terça-feira, maio 29, 2007

20 DISCOS QUE MUDARAM O MUNDO pt. 5

(texto extraído da revista ZERO nº 8)

RAMONES
RAMONES
Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Lançamento: 28 de abril de 1976
Nas paradas: nº 111 dos álbuns pop de Billboard
Algumas influências: Beach Boys, Phil Spector, New York Dolls, The Stooges, Alice Cooper, The Ronnetes e HQs
Alguns influenciados: Sex Pistols, The Clash, Black Flag, The Cramps, Social Distortion, Green Day, Pearl Jam e tudo que leve o termo rock

“Hey ho, let’s go”. O verso cantado por Joey Ramone virou a senha para um mundo onde a música não necessitava de temas cabeça e duração acima dos dez minutos. O primeiro disco do quarteto de Nova York antecipou a explosão do punk na cidade. Foi gravado em apenas 17 dias e com um orçamento de US$ 6.400, valores baixíssimos pra época em que milhões de dólares e anos de estúdio eram gastos com bandas como o Fleetwood Mac – as primeiras demos gravadas foram apagadas, pois Joey, Johnny, Dee Dee e Tommy Ramone estavam muito chapados.
14 canções, três acordes, sem maiores pretensões e de uma ingenuidade rasteira, somam os 28 minutos e 52 segundos. O que foi gravado, basicamente, era o set do grupo no lendário CBGB’s de Nova York. Johnny usou uma guitarra que custou $ 50, enquanto Dee Dee e Tommy se viraram com o que tinham na frente. As letras refletiam o dia-a-dia de seus integrantes. “Judy Is a Punk” falava de dois fanáticos por Ramones, “Chain Saw” fazia referência ao filme O Massacre da Serra Elétrica, “53rd & 3rd” descrevia o local das prostitutas na Big Apple e assim por diante. O marco zero do movimento punk estava decretado.

Efeitos no Brasil: os ecos dos três acordes do Ramones só seriam escutados nos idos de 1978 e apenas no underground brasileiro. Grupos como AI-5, Lixomania e Restos de Nada romperiam o cabaço do gênero no país. Em 1982, o primeiro disco de punk brasileiro era lançado: Grito Suburbano, com participações de Inocentes, Cólera e Olho Seco.
Enquanto isso...: Paul Simon recebe o Grammy pelo álbum Still Crazy After All These Years. Bono Vox, The Edge, Larry Mullen Jr. e Adam Clayton formam a banda chamada Feedback, que mais tarde viraria U2. Dois sucessos do ABBA foram os singles mais executados nos EUA no ano: “Fernando” e “Dancing Queen”. Nas Olimpíadas de Montreal, a ginasta romena Nadia Comaneci encanta o mundo com a primeira nota 10 da história da competição. Morre o ex-presidente Juscelino Kubitschek. O Iron Maiden é formado.

sábado, maio 26, 2007

PIXEL RULEIA!

Poucas vezes saí de uma banca de revistas tão empolgado quanto nesta quinta-feira, quando comprei, além de outras cositas, Pixel Magazine #2, Preacher Especial #1, 100 Balas – Atire Primeiro, Pergunte Depois e Authority – Terra Infernal. É um sonho antigo de muitos fanboys ver material da Vertigo e da Wildstorm a preços acessíveis e encontrados em qualquer banca. E a Pixel Media, nesse comecinho, vem cumprindo isto a contento.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Na segunda edição, a Pixel Magazine (100 páginas, papel de luxo, R$ 9,90) traz, além das fixas Hellblazer e Planetary, quatro histórias curtas, são elas, Sandman: Teatro do Místério (estrelada pelo clássico personagem da DC, não por aquele criado por Neil Gaiman); Morte (esta sim, a criação de Gaiman), Os Invisíveis (uma das maluquices adoráveis de Grant Morrison); e O Sonhar (mais uma criação de Gaiman). Temos ainda um dossiê sobre o que aconteceu nas edições de Planetary publicadas pela Devir (já devidamente guardadas em minha humilde gibiteca assim que saíram), um texto com informações extras sobre as histórias curtas que apareceram nestes dois números da PM e a estréia da seção de cartas.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Em Preacher Especial #1 (116 páginas, papel de luxo, R$ 10,90), temos duas histórias paralelas à trama criada por Garth Ennis, e que não fazem parte da numeração normal da série. “O Cavaleiro Altivo” revela um pouco do passado do pastor Jesse Custer, bem antes de aceitar o ofício divino. Depois temos “A História de Você-Sabe-Quem”, que traz a origem do Cara de Cu, um dos personagens mais originais das HQs, e que só podia ter saído da mente doentia de Ennis, com várias referências à cultura pop, principalmente ao Nirvana, a banda preferida do personagem (bom gosto ele tem).

