domingo, julho 30, 2006

SUPERMAN O RETORNO

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Finalmente assisti na última quarta-feira Superman O Retorno. Farei uma breve exposição do que achei da película, até porque vários já falaram sobre ele, e melhor que eu, então vai ser curtinho isso aqui (pelo menos assim planejo). Bem, vamos lá.
Para começar, gostei do filme, gostei mesmo. Visualmente ele beira a perfeição. As cenas de ação foram executadas muitíssimo bem. Aquela onde o Super salva o avião onde estava Lois já é clássica. Eu devo ter ficado com a expressão “Caralho!” no cinema, hehehe. Outra, onde ele ‘joga’ o continente criado por Luthor no espaço, e cai exausto na Terra, é outro momento fantástico. As cenas onde mostram o herói voando ficaram ótimas, bem realistas, exibindo uma mobilidade maior do ator comparando aos filmes antigos. Isso sem falar do supersopro, visão de raios-X, invulnerabilidade e os demais poderes do personagem, todos bem executados pelo departamento de efeitos especiais.
O novato Brandon Routh surpreendeu. Com uma missão dificílima pela frente, viver o herói mais icônico de todos os tempos, e depois desse herói ter encontrado sua encarnação perfeita na pele do ator Christopher Reeve, ele interpretou muito bem tanto o Superman quanto sua identidade civil, Clark Kent. Kevin Spacey também fez bem sua parte como Lex Luthor, mostrando um lado meio maníaco do vilão. Kate Bosworth, como Lois Lane, é apenas razoável, mas não chega a atrapalhar (e ela é bem mais bonita que sua antecessora no cinema). O noivo de Lois (vivido por James Marsden, que deve ter pensado: “e eu me contentando em ser o bostinha do Ciclope”, hehehe) faz o básico ‘boa praça’. Jimmy Olsen é igualzinho como no gibi, ficou perfeito. Parker Posey, como a ajudante de Lex, tem ótimas tiradas.
Quanto ao roteiro, vi muitos falarem que o filme era excessivamente romântico. Não achei isso. Ele não é mais, digamos, ‘mela-cueca’ que Superman II. E essa relação entre o herói e Lois foi sempre presente nos gibis, então o Singer não inventou nada. Então creio que o filme é bem balanceado entre a ação e esse lado romântico. E se a história não tem o impacto de um Batman Begins, para ficar nas adaptações mais recentes de personagens dos quadrinhos, ela é boa o suficiente para prender o espectador na cadeira.
Enfim, Bryan Singer conseguiu fazer um grande filme, melhor dizendo, um filme grandioso sobre um dos maiores ícones modernos, criou algumas cenas antológicas, não deixou o fantasma de Christopher Reeve interferir no trabalho de Routh (aliás, outro ponto positivo foi não deixar patético um homem com ceroulas por fora da calça, algo difícil para as novas gerações engolirem; o uniforme ficou perfeito) e tem tudo para ressuscitar a franquia do personagem na telona, que parecia fadado ao esquecimento, nessa época de heróis cascas-grossas como Wolverine. Junto a Batman Begins e X-Men II, Superman O Retorno forma a tríade máxima dessa nova leva de filmes de heróis fantasiados.
É, acabou ficando maior que planejava. Bem, vai ficar assim mesmo...

sábado, julho 29, 2006

SANDMAN - ESTAÇÃO DAS BRUMAS

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Estação das Brumas, quarto volume de uma série de 10 que está sendo lançado pela Editora Conrad, é o famoso arco de Sandman onde Lúcifer entrega as chaves do Inferno a Morpheus.
Há 10 mil anos, o Senhor dos Sonhos condenou Nada ao Inferno, por ter rejeitado seu amor. Agora, convencido pelos Perpétuos, sua família formada por Destino, Desespero, Desejo, Delírio e Morte, Sonho percebe que cometeu uma injustiça, e resolve ir ao Inferno resgatá-la. Esperando represálias por parte de Lúcifer, devido ao ocorrido em sua última visita ao lugar (mostrada em Prelúdios & Noturnos, o primeiro arco da série), Sonho é surpreendido quando Lúcifer simplesmente lhe entrega a chave do Inferno, abdicando de seu trono, não sem antes expulsar todos os seus habitantes, sejam demônios ou almas condenadas (inclusive Nada). Agora uma grande disputa se inicia, envolvendo todos os tipos de entidades, de anjos a demônios, para adquirir os domínios do reino maldito.
Chovendo no molhado, mais uma vez Neil Gaiman dá um verdadeiro show de narrativa, com um texto precioso, que nos deixa, simples e mortais leitores, babando a cada página. O diálogo entre Morpheus e Lúcifer, na ocasião que este último entrega a chave de seu domínio, é simplesmente sensacional, uma verdadeira preciosidade. O capítulo onde há a disputa para escolher para quem Sonho entregará o Inferno também é outro ponto de altíssimo nível. Como sempre, a edição da Conrad é um primor. Capa dura, papel do miolo de alta qualidade, notas explicativas, enfim, o fã não tem o que reclamar. Aquisição obrigatória para qualquer colecionador da nona arte.

sexta-feira, julho 28, 2006

LETRA TRADUZIDA

METALLICA
ONE
UM

I can’t remember anything
Não lembro de nada
Can’t tell if this is true or dream
Não posso dizer se isso é verdade ou sonho
Deep down inside I feel to scream
Bem lá no fundo sinto um grito
This terrible silence stops me
Esse silêncio terrível me interrompe

Now that the war is through with me
Agora que a guerra acabou comigo
I’m waking up, I cannot see
Estou acordando, não consigo ver
That there’s not much left of me
Que não sobrou muito de mim
Nothing is real but pain now
Nada é real agora, a não ser a dor

