no canal (Edgard e Marina estão cada vez piores).
Bem, se o problema da cobertura do Tim fosse apenas Rafa e Sarah, tudo bem, até porque era esperado. Mas não ficou só nisso. Eles ficaram devendo a transmissão de vários shows, ou melhor, quase todos. Cadê o Kings of Leon, o Arcade Fire, o Wilco, o Kings of Convenience, o Morcheba, entre outros? O que houve, a Abril tá regulando a grana e não puderam adquirir o pacote completo? Ou foi pura incompetência mesmo? Quer saber, cansei de falar mal desse canal de merda, vamos aos shows que vi.
Na sexta-feira passaram mundo livre s/a (é escrito tudo em minúsculas, né?) e Strokes. Bem, tava na seca para ver o show dos nova-iorquinos, então foi difícil aturar a galera do mangue. Não que eu não curta Fred 04 e cia, tenho até os dois primeiros discos deles, e gosto muito de ambos. Mas como prévia dos Strokes não desceu bem. O único momento que me animei um pouco foi quando eles tocaram “Guns of Brixton”, do Clash (essa até se o Paulo Ricardo resolver gravar fica boa). Acaba o show, intervalo de mais de uma hora, pois seria a vez dos Kings of Leon tocar, e como disse, não foi exibido. E dá-lhe encheção de lingüiça (e do meu saco).
Finalmente chega a hora. Os Strokes entram bombando com “Hard To Explain”, uma das minhas favoritas da banda. Eles chegam a tocar praticamente o álbum Is This It inteiro. O set ainda é composto por algumas boas músicas do Room on Fire, segundo disco deles, e ainda umas inéditas, sendo que entre estas novas, a banda proibiu a TV de exibir duas delas, temendo que caíssem na rede. No final, o saldo foi positivo. Animaram bem a galera, voltaram para o bis duas vezes, o Julian falou umas palavras em português, o batera Fab (que é brasileiro) chamou todos de irmãos e tal. Mas achei que faltou algo mais. Eles são muito profissionais, as músicas soam iguais as versões dos discos, podiam experimentar mais ao vivo, fazer um solo diferente, tocar uma cover inesperada, sei lá. Talvez o problema seja meu, que tive minha epifania rock ‘n’ roll ao ver o show do Nirvana pela Globo no Hollywood Rock de 93 (ou seja, fiquei mal acostumado). E foi só na sexta-feira.
No sábado, nenhuma das bandas que a MTV ia mostrar me interessou, então pula.
No domingo tivemos Television e Elvis Costello. Bem, não tem coisa pior do que ver um show pela TV onde você não conhece quase nenhuma música tocada. Do Television conheço um pouco do Marquee Moon, mas não o suficiente para reconhecer suas músicas na apresentação dos caras (com exceção da faixa título do álbum, que talvez por achar sua base muito parecida com a de “Obstacle 1”, do Interpol, grudou na minha cabeça). Mas como a galera parecia estar gostando, então deve ter sido bom. Com Elvis Costello foi ainda pior. Só conheço algumas músicas esparsas dele, e algumas em versões cover (“Pump It Up”, na versão do Mudhoney, e “Oliver’s Army”, na versão dos Raimundos). Mas tivemos alguns bons momentos, como a execução de “Alison” e “She”, que acho que para muitos é a mais conhecida do Costello (apesar de ser uma cover). Se eu não fosse tão leigo em relação aos dois, com certeza teria aproveitado bem mais os shows.

