quinta-feira, dezembro 26, 2013

INVOCAÇÃO DO MAL

Não é segredo pra ninguém que o gênero de terror nos últimos anos vem sendo banalizado. Dezenas de filmes saem todo ano nas telonas ou direto em DVD/Blu-Ray, mas são poucos que são dignos de nota.
E quando pensava que já não havia esperança para esse gênero estuprado por diretores malas com produções baratas e meia-boca feitas só para arrancar o dinheiro dos ávidos por sustos, eis que surge Invocação do Mal. 
O filme, que é dirigido por James Wan (Jogos Mortais), realmente me surpreendeu, e mais que isso: me assustou. Sim, um fã do gênero que dormiu como um anjo ao assistir o clássico de 73, O Exorcista, passou a noite em claro dessa vez. 



O filme conta a história da família Perron, que após se mudarem para uma casa de campo, descobrem que a vida não seria tão fácil por lá, pois a casa é assombrada por espíritos, e então recorrem a Ed e Lorraine Warren, um casal de investigadores paranormais (e sim, eles existem de verdade). 
Ok, eu sei o que você está pensando: "Aaaaah, mas eu já vi isso pelo menos cinquenta vezes!". A resposta é sim e não. Invocação do Mal tem sim uma história manjada, mas é a forma como Wan dirige o filme que o torna especial e diferente de outros filmes semelhantes. O diretor não usa aqueles sustos baratos e desnecessários que hoje são tão comuns no gênero, além de meio que brincar com clichês e tirar cada gota dos atores, entregando o melhor filme de terror desde O Exorcismo de Emily Rose, na minha opinião. 
As atuações de cada um dos Perron são muito boas e sem exageros, passando realmente aquele sentimento de que a família corre um perigo real e palpável, com destaque para Carolyn Perron, interpretada por Lili Taylor. Os casal Warren também é destaque, com atuações realmente incríveis de Patrick Harris e da linda Vera Farmiga. 
Recentemente, o diretor do filme declarou que Invocação do Mal seria seu último filme de terror, o que é uma pena, mas espero que o que foi dito acabe não se concretizando, e que James Wan continue entregando bons filmes e mostrando que terror é mais que sustos baratos para fazer a alegria de adolescentes acéfalos.


quinta-feira, novembro 14, 2013

LOLLAPALOOZA 2014, BORA?!


Finalmente foi divulgado o line up oficial do Lollapalooza 2014, confirmando muita coisa que vinha rolando pela web nas últimas semanas, e que ficou mais certo após a escalação das edições chilena e argentina poucos dias antes, bem idênticas a versão tupiniquim. Ou seja, nenhuma ou pouca surpresa.

Mas o ponto principal do post é: vou ou não vou? Claro que vou! Tive o melhor fim de semana da minha vida na edição desse ano, então por que não repetir a dose?

Vejamos... Duas bandas importantíssimas para minha formação musical, e que fizeram parte da minha adolescência rebelde estão no festival. O Soundgarden entrou no balaio da cena grunge, junto ao Nirvana, Pearl Jam e todas aquelas bandas fantásticas que nunca me cansarei de ouvir. E os Pixies, os PIXIES, porra! Quero ouvir Here Comes Your Man e outros clássicos que saíram da cabecinha demente do Frank Black ao vivo antes de morrer, mesmo que seja no piloto automático como no SWU!

Ainda entre as atrações principais, teremos o Arcade Fire, uma das bandas mais interessantes desse novo milênio, e que tem a fama de fazer shows catárticos; o Phoenix, que entrou no time dos grandes nomes atuais com o maravilho Wolfgang Amadeus Phoenix, que vai muito além de Lisztomania; o Cage the Elephant, que fez uma apresentação fodástica na edição de 2012 do festival; o New Order, que mesmo desfalcado do Peter Hook, vale a conferida; o Johnny Marr, a outra metade genial dos Smiths; Jake Bugg, o artista mais recente a receber a alcunha de “novo Bob Dylan”; e o Nine Inch Nails, que confesso que preciso conhecer mais profundamente até abril, além de Nação Zumbi, Julian Casablancas, Vampire Weekend e outros nomes que merecem uma conferida. Ah, Muse é dedinho do pé!

Ou seja, é só esperar sair os detalhes dos pacotes que incluem ingressos, hospedagem e viagem, que não vou pensar duas vezes em sacar o cartão de crédito e dividir tudo em 10 parcelas! Nos vemos no Lolla!






segunda-feira, setembro 23, 2013

THE END IS COMING, BITCH!