Hold my breath as I wish for death
Prendo minha respiração porque desejo a morte
Oh, please, God, wake me
Oh, Deus, por favor me acorda

Back in the womb, it’s much too real
De volta ao útero, é real demais
In pumps, life that I must feel
Bombeando a vida que eu devo sentir
But can’t look forward to reveal
Mais não posso ansiar pela revelação
Look to the time when I’ll live
Olhar para o tempo em que irei viver

Fed through the tube that sticks in me
Alimentado pelo tubo que me penetra
Just like a wartime novelty
Feito uma aberração da guerra
Tied to machines that make me be
Atado a máquinas que me fazem existir
Cut this life off from me
Tire essa vida de mim

Hold my breath as I wish for death
Prendo minha respiração porque desejo a morte
Oh, please, God, wake me
Oh, Deus, por favor me acorda

Now the world is gone, I’m just one
Agora o mundo acabou, sou apenas um
Oh, God, help me hold my breath
Oh, Deus, me ajuda a prender minha respiração
As I wish for death
Porque desejo a morte
Oh, please, God, wake me
Oh, Deus, por favor me acorda

Darkness imprisoning me, all that I see
Escuridão me aprisionando, tudo que vejo
Absolute horror, I cannot live
Horror absoluto, não consigo viver
I cannot die, trapped in myself
Não consigo morrer, preso em mim mesmo
Body, my holding cell
Corpo, cela que me detém

Landmine has taken my sight
Mina terrestre tirou minha visão
Taken my speech, taken my hearing
Tirou minha voz, tirou minha audição
Taken my arms, taken my legs
Tirou meus braços, tirou minhas pernas
Taken my soul, left me with life in hell
Tirou minha alma, me deixou com a vida no inferno


O Metallica é o maior expoente do thrash metal dos anos 80, uma espécie de vertente mais rápida e agressiva do bom e velho heavy metal do Black Sabbath. “One” faz parte do quarto álbum de estúdio dos caras de São Francisco, “... And Justice For All”, de 1988, que traz a estréia de Jason Newsted no baixo (apesar desse instrumento ter ficado praticamente inaudível na mixagem final), depois da tragédia com Cliff Burton, da qual já falei aqui no S&D. A letra da música fala de um soldado da primeira guerra mundial, que foi ferido e acabou ficando cego, surdo, mudo e, como se isso fosse pouco, também ficou totalmente paralisado. Os autores, o vocalista e guitarrista base James Hetfield e o baterista Lars Ulrich, se inspiraram no livro e filme Johnny Vai A Guerra, de Dalton Trumbo, cujas imagens foram usadas no clipe, o primeiro feito pela banda. Ah, “One” é ótima para você tocar air drums (existe isso?!).

domingo, julho 23, 2006

CONTAGEM REGRESSIVA PARA CRISE INFINITA – EDIÇÃO ESPECIAL

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Demorou, mas finalmente chegou. Inicialmente prevista para o mês de maio, só agora aporta nas bancas o especial Contagem Regressiva Para Crise Infinita. Mas valeu a pena, pois a Panini caprichou nesta edição, com um pôster com a arte da capa e matérias relacionadas à Crise, mostrando todos os eventos que de alguma maneira mostravam indícios que algo grande estava por vir, e falando um pouco das quatro minisséries que começam a ser publicadas ainda esse mês (assim espero, pois com tantos atrasos...), Vilões Unidos, Dia de Vingança, Guerra Rann-Thanagar e Projeto OMAC, que por aqui serão todas reunidas em um título mensal de 6 edições. A história, bem, só lendo, porque é difícil descrever o que ela representa para o universo DC, e não quero entregar nada aqui. O texto, dividido entre os escritores Geoff Johns, Greg Rucka e Judd Winick, pode não ter a elegância demonstrada por Brad Meltzer em Crise de Identidade, mas funciona perfeitamente, prendendo bem o leitor na trama que se desenrola. Os desenhos também ficaram acima da média, principalmente nos capítulos desenhados por Jesus Saiz (que mensalmente arrasa em Manhunter, título infelizmente ignorado pela Panini) e Phil Jimenez (que parece estar saindo da sombra de George Peréz e desenvolvendo estilo próprio). O final, com um “continua em todo o Universo DC”, é arrepiante. Que venha a Crise Infinita!

RÁPIDO & RASTEIRO

-Curto muito o U2, e tenho todos os álbuns de estúdio para provar, mas a banda ultimamente está exagerando nessa de querer agradar a todos, e parece que desaprendeu a dizer ‘não’. Falo isso motivado pela versão de “One”, uma das melhores canções do grupo, feita pela americana Mary J. Blidge, com a participação de todos os integrantes do próprio U2, incluindo um vocal para lá de desanimado por parte de Bono. Conseguiram estragar um clássico. É por isso que vemos a banda se metendo em situações consideradas não muito respeitáveis por parte de seus fãs, como o elogio feito a Mariah Carey no Grammy (como se o Grammy já não fosse por si só uma vergonha), o Bono visitando o Lula ou participando do carnaval de Salvador. Bono e cia., aprendam a dizer não às drogas!

-Fui na quarta-feira ver Superman O Retorno, já que era o dia mais baratinho, mas muita gente teve a mesma idéia, e quando fui comprar o bilhete já estava esgotado. Tentarei novamente na próxima quarta, quando os modinhas já passaram para a estréia da semana (nada contra Piratas do Caribe).

