domingo, janeiro 30, 2011

THE BEATLES - HELP!

(texto publicado originalmente na revista ESPECIAL BRAVO! BEATLES; autoria de Sergio Martins)
As canções da trilha do segundo filme dos Beatles também têm um jeito de que foram concebidas e gravadas em meio à correria. O material foi registrado em Abbey Road de fevereiro a junho de 1965 em paralelo aos inúmeros compromissos profissionais do quarteto. A qualidade individual das canções afasta qualquer aspecto caça-níquel. A faixa-título, de autoria de John, ganhou conotação dúbia. Ele tinha que escrever uma canção para ser o tema do filme, mas depois assumiu que estava realmente pedindo ajuda através da música. Anos mais tarde, ele falou: “Eu estava gordo, fumando maconha feito um louco, meu casamento era uma chatice. Estava pedindo socorro mesmo. Pena que fiz a melodia correndo, tentando ser comercial”. Lennon podia estar meio confuso, mas não tinha perdido o dom para criar canções que pegassem na hora, como os megahits Ticket To Ride e You‘re Going To Lose That Girl. Já You‘ve Got To Hide Your Love Away era uma canção folk introspectiva e mostrava que a vida sentimental de John não corria às mil maravilhas. Em suas canções Another Girl e The Night Before, Paul esbanja a segurança de sempre. George contribuiu com a correta I Need You. O lado B do disco original tinha It’s Only Love, I’ve Just Seen A Face, You Like Me Too Much, gravações mais acústicas que de certa forma antecipavam o que viria a ser Rubber Soul, o disco seguinte. Pela última vez os Beatles teriam que recorrer a covers. Aqui, no caso, são o country Act Naturally (de Buck Owens, ideal para a voz e figura de Ringo) e o rascante rock Dizzy Miss Lizzy (de Larry Williams), cantado por John. Mas nada se compara ao furor causado por Yerterday. Só o autor Paul participou da gravação, que foi complementada por um arranjo de cordas criado por George Martin. Paul ainda teve que convencer os outros Beatles a deixarem a canção entrar no disco, já que eles não achavam que era uma faixa “Beatle”. Contra a vontade da banda, ela foi lançada como single no mercado americano e o resto é história.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

BEST COVERS OF 2010

O site IGN elegeu as 100 melhores capas de gibis de 2010, tudo coisa inédita que ainda não saiu por aqui. Achei que os caras forçaram a barra em alguns momentos, e não concordei de maneira nenhuma com o 1º lugar para uma arte bonita, mas não brilhante, do brasileiro Rafael Albuquerque estampada em Superboy #1. Das 100, escolhi as 10 que achei mais legais para abrilhantar o meu, o seu, o nosso querido blog. Confira abaixo, lembrando que é só clicar na imagem para vê-la em tamanho maior.











domingo, janeiro 23, 2011

FAIL!!!

Qualquer gibi pode ser o primeiro gibi de uma pessoa, certo? Então imagine a cena: o cara chega numa banca de revistas e se depara com a edição 6 de A Sombra do Batman, toda bonitinha, lacradinha e tudo. Logo a arte da capa chama sua atenção. E não tem como deixar de notar, trata-se de um belo trabalho do artista francês Stephane Roux, publicado lá nos states para a capa de Batman Confidential 22. Confira abaixo (clique para ampliar):


O cara viu os filmes do morcego do Christopher Nolan, achou ambos interessantes, e pensou: “Será que o gibi é legal também? Quer saber, vou comprar essa porra! No mínimo deve valer pelos desenhos.” Acaba comprando, mesmo achando os quase 15 reais meio caro para uma mera HQ. Ele chega a sua casa, já na expectativa de estrear no mundo dos quadrinhos de super-heróis. Tira o plástico dela, começa a folhear e se depara com a seguinte página (clique para ampliar):


“Que porra é essa? Quem foi o merda que desenhou essa porcaria?!”, ele grita. É, não foi o Stephane Roux, foi o Scott McDaniel, um dos piores desenhistas de todos os tempos! Esse cara deve conhecer algum segredo fortíssimo de alguma pessoa importante na DC e fica fazendo chantagem, pois entra ano, sai ano, tá lá o cara desenhando algum título importante da editora do Batman e Cia. Eu não vejo outra explicação plausível. Ah, e nosso caro amigo resolveu nunca mais comprar um gibi na vida. Lá se foi um leitor em potencial...

BEM-VINDO À N.H.K.

