quinta-feira, dezembro 26, 2013

INVOCAÇÃO DO MAL

Não é segredo pra ninguém que o gênero de terror nos últimos anos vem sendo banalizado. Dezenas de filmes saem todo ano nas telonas ou direto em DVD/Blu-Ray, mas são poucos que são dignos de nota.
E quando pensava que já não havia esperança para esse gênero estuprado por diretores malas com produções baratas e meia-boca feitas só para arrancar o dinheiro dos ávidos por sustos, eis que surge Invocação do Mal. 
O filme, que é dirigido por James Wan (Jogos Mortais), realmente me surpreendeu, e mais que isso: me assustou. Sim, um fã do gênero que dormiu como um anjo ao assistir o clássico de 73, O Exorcista, passou a noite em claro dessa vez. 



O filme conta a história da família Perron, que após se mudarem para uma casa de campo, descobrem que a vida não seria tão fácil por lá, pois a casa é assombrada por espíritos, e então recorrem a Ed e Lorraine Warren, um casal de investigadores paranormais (e sim, eles existem de verdade). 
Ok, eu sei o que você está pensando: "Aaaaah, mas eu já vi isso pelo menos cinquenta vezes!". A resposta é sim e não. Invocação do Mal tem sim uma história manjada, mas é a forma como Wan dirige o filme que o torna especial e diferente de outros filmes semelhantes. O diretor não usa aqueles sustos baratos e desnecessários que hoje são tão comuns no gênero, além de meio que brincar com clichês e tirar cada gota dos atores, entregando o melhor filme de terror desde O Exorcismo de Emily Rose, na minha opinião. 
As atuações de cada um dos Perron são muito boas e sem exageros, passando realmente aquele sentimento de que a família corre um perigo real e palpável, com destaque para Carolyn Perron, interpretada por Lili Taylor. Os casal Warren também é destaque, com atuações realmente incríveis de Patrick Harris e da linda Vera Farmiga. 
Recentemente, o diretor do filme declarou que Invocação do Mal seria seu último filme de terror, o que é uma pena, mas espero que o que foi dito acabe não se concretizando, e que James Wan continue entregando bons filmes e mostrando que terror é mais que sustos baratos para fazer a alegria de adolescentes acéfalos.