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Em 100 Balas – Atire Primeiro, Pergunte Depois (84 páginas, papel de luxo, R$ 8,90) temos encadernadas as três primeiras edições da série de Brian Azzarello (roteiro) e Eduardo Risso (desenhos), mais uma curta história extraída da revista Vertigo Winter’s Edge. A Pixel, sabiamente, resolveu ignorar o que a Opera Graphica publicou (e quase ninguém comprou) e começa do início. A trama, todos devem saber: o agente Graves aparece para alguém oferecendo vingança e uma maleta com uma arma e 100 balas irrastreáveis. Claro, há uma grande conspiração por trás disto.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Finalmente, Authority – Terra Infernal (100 páginas, papel de luxo, R$ 9,90) continua a série de onde a Devir parou (aliás, tenho que ir atrás desses três encadernados anteriores; eu tenho uma HQ da finada Pandora, com o primeiro arco de histórias, que achei perdido numa banca local, mas a edição é um lixo, com um formato bem esquisito). Com roteiros de Mark Miller e desenhos divididos entre Frank Quitely e Chris Weston, este volume traz as edições originais #17 ao #20, mostrando o grupo formado por Apolo, Meia-Noite, Jack Hawksmoor, Swift, Engenheira e Doutor às voltas com uma ameaça que acarreta mudanças climáticas (que timing, heim?) e afeta o comportamento dos animais.
A pilha de gibis por ler está grande aqui, e ainda não tive tempo para dedicar-me a essas aquisições mais recentes, mas tem tudo para serem algumas das leituras mais legais deste ano. A Pixel manda aqui!

terça-feira, maio 22, 2007

PIXEL MAGAZINE # 1

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Cansado de quadrinhos de super-heróis fantasiados que salvam todos sem olhar a quem e lutam sempre com os mesmos vilões? Cansado de sagas intermináveis, onde você tem que comprar uma tonelada de gibis para entendê-las? Cansado de retcons sem noção, que fazem mudanças nada bem-vindas em nossos personagens favoritos? Cansado de ressurreições a torto e a direito? Cansado dessa cronologia maluca e cheia de buracos, que nem os editores e roteiristas entendem? Então eu tenho um santo remédio para você: Pixel Magazine.
O novo título mensal da Pixel Media traz histórias dos dois principais selos de quadrinhos estadunidenses, a Vertigo e aWildstorm. A Vertigo é famosa por seu vanguardismo em relação aos gibis para adultos. Foi de lá que saíram séries hoje consideradas clássicas, como Sandman, Preacher e Os Invisíveis. Já a Wildstorm vem revolucionando o estilo de quadrinhos de heróis, mais realistas e condizentes com essa era perigosa onde vivemos. Certa “esquizofrenia” foi apontada quando a Pixel anunciou que publicaria aventuras dos dois selos em uma só revista, mas é só começar a ler essa edição de estréia para esquecer logo isso. Quem não vai gostar de ler boas histórias?
E é só isso que temos nessa edição primeira da PM (100 páginas, papel de luxo, R$ 9,90). No total são cinco histórias, sendo duas delas curtas. Começamos com Hellblazer e o Berço do Anticristo (roteiro de Warren Ellis e desenhos de Tim Bradstreet); depois temos a organização Freqüência Global (novamente Ellis, ao lado de Lee Bermejo); uma curta do Authority onde Jack Hawksmoor relembra antigas aventuras do grupo (mais uma vez Ellis, com arte de Cully Hamner); a já clássica Planetary, mostrando o encontro de Elijah Snow com Sherlock Holmes (Warren Ellis, pela última vez, com arte de John Cassaday); e finalizando temos Cobweb, uma tiração de sarro com o movimento hippie das décadas de 60 e 70 (roteiro do mestre Alan Moore). Além dos quadrinhos, temos um bom texto de boas vindas do André Forastieri e outro de Odair Braz Junior sobre a importância da Vertigo, além de textos sobre algumas das séries apresentadas para situar o leitor de primeira viagem.
Não sei se vai funcionar com você, mas esse bendito remédio já está fazendo efeitos aqui. Decidi, além dos dois títulos mensais que abandonei na virada do ano, colocar mais dois deles no limbo, Superman & Batman e Marvel Millennium. No primeiro caso abandono o barco depois da edição de junho, e no outro, irei só esperar o final do volume dois dos Supremos. Tudo isso para poder bancar todos esses lançamentos prometidos pela Pixel. Alguns deles já chegaram a algumas cidades, como é o caso de 100 Balas, Preacher e The Authority.
Quadrinhos de alta qualidade, edições caprichadas e preços acessíveis. É, amiguinhos, a Pixel está pronta para fazer uma revolução, assim como a Vertigo e a Wildstorm têm feito nos seus gibis.
Editado - enquanto postava este texto soube disso: Assinaturas Panini! E com uma nova mensal da DC, Melhores do Mundo!! Pena que nenhum pacote me agradou...