Por uma fatalidade do destino, descobri a existência de uma organização maligna chamada "N.H.K.". Descobri que larguei a universidade, estou desempregado e me tornei o vagabundo que sou devido a esta grande conspiração! Por isso, decidi lutar até revelar toda a verdade ao mundo! Um dia, percebi que um grupo radical estava tentando me matar! Enviaram uma perigosa assassina disfarçada como a bela Misaki-chan, com sua inocente sombrinha. Quem é ela? O que pode salvar o nosso futuro contaminado de violência, erotismo e drogas? O amor, a coragem e a amizade? Este é o mangá de ação ininterrupta definitivo sobre os "hikikomoris"! (os atuais jovens inúteis como eu...) (do press release da Panini)


Comprei e li a primeira edição e curti muito. Pra quem não sabe, “hikikomori” é aquele pessoal que se isola totalmente do mundo exterior, cortando totalmente seus laços com as pessoas, mantendo esse comportamento por longos períodos, e se tornou problema sério no Japão. Eu sou um pouco assim e me identifiquei com o protagonista em algumas partes, uahahaha. O mangá tem apenas 8 volumes bimestrais, R$ 9,90 cada. Acompanharei até o final.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

C.R.A.Z.Y. - LOUCOS DE AMOR

Belíssimo filme! Nele vemos a saga da família Beaulieu num subúrbio da Canadá. A história começa em 1960, com o nascimento do quarto filho da família, no total de cinco, e a trama é focada neste quarto filho, o Zachary. Desde cedo ele percebe ser diferente. Já em casa nota a distância entre seus irmãos e ele. Mas ele tem uma boa relação com o pai, e é isso que lhe importa.

Aos poucos o pai nota as diferenças no filho, ao vê-lo vestir-se de mulher, ao escolher brinquedos diferentes da maioria, e tenta se aproximar dele exatamente para evitar algo que para ele seria fatal – um filho homossexual. Algo que o filho também rejeita com todas as forças.

Os anos passam, vemos os problemas típicos – e também atípicos – da família, e Zachary, agora adolescente e fã da boa música (Pink Floyd e David Bowie, entre outras joias, estão na trilha sonora) parece confortável, e seu pai está tranquilo ao ver que o filho é “normal”. Mas alguns acontecimentos isolados dizem o contrário.

Não vou entrar mais em detalhes para não estragar. Mas trata-se de um belo exemplar daquela estirpe de filmes que conta a história de uma família ao longo dos anos (ela vai até o começo dos anos 80), com todos os conflitos inerentes a ela. E o principal aqui não é saber se o protagonista é gay ou não. No final é uma história de amor, de encontrar o amor, de aceitar as pessoas como são e aceitar a si próprio. Mais do que recomendado! Só uma coisinha para terminar: CRAZY, além de ser o nome de uma das músicas da trilha, é uma sigla formada pelos nomes dos cinco irmãos.


segunda-feira, janeiro 17, 2011

SOUNDGARDEN – TELEPHANTASM

(texto publicado originalmente na Rolling Stone # 50, novembro de 2010; autoria de Paulo Terron)

Toda volta precisa de algo para “coroá-la”. Como o Soundgarden teve um conflito de agenda com o Pearl Jam (os grupos dividem o baterista Matt Cameron) e não pôde sair em turnê, esta coletânea é a prova de que a banda realmente retornou a carreira. E é só isso mesmo. O disco, em edição nacional, tem um repertório semelhante ao da compilação A-Sides (1997). Na versão importada, além de uma seleção ampliada para dois discos, há um bônus que vale o investimento em músicas já lançadas anteriormente: um DVD bônus inédito, com os clipes que ajudaram a impulsionar o grunge nos anos 90.

Musicalmente, há também a estreia de uma faixa “nova”, “Black Rain” (escrita há quase 15 anos e só completada em 2010), que fica no meio caminho entre o peso sujo dos primeiros anos do grupo de Chris Cornell e o lado mais brando e comercial adotado em Down on the Upside (1996). E, por falar no vocalista, a geração que só conhece a performance dele em carreira solo ou com o Audioslave pode se deliciar descobrindo a depressão agressiva de clássicos como “Outshined”, “My Wave” e a mais obscura – mas igualmente impactante – “Birth Ritual”, extraída da trilha do filme Singles – Vida de Solteiro. Um aperitivo decente para a reedição do catálogo completo do Soundgarden, que deve ser anunciada em breve.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

DOMICÍLIO CONJUGAL

Terceiro filme da saga de Antoine Doinel – desconsiderando o curta Antoine e Colette –, e até agora o melhor deles. Nosso herói, alter ego do diretor François Truffaut, agora está casado com a bela Christine, e tenta levar uma vida normal, rotineira, esperando o nascimento do filho e morando num prédio cheio de figuraças – parece até o cortiço onde mora o Chaves, hehehe. Mas ao conhecer uma sexy japonesa – ah, os prazeres do oriente! – no seu novo emprego, ele pode colocar tudo a perder.

