sábado, fevereiro 27, 2010

LETRAS

MORRISSEY - THE MORE YOU IGNORE ME, THE CLOSER I GET

The more you ignore me, the closer I get

Quanto mais você me ignora, mais perto eu chego

You're wasting your time

Você está perdendo seu tempo

The more you ignore me, the closer I get

Quanto mais você me ignora, mais perto eu chego

You're wasting your time

Você está perdendo seu tempo


I will be

Estarei

In the bar

No bar

With my head on the bar

Com minha cabeça no balcão

I am now

Eu sou agora

A central part

A parte principal

Of your mind's landscape

Da paisagem de sua cabeça

Whether you care

Quer você queira

Or do not

Ou não

Yeah, I've made up your mind

Sim, eu fiz sua cabeça


The more you ignore me

Quanto mais você me ignora,

The closer I get

Mais perto eu chego

You're wasting your time

Você está perdendo seu tempo


Beware!

Cuidado!

I bear more grudges

Eu agüento má vontade

Than lonely high court judges

Mais do que os solitários juízes da alta corte

When you sleep

Quando você dormir

I will creep into your thoughts

Eu rastejarei em seus pensamentos

Like a bad debt that you can't pay

Como uma conta que você não pode pagar

Take the easy way And give in

Tome o caminho mais fácil e desista

Yeah, and let me in

E me deixe entrar

Oh, let me in

Oh, me deixe entrar

Oh, let me in

Oh, me deixa entrar


It's war

É guerra

It's war

É guerra

It's war...

É guerra…

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

THEM CROOKED VULTURES - IDEM

(texto extraído da Rolling Stone # 39, de dezembro de 2009; autoria de Ricardo Franca Cruz)

Maldita expectativa. Não havia como não esperar uma superbanda da união do lendário baixista John Paul Jones, um dos arquitetos do Led Zeppelin, Josh Homme, o dono do Queens of the Stone Age, e Dave Grohl, o dono do Foo Fighters (aqui, na bateria). Ainda mais sabendo que Homme e Grohl, dois dos músicos roqueiros contemporâneos mais criativos, estão juntos (com Nick Oliveri e Mark Lanegan, é verdade) em um dos melhores discos de rock da década (Songs for the Deaf, do QOTSA). Them Crooked Vultures soam honestíssimos, mas não incríveis. E é aí que a expectativa pode derrubar um trabalho sério. A voz de Homme nunca foi melhor, e as melodias ora pop, ora tortas de “Mind Eraser, No Chaser” e “Warsaw or the First Breath You Take After You Give Up” provam isso. Mas “No One Loves Me & Neither Do I” e “Dead End Friends” parecem sobras de discos do QOTSA, sem o brilho químico que embala àquela banda. Já “Elephants” soa como Led e isso jamais pode ser desconsiderado. “Reptile” é o ponto alto, com hipnose psicótica sonora seguida de belo refrão. Esperava-se que este fosse um álbum histórico, nascido para cravar o nome desta banda na Pedra Sagrada do rock ‘n’ roll, mas não o é. E isso, não fosse, novamente, a expectativa criada, não seria um problema. Há muitos discos bons que não são ótimos e a gente gosta mesmo assim. Da minha parte, prometo menos expectativas daqui em diante. Da parte de todos esses jovens músicos cheios de talento e projetos paralelos, talvez seja hora de eles se dedicarem exclusivamente às bandas que alçaram à posição de super, digo, grandes figuras do rock.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

TENSO!!!

Olha o que o editor Bernardo Santana soltou na seção de cartas de Superman # 87, que recém chegou às bancas:

"... queremos prepará-lo também para uma revolução editorial vindo por aí. Não, sem pistas, curioso leitor, mas pode crer que o que estamos preparando vai mudar a maneira como você consome suas revistas hoje. Intrigante o suficiente ou não?"

Medo, muito medo! Leitor de quadrinhos no Brasil não pode ver esse tipo de coisa que já sente calafrios. Eu, por exemplo, imagino logo a volta dos famigerados formatinhos (argh!). Por enquanto só há especulações nos fóruns de discussão. Uns acham que mudará o número de páginas, outros que passarão a lançar tudo em TPs, alguns que vem por aí quadrinhos digitais, mas a maioria mesmo está apavorada com uma possível volta dos formatinhos. Resta esperar o anúncio oficial...

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

MUSIC NEWS - RAPIDINHAS

:: Os Strokes entraram em estúdio para gravar seu quarto álbum, que será sucessor do irregular First Impressions of Earth, de 2006 (como o tempo passa, heim?!). O produtor será Joe Chiccarelli, que tem em seu currículo trabalhos com U2, Bjork e Beck. Os caras estão devendo um disco tão bom quanto a estreia, Is This It...

:: O Them Crooked Vultures, projeto que envolve John Paul Jones (Led Zeppelin), Dave Grohl (Foo Fighters) e Josh Homme (Queens of the Stone Age) promete seu segundo álbum ainda para 2010. Segundo Jones, até o final do verão (lá no hemisfério norte) o disco deve sair. Enquanto isso eles tocam no Download Festival ao lado do AC/DC e do Stone Temple Pilots.

:: A versão do Flaming Lips para o clássico do Pink Floyd, Dark Side of the Moon, e que tem participações de Henry Rollins e Peaches (estou ouvindo no exato momento que escrevo essas linhas tortas; é muito louco!) seguirá para a estrada, mais precisamente no Bonnaroo Festival, em junho próximo. A banda já tocou o álbum na noite de ano novo em Oklahoma, e vai repetir a dose. Taí algo que gostaria de assistir...

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

RETALHOS

Acabei de passar por uma experiência maravilhosa. Não, não estou falando de sexo nem de minha última visita à Paris. Ontem terminei a leitura de Retalhos.

Craig Thompson, o autor da HQ (sim, estou falando de uma história em quadrinhos, ou como diria meu chefe, “revistinha”, argh!) teve uma infância e adolescência duríssimas, e resolveu contar essa fase de sua vida em forma de arte seqüencial. Nela Craig disseca sua vida numa cidadezinha de merda em Wisconsin, EUA, que parece eternamente coberta de neve. Nas quase 600 páginas do livro, ele fala de sua relação com seu irmão caçula, com seus pais, com seu primeiro amor adolescente e, principalmente, com Deus e a religião.

A fé é o fio que liga a trama. Com o passar do tempo, o pequeno Craig começa a questionar a religião e seus ensinamentos. Sofrendo de todos os tipos de infortúnios, sendo humilhado pelos colegas de escola e vítima de abuso sexual por parte de seu “babá”, Craig começa a ver sua religião com outros olhos, e parece que sua vida será apenas uma sucessão de decepções. Até conhecer Raina, seu primeiro amor e pela qual tem desejos não muito religiosos. O relacionamento dos dois é curto (quando ele a telefona apenas para falar “estou ligando para dizer adeus...”, putz) e acaba sendo apenas um ritual de passagem, quando ele reavalia sua vida, seus erros com o irmão, e, claro, sua fé.

É a história de um loser, um outsider, algo que sempre chamou minha atenção. Tudo isso é contado de forma magistral por Craig Thompson, com seus textos simples, mas verdadeiros, e seu traço detalhista e poético. De repente, Alan Moore não parece tão gênio assim...