domingo, janeiro 31, 2010

FEDERER RULES!!!

Confesso que nem tenho mais palavras para falar (ou escrever) sobre Roger Federer, com tantos posts já dedicados à suas conquistas. Mas não poderia deixar em branco mais uma delas. Nessa manhã (noite em Melbourne), o suíço deu mais um passo para ser, definitivamente, o melhor tenista de todos os tempos. Federer foi o campeão do Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada, derrotando o escocês Andy Murray em sets diretos, parciais 6/3, 6/4 e 7/6 (13 a 11 no tie break) em pouco mais de 2 horas e meia de partida. É o 16º título num Grand Slam para o número 1 do ranking da ATP, recordista absoluto (o segundo colocado é o já aposentando Pete Sampras com 14 conquistas), sendo o 4º na Austrália. Parece que ainda está longe o final do reinado de Roger Federer. Para terminar, só uma coisinha: é uma pena que poucos tenham acesso ao esporte, já que inexistem transmissões na TV aberta, porque é sensacional acompanhar uma partida de tênis, principalmente do nível que temos em torneios similares.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

RETRÔ - MÚSICA EM 2009 - TOP 10

Eu não fiz lista das melhores músicas de 2009, mas se eu tivesse feito, ficaria mais ou menos assim:

ALICE IN CHAINS – YOUR DECISION

Uma das faixas mais melódicas do álbum que marcou a volta da banda. Não dá para negar, vou morrer ouvindo esse tipo de som, e adorando.

PLACEBO – ASHTRAY HEART

A música já começa no refrão, que é foda! Brian Molko não surpreende mais como antes, mas ainda acerta a mão vez ou outra.

ARCTIC MONKEYS – CRYING LIGHTNING

Essa foi uma das faixas produzidas pelo Josh Homme, que deixou sua marca no clima desse que foi o primeiro single da mais recente empreitada da molecada.

KASABIAN – FIRE

O rock psicodélico desses caras da Inglaterra alcança a perfeição nessa faixa do disco The West Rider Pauper Lunatic Asylum. Show!

MANIC STREET PREACHERS – FACING PAGE: TOP LEFT

Essa balada, levada no violão, é o principal destaque de Journal For Plague Lovers, disco produzido pelo lendário Steve Albini.

MORRISSEY – I´M THROWING MY ARMS AROUND PARIS

Only stone and steel accept my love”. Porra, essa é a frase da minha vida! O nosso inglês vivo favorito ainda é um gênio!

PEARL JAM – GONNA SEE MY FRIEND

Rock energético, sem frescuras, que abre Backspacer, mostrando que Eddie Vedder e cia ainda tem lenha para queimar.

PETE YORN & SCARLETT JOHANSSON – I DON´T KNOW WHAT TO DO

Se a musa Scarlett não se deu bem em sua estréia solo, aqui, ao lado de Pete Yorn, ela se redime. E essa música em especial, como diria minha amiga Camile, é muito fofa!

U2 – MAGNIFICENT

Saudades do U2 dos anos 80? Pois aqui eles voltam no tempo e tocam como se estivessem naquela década. E The Edge ainda ensina a fazer um solo sem firulas.

LA ROUX – BULLETPROOF
Nessa nova onda do synthpop, um dos destaques é o La Roux, e essa faixa desce redondinha que é uma beleza. Podia muito bem tocar no rádio...

domingo, janeiro 24, 2010

30 ANOS DE LONDON CALLING

Um pouquinho atrasado, mas tá valendo. London Calling, o clássico absoluto do The Clash, o clássico absoluto do punk, o clássico absoluto do rock, o clássico absoluto da música, acabou de completar 30 anos! E para não deixar esse acontecimento passar em branco, trago para vocês um texto da Ana Maria Bahiana, publicado originalmente na seção Discoteca Básica, da Bizz # 50, de setembro de 1989. Enjoy!