sábado, maio 19, 2007

GRANDES ASTROS SUPERMAN 3 & 4

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Tirando o atraso (não da leitura, porque tenho lido essa série assim que compro, mas do blog), vamos a análise das edições 3 e 4 de Grandes Astros Superman, o gibi que já nasceu clássico, onde a dupla criativa Grant Morrison e Frank Quitely continua fazendo miséria.
Na edição 3 temos a continuação da trama focada em Lois Lane e no herói. Como presente de aniversário da amada, o Superman lhe dá uma poção que confere os mesmos poderes do homem de aço por um dia para que tomá-la. Prato cheio para Morrison colocar em ação suas loucuras geniais, boa parte delas calcadas na Era de Prata da DC, como os Subterranosauros e os personagens Sansão e Atlas, que querem tirar uma casquinha da Srta. Lane, rendendo momentos deliciosos, como aquele onde os dois disputam uma queda de braço com o Super. E aquela última página, onde mostra uma edição futura do Planeta Diário? “Superman Morto. Por Clark Kent”? Como assim?! Esse Morrison está aprontando uma.
Lois fica de lado na edição 4. Dessa vez o “amiguinho” da vez do super-herói é o Jimmy Olsen, que escreve a coluna Por Um Dia, na qual conta suas experiências vivendo como outra pessoa, no caso aqui, o diretor do Projeto DNA (mostrado na edição de estréia). Mas, como ele é o Olsen, acaba se metendo em confusão (putz, parece chamada da Globo; só faltou dizer “essa turminha maluca”, heheheh) e acaba pedindo ajuda ao seu amigo super poderoso. No meio do processo, surgi a Kriptonita Preta, que afeta o comportamento do herói, deixando-o mau, e Olsen usa um dos trecos do Projeto DNA para tentar detê-lo, tudo com aquele cheirinho de Era de Prata que o autor adora.
Continua totalmente excelente. Essa série é daquelas para guardar para os netos lerem.

quinta-feira, maio 17, 2007

METAL CEREBRAL

Eu já tenho poucas certezas nessa vida, e uma delas, a falta de massa cinzenta entre os metaleiros, acaba de ser rechaçada cientificamente. Uma pesquisa na Inglaterra com 1057 estudantes revelou que os fãs de heavy metal estavam entre os mais inteligentes. Motivo: as pessoas mais dotadas intelectualmente sentem mais pressão social e extravasam essa pressão através da música, e como o heavy é um som agressivo por definição, esse estilo acaba sendo o preferido dessas pessoas. Okay, tudo bem, cerca de 2% das bandas de metal são legais, mas nunquinha alguém me convencerá que um cara que bate cabeça ao som do Iron Maiden é mais inteligente que outro que tem nos Smiths sua banda preferida.