-Falando em filmes, só ontem fui ver Boogie Nights, que conta a ascensão de um jovem de 17 anos bem dotado (if you know what I mean...) na indústria do cinema pornô no final dos anos 70 / inicio dos 80. Legal, gostei bastante. Mas a cena final, onde mostrava o dito cujo do protagonista, era totalmente dispensável, eu poderia ter ido dormir ontem sem ter visto isso, hehehe. Bem, agora falta assistir à Magnólia, o outro grande filme do diretor Paul Thomas Anderson, que é sempre elogiado por Marcelo Costa, do blog Calmantes com Champagne e editor do Scream & Yell (ambos linkados ao lado).

-Ontem encomendei no Submarino dois gibis que eram uma lacuna enorme em minha coleção. Estou falando dos dois volumes de A Liga Extraordinária, do não menos extraordinário Alan Moore. Já estava planejando comprá-los há um tempão e decidi que desse ano não passava. E não passou mesmo. Também na mesma compra levei outra grande HQ, John Constantine: Hellblazer: nas Ruas de Londres, e o mais recente CD do Pearl Jam, de mesmo nome, usando um vale-desconto de R$ 30, que não sou bobo. Tudo isso deve chegar até quinta-feira.

-Para quem gostou da foto da japa girl que postei no domingo passado, clique aqui para vê-la em um tamanho bem maior. Divirta-se!

sexta-feira, julho 21, 2006

SEPULTURA, ARISE (1991)

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Com um pequeno atraso de uma semana, devido aos posts especiais dedicados ao Syd Barret, começa aqui uma série de textos sobre alguns grandes discos lançados originalmente em 1991, pelos quais tenho um carinho especial, pois muitos deles foram responsáveis pela minha entrada no mundo do rock. Então, começamos muito bem, com o álbum Arise, do Sepultura, simplesmente o primeiro disco (na época ainda em vinil) de metal que comprei, fato esse comemorado por dois amigos que presenciaram o fato, que deviam pensar que era apenas uma modinha minha até eu desembolsar minha suada bufunfa para comprar o dito cujo.
Bem, com Arise, o Sepultura abril mais portas para sua carreira internacional. Com mais horas de estúdio e mais grana disponível, a banda, ao lado do produtor Scott Burns (uma espécie de Rei Midas do mundo thrash), se alojou na Flórida por um mês e saiu de lá com um punhado de músicas com um salto de qualidade inegável, em relação aos sons antigos da banda. Fruto do crescimento como músicos dos integrantes, principalmente Igor e Andreas. Neste disco vimos a gênese do som tribal (a introdução em “Altered State” mostra bem isso), que veria seu auge em Roots. Há também uma maior experimentação nas guitarras, com os solos com uma maior variação. Os arranjos estão mais elaborados, e o Sepultura demonstra que nem só de velocidade se faz metal pesado. Nos vocais, Max dá, e como, seu recado, com aquele vocal gutural que só ele sabe fazer, e que seu substituto, Derrick Green, apesar de toda boa vontade, não consegue fazer. E todo esse amadurecimento fica mais claro graças à qualidade da gravação, a anos-luz de seus discos anteriores.
O álbum tem ao menos cinco clássicos. “Arise”, a faixa-título, com uma batida frenética do Igor e um riff que gruda instantaneamente, “Dead Embryonic Cells”, onde a pancadaria rola solta, “Desperate Cry”, que contém boas passagens mais melódicas, “Altered State”, com sua longa introdução tribal, e “Orgasmatron”, versão de uma música do Motörhead. Outras faixas, como “Subtraction” e “Under Siege (Regnum Irae)”, também merecem uma conferida mais atenta. Nas letras, muitas críticas sociais e visões apocalípticas. Em “Dead Embryonic Cells”, Max fala sobre guerras bacteriológicas, doenças criadas em laboratórios e outros pesadelos futurísticos. Em “Murder” a inspiração veio do poeta Augusto dos Anjos e seu mais famoso verso, “a mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Algumas opiniões que saíram na imprensa à época do lançamento de Arise:
“A audição das faixas de Arise não é recomendável para tímpanos delicados (...) O domínio do Sepultura é o da perplexidade: tudo o que há são narrativas descarnadas, histórias que delineiam uma paisagem árida onde a doença, a fome, a tortura, a degradação e a morte reinam incontestes. Relatos brutais para uma sonoridade brutal. Simples assim” (Arthur G. Couto Duarte, no jornal O Estado de Minas)
“O Sepultura está mais lento e infinitamente mais efetivo que antes, quando os rapazes tinham a energia do thrash, mas patinavam no controle de seus instrumentos bestiais. Maduros, eles agora são capazes de introduzir dedilhados sutis e climas góticos na abertura das faixas, como em “Regnum Irae” e “Infected Voice”, as balas que fazem do lado B de Arise uma máquina de seduzir e matar ouvidos desavisados.” (Sérgio Sá Leitão, na Folha de S. Paulo)

Curiosidades sobre Arise:
-Henrique Portugal, do Skank, toca teclados na introdução de “Arise” e em “Desperate Cry”.
-Antes do lançamento oficial em abril de 1991, saiu uma versão ‘crua’ do disco, com uma mixagem provisória, sem “Orgasmatron” e com a capa mostrando apenas um detalhe da arte, com o intuito de aproveitar a escalação do Sepultura no Rock In Rio II, realizado em janeiro. Essa versão agora é uma raridade.
-A capa é um desenho de Michael Whelan, o mesmo de Beneath The Remains, mas a banda tinha preferência por outro desenho do mesmo artista, mas ele acabou sendo usado antes pelo Obituary em seu disco Cause of Death.
-Max Cavalera gravou o vocal de “Orgasmatron” completamente bêbado com meia garrafa de rum. No dia seguinte ele nem lembrava que tinha gravado a música. Se você prestar atenção vai perceber que o vocal está um pouco mais gutural que o normal nessa faixa do disco.

domingo, julho 16, 2006

JAPA GIRL RULES!!!