THE CLASH - LONDON CALLING

Três anos depois do verão punk, o establishment pop ainda lambia suas feridas. Aqueles Sex Pistols de Malcoln McLaren eram uma brincadeira de mau gosto? E - impensável - se eles fossem importantes, mesmo sendo uma brincadeira de mau gosto? Aliás, se tudo aquilo fosse importante exatamente por ser uma brincadeira de mau gosto?

Desde os Beatles, os 60 e a politização/psicodelização do rock, a indústria não via questões tão profundas e tão graves ameaçando as regras do (seu) jogo. A primeira metade dos 70 trouxe uma paz confortadora, em que bons negócios eram possíveis com um mínimo de tumultos e confrontos. A indústria tinha um produto de aceitação certa e imediata, e os consumidores pareciam felizes. Por que e de onde vinha essa insurreição? E que momento péssimo haviam escolhido para atacar: exatamente quando, dos clubes gay underground, a disco music avançava sobre as hordas de adolescentes. Mas o pior ainda estava por vir: em 1979, o establishment descobriu que a rebelião tinha um cérebro, além de uma voz. E foi London Calling, do Clash, que proclamou isto.

O Clash surgira na primeira hora do verão londrino de 1976, reunindo Joe Strummer com uma carreira de performances no metrô e à frente de uma banda de pubs (os 101´ers): Paul Simonon, um estudante de arte que jamais havia pegado num baixo: e Mick Jones, que também vinha da cena de pubs. Primeiro com Tory Crimes e depois com Topper Headon na bateria (e, por pouco tempo, com Keith Levene, futuro PIL, completando um quinteto), o Clash abriu concertos dos Pistols em 1976 e, um ano depois, assinou um contrato vultoso para a época, com duzentos mil dólares de adiantamento. Os dois primeiros discos desse contrato -The Clash (1977) e Give´Em Enough Rope (1978) - já revelavam claramente o que o Clash pretendia: de dentro da barragem alucinante de decibéis erguida por Jones, Strummer cantava articuladamente uma inquietação social e política que os Pistols conheciam, mas tratavam com um ódio brutal e amorfo. Mas, na época, a forma triunfou sobre o conteúdo, iludindo a todos, sem sequer antecipar o que seria London Calling.

Lançado em meados do ano, Londoll Calling foi um clarão de lucidez e coerência como nem o rock nem o Clash conheceriam depois. As dezenove faixas do álbum duplo - a última, "Train in Vain", não está creditada na capa - interligam-se para formar ao mesmo tempo um painel da Inglaterra sob Thatcher - relutantemente multirracial, bacia de fermentação de ódios e frustrações - e de um mundo apenas aparentemente sob controle, mas impulsionado por armas, drogas e guerras sob encomenda. A música tem uma riqueza de texturas que o punk desconhecia: o Clash canta o ska e o reggae pesado da Londres negra ("The Guns of Brixton", "Rudie Can´t Fail", "Wrong´Em Bovo") e puxa o longo fio ancestral que vai até os anos 50 ("Brand New Cadillac") e o jazz ("Jimmy Jazz").

O impacto de London Calling abriu clareiras em todas as frentes. Para as platéias punk, ele disse que a fúria podia e devia ser organizada, e que a lucidez e a curiosidade eram as únicas saídas estéticas possíveis antes da caricatura e da dissolução. Para o resto do público, o álbum restaurou a fé num gênero em visível decadência, o rock. Para o próprio Clash, o disco foi a bateria energética que o impulsionou freneticamente durante um inacreditável par de anos - e o álbum triplo Sandinista (1980) - até caírem exaustos ao chão das realidades mesquinhas do business, ícaros modernos deixando no ar o traço do seu vôo.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