Texto criado ao som do disco Chain Gang Of Love, do Raveonettes.

sexta-feira, outubro 21, 2005

CAPA DA BIZZ Nº 194

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Cobertura do Tim Festival a partir de amanhã na MTV. Finalmente algo que merece ser visto. Mas como é bom demais pra ser verdade, é bem capaz do Rafa participar da transmissão. No entanto, vai valer o esforço pra ver Strokes, Kings of Leon, Wilco, entre outros, e conhecer o tão falado Arcade Fire.

quinta-feira, outubro 20, 2005

NOVIDADES DA PANINI

(Meio atrasado, mas vai assim mesmo)

A Panini Comics anunciou boas novidades para o final do ano. A mais inesperada e melhor delas, na minha opinião, é a publicação de We3, que saiu nos EUA pela Vertigo em 3 edições, e que sairá por aqui numa edição única. Escrita pelo Grant Morrison e soberbamente ilustrada pelo Frank Quitely, We3 mostra as aventuras de três animais (um gato, um coelho e um cachorro) cientificamente alterados. Apesar das aparências, não tem nada de infantil na história, pois os bichinhos não são dos mais dóceis. Já li o scan da HQ e é altamente recomendável. E é a primeira publicação da Vertigo, o selo adulto da DC Comics, pela Panini, pedido antigo de vários leitores. Espero que seja apenas o primeiro de muitos.
Teremos também a publicação da minissérie Lanterna Verde: Renascimento, que traz a volta de Hal Jordan à tropa de Lanternas, mais uma edição de DC Especial estrelada pelos policiais de Gotham e o segundo volume de Grandes Clássicos DC Novos Titãs, continuando a republicação da fase Wolfman/Pérez, iniciada no começo do ano.
Mas o que está gerando o maior barulho nos fóruns especializados da net é a publicação de uma série de encadernados no famigerado formatinho. A editora anunciou que pretende lançar as séries Thor - Son of Asgard, Inumanos, Fugitivos, Distrito X e Mulher-Hulk em encadernados com arcos completos, com capa cartonada, papel LWC (o chamado papel de luxo) e no formato 13 x 20 cm, já começando em novembro, vindo como brinde no 1º volume uma caixa para guardar a coleção. Muitos já estão dizendo que este é um sinal que será adotado o formatinho para todas as revistas de linha, uns dizem que vão boicotar o produto, outros que é o início do fim... Bem, previsões apocalípticas de lado, a iniciativa é boa, um produto diferenciado que pode encontrar seu nicho de leitores. Eu não gosto do formatinho, mas vou comprar os dois volumes de Fugitivos, e talvez também o da Mulher-Hulk, ambos títulos bem elogiados pela crítica especializada. Claro que o formato original americano é mil vezes melhor, mas como disse o usuário The Flash do Fórum HQM, eu compro os gibis pelas histórias, não pelo formato.
Ontem vi dois jogos da Copa dos Campeões da Europa, e hoje vi mais um. Todos acabaram 0x0! Vai ser pé-frio assim lá no inferno...

quarta-feira, outubro 19, 2005

PECADOS PRETÉRITOS

Como normalmente espero publicaram o último capítulo de uma história para começar a ler algum arco, só agora li as 6 partes da tão falada “Pecados Pretéritos”, na revista do Homem-Aranha. Nessa saga, o escritor J. Michael Straczynski mexe num verdadeiro ninho de vespas (é essa mesma a expressão? Não tenho certeza...) ao modificar o passado de uma importante fase do herói. Para quem começou a acompanhar o aracnídeo recentemente, principalmente devido aos dois filmes, não deve conhecer muito bem Gwen Stacy, o primeiro e verdadeiro amor de Peter Parker, o Homem-Aranha, e que morreu numa luta entre o herói e o Duende Verde, somando mais uma tragédia em sua já atribulada vida. Este acontecimento foi mostrado na revista Amazing Spider-Man #121, em julho de 1973 (republicado por aqui em A Teia do Aranha, nos anos 90, e mais recentemente em Os Maiores Clássicos do Homem-Aranha Vol. 3, no ano passado), numa aventura dos mestres Gerry Conway e Gil Kane.
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Pois bem, o tempo passou, tivemos o sucesso estrondoso dos filmes onde Mary Jane é retratada como o verdadeiro amor de Peter, e para esta nova geração de fãs nunca existiu nem a sombra da Gwen. Então, num tremendo desrespeito aos leitores que acompanham há anos as aventuras do Aranha, a Marvel (editora que detém os direitos do personagem) resolve deixar o gibi o mais semelhante possível aos filmes. O Aranha passará então a produzir sua própria teia orgânica, como mostrado na telona (essa fase ainda vai ser publicada por aqui). Mas o que fazer com a Gwen? Eles não poderiam simplesmente apagar ela (ou a memória dela) da vida do Peter. Então resolveram atacar a moral dela, transformando-a numa “puta” (desculpa pelo baixo nível, mas é isso mesmo que fizeram). Enquanto namorava Peter, ela teve uma, digamos, noite de amor com Norman Osborn (ele mesmo, o Duende Verde, arquiinimigo do teioso), e o ato resultou numa gravidez, que ela escondeu de todos ao viajar para Paris, onde teve a criança, álias, crianças, um casal de gêmeos, Gabriel e Sarah, que ficaram por Paris mesmo, enquanto a mãe voltava à Nova York.
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Agora, anos depois, os tais gêmeos resolvem se vingar de Peter, que pensam que é seu pai, e do Aranha, por ter matado a Gwen (depois eles descobrem que os dois são a mesma pessoa). Ah, esqueci de dizer que, devido ao DNA alterado do verdadeiro pai deles, os dois são bem poderosos e envelhecem mais rápido que o normal (por isso já são adultos). E claro, quem fez a cabeça deles durante esse tempo todo foi o velho Norman, que planeja transformá-los em seus herdeiros, não só de sua fortuna, mais, e principalmente, do seu legado como Duende Verde. Depois de alguns confrontos, o Aranha meio que convence Sarah que ele não é o pai e que não matou a Gwen, e ainda a salva ao doar seu sangue. Mas nesse meio tempo Gabriel, que descobre toda a verdade graças a um vídeo onde Osborn conta seu plano, injeta em si o soro do Duende, se tornando mais poderoso e curado do envelhecimento acelerado. No confronto final Sarah acaba baleando o irmão, totalmente alterado devido ao soro que injetou, e depois ela some de vista. Gabriel é encontrado numa praia, aparentemente com amnésia, enquanto Peter acaba nos braços de Mary Jane.
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Muito “novela mexicana” pra você? Pois é, mais o Straczynski, mestre na narrativa, faz tudo descer numa boa, contando uma das melhores histórias do Aranha em tempos recentes. E os desenhos do Mike Deodato, que estreou no título neste arco, estão excelentes (sua Mary Jane, claramente inspirada na Liv Tyler, está belíssima). Como? Você pensou que eu tinha odiado a história?! Não, nada disso. Adorei! Analisando friamente, deixando de lado este coração saudosista de fanboy (não acredito que usei esse termo) que babou quando leu a fase clássica do herói na revista A Teia do Aranha, há uns 15 anos atrás, é excelente. Só não gostei de terem transformado a Gwen numa puta...

