quinta-feira, junho 09, 2016

CRITICUZINHO

Devo estar sofrendo de alguma síndrome que afeta meu julgamento crítico. Senão, vejamos. Dois filmes que foram   - e ainda estão - sofrendo críticas negativas maciças, tanto por parte de jornalistas da área de entretenimento quanto pelos nerds em geral, achei ambos acima da média. Claro que estou falando de Batman vs Superman e X-Men Apocalipse.


O primeiro, o mais que esperado blockbuster da DC Comics, reunindo o que muitos consideram - eu incluso - os dois maiores personagens das HQs, e ainda trazendo na bagagem a Mulher Maravilha, foi alvo de uma campanha negativa pouco vista antes internet afora. Tamanho foi o impacto desse frenesi virtual que a Warner, estúdio responsável pelo filme e dona da DC, já aponta novas direções na continuação do universo dos super heróis no cinema.
Ok, o filme não é perfeito, abaixo do que muitos fãs imaginavam para  o encontro do morcego com o kriptoniano na telona, e eu já não tinha gostado do tom que o diretor Zack Snyder utilizou em Man of Steel há 3 anos. Mas eu realmente me surpreendi positivamente com o filme. Ben Affleck incorporou o Batman mais perfeito que vi até agora, e a ideia de mostrar o herói mais envelhecido, algo próximo do clássico O Cavaleiro das Trevas do Frank Miller, ficou genial. A Mulher Maravilha infelizmente aparece pouco, mas sempre rouba a cena (estou ansioso pelo filme solo dela), a Gal Gadot calou a boca de muitos. O ponto fraco acaba sendo o Superman, o Henry Cavill está muito aquém como ator para interpretar personagem de tamanha importância. Tem ainda o Lex Luthor do Jesse Elsenberg, que tem boas falas e tudo, mas não captou a essência do vilão. Mas as cenas de luta, a do Batman contra o Superman e a dos heróis contra o Apocalipse, deixa esses detalhes um pouco menores e o resultado é um filme acima da média.


Já X-Men Apocalipse, que vi ontem no cinema, parece não causar tanta discussão, pessoal deve estar meio de saco cheio de filmes de mutantes - esse já é o sexto, afinal - e parece desprezar essa nova investida do diretor Bryn Singer ou tratar como algo menor. Confesso que meu principal motivo para assistir ao filme foi a Psylocke interpretada pela Olivia Munn - sugiro fortemente uma conferida na série The Newsroom, onde a conheci - , que chamou minha atenção nos trailers. Pena que ela aparece pouco e deve ter falado uma cinco palavras apenas.
Mas o filme é bem bacanudo, na mesma pegada do anterior, Dias de Um Futuro Esquecido, e superior ao fraco First Class, que pessoal baba por ele, mas não entendo como. Singer aproveitou para dar uma oxigenada no elenco e trouxe novos atores para interpretar Jean Grey, Ciclope e Tempestade. A Sophie Turner, a ruivinha daquela série onde todos morrem, Game of Thrones, ficou ótima como a nova Jean, principalmente quando a Fênix se revela. E assim como no anterior, o Mercúrio do Evan Peters rouba a cena e dá aquele tom cômico ao filme. O Wolverine, que sempre tem participação importante, dessa vez aparece apenas em uma, e impactante, cena. Ah, tem a Jennifer Lawrence, também estou meio abusado da cara dela, mas fazer o quê?! No fim das contas, um bom filme dos mutantes, e tem cena pós créditos, então vem mais por aí!