LETRAS

MORRISSEY - I´M THROWING MY ARMS AROUND PARIS

In the absence of your love

Na falta do seu amor

And in the absence of human touch

E na falta do toque humano

I have decided

Eu decidi

I'm throwing my arms around

Eu estou lançando meus braços ao redor

Around Paris because

Ao redor de Paris porque

Only stone and steel accept my love

Só pedra e aço aceitam meu amor

In the absence of your smiling face

Na falta do seu rosto sorridente

I travel all over the place

Eu viajo por todos os lugares

And I have decided

E eu decidi

I'm throwing my arms around

Eu estou lançando meus braços ao redor

Around Paris because

Ao redor de Paris porque

Only stone and steel accept my love

Só pedra e aço aceitam meu amor

I'm throwing my arms around

Estou lançando meus braços ao redor

Around Paris because

Ao redor de Paris porque

Only stone and steel accept my love

Só pedra e aço aceitam meu amor

I'm throwing my arms around

Estou lançando meus braços ao redor

Paris because nobody wants my love

de Paris porque ninguém quer meu amor

Nobody wants my Love

Ninguém quer meu amor

Nobody needs my Love

Ninguém precisa do meu amor

Nobody wants my Love

Ninguém quer meu amor

Yes, you've made yourself plain

Sim, você foi claro

Yes, you've made yourself very plain

Sim, você foi muito claro

sexta-feira, janeiro 15, 2010

RETRÔ - MÚSICA EM 2009

Primeiro post do ano. E nada melhor que começar 2010 revisando o que tivemos de destaque no mundo da música no ano que acabou. Confesso que não tenho acompanhado com tamanho afinco o que tem rolado de novidades, sabe como é, chega uma época que a idade começa a pesar, surgem outros interesses, outras distrações. Então esse texto vai estar repleto de lacunas. Mas, como diria o outro, o que vale é a intenção...
Bem, primeiramente devo dizer que 2009 não foi tão bom quanto 2008, quando tivemos (ótimos) discos de artistas do quilate de Metallica, Oasis, Kings of Leon, Duffy, Long Blondes, Last Shadow Puppets,Portishead, REM, Sons & Daughters etc. Em 2009, apesar de medalhões como U2, Morrissey, Manic Street Preachers, Arctic Monkeys e Lily Allen terem lançado seus discos, acho que faltou algo, sei lá, um álbum bom do começo ao final. E de música nacional, bem, ouvi pouco e gostei menos ainda, o melhor foi o Black Drawing Chalks, que canta em inglês...
Como fã do som de Seattle do começo da década de 1990, não pude deixar de notar (e ficar feliz) com meio que um ressurgimento do grunge. O Pearl Jam, além de nos brindar com seu melhor álbum dos últimos anos, Backspacer, lançou uma edição motherfucker de sua estreia, o clássico Ten. O baú do Nirvana trouxe a tona a apresentação histórica dos caras no Festival de Reading em 1992, lançada em CD e DVD, e o debut da banda, Bleach, fez 20 anos em grande estilo, com uma reedição remasterizada e cheia de extras. E tivemos a volta do Alice in Chains, com novo vocalista e o mesmo alto nível de sempre. Ah, 2010 já promete o retorno do Soundgarden!
Outro fato que foi notícia foi o lançamento de toda a discografia remasterizada dos Beatles, a.k.a. a melhor banda de todos os tempos, algo sonhado por 11 em cada 10 fãs dos rapazes de Liverpool. Hora de substituir os velhos discos pela bela nova versão de cada um deles.
Diferentemente de outras ocasiões, não farei lista das melhores músicas. Limitarei a falar de alguns bons discos e os destaques em cada um deles. Mãos a obra!

MANIC STREET PREACHERS – JOURNAL FOR PLAGUE LOVERS

Se existe uma banda que tem subido cada vez mais no meu conceito, essa é o Manic! Já conheço o som dos caras de longa data, This Is My Truth Tell Me Yours é meu disco de cabeceira (existe isso?!) há uns 10 anos, e finalmente adquiri a versão física do sensacional Lifeblood. Em sua nova empreitada, a banda resolveu gravar músicas inéditas de Richey James Edwards, integrante do grupo que desapareceu misteriosamente em 1995. Apesar do resultado não mostrar a qualidade de discos recentes, ainda assim o disco se destaca em faixas como “Facing Page: Top Left” e “Williams Last Words”.