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Sim, essa minha febre japonesa ultrapassa os mangás e os animês, hehehe.

ADAM STRANGE

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Não sou um grande fã dessas sagas cósmicas que de tempos em tempos ocorrem na DC ou na Marvel, e só comprei essa minissérie do Adam Strange por ser importante para a Crise Infinita que vem aí (e mais especificamente na Guerra Rann-Thanagar). Mas me surpreendi. É muito legal a história! Ação do começo ao fim, mostrando o herói (que andava meio esquecido pela DC) tentando descobrir o que houve com Rann, seu planeta adotivo, se metendo nos maiores problemas pelo caminho. Os textos de Andy Diggle, com pitadas de humor aqui e ali, são ótimos, e a arte de Pasqual Ferry nunca pareceu tão bela. Não vai mudar sua vida, mas é um passatempo despretensioso dos melhores.

MONSTER VOLUME 2

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No primeiro volume vimos o Dr Tenma salvar a vida de Johan, um garoto que teve os pais mortos. Nove anos se passaram, e o garoto é responsável pelo assassinato de casais de meia idade na Alemanha, e voltou para assombrar o doutor. Nesta nova edição, Tenma resolve ir atrás do garoto, investigando sobre os casais mortos, tentando adivinhar quem serão as próximas vítimas, ao mesmo tempo em que procura a irmã gêmea de Johan, que hoje vive bem ao lado de pais adotivos (também possíveis futuras vítimas de Johan), e não lembra nada do ocorrido. Mas o que o doutor consegue é ficar cada vez mais suspeito pelos olhos da polícia, que ainda o tem como implicado nos assassinatos ocorridos no hospital nove anos atrás (na verdade outro dos crimes do garoto Johan). O ótimo nível da estréia se mantém neste segundo volume de Monster, com altas doses de suspense e tensão. Se você reclama por não existir quadrinhos para adultos a preços acessíveis nas bancas (Marvel Max não conta, pois não é nada mais que HQs de heróis com palavrões), seus problemas acabaram. Monster é uma ótima opção. São 220 páginas e por um preço justo, R$ 12,00, numa série que terá 18 volumes. Deixem de preconceitos e comecem já a ler este mangá!

sábado, julho 15, 2006

SYD BARRET – OS DISCOS-SOLO

Finalizando essa série especial de posts sobre Syd Barret, uma homenagem do S&D em decorrência da morte do ex-Pink Floyd, publico mais dois textos, também extraídos da revista Rock In Especial Pink Floyd, falando dos dois discos-solo de Syd, intitulados “The Madcap Laughs” e “Barret”, ambos de 1970.

THE MADCAP LAUGHS
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O primeiro e melhor álbum solo de Syd Barret levou quase dois anos para ser gravado. Apesar de oficialmente creditada a Gilmour e Waters, a produção aqui é quase nenhuma. Acompanhado apenas de um violão, Syd põe sua alma a nu em canções de rara intensidade. Em que pese a inclusão de um ou outro detalhe de baixo e teclados, as belas “Terapin” e “Golden Hair” (feita sobre um poema de James Joyce) parecem ter saído de uma fita demo. Na capa um desgrenhado Barret posa em seu apartamento vazio ao lado de um vaso de flor. Por está época já era público e notório que ele “pirara” e vestígios não faltavam: Syd erra a execução das músicas, vira as páginas com as letras e discute com a mesa de som. As palavras, entretanto, vêm revestidas de enorme lucidez, como um exercício de autodiagnose. Como observou o crítico Nick Kent: “As faixas existem em sua própria zona, como insetos estranhos e peixes exóticos, com o ouvinte forçado a olhar dentro do tanque em atividade”. Em “Dark Globe” Syd canta: “Minha cabeça beijou o chão / eu estava quase lá embaixo / por favor estenda a mão / eu tatuei minha mente por todo o caminho”. Outras composições como “She Took A Long Cold Look” mantém o clima melancólico e em alguns momentos é impossível dizer se Syd conseguirá chegar ao fim da música ou não. A experiência de gravar “Madcap” foi tão tortuosa que Roger Waters se recusou a participar do álbum seguinte alegando que não conseguiria lidar com aquilo novamente. Poucos meses depois Barret entrava em estúdio com Gilmour e Wright para gravar seu segundo e último trabalho solo.

BARRET
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Graças ao esforço de Gilmour e Wright, o segundo álbum solo de Syd Barret contou com mais produção e foi gravado num espaço de tempo bem menor que o anterior. O despojamento de “Madcap Laughs” foi trocado por uma malha sonora de acabamento mais rock ‘n’ roll, principalmente em “Baby Lemonade” e “Gigolo Aunt”, que abrem os dois lados do vinil. Syd prosseguia em seu processo de desintegração, tornando as canções objetos confessionais cada vez mais impenetráveis. “Barret” parece mais um inventário das possibilidades de um compositor brilhante alijado de seu talento. Mesmo assim, lampejos de genialidade podem ser captados aqui e ali em “Dominoes” e principalmente “Rats”, que com suas múltiplas conotações mais confunde do que explica o real estado de Syd. Remetendo a “Bike” do primeiro álbum do Floyd, “Rats” envolve o ouvinte num jogo claustrofóbico com sua batida constante e sincopada (“Got it hit down / Spot knock inside a spider / Say, that’s love”). Logo após o álbum ter sido lançado, obtendo magras vendagens, Syd Barret iniciou seu período de retido. E começava todo o folclore em volta da sua pessoa.