Mais um clássico do Truffaut, esse que é um dos meus diretores franceses favoritos. Aqui, além dos dramas típicos do cinema francês, há uma bela dose de humor. As cenas onde um cara qualquer aparece para pedir dinheiro emprestado ao Antoine são sensacionais. Como li em uma sinopse do filme, “Domicílio Conjugal revela o olhar terno, engraçado e inteligente de Truffaut sobre o casamento e a paternidade”. Parfait!

terça-feira, janeiro 11, 2011

PEARL JAM - LIVE ON TEN LEGS

Sai oficialmente na próxima semana mais um disco ao vivo do Pearl Jam, Live on Ten Legs, para comemorar os 20 anos da banda. O álbum trará 18 faixas, gravadas nas turnês dos caras entre 2003 e 2010. Além das versões digital e em CD convencional, haverá também uma versão deluxe, que conterá, além do CD, vinil duplo, 4 mini pôsteres e outras bobagens para fã/colecionador nenhum botar defeito. A banda fez até um vídeo promo, com locução do Eddie Vedder, que provou ser um bom cantor, hehehe. Confira abaixo:

segunda-feira, janeiro 10, 2011

VERUCA SALT - SHUTTERBUG


O Veruca Salt foi uma das várias bandas da bela cena de rock alternativo americano dos gloriosos anos 90, liderada pela dupla Louise Post e Nina Gordon. A Louise é o pitelzinho dos leading vocals do vídeo, e Dave Grohl, lucky bastard, já teve um lance com a mina, virei até mais fã do cara depois que soube dessa.

"Shutterbug" é uma das faixas do Eight Arms to Hold You, disco lançado em 97 que é uma daquelas preciosidades da minha coleção. Álbum perfeito, da primeira a última música. Depois que vi o clipe de "Volcano Girls" e o encontrei no catálogo do antigo MusiClub da Abril, não pensei duas vezes para fazer a encomenda. Para mim, que sou fanzaço da fórmula vocais femininos + guitarras distorcidas, é discoteca básica!

sábado, janeiro 08, 2011

RÁPIDO & RASTEIRO

:: Tava vendo um episódio de Cowboy Beebop ontem e tinha umas citações do Pink Floyd, pra ser mais exato, do Dark Side e do The Wall. Massa! Aliás, o que tenho baixado de animê recentemente não está no gibi – ou no mangá, no caso. Devo ter pego uns 15 gigas só nas últimas 3 semanas. Depois eu arrumo tempo pra ver tudo isso.

:: Começa hoje os playoffs da NFL, o campeonato de futebol americano. O meu New England Patriots, com uma excelente campanha na fase regular, folga na primeira rodada, esperando de camarote seu próximo adversário. Tom Brady, o marido da Gisele Büdchen, é o quarterback da equipe e tem jogado pra caralho.

:: Oasis acabou, mas ainda dá o que falar. A última foi que Noel teria roubado músicas das últimas sessões do Oasis para usar em seu futuro disco solo, acusação do seu querido irmão, o Liam. Olha, ouvi a música da nova banda do Liam e dos demais remanescentes do Oasis, Beady Eye, e é um lixo, e agora ele, o Liam, tá querendo arrumar desculpas para seu inevitável fracasso. Enquanto isso, Noel tá na dele, pois sabe que tem bala na agulha para lançar um bom disco. Eu torço pro Noel, e você?!

:: O Foo Fighters acabou a gravação do seu novo disco, aquele já bem incensado por aqui, com participação do Krist Novoselic e produção de Butch Vig. O álbum está agora em processo de masterização e deve sair ainda neste semestre. Melhor CD de 2011? Provavelmente!

:: Fiz umas mudanças no texto sobre 2010, na parte dos gibis. Tinha umas bobagens lá, é o que dá escrever sem dar uma pesquisada antes. My bad!