terça-feira, outubro 18, 2005

CRÍTICAS DA BIZZ

Assim que li o texto da seção Discoteca Básica, na 1ª edição da volta da BIZZ, sobre o álbum The Real Thing, do Faith No More, veio a minha memória a crítica ao seu sucessor, Angel Dust, publicado na BIZZ de agosto de 1992 (putz, faz tempo, heim?!). Depois do sucesso de The Real Thing, que ficou mais evidente após a apresentação da banda no Rock In Rio 2, e que traz verdadeiros hits, como “Epic” e “Falling To Pieces”, o Faith No More nos presenteou com esse monstro chamado Angel Dust. Mal comparando, ele deve ter sido uma espécie de Kid A de sua época (para quem não sabe do que estou falando, Kid A é o nome do álbum totalmente experimental que o Radiohead lançou após o sucesso de The Bends e OK Computer). O vocalista Mike Patton, um carinha totalmente maluco, tomou as rédeas da banda e fez um disco a sua semelhança, ou seja, muito bizarro. Mas apesar de toda a estranheza, suas músicas descem bem que é uma beleza (pelo menos para mim), e obteve alguns quase hits, como “Midlife Crisis”, “A Small Victory” e a versão, bem fiel a original, vale salientar, de “Easy”, da antiga banda de Lionel Richie (vou ficar devendo o nome desta banda, se alguém lembrar, posta no comentário, ok?). Agora bizarrice das bizarrices é o selo que vem na capa da versão nacional do disco, que tem escrito o seguinte: “Incluindo o sucesso (I’m) Easy, tema da novela Mulheres de Areia”. Não é de hoje que as gravadoras não entendem nada de marketing! Mas vamos deixar de encher lingüiça e vamos ao texto da BIZZ, de autoria do André Forastieri, um dos meus favoritos entre os que já passaram pela redação da revista.
FAITH NO MORE
ANGEL DUST
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A gravadora London disse que esse álbum é suicídio comercial para o Faith No More. E é mesmo. Não tem nada a ver com The Real Thing, “Epic”, “Edge Of The World”, todo mundo cantando junto e balançando as mãos e tascando sorvete na testa.
Não, isso é um esporro-purulento-paranóico- escroto-sanguinolento, cérebros explodindo multidirecionalmente, picas frustradas se ralando no cimento e sangrando em cima de crianças miseráveis morrendo de fome. Demônios à solta. Adeus fãzinhas púberas, adeus MTV, adeus tudo. Não tem uma porra de um sucesso neste disco. O Faith No More foi longe demais.
“Midlife Crisis”, o primeiro single, dá uma pista do disco mas não entrega o jogo. O próximo (“A Small Victory”) é a coisa mais “fácil” de Angel Dust, mas suas possibilidades de sucesso foram abortadas com sete meses – os caras botaram um trecho completamente anticomercial e esquisito no meio. Por que esse desejo de se matar? Não vem ao caso, mas é quase grande arte.
Angel Dust é Frankenstein: pedaços de gêneros estabelecidos que não estão mortos mas já fedem – metal, hip-hop, country, thrash – fundidos numa criatura única, simultaneamente podre e rebimbando de vitalidade. O NME chamou de schizo-core, hardcore esquizofrênico. É um bom rótulo, mas não é suficiente.
Seguinte: não tem uma letra simples no álbum. Daria para dizer que são quase poemas se não fosse soar tão pretensioso, poemas no sentido William Burroughs da coisa. Exemplo 1: “Os balanços do parquinho não me acomodam mais/ folclore: ninguém deveria acreditar que no próximo ano tem aula/ escreva cem vezes” (em “Kindergarden”). Exemplo 2: “Chegou a hora de falar com meus filhos/ vou dizer a eles exatamente o que meu pai me disse/ VOCÊ NUNCA VAI DAR EM NADA” (em “RV”).
O detalhe é que não tem uma letra que dê para cantar junto. A estrutura das músicas não permite, e a voz de Mike Patton varia radicalmente e vai do velho falsete (pouco usado) a puro terror thrash a baladeiro canastrão.
É tão absurdo que no primeiro lado, logo depois de “Midlife Crisis”, tem uma música que parece Frank Zappa (“RV”) seguida de um funk-metal sujão (“Everything’s Ruined”) e de outra que lembra Godflesh/Sepultura, distorção no talo e vocais monstro (“Malpractice”).
Minha favorita, “Be Agressive”, lembra um pouco “We Care A Lot”, sugere sadomasoquismo, começa com órgão de igreja, tem coro infantil no refrão e guitarra wah-wah. Patton está furioso: “O que outro deixaria para trás, cuspiria fora, desperdiçaria eu assumo como meu”. Mas as coisas vão mesmo para o inferno em “Jizzlober”. É grito choro dor primal, me arrancaram do útero, um pesadelo de distorção e desespero.
O que significa tudo isso? Não sei e não me importo. Vou deixar para alguém mais esperto que eu o trampo de decodificar Angel Dust.
André Forastieri

sábado, outubro 15, 2005

HQ - ÚLTIMAS LEITURAS RECOMENDÁVEIS

Crise de Identidade #2
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Já li toda a minissérie no começo do ano, através dos scans que baixei pelo DC++, mas claro que estou comprando agora que está saindo pela Panini. Nessa edição é revelado a razão do Dr. Luz ser o suspeito do assassinato de Sue, um segredo que participantes da antiga formação da Liga guardaram por anos. E, vai por mim, nem tudo daquele fatídico dia foi desvendado. Mais uma vez o roteirista Brad Meltzer dá uma aula de narrativa, com ótimos diálogos (e uma concisão que o Brian M. Bendis apenas sonha em ter). E os desenhos do Rag Morales, apesar de não serem pop como os traços do Cassaday ou do Hitch, são bem competentes, e caem como uma luva no roteiro do Meltzer.
Superman #35
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Segunda edição com a nova fase do Azulão. O ponto alto, claro, é a continuação do arco “Pelo Amanhã”, de Azzarello e Jim Lee. Está claro que esta não é uma aventura típica do Super. Aqui o que conta, mais que a pancadaria, são os diálogos entre o herói e o padre Daniel, onde Azzarello se supera (pelo menos até agora, o autor tem se mostrado melhor do que em 100 Balas, seu trabalho mais famoso). Os desenhos do Jim Lee estão excelentes, creio que até melhor que na saga “Silêncio”, estrelada pelo Batman, e ele tem acertado em não mostrar um Superman exageradamente musculoso. Também temos nessa edição a estréia do Greg Rucka e do Mathew Clark. A principio não dá muito pra saber do que se trata essa saga, mas destaco algumas coisas. Vemos o Clark (Kent, não Mathew, o desenhista) fazendo o papel de boboca e atrapalhado, algo que ficou meio esquecido ultimamente nas histórias do herói. Achei bem legal o Rucka ter destacado isto. O fato de o Clark passar a trabalhar agora como correspondente policial do Planeta também pode render boas histórias. Os desenhos do Clark (agora sim o desenhista) são muito bons, trazendo o Superman mais realista entre o trio de artistas trabalhando agora com o personagem. Quanto as duas histórias de Action Comics, caiu um pouco de qualidade. Na 1ª praticamente não há roteiro, é pancadaria do começo ao fim, mas os traços do Ivan Reis, mestre em mostrar cenas de ação, seguram a onda. Na 2ª história, o Chuck Austen exagera nos diálogos inúteis (como as falas do Mohlman). Mas mesmo assim está longe de sua fase nos X-Men, onde ele escreveu um vexame atrás do outro.

quarta-feira, outubro 12, 2005

PERCO O AMIGO, MAS NÃO PERCO A PIADA

Gosto muito dos Los Hermanos, mas não vou deixar passar essa:

Beavis & Butt-Head, se estivessem vivos e pudessem captar a MTV Brasil via cabo ou parabólica, iriam odiar: "Que porra é essa?", perguntaria Beavis. "São os Loser Manos", responderia Butt-Head.

Copiado daqui.

NOVO DO SYSTEM OF A DOWN, HYPNOTIZE, SAI EM NOVEMBRO

"Eu não posso dizer que eu me sentei e tentei fazer um álbum dark," diz o guitarrista e compositor Daron Malakian, do System of a Down. "Eu acho que você poderia dizer que é uma reflexão da época." System gravou Hypnotize ao mesmo tempo que Mezmerize, lançado em maio, e como seu antecessor, está cheio de letras apocalípticas anti-guerra emparelhadas com riffs de guitarras que soam como mísseis e melodias exóticas. E no espírito do “B.Y.O.B”, de Mezmerize, a canção mais grundenta da banda, há alguns momentos surpreendentemente pop, incluindo a balada "Lonely Day". "Eu era focalizado mais em ‘vamos ficar mais pesado’”, diz Malakian. "Agora eu sou focalizado mais em ‘vamos colocar a emoção pra fora’”. Malakian adiciona que Hypnotize não é apenas uma seqüência de Mezmerize. “Nós não olhamos para eles como dois álbuns, nós olhamos para eles como um álbum", ele diz. "Parece que as pessoas não ouviram o álbum inteiro ainda”.