ESSE POST NÃO POSSUI SPOILERS

E hoje assisti "Granite Estate", penúltimo episódio de Breaking Bad. Foi meio que o último fôlego antes do mergulho. E olha que nem deu pra tomar muito fôlego não! O episódio foi tenso, sombrio e muito triste. E o final foi do tipo "ok, agora a porra vai ficar MUITO séria.". 

Breaking Bad é minha série favorita, e eu meio que fico triste em saber que estou a uma semana do último episódio. Mas é assim, o que é bom dura pouco, e me conformo com o final, pois Breaking Bad sairá de cena como uma das mais incríveis séries já feitas, e responsável pelo que chamam de "Terceira era de ouro da TV". A jornada de Walter White e Jesse Pinkman está cada vez mais próxima do final, e estou certo que o Vince Gilligan está guardando muitas surpresas. Que venha o final!

sexta-feira, setembro 20, 2013

THE BEATLES - THE WHITE ALBUM

(texto publicado originalmente na revista ESPECIAL BRAVO! BEATLES; autoria de Sergio Martins)



Mais conhecido como The White Album ou o Álbum Branco, devido a sua capa branca e espartana (criada por Richard Hamilton), o LP duplo descartou de vez os abusos psicodélicos que dominaram os anos de 1966 e 67. A ideia agora era uma “volta ao básico”. Seu aspecto eclético também confundiu alguns críticos na época de lançamento, que acharam que os Beatles estavam atirando para todos os lados e perdendo o foco. Hoje em dia essas opiniões estão esquecidas e o álbum duplo é considerado uma das grandes obras-primas do catálogo dos Beatles. Sua diversidade sonora antecipou muita coisa que iria acontecer nos anos 70. A maioria das canções foi escrita no começo de 1968, quando os Beatles realizaram uma viagem à Índia para estudar com o guru indiano Maharishi Mahesh Yogi. A viagem pode não ter sido grande coisa, mas pelo menos os rapazes estavam prolíficos e inspirados. Quando voltaram à Inglaterra para registrar suas criações, as diferenças criativas afloraram. As gravações foram tensas e começaram em março de 1968 nos estúdios Abbey Road e Trident. Um dos motivos da discórdia foi a insistência de John em levar Yoko para as gravações – até então, o estúdio era o santuário sagrados dos Beatles, onde nenhum intruso participava. O importante é que The White Album serviu para explicitar as diferenças musicais existentes entre os quatro Beatles. Paul ainda era o mestre das baladas memoráveis (Blackbird, I Will, Mother Nature’s Son). E também um criador de pastiches de primeira, simulando o som do Beach Boys (Back in the USSR), proto metal (Helter Skelter), classic rock (Birthday), reggae (Ob-La-Di Ob-La-Da) e anos 20 (Martha My Dear, Honey Pie). George Harrison superou as expectativas e veio com quatro boas canções, sendo que While My Guitar Gently Weeps, que tinha participação de Eric Clapton na guitarra, se tornou um dos mais duradouros standards dos Beatles. John, revigorado pela presença de Yoko, veio com uma excelente safra de novas canções. I’m so Tired, Revolution 1, Glass Union, Sexy Sadie, Hapiness is a Warm Gun, Yer Blues, Julia e Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey relatam suas experiências pessoais e sua visão sobre o mundo e a música. A influência vanguardista de Yoko pesou na hora de Revolution 9, uma caótica colagem de sons e que para muitos é a pior coisa que os Beatles produziram em vinil. Ringo contribuiu com a simpática Don’t Pass Me By e cantou a hollywoodiana Goodnight, que Lennon escreveu para ele. Ao lado de Sgt. Pepper’s, The White Album se tornou o disco mais debatido pelos fãs, que tentavam “decifrar” o significado das canções. Um desses foi Charles Manson, o líder de uma seita de fanáticos hippies que usou o disco como “bíblia” para comandar uma série de bárbaros assassinatos em Los Angeles.

domingo, agosto 18, 2013

DAYTRIPPER


Não sei explicar o porquê dessa maravilha em forma de quadrinhos ficar tanto tempo na minha pilha de leitura, já que elogios não faltavam por parte da mídia especializada e dos leitores de HQs. Obra dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, dois dos mais conceituados artistas brasileiros da atualidade, e já com um bom número de premiações no currículo, inclusive pelo trabalho em questão, Daytripper narra a vida - ou as vidas - de Brás de Oliva Domingos, filho de um famoso escritor e que trabalha escrevendo obituários em um jornal, e um sonhador nas horas vagas. Narrada de maneira primorosa pela dupla, a trama chega a emocionar em vários momentos, trazendo passagens marcantes da vida de seu protagonista, seja o dia em que conhece seu grande amor, o dia em que dá seu primeiro beijo, o dia em que perde seu maior amigo ou o dia em que seu filho nasce. São eventos do cotidiano, que poderia ser o meu ou o seu, e é por isso que toca o leitor de maneira única. É uma história sobre a vida, e sobre a morte também, pois ela faz parte da vida, e sobre todos os efeitos que ela deixa em quem perdeu alguém. Daquelas leituras que, depois de terminar, você quer mostrar a todo mundo que encontrar para que conheçam também.

quinta-feira, agosto 08, 2013

COMPRAR CD NA AMAZON É TUDO DE BOM!