domingo, maio 13, 2007

PACOTÃO DE CDS

Aproveitando uma folguinha no bolso, há algumas semanas fiz duas encomendas de CDs, uma no Submarino e outra nas Americanas, totalizando nove discos. Os preços estavam legais, usei um vale-desconto no Submarino e aproveitei uma promoção de frete grátis e um desconto extra (cortesia da carteira de estudante da Jovem Pan, apesar de não possuí-la; como vivíamos sem a internet mesmo?!) nas Americanas. Segue a lista de compras:

BOB DYLAN – THE ESSENCIAL

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Coletânea dupla de um dos maiores poetas do rock. Confesso que demorou um pouco para o Dylan cair no meu gosto, curtia uma ou outra música esporádica, mas não o suficiente para me aprofundar mais. Ficava sempre naquela, “um dia eu compro um disco desse cara”, e finalmente chegou a hora. O disco 1, que cobre o período de 1963 a 1967, é o meu favorito, trazendo as faixas mais low fi, basicamente apenas voz, violão e gaita. No caso de Bob Dylan, menos é mais. Assim não deixei de me perguntar: será que, se eu estivesse naquele primeiro show onde ele empunhou uma guitarra elétrica, eu também o chamaria de Judas?

SOUNDGARDEN – BADMOTORFINGER

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Quem costuma freqüentar esse blog já deve ter percebido que as bandas de Seattle têm um lugar especial no meu universo pop particular. Badmotorfinger era um dos poucos discos que tinha em vinil, mas ainda não tinha conseguido comprar a versão em CD. Ele foi relançado recentemente e não perdi a chance. O disco não é tão bom quanto seu sucessor, Superunknown, em minha opinião uma das obras-primas da década de 90, mas já mostra todo o potencial dos caras. Além das conhecidas “Outshined”, “Rust Cage” e “Jesus Christ Pose”, o álbum contém outras ótimas faixas como “Somewhere” e “Room A Thousand Years Wide”. Bem melhor que a outra banda do Chris Cornell, o finado Audioslave.

QUEENS OF THE STONE AGE – LULLABIES TO PARALYZE

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Existem poucas bandas hoje em dia em que você pode confiar e comprar um CD cegamente. O Foo Fighters é uma delas. O Queens Of The Stone Age é outra. Lullabies To Paralyze é o quarto disco dos caras, e o primeiro sem o baixista porra-louca Nick Oliveri, e é tão bom quanto os anteriores. A seqüência que vai da faixa 1 até a 8 é perfeita. Depois cai um pouco a qualidade, mas só um pouquinho mesmo, até porque uma das melhores do disco, “Long Slow Goodbye”, é a penúltima do álbum. Mas uma vez Josh Homme chama seus amigos, entre eles Mark Lanegan e Shirley Manson, para mais uma aula de rock ‘n’ roll.

THE CLASH – LONDON CALLING

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Um dos discos clássicos do rock que faltava em minha coleção. Faltava. Nesse álbum, originalmente duplo, o Clash em sua melhor forma mostra que o punk vai bem mais além dos três acordes, colocando na receita pitadas de reggae, ska, rockabilly, numa mistura bem longe de ser intragável. London Calling mantém o bom nível em todas suas 19 faixas, mas algumas acabam se destacando, como a faixa título, “The Guns Of Brixton”, “Death Or Glory”, “I’m Not Down”, “Train In Vain”, entre outras. Ah, e tem a capa, tão clássica como o conteúdo musical.

BLACK CROWES – THE SOUTHERN HARMONY AND MUSICAL COMPANION

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Desde meados da década de 90 essa banda está presente na minha lista de compras, mas só agora adquiri um disco do grupo liderado pelos irmãos Robinson. E para começar bem, nada melhor que The Southern Harmony And Musical Companion, considerado o melhor da banda e presente em diversas listas de melhores discos da década passada. Todo mundo deve conhecer a excelente “Remedy”, que rendeu um clipe com alta rotação nos bons tempos de MTV, mas ainda temos ótimas músicas como “Sting Me” e “Sometimes Salvation”. Para quem curte aquele estilo de rock setentista, é um prato cheio.


