sexta-feira, outubro 26, 2007

HQ NEWS

Boas novas da DC pela Panini. Aproveitando a passagem de Eddie Berganza, editor da linha do Superman lá fora, pelo Brasil, foi anunciado quatro belos lançamentos e um meia boca.
O meia boca é SJA Anual #1, que traz dois arcos que saíram originalmente em JSA Classified. Como a maioria dessa linha Classified, deve ser apenas razoável. Guarde a grana para as demais surpresas.
Agora falemos do filé:
::Mulher-Gato: O Crime Perfeito - É, parece que a campanha iniciada pelo Luwig no The Pulse surtiu efeitos. Nesse especial, que segue o formato da linha Grandes Clássicos DC (ou seja, lombada quadrada, capa cartonada e papel LWC), temos o primeiro arco da elogiada fase de Ed Brubaker a frente do título mensal da Mulher-Gato, e que foi sistematicamente ignorado pela Panini na época que deveria ser publicado (a história é originalmente do comecinho de 2002). Os desenhos desse arco ficam por conta de Darwin Cooke e Mike Allred (é mole?!). Ainda teremos no gibi o especial Selina's Big Score (de Cooke) e as três curtinhas que saíram em Detective Comics #759 a #762, totalizando as 232 páginas anunciadas.
::O Longo Dia das Bruxas - Edição Definitiva - Quem leu diz que esse é o melhor trabalho da dupla Jeph Loeb e Tim Sale. Os dois se reuniram diversas vezes para trazer histórias do passado de personagens da DC e da Marvel, como em Superman: As Quatro Estações e Homem-Aranha Azul, para ficar num exemplo de cada editora. O Longo Dia das Bruxas saiu pela Abril há alguns anos, e agora volta com ares de clássico. É uma das grandes histórias do Morcego que não tenho na coleção, e não perderei essa oportunidade. Se seguir o formato das outras edições definitivas, deve sair em duas versões, uma com capa dura e outra com capa cartonada. Ah, ela tem 13 capítulos, então espere um encadernado daqueles (e com um preço daqueles também).
::Justiceira: o Julgamento da Mulher-Maravilha - Desconsiderando a péssima tradução de Manhunter, seu título mensal nos States é um dos melhores da DC Comics. Antes de ler esse especial, que deve trazer as edições 26 a 30 de Manhunter, sugiro ir atrás dos scans dos números anteriores para não ficar voando por completo em relação à personagem. Só saber que em sua vida civil a heroína é advogada é pouco. O julgamento da Mulher-Maravilha em questão é ainda devido ao assassinato de Max Lord, que ocorreu numa das trocentas histórias que serviram de prelúdio para a malfadada Crise Infinita. É torcer que venda bem para a Panini ao menos considerar o lançamento das aventuras anteriores da personagem.
::Alex Ross - World´s Greatest Heroes - Por último, mas não menos importante, temos esse lançamento que deverá ser um verdadeiro calhamaço de difícil transporte. Ele reúne os álbuns que o roteirista Paul Dini e o desenhista Alex Ross fizeram juntos, todos estrelados pelos maiorais da DC. Temos um com o Batman, um com o Superman, outro com a Mulher-Maravilha e, salvo engano, dois protagonizados pela Liga da Justiça. Assim como O Longo Dias das Bruxas, tem tudo para custar os olhos da cara e mais alguns órgãos vitais do corpo humano. É melhor ir guardando o 13o.
A Panini não falou nada sobre datas, então não fique surpreso se você ver essas belezas nas bancas só depois do carnaval.
Pelo lado da Pixel também temos boas novas. Em novembro será lançado Planetary/Batman - Noite na Terra, o primeiro crossover do grupo criado por Warren Ellis a sair por aqui (os outros são Planetary/Authority e Planetary/Liga da Justiça, que também estão nos planos da editora para um futuro próximo). Sei que muitos fazem cara feia para crossovers, e não sem razão, pois tem muito lixo nesse meio. Mas esse em questão é sensacional. Tive a oportunidade de lê-lo via scan e fiquei maravilhado, não só pela história em si, mas pelo show particular do desenhista John Cassaday, retratando diversas versões do Batman ao longo de sua existência (tem a 1a versão dos gibis, quando o herói costumava usar armas de fogo, a versão da infame série televisiva dos anos 60, a versão do Neal Adams, Frank Miller etc.). O gibi terá o formato 20 x 29 cm, um pouco maior que o tradicional americano. Nem precisa dizer que é cofre...

sábado, outubro 20, 2007

20 DISCOS QUE MUDARAM O MUNDO pt.11

(texto extraído da revista ZERO nº 8)

OASIS
DEFINITELY MAYBE
Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket


Lançamento: 30 de agosto de 1994
Nas paradas: nº 58 no Top 200 da Billboard
Algumas influências: The Beatles, The Stone Roses, The Who, Slade e os Hooligans
Alguns influenciados: Travis, Embrace, Stereophonics, Animalhouse, Cast, Lowgold, No Waysis


O britpop começou aqui. Antes que você vá correndo pro computador para mandar às favas a Zero, deixe-nos explicar. Estamos falando do britpop anos 90, aquele que teve início com o The La’s, que ganhou o mundo com o Oasis e o Blur e que definha há alguns anos.
O primeiro álbum dos irmãos Gallagher foi o estopim do movimento. Dois anos antes, Noel nem fazia parte da banda. Preferia ter um emprego estável como roadie do grupo Inspiral Carpets. Allan McGee (dono da gravadora Creation), depois de perder o trem para Glasgow, assistiu a um show dos rapazes e os contratou imediatamente.
Definitely Maybe foi antecedido pelos singles “Supersonic”, “Shakemaker” e “Live Forever”. Todos fizeram bonito nas paradas britânicas, sendo o último o primeiro a entrar no Top 10.
Definitely Maybe se tornou o álbum de estréia vendido mais rapidamente na história britânica. Os ingressos dos shows do quarteto eram disputados a tapa. Com cara de “greatest hits”, o disco chega ao primeiro lugar na Inglaterra. O carma com os Beatles começou a povoar o mundo de Noel e Liam a partir deste trabalho: “Supersonic” cita “Yellow Submarine”. A capa do single “Live Forever” escancara uma foto da casa onde John Lennon viveu sua infância, em Liverpool. Enfim, nasciam os novos Beatles. NOT.