Não faz muito tempo, quando eu não tinha grana e muito menos um cartão de crédito internacional, eu nem sonhava em fazer encomendas em sites internacionais. O que eu fazia era juntar um dinheirinho e esperar por uma promoção de frete grátis e desconto progressivo numa Saraiva da vida. Tempo de vacas magras.
Mas o lançamento da edição Deluxe de Nevermind há quase dois anos (e seu não lançamento em terras tupiniquins) serviu como gatilho para entrar nessa onda. Ativei a função de uso internacional para o meu cartão, me certifiquei de que o limite do mesmo seria suficiente (hoje tenho um limite que espero nunca usar, de tão alto), fiz meu cadastro na Amazon UK, com o maior cuidado na hora de preencher o endereço para não dar chance ao meu velho azar de dar merda, comprei a versão motherfucker de Nevermind dos meus lindos do Nirvana e fiquei na expectativa. O CD chegou no prazo, embaladinho, cheirosinho, tudo de bom!
Nos meses seguintes fiz diversas encomendas na Amazon UK, cada uma maior que a outra. Umas chegaram em tempo, algumas poucas atrasaram, mas sempre chegaram. Inventei de fazer uma compra na Amazon US e tive uns problemas; parte do pedido não chegou, mas bastou um e-mail para resolver e fui reembolsado sem burocracia. Apesar disso, deu medinho e passei um tempo sem me aventurar pelas Amazons da vida.
Mas no fim do ano passado voltei a fazer encomendas, novamente pela Amazon UK, já que por lá tinha dado tudo certo até então. Desde então, religiosamente, tenho comprado 2 CDs por mês, variando entre discos que sempre quis ter em minha coleção (estou finalmente comprando os álbuns de estúdio dos Pixies e já tenho quase tudo da PJ Harvey) e descobertas recentes através de MP3 (como o caso do Best Coast e do Yuck). E em setembro sai a edição de 20º aniversário de In Utero, já estou paquerando ele no site!
Preços bacanas, frete justo, produtos que você não encontra em todo o lugar, recomendo! Só não dá pra parcelar, mas isso é coisa de brasileirinho...

quarta-feira, julho 24, 2013

MAN OF STEEL

Desde o Superman Returns, confesso que fiquei meio com um pé atrás com relação a um novo filme do homem de aço, pois além de o Superman (pelo menos pra mim) não ser um herói realmente interessante, o filme foi bem abaixo do que eu esperava. E fico feliz em dizer que agora sim, temos um ótimo filme do filho de Krypton.

É bom avisar de antemão que Man of Steel NÃO é uma continuação do anterior (Goku seja louvado por isso), e sim um reboot para a série. Aqui, a origem do Superman é mostrada com detalhes, desde seu nascimento (destaque para Krypton, mostrada como nunca antes), sua chegada à Terra, como adquire seus poderes e aprende a usá-los (mostrado através de flashbacks durante o filme) e finalmente sua luta com o General Zod, tudo isso contado nos mínimos detalhes.

As atuações são muito boas, com destaque para o Henry Cavill (ninguém precisa de você, Brandon Routh!), que deu um ótimo Homem de Aço. Outro que merece destaque é o Michael Shannon, que interpreta impecavelmente o General Zod. A nova Lois tá um espetáculo (se não gosta do Superman, vá ao cinema pela Lois). Ainda contamos com a participação de Lawrence Fishburne, Russell Crowe, Kevin Costner e Ayelet Zurer, que mesmo com pouca participação, são vitais para o desenvolvimento da história (talvez com exceção do Lawrence Fishburne, que está apenas de corpo presente no filme). Os efeitos especiais são de cair o queixo, e as cenas de ação são incríveis. Pode esperar meia cidade transformada em pó durante o confronto entre os kryptonianos.