WOLFMOTHER – WOLFMOTHER

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Álbum de estréia dessa banda australiana que foi uma das revelações de 2006. Assim como o Black Crowes, o som do Wolfmother é calcado nos anos 70, mas especificamente naquele estilo do Led Zeppelin e do Black Sabbath, credenciais mais que suficientes para correr atrás desse CD. Sons como “Woman”, “Dimension” e “Tales” conquistam de imediato aqueles fãs de bons riffs de guitarra. Ideal para ouvir no volume máximo para deixar seu vizinho louco da vida, principalmente se ele tem o mau gosto como o meu. A capa, no entanto, é bem feiazinha.

GUNS N ROSES – GREATEST HITS

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Coletânea básica do Guns N’ Roses, trazendo músicas dos seus quatro álbuns e do EP de covers The Spaguetti Incident, mais a versão de “Sympathy For The Devil”, que saiu na trilha sonora de Entrevista com o Vampiro. A seqüência inicial, com “Welcome To The Jungle”, Sweet Child O’ Mine”, “Patience” e “Paradise City”, já vale o preço do disco. Mas ainda temos “Civil War”, “Live And Let Die” e “Since I Don’t Have You”, entre outras. Para mim, que não sou o maior fã da banda do mundo, longe disso, é mais que suficiente.

THE KILLS – NO WOW

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Esse CD estava custando inacreditáveis R$ 5,99 no site das Americanas. Claro que com esse precinho camarada eu não poderia deixar passar essa. The Kills é um duo formado por Allison Mosshart (ou VV para os íntimos) e por Jamie Hince, fazem um rock bem cru e já passaram por aqui há quase dois anos. O forte da banda é mesmo sua vocalista VV. Sabem a Patti Smith? Então, se ela fosse bonita seria como a VV (confira fotos da moça nesse antigo post). A garota transpira rock n’ roll em cada poro de sua pele. Ah, sim, o disco... É bem legal, com destaque para a faixa “Rodeo Town”.

CANSEI DE SER SEXY – CANSEI DE SER SEXY

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

CSS é a banda brasileira mais badalada lá fora, tanto que conseguiram um contrato com a Sub Pop, a mesma gravadora que revelou o Nirvana. Não se via brasileiros tão hypados assim desde o Sepultura na década passada. No Brasil o álbum de estréia do grupo saiu pela Trama, e o preço também tava bem camarada (R$ 12,49), e não resisti. O som é bem básico, ideal para festas ou ouvir enquanto você dá aquele trato no seu quarto (no meu caso, tentar achar novas combinações para guardar a coleção de gibis). E a própria banda não se leva a sério, ponto para eles.

quinta-feira, maio 10, 2007

FRASE

“Quando conheci o Bobino, na casa de Gil, ele já tinha todos os meus discos”

Ivete Sangalo, falando sobre Bono, o vocalista do U2, no melhor estilo “me engana que eu gosto”. Imaginem Bono, em sua mansão na Irlanda, começando seu sunday bloody sunday ouvindo o MTV ao Vivo da “artista” no volume 10! Não sei qual o melhor, a mentira na cara dura da baiana ou essa demonstração falsa de intimidade chamando o cara de Bobino.

SUPERMAN - O HOMEM DE AÇO

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket


Desde que comecei a freqüentar fóruns especializados em quadrinhos pela internet, um dos assuntos mais tratados neles era a reformulação do Superman pós-Crise nas Infinitas Terras, feita pelo roteirista/desenhista John Byrne. Não precisa dizer que eu ficava cada vez mais curioso para ler esse material. Finalmente a Mythos anunciou sua republicação, mas até essa republicação ganhar vida, foi uma verdadeira novela. Creio que se passaram uns três anos. Nesse meio tempo começou a pré-produção do filme Superman Returns, ele foi filmado, estreou nos cinemas, foi lançado em DVD e nada da revista aparecer nas bancas. Finalmente, no comecinho desse ano, Superman – O Homem de Aço saiu, e graças à maldita distribuição setorizada, só recentemente pude comprá-la.
Mas essa espera toda valeu à pena. Essa origem do herói pode ser considerada a definitiva. Kripton como um planeta frio e sem emoções, sua identidade secreta como um repórter trapalhão, Lex Luthor como um vilão corporativista, a relação de Clark com Lois Lane e Lana Lang, sua parceria com Batman, o nível de poderes do herói, e tudo aquilo que está no inconsciente coletivo quando nos lembramos desse personagem que é o mais icônico dos quadrinhos está presente aqui. A trama contém alguns cacoetes comuns da época em que foi publicada originalmente (já há mais de 20 anos), que hoje soam meio, digamos, cafona, mas não chega a prejudicar a história como um todo. Como diria o Fernando Vanucci, é um gibi simplesinho, mas bonitinho, deixando claro que não é preciso invencionices para criar algo digno do Superman.
A edição da Mythos é simples, até demais. O papel do miolo é o básico pisa brite (também conhecido como papel jornal), que não chega a prejudicar a impressão e deixou a revista com um preço mais camarada, mas uma história clássica como essa merecia mais, talvez no nível da série Grandes Clássicos DC, da Panini. Mas isso é só um detalhe de colecionador chato. O que vale mesmo é a história, pela primeira vez saindo por aqui no formato original americano. Nota 10.