sexta-feira, julho 14, 2006

SYD BARRET – INFLUÊNCIAS E HOMENAGENS NO PINK FLOYD

Como prometido, mais um texto sobre Syd Barret, agora destacando as influências que ele deixou em sua ex-banda, o Pink Floyd, e as homenagens que encontramos nos álbuns “Dark Side Of The Moon” e “Wish You Were Here”, dois dos mais clássicos discos da banda. Como o anterior, esse texto foi extraído da revista Rock In Especial Pink Floyd. Amanhã terá um sobre seus dois discos-solo.
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Em 87, numa entrevista a Rolling Stone, Roger Waters falaria de Syd Barret como “uma primária influência em minha vida”. Gilmour se lembra do amigo de infância como “um dos três ou quatro grandes junto com Dylan”. A herança de Syd Barret foi algo com que o Pink Floyd sempre teve que se confrontar. Algumas vezes ela inspirou, em outras intimidou. As primeiras composições de Waters (“Julia’s Dream” e “Point Me At The Sky”) e Wright (“Remember A Day”) são assumidas tentativas de capturar seu estilo inimitável entre o lúdico e o surreal. Não seria exagero classificar “Saucerful Of Secrets” como uma tentativa de se criar um “Piper II” sem o elemento essencial.
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Quando um caminho próprio foi encontrado as cópias cederam lugar à referências obliquas. “Dark Side Of The Moon” e “Wish You Were Here” são obras gêmeas em muitos aspectos e um deles é a presença de Syd. No primeiro álbum ele surge como inspiração direta para o mosaico de temas que culminam em “Brain Damage”. Quem mais poderia ser “o lunático que está ‘on the grass’ (na relva ou no fumo, como você preferir) lembrando de jogos e risadas que ajudam a manter pirados no rumo”? Mais adiante Waters empreende a primeira tentativa de chegar a Syd no plano da identificação: “E se a banda em que você está começa a tocar em tons diferentes / eu terei você no lado escuro da lua”.
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“Wish You Were Here” é totalmente sobre Syd, mas a inspiração iria agora se transformar em homenagem explícita. Na faixa título, Waters volta a se colocar como portador da chama de inquietação que pertenceu a Barret: “Correndo sobre o mesmo chão / o que nós encontraríamos / mesmos velhos medos / queria que você estivesse aqui”. Mas é na suíte “Shine On Your Crazy Diamonds” que o tributo se faz emocionado e comovente: “Se lembra quando você era jovem? / Você brilhava como o Sol / Agora há um olhar em seus olhos, como buracos negros no céu / Loucos diamantes brilham em você”.

quinta-feira, julho 13, 2006

SYD BARRET (*1946 †2006)

Na última sexta-feira, faleceu, em decorrência de complicações causadas pela diabete, Syd Barret, um dos fundadores do Pink Floyd, aos 60 anos de idade. Então, em sua homenagem, publico abaixo um texto extraído da revista Rock In Especial Pink Floyd, contando um pouco da trajetória desse artista. Amanhã terá mais um texto, que destaca as homenagens e a influência deixada por Syd Barret nos álbuns posteriores a sua saída do Floyd, e outro na sexta-feira, falando dos seus dois discos-solo. Rest in piece, Syd.

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Um dos grandes talentos gerados pela cultura rock e um de seus mártires. Roger “Syd” Barret nasceu em Cambridge no dia 6 de janeiro de 1946, onde desde a adolescência começou a se projetar no circuito boêmio local. Seus primeiros interesses convergiram para a música, pintura e religião. Syd tentou entrar numa seita oriental chamada Saint Saji comandada por estudantes da Universidade de Cambridge, mais foi recusado por aos 19 anos ser considerado jovem demais. A pintura também foi abandonada, apesar de David Gilmour se lembrar de um enorme potencial demonstrado neste campo. Em Londres vivendo como um estudante de arte, ele foi convidado pelo conterrâneo Roger Waters a se juntar a uma banda montada na Politécnica de Arquitetura. Por ser o mais bonito, carismático e talentoso dos quatro, Syd logo chamou todas as atenções assumindo o controle artístico e dando ao grupo o nome Pink Floyd. Antes mesmo de ascender ao estrelato, Syd se tornara uma vital influência entre nomes que circulavam no underground como David Bowie – que em 73 regravaria “See Emily Play” – e Marc Bolan (T-Rex), que criaria um estilo visual calcado nele.
Após o lançamento de “The Piper At The Gates Of Dawn”, quase uma ‘tout de fource’ individual, a pressão pelo sucesso se intensificou na mesma medida que seu comportamento se tornava mais exótico e imprevisível, devido, em parte, ao uso abusivo de LSD. No final de 68 Syd já estava embarcando numa viagem sem volta. A excursão americana fora caótica: durante os shows ele tocava interminavelmente a mesma nota, e nas entrevistas pela televisão encarava fixamente seus inquisidores sem dizer uma palavra.
A saída de Syd Barret constitui um dos pontos obscuros da história do Pink Floyd. A idéia inicial era mantê-lo apenas no estúdio compondo canções geniais como Brian Wilson dos Beach Boys, mesmo porque ninguém mais tinha traquejo neste departamento. O material, no entanto, refletia sua desintegração e se tornava inviável ser executado por qualquer outro. Numa nota oficial, comunicou-se que Syd saíra, mas na verdade o grupo se desfez dele. Waters disse anos depois que o Pink Floyd nunca poderia ter começado sem Barret, mas também nunca poderia ter continuado com ele. Barret gravou dois álbuns, foi para Cambridge onde tentou brevemente montar uma banda, e em seguida se isolou na casa da mãe na mesma localidade.
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Enquanto isso, do lado de fora do mundo, lendas sobre ele nasciam e circulavam livremente. O escritório do Pink Floyd recebia telefonemas de pessoas que afirmavam ter visto Syd nos mais diferentes lugares. Comentava-se sobre um terceiro álbum gravado mais nunca lançado e começavam a nascer sociedades de apreciação como se o Messias estivesse sendo esperado. Em 74, Peter Jenner conseguiu trazê-lo de volta ao estúdio. Syd apareceu com uma guitarra sem corda e durante as sessões desaparecia repentinamente. No ano seguinte, gordo e careca, ele apareceu em Abbey Road no dia em que o Floyd mixava “Shine On Your Crazy Diamonds”, composto em sua homenagem. A cena foi tão chocante que levou Roger Waters às lágrimas. Syd sumiu de repente e nenhum outro membro do Floyd voltaria a vê-lo.
O mito não arrefecia e nenhuma entrevista da banda estava completa sem o “e o Syd Barret?” de praxe. Nos anos 80, novos fanzines foram publicados, e no verão neopsicodélico de 87 ninguém tinha mais prestigio que ele. “See Emily Play” voltou às paradas, um álbum tributo por novas bandas foi lançado e Robin Hitchcock, líder do Jesus And Mary Chain, gravou uma homenagem intitulada “The Man Who Invented Himself” (O Homem Que Se Inventou). Àquela altura, graças a uma reportagem publicada numa revista francesa e testemunho de familiares, os admiradores mais ardorosos sabiam que Roger Keith Barret dividia seus dias entre duas paixões: televisão e jardinagem. E já não tinha mais vontade de se lembrar de Syd Barret.