:: Também entrei na modinha Facebook. Quem quiser pode me adicionar e trocar infos por lá, clique aqui para ver meu perfil.

quarta-feira, janeiro 05, 2011

THE WRONG WAY

Já aconteceu com você de começar a curtir uma banda a partir de um disco errado? Começar a gostar do U2 com o All That You Can’t Leave Behind, conhecer o Black Sabbath com algo sem o Ozzy nos vocais, iniciar sua discografia do Bob Dylan com alguma bobagem que ele lançou nos anos 80, coisas assim...

Bem, comigo aconteceu com o Pink Floyd. O ano era 1994, eu era fã da dobradinha grunge/metal, e já procurava diversificar meu horizonte musical, principalmente porque minha banda favorita não existia mais – foi o ano da morte do Kurt Cobain. O Floyd era para mim, até então, a banda de “Another Brick in the Wall”, já na época um clichezão do rock dito clássico, e quando comecei a ouvir rock, uns dois anos antes disso, nem me passou pela cabeça conhecer os caras. E o rótulo de rock progressivo não era dos mais chamativos.

Então, estava eu um dia numa loja quando me deparo com o recém-lançado LP The Division Bell (só entrei para a era digital no final daquele ano). Como não encontrei mais nada de interessante, e levando em conta que quem iria pagar era meu pai mesmo, levei a bolachona. Vinil lindo de morrer, da cor azul, tenho até hoje, apesar de ter adquirido o CD pouco depois (e de também ter furtado o cassete original - coisas de adolescente).

Ouvi muito o velho vinil. É bem diferente dos clássicos da banda, é um disco, podemos dizer, de rock adulto. Os experimentalismos de outrora ficaram para trás e eles, já sem Roger Waters, claramente não desejavam reinventar a roda. Faixas como “What Do You Want From Me”, “Take it Back”, “Coming Back to Life”, “High Hopes” e “Wearing The Inside Out” – essa última com vocais do tecladista Richard Wright – eram ótimas para ouvir num fim de tarde/início de noite. Pode-se dizer que, se antes os discos do Pink Floyd serviam para fazer você viajar, The Division Bell foi feito para relaxar.

A crítica em sua maioria detestou, claro, e até a maior parte dos fãs da banda também. E quando eu descobri os demais trabalhos dos ingleses, percebi que o buraco era mais embaixo. Nada aqui chega aos pés de um The Piper at the Gates of Dawn, Meddle, The Dark Side of the Moon ou mesmo The Wall da clichê “Another Brick in the Wall”. Mas, passado tanto tempo, o disco ainda tem aquele valor sentimental, e vez ou outra me pego com vontade de voltar a ouvi-lo. Fora que, talvez, sem ele, não conheceria os demais discos da banda, ou ao menos demoraria mais para me tornar fã deles.

terça-feira, janeiro 04, 2011

BOB DYLAN - LIKE A ROLLING STONE


Este é um dos grandes clássicos do Dylan e da música americana em geral, tanto que ganhou o primeiro posto numa lista das 500 melhores músicas de todos os tempos da revista Rolling Stone. Like A Rolling Stone tinha originalmente uma letra de 10 páginas, editada para caber em seus pouco mais de 6 minutos de duração, e ainda assim pareceu longa demais para a gravadora, que só cedeu e decidiu lançá-la como single após a aprovação de alguns influentes DJs da época. A música chegou ao nº 2 da parada dos EUA.

Com Like A Rolling Stone e o álbum onde a faixa está presente, Highway 61 Revisited, Bob Dylan passou definitivamente de um cantor folk acompanhado apenas de seu violão e sua gaita para um roqueiro empunhando uma guitarra elétrica. A versão do vídeo é a mesma presente no documentário No Direction Home, de Martin Scorsese, na turnê famosa por ter em todos os shows boa parte da platéia chamando Dylan de Judas.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

HELP ME UNDERSTAND!

Os Novos Vingadores nº 83, dezembro de 2010, seção de cartas, trecho da mensagem do meu conterrâneo Luiz Gustavo – aka Luwig:

Há algum critério geral quanto às escolhas das artes para compor as capas das revistas? Pergunto porque sinceramente não entendi a opção pela de Billy Tan em Novos Vingadores 79 no lugar das de Bryan Hitch e John Cassaday para Captain America Reborn 1.

Resposta básica do Paulo França, editor:

Geralmente os critérios são a beleza da capa, a importância do material e o potencial de vendas da imagem em questão.

Olha, se as capas de Capitão América Renascimento, algumas delas postadas abaixo, não atendem aos critérios sugeridos, eu não sei de mais nada.



LOBÃO SOLTANDO OS CACHORROS!