sexta-feira, maio 04, 2007

JULIETTE & THE LICKS

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Há 16 anos Juliette Lewis nascia para o mundo chupando o dedo de Robert De Niro no filme O Cabo do Medo. Além de fazer a libido de muito marmanjo subir às alturas com essa cena, a atriz, então com 18 anos, ainda concorreu ao Oscar de atriz coadjuvante. Hoje, ela já não tem tanto prestigio. Os bons papéis (e os bons filmes) foram desaparecendo, assim como o tesão da artista para interpretar. Ela então resolveu montar uma banda, a Juliette & the Licks. Formada em 2004, com a atriz nos vocais, o grupo foi direto aos palcos, na Warped Tour, ao lado de várias bandas novas. Em 2005 eles lançaram um EP, Like a Bolt of Lightning, seguido pelo álbum You’re Speaking My Language. Recentemente saiu o segundo disco, Four on the Floor, com participação do foo fighter Dave Grohl nas baquetas, e a banda começa a chamar mais atenção, já com um quase hit no currículo, “Hot Kiss”, e shows em lugares pelos EUA, Europa e Oceania. Apesar de Juliette descrever seu som como hard rock, é claro que há um pezinho no punk rock. A cantora tem aquele estilo típico das bandas do movimento punk, onde vale mais a intensidade do que um certo virtuosismo vocal. Para quem gosta de um rock ‘n’ roll direto e sem frescuras. Com um histórico de drogas e fama de briguenta, Lewis com certeza não é uma aproveitadora ou uma patricinha querendo lucrar e aparecer como uma atriz/cantora, como nós vemos muito por aí. Ela tem uma atitude natural de roqueira, e tem controle total sobre essa nova empreitada. Com certeza, Juliette Lewis é bem diferente da Jennifer Lopez, e não estou comparando o derriére das duas. Mas se você preferir um traseiro com conteúdo, vai na Juliette sem medo, até porque ela deve usá-lo de maneira bem mais eficiente que a J-Lo. Pela quantidade de “fuck” que ela grita em umas das suas canções, essa é barbada.

terça-feira, maio 01, 2007

A PROGRAMAÇÃO DA TV LULA

(texto extraído da revista PLAYBOY # 383, de abril de 2007)

O governo quer criar uma TV estatal. PLAYBOY contribui para o bem da nação sugerindo a programação:
7h – Cachacinha com o presidente: as notícias da manhã comentadas por Lula
8h – Os ministros superpoderosos: desenho animado
10h – Noça língua portugueza: para falar como uma otoridade
10h30 – Mais Marisa: programa de culinária e dicas de beleza da primeira-dama
12h – Games - Jogue pra vencer: apresentação de Lulinha
13h – Pelada com o presidente: melhores lances do Brasileirão, comentados por Lula
14h – Bebericando: reprise de uma novela antiga
15h30 – Adeus, miséria: programa de finanças pessoais apresentado por Delúbio Soares
17h – Sem medo de ser infeliz: novela estrelada por Collor
19h – Jornal fenomenal: só boas notícias
20h – Eu não sei de nada: uma novela cheia de suspense
21h – Nunca na história desse país: mitos e lendas brasileiros (Saci Pererê, Cuca, Lula etc.)
22h30 – Sexo. Quase todo mundo gosta: dicas certeiras para encontrar o ponto G
23h – A mansão do lago Sul: programação só para adultos