PEARL JAM – BACKSPACER

Alguém pode falar: “num ano em que um disco do Pearl Jam é destaque, é porque esse ano não foi bom”. Visto a recente discografia da banda, isso não deixaria de ser verdade. Mas Backspacer surpreende. Sério! O começo, com a energética “Gonna See My Friend” é sensacional! O single “The Fixer” funciona que é uma beleza. E faixas mais calmas como “The End” e “Just Breath” chegam a emocionar. Surpreenda-se você também!

U2 – NO LINE ON THE HORIZON

Está sendo alardeado por aí que o mais recente CD de Bono e cia é um fracasso de vendas. Mas quem é um verdadeiro sucesso de vendas hoje em dia, heim? Tudo bem, o primeiro single, “Get On Your Boots”, foi um erro do tamanho de “Beautiful Day” anos atrás. Mas faixas como “Magnificent” (que, como diz o título, é magnífica, e lembra o U2 dos anos 80), “I’ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight”, “White As Snow” e “Fez – Being Born” mais do que fazem valer o investimento no disquinho.

ARCTIC MONKEYS – HUMBUG

Para dar uma nova roupagem ao som, os rapazes de Sheffield chamaram Josh Homme, líder do Queens of The Stone Age, para produzir algumas faixas de Humbug. Bem, o resultado deixou um pouquinho a desejar, mas foi um passo importante para a banda. Como li por aí, o próximo disco deles promete. Mas faixas como ”Crying Lightning” (uma das que mais ouvi durante o ano), “My Propeller”, “Dangerous Animais” e a la Last Shadow Puppets “Cornestone” são do caralho!

ALICE IN CHAINS – BLACK GIVES WAY TO BLUE

Olha, nem dei muita bola quando anunciaram a volta do AIC, apesar da banda ser uma das minhas favoritas ever. Sei lá, mas parecia que a última coisa que precisávamos era desse retorno. Que bom que chupei legal. Alice in Chains ainda é foda! Lá em cima falei que faltou um grande disco do começo ao fim em 2009. Bem, Black Gives Way to Blue é a exceção que confirma a regra. “All Secrets Known”, “Check My Brain”, “Last of My Kind”, “Your Decision”, “Lesson Learned”, “Private Hell”, “Black Gives Way To Blue”, porra, o disco todo é ótimo. Nem o Elton John conseguiu estragar…


OUTROS BONS DISCOS DO ANO:

LA ROUX – IDEM

THE CRIBS – IGNORE THE IGNORANT

PETE YORN & SCARLETT JOHANSSON – BREAK UP

KASABIAN – THE WEST RIDER PAUPER LUNATIC ASYLUM

GOD HELP THE GIRL – IDEM

HOWLING BELLS – RADIO WARS

MORRISSEY – YEARS OF REFUSAL

LILY ALLEN – IT´S NOT ME IT´S YOU

THE RIFLES – THE GREAT ESCAPE

THE PAINS OF BEING PURE AT HEART - IDEM


O QUE MAIS OUVI NA LAST FM EM 2009

BANDAS:

Oasis (647 vezes)

Pearl Jam (630 vezes)

Nirvana (508 vezes)

Manic Street Preachers (447 vezes)

Ramones (410 vezes)

The Beatles (339 vezes)

U2 (311 vezes)

Alice in Chains (306 vezes)

Pj Harvey (293 vezes)

Pixies (287 vezes)


MÚSICAS:

Oasis – I´m Outta Time (27 vezes)

Arctic Monkeys – Crying Lightning (27 vezes)

Kings of Leon – Use Somebody (24 vezes)

Pearl Jam – Even Flow (24 vezes)

Kings of Leon – Sex on Fire (24 vezes)

Oasis – The Shock of the Lightning (24 vezes)

Queens of the Stone Age – I Never Came (22 vezes)

Pearl Jam – Jeremy (19 vezes)

Rooney – Here Today, Gone Tomorrow (19 vezes)

Rooney – I´m a Terrible Person (18 vezes)