FRASE

“O Brasil em campo não foi nada além de nós, brasileiros: dispersos, preguiçosos, passivos, sem atitude diante da vergonha de aceitar as coisas como são ou como estão.”

Fernanda Lima, demonstrando uma lucidez que não se esperava dela, ao falar sobre o vexame da seleção brasileira na Copa Do Mundo.

domingo, julho 09, 2006

DIÁRIO DA COPA – Pt. Final

Num jogo bem vagabundo para a final do mais importante torneio do mundo, claro que só poderia acabar nos pênaltis. A partida, na minha opinião, foi fraca, sem grandes lances, apesar do gol francês logo aos 7 minutos, e o empate italiano sem demora, parecer dizer o contrário. Mas depois disso ficou bem morna, sem ninguém dominando ninguém. Os 15 minutos iniciais do 2º tempo, com Henry mostrando o futebol que escondeu durante toda a Copa, também nos enganou, voltando logo depois para o marasmo. A prorrogação seguia mais ou menos no mesmo tom, até Zidane, possivelmente pensando que estava numa tourada em Madrid (e ele próprio como o touro) dá uma cabeçada no Materazzi, que teria dito algo ao craque que o tirou do sério (dizem que o Materazzi contou um spoiler de Superman Returns, hehehe). Claro o camisa 10 francês foi expulso, apesar de nem o árbitro nem o bandeira terem visto nada, mas isso é papo para as mesas-redondas analisarem. E a inevitável cobrança de pênaltis chega. Apenas Trezeguet perde o seu, mandando no travessão do seu companheiro de Juventus Buffon, e a Itália vence por 5 a 3. Segundo a Fifa, Pirlo foi, pela 3ª vez, o melhor em campo, apesar do Cannavaro ter sido mais uma vez um leão na defesa italiana. Mereceu a Itália, pois foi mais regular que a França durante todo o mundial, e fez um jogaço contra a Alemanha nas semis (esse sim um jogo com cara de final). Agora é aguardar para ver como essa conquista vai influenciar o julgamento de corrupção no futebol italiano, que pode levar o Juventus para a terceira divisão local. Ah, e a Alemanha mais que mereceu levar o terceiro lugar, pois mostrou um futebol para frente, de entrega total, procurando sempre o gol, contagiando não só seu povo, mais todo o mundo, e a simpatia do técnico Klinsmann é algo para não se esquecer (perto da mal-humorada comissão técnica brasileira então...). É isso. 2010 tá logo ali.

sábado, julho 08, 2006

PANINI EM JULHO

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Mês movimentado pela Panini. São nada mais que 15 lançamentos da Marvel e 13 pela DC, além, claro, dos vários gibis previstos para junho que ainda não deram as caras (e sem esquecer de Contagem Regressiva para Crise Infinita, que inicialmente sairia em maio). Entre os vários títulos, destaque para, pelo lado da Casa das Idéias, das minisséries Demolidor: Pai, escrita e desenhada pelo chefão Joe Quesada, e Homem-Aranha e Gata Negra: O Mal no Coração dos Homens, finalmente finalizada pelo cineasta Kevin Smith. Pela mesma editora temos também Os Maiores Clássicos dos Vingadores 1, trazendo a saga A Guerra Kree-Skrull, por Roy Thomas, Neal Adams e Sal Buscema, e mais uma que volta dos mortos, a Psylocke (esse Quesada mente mais que o Lula, heim?).
Já na Distinta Concorrência, a estrela do mês, como não poderia deixar de ser, é o Azulão, que protagoniza os seguintes lançamentos: Grandes Clássicos DC 8: Superman – As Quatro Estações, de Jeph Loeb e Tim Sale, e Superman: O Retorno – Adaptação Oficial do Filme (além dos dois outros especiais previstos para junho mas que só chegou às bancas nessa semana, e dos encadernados trazendo minisséries publicadas recentemente). Outros destaques são DC: A Nova Fronteira Vol. 1, de Darwyn Cooke, série que ganhou os prêmios Eisner, Shuster e Harvey, da qual já falei nesse espaço virtual há três semanas, e Contagem Regressiva para Crise Infinita 1, trazendo as minis que prepararão terreno para a Crise que está chegando. E ainda tem a estréia de dois mangás, material europeu (que meu bolso não suporta), Wizard, enfim, muita coisa mesmo. E segundo um cara lá do MBB, você terá que desembolsar a bagatela de R$334,24 para levar tudo isso para casa. Não é para qualquer um.