Traduzido daqui.
Ontem vi Batman Begins em DVD. Foi tão bom quanto as duas vezes que vi no cinema.
Está se tornando um hábito comprar CD só em promoção. Há alguns meses, aproveitei uma promoção do Submarino, onde vários CDs custavam R$ 12,90, e comprei 7 discos. No último domingo, mais uma vez dei uma de pão-duro. Numa promoção comemorando os 7 anos da gravadora Trama, havia vários boxes com 3 CDs por 27 reais e uns quebrados. Acabei comprando o box que trazia The Libertines, Franz Ferdinand e Nação Zumbi (capas abaixo).
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Já estava paquerando esse álbum do Franz Ferdinand há algum tempo (mais precisamente desde o começo de 2004, quando ouvi “Take Me Out” pela primeira vez), e dos três é o que tenho gostado mais até agora, talvez por já conhecer metade das músicas presentes no disco. Quanto ao Libertines, sempre achei o hype muito exagerado, mas o disco é legal, no entanto não creio que o levaria sem o preço camarada. Não comprava nada da Nação desde a época do Chico Science. Tenho os 2 primeiros discos dos caras, que comprei na época dos seus respectivos lançamentos, mas depois me desliguei totalmente da banda. Não é exatamente o tipo de som que curto hoje em dia, e confesso que preferia que viesse outro CD no box, mas entre as opções que tinha (até havia boxes melhores, mas sempre tinha algum disco que eu já tinha, como o que vinha Interpol, The Hives e The Libertines, onde eu já tinha os dois primeiros), foi a melhor. Mas quem sabe, ouvindo outras vezes, acabe gostando. Porém, mesmo considerando apenas os álbuns do Franz e do Libertines, ainda saiu barato, principalmente depois de ver que o mesmo produto no Submarino custa R$ 39,90.

domingo, outubro 09, 2005

OS 10 ARTISTAS MAIS CHATOS DA HISTÓRIA

(texto de André Barcinski)

10- Engenheiros do Hawaii
Responda rápido: qual o título do próximo disco dos Engenheiros:
a) Paralelas que se cruzam
b) Clara escuridão
c) Negra claridade
d) O Buda é brocha
e) Nenhuma das respostas acima, mas todas são boas opções

9- Bob Dylan
Ok, eu sei, o cara é importante pacas, influenciou meio mundo, escreveu altas letras... Mais tem coisa mais chata que ouvir o clone do Vincent Price cantando letras quilométricas com aquela voz fanhosa? Dylan também deslanchou a onda de “trovadores urbanos” (Springsteen, etc.), e é culpado por boa parte do comércio de gaitas no mundo.

8- Yngwie Malmsteen
Inclua aí Steve Vai, Joe Satriani, e todo guitarrista com seis braços e trinta dedos em cada mão.

7- Queen
Agora mais de uma década depois do fim da banda, podemos olhar em retrospecto e analisar com mais clareza: como era ruim aquilo!

6- Sting
O rapaz até que começou bem, no Police. Mais logo começou a se levar a sério, gravou discos com jazzistas, virou amigo do Raoni e pôs na cabeça que precisava nos salvar. Nunca mais fez uma música que prestasse, e hoje é trilha sonora de reunião de yuppie.

5- Jamiroquai
Quem imita pior o Stevie Wonder? O cantor do Jamiroquai ou o ruivo mala do Simply Red? Funk branco da pior espécie, para dançar em cruzeiros ou festas da “firma”.

4- Rush
Todos tocam muito, e a bateria do sujeito dá para abrigar uma família de doze pessoas, morando embaixo dos tontoms. Mas não basta. É como gostar de futebol e ser obrigado a assistir um campeonato de embaixadinhas.