Enfim, Man of Steel é o filme que o Superman precisava para mostrar que não é o "herói babacão" que muita gente ainda imagina. Aqui finalmente temos um herói carismático e interessante, e que, se continuar no caminho que foi seguido nesse filme, renderá mais bons filmes. Recomendo.


sexta-feira, julho 19, 2013

QUEENS OF THE STONE AGE - ...LIKE CLOCKWORK

(texto publicado originalmente na Rolling Stone Brasil, edição #81, junho de 2013; autoria de Leonardo Dias Pereira)


Josh Homme tirou o intervalo que separa Era Vulgares (2007) de ...Like Clockwork para desanuviar a cabeça na superbanda Them Crooked Vultures e produzir o Arctic Monkeys. Quando a inspiração tomava forma, um evento revirou seu mundo: durante uma cirurgia no joelho, ele teve complicações e "morreu por alguns minutos" no hospital. Essa tragédia pessoal afetou o ambiente do sexto disco de sua banda, uma peça cheia de nuances sombrias, psicóticas e paisagens borradas por narcóticos pesados. "Keep Your Eyes Peeled" abre o disco com um riff grave e sinistro. O tom sobe em "I Sat by the Ocean", com levada despretensiosa carregada por um slide guitar saboroso, mas uma nuvem negra desce em "The Vampyre of Time and Memory". Na sensual "If I Had a Tail", Homme acolhe o velho parceiro Nick Oliveri, e tem ainda a ajuda do pupilo Alex Turner (Arctic Monkeys) e da esposa, Brody Dalle. Trent Reznor ("Kalopsia"), Elton John e seu piano elegante e Mark Lanegan ("Fairweather Friends") são outros ilustres que aparecem aqui.


sábado, junho 29, 2013

DAFT PUNK - RANDOM ACCESS MEMORIES

(texto publicado originalmente na Rolling Stone Brasil, edição #80, maio de 2013; autoria de Carlos Eduardo Lima)

A ideia dos androides Thomas Bengalter e Guy-Manuel de Homem-Christo é proporcionar aos ouvintes (e a eles mesmos) uma passagem no túnel do tempo. O destino? Algum lugar musical da Costa Oeste norte-americana entre 1980 e 1983. Revisionismo não é novidade para quem acompanha o trabalho do Daft Punk. Mas isto pode ser a chegada do Santo Graal para o pessoal mais jovem. O hit “Get Lucky” e seu chacundum guitarreiro a cargo do ex-Chic Nile Rodgers é a ponta do iceberg que é Random Access Memories. Há homenagem a Giorgio Moroder, que ganha faixa com seu nome com mais de 9 minutos de viagens em loopings eletro disco; há acenos ao Chic em “Give Life Back to Music”; boas-vindas ao rock-semiprogressivo do Alan Parsons Project em “Instant Crash”; abraços ao adult oriented rock em “Fragments of Time”; e mixes de vocais de rock de arena com beats de Kraftwerk em “Doin’ It Right”. Detalhes interessantes como bateria “humana”, uso de sintetizadores vintage e a apropriação enciclopédica de um período bem fértil da música pop credenciam o disco para curtição total.

quarta-feira, junho 05, 2013

EVIL DEAD (2013)



Desde que saíram as notícias de que um novo Evil Dead estava em produção já cuidei para que nenhuma novidade do reboot passasse despercebida. Com frequência visitava o Omelete, Blood Disgusting e outros sites que postavam com certa frequência essas novidades. Desde o anúncio praticamente nenhuma novidade passou despercebida aos meus olhos ávidos por informação. 

Com o trailer veio oficialmente a ansiedade, e a medida que o filme estreava nos cinemas daqui do Brasil, mas não na minha cidade, a frustração também crescia. Mas finalmente a espera acabou e o filme saiu no cinema daqui. E eu, como fã da trilogia original e louco para saber se esse novo filme fazia jus ao nome que carregava, fui assistir, e aqui vão minhas impressões sobre o filme.

Evil Dead (não, não se trata de um remake, e sim de um filme original) tem como personagem principal uma jovem chamada Mia, que vai com os amigos e o irmão para uma cabana no meio da floresta para passar por uma desintoxicação depois de uma overdose que quase a matou. Então, o grupo de amigos encontra um livro bizarro num porão sinistro, e Eric, um dos amigos de Mia, lê o que está escrito, mesmo com advertências de que não se deve pronunciar os escritos do livro. A partir daí o que temos é o mais puro terror gore.

Sangue, vômito e outros fluidos corporais jorram de todo canto, e sim, é isso que um fã de Evil Dead realmente precisa para sair satisfeito. O filme é muito violento, e mesmo não me impressionando nesse sentido, tenho certeza que boa parte dos que assistirem vão virar a cara em certas cenas.

As atuações não são incríveis, mas são o suficiente para segurar a tensão do filme, mas ao menos Jane Levy (que interpreta Mia) merece um destaque. O filme não possui praticamente nenhum efeito criado em computador, é tudo feito usando efeitos práticos, o que ajuda o filme a parecer ainda mais realista e se aproxima mais do original. Outro bom destaque é que existem vários easter eggs que os fãs do original com certeza notarão, então é bom ficar ligado a certos detalhes. 