quinta-feira, julho 06, 2006

GOD SAVE THE QUEEN

E um fulano qualquer tentou roubar a inocência da minha querida Sharapova, invadindo a quadra de Wimbledon totalmente pelado. Mas a garota não se abalou, ficou de costas para o acontecimento batendo uma bolinha com sua raquete, não perdendo a concentração, e acabou vencendo a partida. Ai, como eu amo essa mulher...
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BYE, CLAIRE

Emocionante o final de A Sete Palmos, que teve seu último episódio exibido domingo passado pela HBO. Não cheguei a chorar realmente, mas meus olhos ficaram cheios de lágrimas. Uma das melhores séries dos últimos tempos, não chegou a cair de qualidade em nenhum momento (aliás, uma das características das produções do canal). Vai fazer falta.

FALA QUE EU TE CHUPO

Tenho falado muito de gibis por aqui, né? Bem, percebendo isso, e que não sei patavina de HQ, tive a idéia de duas séries de posts sobre um assunto que domino um pouco mais: música. Uma dessas séries é uma idéia antiga, mas que agora vai vingar, e numa época mais oportuna. Trata-se de textos sobres discos lançados em 1991, 15 anos atrás, já que muitos deles foram responsáveis por eu estar ouvindo rock até hoje. Então álbuns como Nevermind do Nirvana, o Álbum Preto do Metallica, Ten do Pearl Jam, Arise do Sepultura, entre outros, estão na lista. Mas cada um deles serão postados devagarzinho, sem pressa, terminando com o clássico Nevermind, que culminará num especial Nirvana que também há tempos planejo fazer (e os 15 anos do lançamento do disco é um momento mais que perfeito). A outra série acabei de arquitetar ao folhear uma antiga edição da finada revista Zero, mais ao contrário do que farei sobre os discos de 1991, nesse caso copiarei os textos na maior cara-de-pau (mais ou menos como a cara-de-pau do Lula ao dizer que tá tudo bem). É uma matéria sobre 20 discos que mudaram a história da música. Mas não colocarei os textos sobre todos eles, só daqueles que conheço (ao contrário do nosso presidente FDP, meu cinismo tem limite). Então, começando a partir da próxima semana, teremos a série dos 15 anos, que não sei até onde vai, e depois disso os textos da Zero. Mas claro que o S&D funcionará normalmente nesse ínterim, com outros assuntos desse mundinho pop que nos cerca. Fechado? Então tá.

AH, SÃO AS LOMBADAS!

Com dúvidas se vale a pena colecionar mangás? Aí vai uma razão para colecionador nenhum desprezar: as lombadas quadradas! Ficam belíssimos numa coleção os mangás enfileirados na estante mostrando suas belas lombadas. Olha só o exemplo abaixo com as edições de Slam Dunk, um dos quadrinhos japoneses que estou comprando:
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DIÁRIO DA COPA – Pt. 10

Grande jogo entre Alemanha e Itália. Pode não ter sido excelente em termos técnicos, mas foi uma partida onde ambas seleções lutaram até o fim (diferente de uma que bem conhecemos), com emoções para todo lado. E o técnico italiano Marcello Lipi deu um show de conhecimento tático, impedindo a Alemanha de impor seu estilo de jogo (aquele verdadeiro bombardeio no ataque que vimos em vários momentos durante outras partidas) e, na prorrogação, com duas substituições, empurrou seus jogadores para frente, num adversário já cansado. Aliás, a prorrogação foi um show de bola. A Itália, de cara, meteu duas bolas na trave, e Buffon realizou uma defesa milagrosa na segunda etapa do tempo extra. Então, quando tudo parecia caminhar para a disputa de pênaltis, Grosso (olha o nome do cara!) faz um belo gol depois de receber um passe açucarado de Pirlo, e ainda houve tempo para Del Piero fazer mais um para o país da bota. E sem esquecer de Canavaro, um puta zagueiro. Fiquei alegre por um lado, pois gosto bastante da Itália, mas triste por outro, pois jogando em casa, a Alemanha contagiou muito.
Já a outra semifinal entre Portugal e França foi bem inferior. No primeiro tempo os franceses tiveram mais volume de jogo, apesar de Deco, Ronaldo e Figo começarem bem. Depois do gol de Zidane, Portugal não cresceu para buscar o empate, e os franceses ficaram apenas no contra-ataque, tornando o jogo meio morno. No segundo tempo, quase Henry marcava mais um para sua França, e depois disso pouco fez o time. Pelo lado de Portugal, muitas tentativas de achar um pênalti com seus jogadores caindo toda hora na grande área, tanto que chegou a ficar ridículo certo momento, mas o juiz não caiu na deles. O goleiro Barthez tava com uma vontade imensa de ajudar os Joaquins e fazer uma lambança daquelas. Mas, depois de algumas chances perdidas nos minutos finais, os portugueses tiveram que se contentar em ir para a decisão de terceiro lugar.
Agora Itália e França na final. Não sei para quem torcerei. Gosto bastante dos dois países, não só pelo futebol, mas sua gente, a língua, o cinema etc. Seria legal a Itália conquistar o tetra e pressionar o penta brasileiro, mas também seria bom ver a geração de Zidane se despedir com um título. Acho que só saberei para quem meu coração baterá mais forte quando o juiz apitar o começo do jogo. Mas tenho certeza que teremos uma bela final.

domingo, julho 02, 2006

ENQUANTO ISSO, NA IMPRENSA ARGENTINA...

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BALANÇO DE MEIO DE ANO

Descriminados abaixo estão todos os gibis que comprei nesse primeiro semestre de 2006, divididos por data:

13/1: Ex Machina 1; Grandes Clássicos DC 4- Contos do Demônio; Superman & Batman 6; Novos Titãs 18; Crise de Identidade 5; Demolidor 23; Marvel Millennuim 48
20/1: Batman 38; Superman 38; Homem-Aranha 49
27/1: Lanterna Verde - Renascimento 2, Demolidor 24
10/2: LJA 38; Novos Titãs 19; Superman 39; Marvel Millennium 49
17/2: Mulher-Maravilha - Rivalidade Mortal; Superman & Batman 7; Batman 39
24/2: Crise de Identidade 6; Lanterna Verde - Renascimento 3; Homem-Aranha 50
3/3: Grandes Clássicos DC 5- Novos Titãs vol. 2; Demolidor 25
10/3: LJA 39; Novos Titãs 20; LJElite 1
17/3: Crise de Identidade 7; Superman & Batman 8; Superman 40
24/3: Batman 40; Marvel Millennium 50; Love Junkies 24
7/4: LJA 40; LJElite 2; Novos Titãs 21; Superman & Batman 9; Superman 41; Demolidor 26; Marvel Millennium 51; Sade
10/4: Slam Dunk 1; Slam Dunk 2; Slam Dunk 3
15/4: WE3; DC Especial 8; Adam Strange 1
28/4: Batman 41; Robin & Batgirl Especial; Demolidor 27; Love Junkies 25; Love Hina 1
5/5: LJA 41; LJElite 3
12/5: Novos Titãs 22; Adam Strange 2; Love Hina 2
19/5: Superman & Batman 10; Superman 42; Marvel Millennium 52; Pesadelo Supremo 1
23/5: Sandman - Estação das Brumas; Planetary - O Quarto Homem; Preacher - A Caminho do Texas
26/5: Batman 42; Love Junkies 26; Love Hina 3
2/6: Superman & Batman 11; Marvel Millennium 53; Pesadelo Supremo 2
9/6: Superman 43; DC Especial 9; Adam Strange 3; Demolidor 28
17/6: LJA 42; Novos Titãs 23; Grandes Clássicos DC 6 Lanterna Verde/Arqueiro Verde Vol 1; Love Hina 4
23/6: Batman 43; Love Junkies 27; Monster 1

DIÁRIO DA COPA – Pt. 9

Ainda bem que esperei até hoje para postar sobre os jogos de quartas-de-final da Copa, pois logo após a derrota do time inglês estava pronto para xingar do Pedro Álvares Cabral ao Roberto Leal. Mas nada como a desclassificação da amarelinha para recuperar o bom humor.
Bem, começando pela sexta-feira. Alemanha e Argentina prometiam um jogaço, e foi, o melhor dessas quartas. A Argentina começou com as iniciativas, não deixando os donos da festa jogarem no primeiro tempo. Mas depois de fazer o gol, com as substituições, chamou os alemães para seu campo. E não deu outra, empataram. Prorrogação bem igual. E como nenhuma merecia perder, nada mais natural que a decisão por pênaltis. Cambiasso e Ayala ficaram nas mãos do goleiro, e os alemães foram perfeitos e seguem em frente. Menção honrosa para Ballack, que mesmo machucado agüentou até o fim e ainda marcou nos pênaltis. Tá com cara de campeã essa Alemanha.
Como previsto, a Ucrânia não era párea para a Itália. Marcando logo aos 6 minutos, os italianos só administraram o resultado, se defendendo como só eles sabem. Toni ainda conseguiu marcar mais 2 gols na segunda etapa e assim, jogando feio, a Itália já está nas semifinais do mundial.
Portugal e Inglaterra fizeram um jogo bem amarrado, concentrado no meio de campo e sem grandes lances. Os ingleses fizeram um bom primeiro tempo, e tive reais impressões que era nosso dia (se você não sabe, sou inglês por opção). Mas depois o jogo foi se arrastando, insistindo em manter os dois zeros no placar. E com a expulsão de Rooney, pensei logo, “fudeu”. Sem gols, fomos novamente submetidos aos pênaltis. E coisas do futebol: Gerrard cansou de marcar gols lá do meio da rua pelo Liverpool e conseguiu perder o pênalti, assim como Lampard e Carragher. Portugal de Felipão levou mais uma. E haja ouvir Beatles, Smiths e Oasis para esquecer essa derrota amarga.
Mas como disse no início, a derrota do Brasil me deu novo ânimo. Zidane mostrou que ainda é um craque, e os franceses deram um baile. Do outro lado, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Roberto Carlos, Cafu e Juninho foram patéticos em campo, e a imagem de Roberto arrumando a meia enquanto Henry fazia o gol é símbolo disso. Claro que boa culpa da derrota cai sobre Parreira, mas os jogadores estavam apáticos em campo, nem pareciam que estavam numa quarta-de-final do torneio de futebol mais importante do mundo. Lição para o povão: parem de depositar toda sua fé nesses mercenários de merda e se liguem no que importa de verdade: as eleições vêm aí, não deixem que a corja petista fique impune e tirem Lula e sua gangue do poder.
Alemanha e França na final. Será?!

LINKS!

- Trilogia das Cores de Krzystof Kieslowski

- Amar Hemburresce

- Top Ten Rock Bands of All Time