3- Chico César, Zeca Baleiro e os Neotropicalistas
Eles conseguiram: pegaram um som que já era datado nos anos 70, e adaptaram essa velharia para o século 21. O resultado é um neo-atraso de vida, uma música que consegue soar mais velha e ultrapassada que aquela que a inspirou.

2- Patti Smith
Outra mala na linha Bob Dylan: tão influente quanto chata. Tem aquele ar maternal de quem está sempre dando lição de vida, de quem sabe tudo, viu tudo. E costuma parar os shows para ler poesia – não que alguém preste atenção...

1- Carlinhos Brown
É campeão! É campeão! Carlinhos é realmente um fenômeno; ele tem o verdadeiro toque de Mi(r)das: foi só botarem o sujeito em Velocidade Máxima 2, que o prejuízo chegou a 40 milhões de dólares; bastou o Sepultura convidá-lo para tocar num disco para a banda rachar ao meio! Fica a pergunta: quantos discos os Tribalistas teriam vendido se Carlinhos NÃO estivesse no grupo?

sábado, outubro 08, 2005

CURIOSIDADE

Os Beach Boys gastaram 4320 horas (seis meses), passando por 10 estúdios diferentes, para gravar a música “Good Vibrations”, de cerca de 3 minutos de duração. Valeu a pena. A canção foi considerada o melhor single de todos os tempos, em eleição da revista Mojo.

ULTIMATE ULTIMATE SPIDER-MAN!

O jovem Fetal Parker pensava que tinha tudo: comida grátis, âmnio aquecido, um ventre só seu. Mas sua felicidade não duraria muito. Um dia este garoto foi picado. Picado por um protozoário radioativo, ele agora tem a força, a velocidade e a agilidade de vinte zigotos! Dividido entre a vida em segurança no útero e o senso de responsabilidade que ele sente em relação à sociedade que ele nem sabe que existe, cuidado! Aí vem o Vingador Pré-natal!

quarta-feira, outubro 05, 2005

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS

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Estava a fim de ver esse filme há um tempão, mas nunca encontrava na locadora aqui perto de casa. No último sábado, porém, finalmente encontrei o DVD, e claro não pensei duas vezes, loquei-o. Depois de ler maravilhas sobre a película em diversos sites pela Internet, estava mais do que por dentro da estória. Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal aparentemente perfeito, mas o tempo passou e deixou a relação conturbada. Clementine resolve então ir a uma clínica onde recebe um tratamento para tirar completamente Joel de sua memória. Ao saber disso, Joel também resolve se submeter ao mesmo tratamento. Mas no meio do procedimento, arrepende-se. Entretanto, como não pode interromper o processo, resolve encaixar Clementine em memórias onde ela não está (como as lembranças de sua infância) para ludibriar o procedimento. A partir daí começa uma corrida belíssima para salvar a memória de sua amada. Com ótimas interpretações do casal principal, direção primorosa do Michel Gondry (confira nos extras do DVD como o cara tem a manha) e um roteiro brilhante de Charlie Kaufman (roteiro que levou um bem merecido Oscar), esse é o filme a ser visto, principalmente para quem está cansado das obviedades das comédias românticas atuais. Você pode até levar um tempinho pra entrar no clima do filme, mas depois disso a viagem está garantida.

CAPAS DE OUTUBRO DA PANINI - DESTAQUES

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terça-feira, outubro 04, 2005

Ok, estamos todos contentes com a volta da BIZZ. Mas o Marcelo Costa, em dois posts do seu blog, levantou algumas questões importantes, e achei interessante copiá-los aqui. Confira:

“Eu já disse várias vezes, mas repito: adorei o novo dos Stones. Muuuito. Isso, porém, não justifica a capa da nova Bizz (mensal, que acaba de chegar às bancas) para eles. Primeiro porque é desperdício de pauta, já que Jagger e Richards vão estar no Rio em alguns meses, e daria para fazer uma tremenda cobertura, conseguir uma exclusiva e o escambau. Segundo porque estampar os Stones na capa a essa altura do campeonato é sinal de conformismo, de aposta no óbvio, de falta de culhão e de opção pelo "classic rock". Los Hermanos valiam uma capa. Uma grande matéria. Maria Rita também. Ambos com discos novos. Até a Pitty valia uma capa. Assumir que a publicação está sendo direcionada para pessoas de 25 a 40 anos é perder o caráter revolucionário que a revista tinha em seu nascimento. Porque muito do que sou hoje foi influenciado pela Bizz, que eu lia quando tinha 15 anos. A Bizz revolucionou a minha vida. E acho difícil ela revolucionar a de alguém com 25 anos, que já está estabelecido, já tem idéias formadas e conhece sobre tudo um pouco. Negar esse fator revolucionário é um erro, sem contar o preço. Repito: a Rolling Stone portenha custa 5,90 Pesos. A Los Inrockuptibles custa 6 pesos. As duas são maiores (em páginas mesmo) que a Bizz, e o peso está um por um com o Real. Então, Bizz a 9,90 é caro. A revista começa com o pé esquerdo, mas a turma que está no comando é nota dez. Eles têm tudo para mudar o jogo. Espero isso. E torço por eles. Mas eles precisam acertar o foco.”

“Tem gente que acha bobagem minha encanação com o preço de uma revista como a Bizz. Bem, quem pode pagar, pouco se importa com quem não pode. A questão, no entanto, não é quem não pode. É, sim, tornar a revista mais acessível para todas as classes. Afinal, se a revista estiver vendendo 100 mil exemplares por mês (uma utopia, mas tudo bem), ela estará segura na editora, e o amigo que acha R$ 9,90 um preço justo não correrá o risco de ter sua revista predileta retirada da banca por baixa vendagem após seis números. Por mim, R$ 5,90 ou 9,90: tanto faz, até compro. Só queria que mais gente comprasse. E que a revista valesse cada centavo pago, e em comparação com as portenhas Rolling Stone e a Los Inrockuptibles, ela não vale, já que ambas são maiores, tem mais páginas, e, nossa, são mais baratas. Vou continuar comprando a Uncut, que é quatro vezes mais que elas, mas traz um CD e muita coisa que a imprensa brasileira irá repercutir no mês seguinte. Inclusive a Bizz. Volto a lembrar que virei leitor da revista, e me apaixonei por cultura pop, lendo a Bizz quando tinha 15 anos. E duvido que moleques que gostem de música tenham grana pra gastar com revista, mas se o preço for mais convidativo, são esses moleques que a revista precisa "recrutar". Ah, essa nova Bizz e feita para trintões estabelecidos, né. Esquece o que eu disse.”

sábado, outubro 01, 2005

Fui hoje novamente à caça da famosa BIZZ #193. Claro, mais uma vez nem sinal dela, mas ao menos encontrei o volume 4 da história do rock, que não chegou aqui quando era pra chegar. E veio de brinde um volume da Coleção Para Saber Mais, da Superinteressante (no caso, o volume sobre música eletrônica). Pelo menos isso.

VMB 2005

Ontem foi dia do VMB, a premiação de clips da MTB brasileira. Eu estava com a maior boa vontade do mundo pra assistir, nem que fosse apenas pelo meu lado ‘jornalista amador’, para fazer um texto para o blog. Mas não deu. O começo com a apresentação do Rappa já me deixou ressabiado (e vem aí o Acústico deles, alguém me acuda!). Depois fiquei sabendo de uma nova categoria de premiação, a Banda dos Sonhos (ou algo do tipo). Medo, muito medo nesta hora. Finalmente, quando apareceu o Felipe Dylon fazendo um ‘dueto’ com a Vanessa Camargo, desisti de vez e fui assistir algo melhor (o que não foi difícil achar). Eles atingiram o fundo do poço, mas ainda vão encontrar uma maneira de cavar mais fundo.