Evil Dead é tudo que eu esperava: Assustador, violento e acima de tudo, divertido. 

Ah, assistam até o final. A cena pós créditos é de fazer qualquer fanático gritar de emoção!


quinta-feira, maio 30, 2013

BREAKING BAD

Recentemente terminei a primeira parte da 5a temporada de Breaking Bad, e confesso que essa série tem um poder de surpreender quem assiste como nenhuma outra. Quando você pensa que o episódio final da 4a temporada (sem spoilers, mas pqp, sensacional) foi incrível, a série já prepara terreno para um episódio ainda melhor. 


Pra quem não conhece a série, aí vai uma sinopse rápida: 


"Breaking Bad narra a história de Walter White (Bryan Cranston), um humilde professor de química que vê sua vida se transformar quando descobre ser portador de um câncer terminal. Com um passado brilhante como pesquisador, Walter amarga agora uma terrível situação financeira trabalhando como professor em uma escola de ensino médio. Com seu modesto salário sustenta a esposa Skyler (Anna Gunn) e seu filho Walter Jr. (RJ Mitte), que sofre de paralisia cerebral. Walter fica desesperado ao perceber que sua família irá passar necessidades após sua morte e decide que fará qualquer coisa para que eles não sofram com a falta de dinheiro. Impulsionado pelo medo e por desejo de oferecer dignidade à Skyler e Jr. ele começa a usar suas habilidades em química montando um laboratório de drogas com a ajuda de um ex-aluno (Aaron Paul) para financiar seus anseios."



A série é foda! É incrível como depois de 5 temporadas a série ainda tem tanto fôlego, e não só isso, como consegue ficar ainda melhor. Bryan Cranston está incrível no papel de Walter, e é uma ótima experiência acompanhar a transformação de um simples professor de química num traficante "cabra macho". As outras atuações também são ótimas, mas quem segura mesmo a série é Bryan Cranston. 

Outro aspecto da série que vale a pena citar é que você vai realmente amar ou simplesmente odiar certos personagens. Sim, digo isso pois muitas vezes me peguei xingando alto um ou outro personagem. É incrível a veracidade de cada personagem, e como o comportamento deles acaba afetando quem assiste de um modo tão intenso que você às vezes deseja de todo coração que o personagem morra.

Breaking Bad é de longe a melhor série da atualidade (pelo menos pra mim). Não percam mais tempo! Assistam!

sexta-feira, abril 26, 2013

IRON MAN 3


Acabei de chegar do cinema e corri pra escrever sobre Iron Man 3, pois quero todas as informações fresquinhas na mente. 

Iron Man 3 é um típico filme "pipoca" da Marvel: Uma história legalzinha que serve de pretexto para sequências de ação incríveis e divertidas. Não que isso seja ruim, já que diferente do Batman de Christopher Nolan, o foco não é uma narrativa complexa e profunda, e sim uma trama legal, mas no geral rasa, porém altamente divertida.

O 3º filme do Homem de Ferro se situa depois dos acontecimentos de Vingadores, com um Tony Stark afetado pelo súbito conhecimento de que o universo esconde seres extremamente poderosos e perigosos, além de um evento do seu passado pré-Homem de Ferro que volta para assombrá-lo. Esse choque de realidade muda totalmente Tony Stark (Robert Downey Jr.), e isso já pode ser notado meio que de cara no filme. Mesmo com as costumeiras piadas, podemos notar essa mudança, inclusive sentida na sua relação com Pepper (Gwyneth Paltrow). 

Robert Downey Jr. continua incrível na pele de Tony Stark (começo a achar que ele está realmente se transformando no Tony Stark), então não espere uma atuação abaixo do nivel das anteriores (que já eram excelentes). Outro que rouba a cena é Ben Kingsley, responsável por uma reviravolta muito boa (mesmo que bizarra) no enredo, coisa que eu não esperava. O resto das atuações são boas, mas não merecem um destaque maior do que os já citados. 

As cenas de ação do filme são impecáveis (uma parte em particular arrancou aplausos e gritos dos que assistiam, mas garanto que quem assistir vai saber qual é, então não vou nem citar aqui), apresentando sequências ótimas, talvez as melhores dos três filmes. 

Não é um filme que exige tanto de quem assiste, mas diverte como poucos. Recomendo muito!

sábado, abril 13, 2013

LOLLAPALOOZA - DIA 3



Último dia do Lolla! E começou de maneira mais preguiçosa que o anterior, nem roda-gigante rolou, fomos direto para a área de sombra se deitar. Saímos apenas pra ver um pedaço do Wannabe Jalva, mas achamos melhor “almoçar” e se deitar um pouco mais.
Já perto das 3 da tarde fomos ao Palco Butantã pra ver qual é a desse tal de Foals, banda bem recomendada por um monte de gente. Eu particularmente achei uma merda. Pra começar não fui com a cara de cu do vocalista, e o som não empolgou nem um pouco. E um mongol que dançava na minha frente só serviu pra aumentar meu ódio. Pior que eu vi essa merda do começo ao fim.
Já o Kaiser Chiefs, atração no mesmo palco, detonou! Não tem como não cantar e pular ao som de I Predict a Riot, Ruby e afins. E durante Angry Mob, o vocalista Ricky Wilson passou a meio metro de mim quando correu pra subir nas grades. Curto, mas intenso! Agora é hora de abastecer porque nosso próximo destino é o Palco Cidade Jardim, e vamos ficar por lá até o fim da noite.
É pedindo licença pra cá, licença pra lá que chegamos pro show do The Hives, banda que no começo dos anos 2000 entrou no balaio daquelas que iriam salvar o rock. Se salvaram, não sei, mas que fazem um puta show, ah, isso fazem! De trajes sociais, tocaram um rock’n’roll pra ninguém botar defeito, nem pra quem tava lá só esperando o Pearl Jam. Pelle Almqvist é um frontman nato, e conduziu a plateia durante toda a performance da banda. Parede sonora pra rivalizar com o QOTSA!
No final, eu esperava que o Planet Hemp atrairia mais gente no outro palco e assim, poderíamos pegar um lugar melhor pra ver o Pearl Jam, mas não rolou. Mesmo assim, no empurra-empurra, até que conseguimos um lugar bacana pra ver Eddie Vedder e cia. Foda foi aguentar  uma hora e meia em pé, sem poder mover um centímetro, já que muitos resolveram esperar sentados, tomando muito do espaço.
Mas tudo valeu a pena quando o Pearl Jam finalmente entrou no palco. São 20 anos curtindo a banda, comprando CDs, vendo apresentações pela TV, e agora finalmente eles estão ali na minha frente. O set list cobre toda a carreira da banda. Começam e terminam o show com uma balada –Small Town pra começar e Yellow Ledbetter no encerramento – e no meio tocam todos os clássicos de Ten, incluem Wishlist, que amo, a totalmente excelente Betterman, que vem colada a Black, só pra machucar ainda mais esse meu coraçãozinho, e tocam I Believe in Miracles, dos Ramones. Eddie Vedder é carismático que só ele, e ainda arranha um português até que convincente. São 2 horas que nunca esquecerei, certamente!
Volto ao hotel morto, mas feliz da vida! Passo a segunda-feira descansando e relembrando os bons momentos daquele fim de semana, que não foram poucos, e a noite é hora de pegar o voo de volta. Ano que vem tem mais!

quarta-feira, abril 10, 2013

LOLLAPALOOZA - DIA 2


Chegamos cedinho no 2º dia, antes até de começar os shows. Pra matar o tempo, resolvemos dar uma volta na roda-gigante, afinal era de graça e ainda ganhamos 2 chopes no final. Difícil foi aguentar meia hora na fila com o sol a pino. Aliás, muitos reclamaram nas redes sociais, inclusive alguns jornalistas, do tamanho das filas, mas tirando essa da roda-gigante, eu não tive nenhum problema pra comprar bebidas e comidas ou ir ao banheiro.
Com o calor bateu aquela preguiça, então fomos deitar na área de sombra, e a canga que recebi com os ingressos veio bem a calhar. Ainda numa vibe relax, vimos um pedaço do show do Ludov, pertinho do palco, para aí então começar o dia.
Bora pro palco Butantã que já já entra o Tomahawk! Ainda deu pra pegar uma posição ótima pra ver o show de um dos trocentos projetos do Mike Patton, que infelizmente não fez nenhuma maluquice, como tinha feito durante a performance do Faith No More no SWU. Rolou uma tentativa de coro com “porra, caralho!”, mas Patton foi apenas correto. Ainda assim, valeu a pena ver essa lenda in loco.
Pegamos um pedaço do Two Door Cinema Club – acho que apareci no Multishow nessa hora – mas preferimos nos abastecer e guardar energia pra o que estava por vir.
De volta ao Butantã para ver o Franz Ferdinand no final da tarde. Tocaram todos os hits, incluíram uma nova e deixaram todos os presentes com um sorriso no rosto. Mas em festivais todos fazem concessões, e tivemos que sair antes do fim pois...
No palco Cidade Jardim estava pra começar talvez o show mais fuderoso do evento: Queens of the Stone Age! Falei do impacto do Flaming Lips no 1º dia, mas aqui essa sensação ganha novos contornos. Som perfeito, banda afiadíssima, com direito a novo baterista e faixa que estará presente no próximo disco. O Lobão disse certa vez que o QOTSA era na verdade uma banda de metal, e isso fica claro ao vivo. Faltou Feel Good Hit of the Summer, mas quem iria reclamar? Show perfeito!
Ainda fui dar uma espiada no A Perfect Circle, mas não deu. É clima demais pra pouca substância. E a baixista tesuda que vi nos clipes nem tá mais na banda! E a pergunta que não quer calar: como o James Iha, que gravou dois clássicos from the 90’s com o Smashing Pumpkins e tem um disco solo que é uma fofura se meteu nessa?!
Pra terminar a noite, Black Keys! Vi de longe, numa boa, copo de cerveja na mão, só curtindo. Apesar do som meio baixo, deu pra perceber a qualidade da dupla. O Auerbach toca muita guitarra! Durante as faixas do El Camino, o show deu aquele up, e teve neguinho ensaiando a dança do clipe durante Lonely Boy. Bom show, mas quem era pra encerrar a noite era o QOTSA!
Aproveitei mais, cansei menos. Tô ficando bom nisso!


