quarta-feira, julho 24, 2013

MAN OF STEEL

Desde o Superman Returns, confesso que fiquei meio com um pé atrás com relação a um novo filme do homem de aço, pois além de o Superman (pelo menos pra mim) não ser um herói realmente interessante, o filme foi bem abaixo do que eu esperava. E fico feliz em dizer que agora sim, temos um ótimo filme do filho de Krypton.

É bom avisar de antemão que Man of Steel NÃO é uma continuação do anterior (Goku seja louvado por isso), e sim um reboot para a série. Aqui, a origem do Superman é mostrada com detalhes, desde seu nascimento (destaque para Krypton, mostrada como nunca antes), sua chegada à Terra, como adquire seus poderes e aprende a usá-los (mostrado através de flashbacks durante o filme) e finalmente sua luta com o General Zod, tudo isso contado nos mínimos detalhes.

As atuações são muito boas, com destaque para o Henry Cavill (ninguém precisa de você, Brandon Routh!), que deu um ótimo Homem de Aço. Outro que merece destaque é o Michael Shannon, que interpreta impecavelmente o General Zod. A nova Lois tá um espetáculo (se não gosta do Superman, vá ao cinema pela Lois). Ainda contamos com a participação de Lawrence Fishburne, Russell Crowe, Kevin Costner e Ayelet Zurer, que mesmo com pouca participação, são vitais para o desenvolvimento da história (talvez com exceção do Lawrence Fishburne, que está apenas de corpo presente no filme). Os efeitos especiais são de cair o queixo, e as cenas de ação são incríveis. Pode esperar meia cidade transformada em pó durante o confronto entre os kryptonianos.

Enfim, Man of Steel é o filme que o Superman precisava para mostrar que não é o "herói babacão" que muita gente ainda imagina. Aqui finalmente temos um herói carismático e interessante, e que, se continuar no caminho que foi seguido nesse filme, renderá mais bons filmes. Recomendo.


sexta-feira, julho 19, 2013

QUEENS OF THE STONE AGE - ...LIKE CLOCKWORK

(texto publicado originalmente na Rolling Stone Brasil, edição #81, junho de 2013; autoria de Leonardo Dias Pereira)


Josh Homme tirou o intervalo que separa Era Vulgares (2007) de ...Like Clockwork para desanuviar a cabeça na superbanda Them Crooked Vultures e produzir o Arctic Monkeys. Quando a inspiração tomava forma, um evento revirou seu mundo: durante uma cirurgia no joelho, ele teve complicações e "morreu por alguns minutos" no hospital. Essa tragédia pessoal afetou o ambiente do sexto disco de sua banda, uma peça cheia de nuances sombrias, psicóticas e paisagens borradas por narcóticos pesados. "Keep Your Eyes Peeled" abre o disco com um riff grave e sinistro. O tom sobe em "I Sat by the Ocean", com levada despretensiosa carregada por um slide guitar saboroso, mas uma nuvem negra desce em "The Vampyre of Time and Memory". Na sensual "If I Had a Tail", Homme acolhe o velho parceiro Nick Oliveri, e tem ainda a ajuda do pupilo Alex Turner (Arctic Monkeys) e da esposa, Brody Dalle. Trent Reznor ("Kalopsia"), Elton John e seu piano elegante e Mark Lanegan ("Fairweather Friends") são outros ilustres que aparecem aqui.