Efeitos no Brasil: O cenário independente brasileiro não parava de inflar e com ele muitas bandas que pintavam regadas a molho inglês. O Oasis só estimulou mais e mais a cena, demonstrando mais uma vez que uma banda originada em um selo menor poderia alcançar o grande público.
Enquanto isso...: Morre Kurt Cobain, líder do Nirvana. O Festival de Woodstock ganha reedição. Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente do Brasil. O piloto Ayrton Senna morre durante corrida no circuito de Ímola. O Brasil perde Tom Jobim. A seleção brasileira de futebol sagra-se tetracampeã nos EUA. Romário é o grande destaque da Copa. O Raimundos lança seu primeiro trabalho e alcança o respeitável número de 100 mil discos vendidos.

segunda-feira, outubro 15, 2007

AMAR É...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Traduzindo: “Como você pode dizer que a ama se você nem consegue comer a merda dela?”
Extraído de um animê hentai. Depois dizem que o romantismo já era...

sexta-feira, outubro 12, 2007

40 ANOS DE PSICODELIA - 1967, O ANO DA VIRADA DO ROCK

(texto de Paulo Cunha, Super Interessante, out./2007)

Há 40 anos, a contracultura viveu o seu auge. Em Nova York, os hippies tomaram as ruas marchando com flores nas mãos. Em São Francisco, doidões de LSD se encontravam para curtir a paz, o amor e o rock - estilo que deixava de ser mera diversão para tornar-se expressão artística e social. Em 1967, surgiu pelo menos uma dezena de discos que mudaram a música pop para sempre. O mais importante deles é Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, disco que misturou o rock com sons hindus e orquestrais, coisas até então incompatíveis. Duas semanas depois do lançamento do disco dos Beatles, Jimi Hendrix mostrou, no Festival de Monterey, Califórnia, um novo jeito de tocar guitarra, em que abusava das microfonias e distorção. A platéia de Monterey ainda ficaria surpresa com Janis Joplin e sua voz rouca e sensual que nenhuma cantora branca havia mostrado até então. Unindo todas as bandas, estavam as drogas - sobretudo o LSD - e a vontade de viver tudo ao mesmo tempo. Até 1971, Jim Morrison, do The Doors, Janis e Hendrix já tinham morrido de overdose - os três com 27 anos.

SETE OBRAS-PRIMAS DE 1967:
::Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band - The Beatles
::Are You Experienced? - Jimi Hendrix
::The Velvet Underground & Nico - The Velvet Underground
::The Piper at the Gates of Dawn - Pink Floyd
::Big Brother & The Holding Company - Janis Joplin
::The Doors - The Doors
::The Who Sell Out - The Who

terça-feira, outubro 09, 2007

MARVEL APRESENTA #31 - AS INCRÍVEIS AVENTURAS DE STAN LEE

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Não coleciono a Marvel Apresenta. Tenho só duas edições na minha coleção, e a mais recente era aquela estrelada pelo Coisa, com roteiro de Geoff Johns e arte de Scott Kolins (foi a primeira em formato americano, no longínquo mês de agosto de 2003). Mas com tantos reviews favoráveis, não poderia deixar passar esse número 31. E não me arrependi.
Com 116 páginas, a revista traz o encontro de Stan Lee com algumas de suas criações: Doutor Destino, Homem-Aranha, Doutor Estranho, Surfista Prateado e o Coisa. Em cada um desses encontros (que corresponde à uma edição nos EUA) temos uma história escrita pelo próprio Stan Lee, outra escrita por uma estrela atual da Casa das Idéias (Brian Michael Bendis, Joss Whedon e outros) e uma última curtinha no estilo “tirinha de jornal”. Todas elas estreladas pelo Stan, claro. E bem humoradas.
O Doutor Destino tenta tirar satisfações com seu criador, por não gostar de como é retratado nos gibis. Tiram um sarro com o outro Doutor (o Estranho), que vende merchandising (há uma camisa com a escrita “Meu pai foi ao domínio das trevas e tudo que ganhei foi esta camiseta idiota”) e cobra pelos seus encantamentos para pagar suas contas. O Homem-Aranha, querendo deixar essa vida de super-herói, o procura atrás de conselhos. Numa convenção interdimensional de quadrinhos, diferentes versões de um tal Steve comparam as grandes sagas da Marvel em cada dimensão (o bordão em uma versão alternativa do Aranha é “com grandes poderes vêm gatas muito safadas e grana da luta livre”). O velhinho acaba se metendo numa batalha entre o Coisa e uma quadrilha de ladrões etc. Todas acima da média.
Mas a melhor mesmo é a escrita pelo Bendis, que traz um personagem sumido, o Homem Impossível, que não gosta muito do que vê no Universo Marvel atual. Guerra civil entre os heróis? Feiticeira Escarlate louca e assassina? Novos Vingadores? E com o Wolverine na formação? Como assim?! Até o Stan aparecer e lhe convencer que as mudanças podem ser boas.
Essencial para qualquer um que se diz fã dos quadrinhos de heróis, principalmente das criações fantásticas do Stan Lee. Desde já uma das leituras mais agradáveis do ano.