segunda-feira, abril 08, 2013

LOLLAPALOOZA - DIA 1


O primeiro festival a gente nunca esquece. Apesar de alguns percalços, afinal estamos no Bostil, foi um final de semana perfeito, para ficar na memória até o fim dos meus dias.
Tudo começou na sexta-feira, 29. Chego a São Paulo logo cedo, e do aeroporto vou direto ao hotel, que fica perto do Jockey Club, local do evento. Depois de algumas bem proveitosas horas de sono, chega o momento de ir ao festival.
Lá de fora, ainda na fila, ouço o final do show do Agridoce. Pena, queria ter visto, acho bem interessante esse projeto da Pitty. Mas não vamos nos lamentar, porque assim que entro está rolando o Of Monster and Men no palco Butantã, fofura indie pra ninguém botar defeito. Os islandeses fazem um som que cai bem pra um início de tarde, para curtir com as mãos pra cima, principalmente durante Your Bones.
Depois é hora de caminhar cerca de 1 km para chegar ao palco Cidade Jardim e ver o mais que competente Temper Trap, primeira boa surpresa do festival. E olha que eu nem sabia que Sweet Disposition era deles! Banda para se conhecer melhor, com certeza!
Já o Cake foi uma decepção. Som ruim, vocalista falando demais. Preferimos fazer uma boquinha. Ao longe ouvi a versão de War Pigs, mas o estrago já estava feito. Bora viajar ao som do Flaming Lips!
Wayne Coyne, louco que só ele, entrou com uma boneca no colo que por sua vez estava conectada a uma rede de fios que iluminava o palco, psicodelia que casava bem com o som dos caras. Pela primeira vez senti o impacto sonoro e visual que uma banda de primeiro escalão pode provocar, e é indescritível!
Depois do intervalinho básico pro cachorro quente e praquele xixi amigo, vamos de The Killers! Não sou grande fã dos caras, basicamente gosto apenas dos hits, mas reconheço que ao vivo eles detonam! Som no talo para Mr. Brightside, Read My Mind, Somebody Told Me e outros hinos pra galera cantar junto. Melhor que a encomenda!
Cansadaço, coluna me matando, meu iPod perdido (don’t worry, já encomendei o substituto), mas mais do que valeu a pena. E foi só o primeiro dia...


sábado, fevereiro 23, 2013

PODER SEM LIMITES


Sim, assim como meio mundo, estou de saco cheio desses filmes estilo documental, como Atividade Paranormal e afins. Mas uma boa história nos faz relevar isso, e é o que temos em Poder Sem Limites (Chronicle no original), filme de estreia de Josh Trank, com roteiro de Max Landis. Na trama, um trio de adolescentes americanos – um nerd meio problemático, seu primo metido a filósofo e um típico atleta escolar – ganham poderes telecinéticos após serem expostos a um artefato esquisito (que não chega a ser explicado na película). Inicialmente eles usam o recém-adquirido poder para testar seus limites e fazer pequenas pegadinhas, tudo filmado pela câmera do nerdão. Mas claro que, com a evolução da história, as coisas se complicam, pois como diria o tio Ben, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, e o nerdão acaba fazendo nojeira, nos levando a um clímax totalmente fodástico, de tirar o fôlego! Grata surpresa, nesse estilo cada vez mais gasto de falso documentário. Mas deu medinho ao saber que vai rolar uma continuação...

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

DJANGO LIVRE



Sou um fã incondicional do Quentin Tarantino. É só eu ver alguma notícia sobre algum novo trabalho dele que corro pra ver do que se trata, e só um simples rumor já basta para me deixar ansioso. Com Django Livre, o mais recente trabalho do Quentin, resolvi fazer diferente: Li o mínimo possível sobre o filme e não assisti trailer nenhum. Fui assistir no cinema sem saber de nada além do plot básico do filme. E acho que foi essa falta de informação com relação ao filme que me deixou ainda mais surpreso com o resultado do filme. E QUE FILME!

É um típico filme do Quentin Tarantino: Violência desmedida (o que não é ruim, muito pelo contrário), personagens extremamente bem escritos e cativantes, toneladas de referências a outros filmes e muito humor negro, portanto nada que realmente surpreenda, se tratando de um filme do Tarantino. O que realmente surpreende aqui é que o filme é extremamente divertido de se assistir. Em geral, todos os filmes do Tarantino são, mas achei Django mais divertido do que o normal. O filme não tem pressa em contar a história de Django (Jamie Foxx), o escravo que, ao lado de um caçador de recompensas alemão (interpretado pelo sensacional Christoph Waltz) parte em uma jornada para salvar sua mulher, vendida a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um cruel senhor de terras. 

Jamie Foxx é um ótimo Django (nesse momento aproveito para agradecer a Will Smith por ter recusado o papel... Foxx ruleia), tanto nas partes mais sérias quanto nas de humor. Leonardo DiCaprio está ótimo como Calvin Candie, mas quem rouba a cena é Christoph Waltz: Repetindo o ótimo desempenho de Bastardos Inglórios, onde interpretava o cruel Hans Landa, Waltz dá um show como o Dr. King Schultz, um excêntrico caçador de recompensas que ajuda Django a encontrar sua mulher.

Mesmo não se igualando a Pulp Fiction ou Kill Bill, Django é um filmaço. Mais um ponto para Quentin Tarantino.


quinta-feira, janeiro 17, 2013

S&D GAMES: HOTLINE MIAMI

Essa é para os mais saudosistas! Hotline Miami é um jogo de ação em terceira pessoa, mas com visão de cima e graficos e som em 8 bits. Os mais velhos identificarão na hora que se trata de uma grande homenagem aos games do fim da década de 80 presentes no bom e velho Nintendinho!

Mesmo se tratando de um game com aspecto retrô, não pense que a temática será assim. O jogo é uma espécie de GTA Vice City, se passando na Miami do final da década de 80 (pelo menos até o ponto que eu joguei não saimos de 1989). A ação do game é viciante e impecável, onde o jogador tem a oportunidade de pintar a tela com o sangue dos seus inimigos, não poupando nem os cachorros de guarda. O charme do jogo, além de seus gráficos em 8 bits, está no personagem, que sempre usa a máscara de um animal nas missões. Você desbloqueia mascaras novas que conferem habilidades especiais ao personagem durante o game, como matar mais rapidamente seus inimigos ou ver itens secretos nas fases. A trilha sonora é espetacular, embalando o clima de anos 80 do game como em Vice City, só que com um toque bem mais sombrio.

Ah, e você, jogador acostumado com games mais recentes, não pense que vai encontrar facilidade nesse jogo. Ele traz um nivel de dificuldade relativamente alto, o que é muito bem vindo em tempos de games longos, porem faceis demais. 

Então, chegou a hora! Baixe logo Hotline Miami e experimente toda a diversão violenta (ou violência divertida) desse jogo viciante!


sábado, janeiro 12, 2013

SOUNDGARDEN- KING ANIMAL

(texto publicado originalmente na Rolling Stone Brasil, edição #74, novembro de 2012; autoria de Paulo Terron)


É como se o Soundgarden nunca tivesse deixado de existir em 1997 e só retornado em 2010: nas 13 faixas de King Animal, Chris Cornell alterna gritos e sussurros, sustentados pelas camadas de guitarra de Kim Thayil, pelo baixo sólido de Ben Shepherd e pela bateria nunca menos que surpreendente de Matt Cameron. Claro, há momentos como "Halfway There", que parecem ter mais relação com a carreira solo do vocalista, mas também há surpresas como "A Thousand Days Before" e seu clima Índia via Led Zeppelin. E se ainda havia qualquer dúvida quanto à vitalidade da voz de Cornell, "Non-State Actor" resolve a questão - é difícil imaginar como alguém com 48 anos - e que passou a vida toda gritando nos palcos - conseguiu cantar a faixa sem destruir por completo as cordas vocais. Mas esse é o clima do King Animal, um murro nos ouvidos dos céticos que bradaram "nostalgia!" quando o Soundgarden resolveu se reunir.