Confira o áudio da participação do Lobão no programa Transa Louca, da Transamérica FM. Sem papas na língua, ele mete o pau nas rádios e no cenário colorido das bandas atuais. Atenção na babaquice dos apresentadores do programa. Vale muito a pena!


domingo, janeiro 02, 2011

GOODBYE CRUEL 2010

Mais um ano que termina, menos um ano que temos nessa terrinha maldita. 2010 não foi um dos melhores anos pra mim, minha temporada no IBGE chegou ao fim, por causa da redação não me classifiquei no concurso do MPU, aprendi que certas coisas não trazem o alento e a felicidade que pensei que traziam etc etc etc. Mas deixamos minha vida particular pra lá, o mote aqui é o mundinho pop que nos cerca.

Bem, tivemos alguns bons lançamentos musicais no ano que terminou: The Suburbs do Arcade Fire, Beat The Devil's Tattoo do Black Rebel Motorcycle Club, Postcards From A Young Man do Manic Street Preachers, Out of Our Minds da Melissa Auf der Maur, Música de Brinquedo do Pato Fu, Fred Austaire do Lucy and the Popsonics, Band of Joy do Robert Plant, Eureka do Rooney, Disconnect From Desire do School Of Seven Bells, Volume 2 do She & Him, Shadows do Teenage Fanclub, Release Me do The Like, High Violet do The National, Together do The New Pornographers, Tourist History do The New Pornographers etc. Mas nenhum deu aquele click no meu cérebro, nenhum me fez dizer UAU! O melhor mesmo foi uma descoberta atrasada, Union do The Boxer Rebellion, de 2009, altamente recomendável! Descobri outras bandas bacanudas também, que por um motivo qualquer passou despercebido pelo meu radar, como Metric, Blake Babies, Nada Surf, Echobelly, Phoenix, Alphabeat, Editors, Tegan and Sara, Company of Thieves, entre outras.

Nos quadrinhos, bem, nada no estilo super-herói me chamou muito a atenção.Tivemos as mudanças nas revistas mensais, agora com 76 páginas, mas isso ainda não evitou os famosos mixes fracos. Liga da Justiça, com a minissérie do Robinson que não serviu pra nada, a volta sem pé nem cabeça do antigo Flash, e o fim da fase do Johns na SJA me fez decidir por abandonar a revista, após 96 edições ininterruptas. Além disso, a Panini conseguiu bagunçar a excelente fase do Superman, publicando tudo fora da ordem. E todo esse hype em volta da morte do Batman não foi justificado, se bem que alguns novos títulos, como Sereias de Gotham, tenho achado deveras interessantes. A Noite Mais Densa, que está na fase final, estou acompanhando no automático. Puta personagem chato esse Lanterna! Pela Marvel, Homem-Aranha continua uma leitura divertida, a repaginada na linha Ultimate foi bem vinda, a volta do Capitão América é bem desenhada, e Demolidor continuou fodástico. Fora isso, pouco acompanhei a casa das idéias. Mas não posso deixar de falar da linha Vertigo/Wildstorm pela Panini. A mensal, depois de um começo claudicante, entrou nos eixos e é leitura obrigatória! E os encadernados têm saído numa periodicidade inédita em terras tupiniquins. Y – O Último Homem já está no quarto volume, Fábulas, Ex Machina, 100 Balas, Hellblazer, todos eles tiveram pelo menos 2 novos volumes em 2010, e até material menos conhecido, como Loveless, tem seu espaço. Se conseguirem terminar Preacher, terão minha gratidão eterna! Nos mangás, de novidade apenas High School of the Dead, e vale muito a pena! Zumbis e peitões, quer o que mais?!

Filmes vi pouquíssima coisa de 2010, fui ao cinema só 2 vezes, e nem lembro direito o que fui assistir. Mas no conforto do meu lar fiz a festa. Tenho revisto muita coisa européia, clássicos do Truffaut, Antonioni, Godard, só o filé! E dos blockbusters americanos, tenho sido o mais seletivo possível. Alguns destaques do que vi de inédito durante o ano: Senhores do Crime, Entre os Muros da Escola, Quem Quer Ser um Milionário, Vicky, Cristina Barcelona, Guerra ao Terror, (500) Dias Com Ela, Hooligans, A Orfã, A Onda, Abraços Partidos, A Aventura, Adeus, Crianças, Johnny e June, Um Homem Sério e Watchmen.

Chega, né? Pra terminar, as bandas e as músicas que mais ouvi no PC em 2010, segundo a Last FM: