domingo, agosto 23, 2009

CALL ME CRAZY...

Em tempos de música digital, MP3, MP4, iPOD etc, onde as novas gerações nunca entraram numa loja de discos e mal sabem como é o encarte do álbum de sua banda favorita (pelo menos até surgir um novo hype), fiz algo que vai contra toda essa maré: comprei CDs que já tinha em minha discoteca.

Já há algum tempo planejava adquirir as versões importadas dos CDs do Nirvana. Os meus discos, apesar de cerca de 15 anos de uso, continuavam em bom estado, sem arranhões nos disquinhos ou amassados nos respectivos encartes. Mas meu lado fanático falou mais alto, e com uma graninha extra sobrando, não perdi tempo e encomendei na London Calling os três CDs de estúdio da banda, Bleach, Nevermind e In Utero, mais a coletânea de raridades Incesticide. O meu Unplugged in NY já era importado, assim como os boxes Singles e With The Lights Out (esse nem existe em versão tupiniquim mesmo), e não vejo necessidade em adquirir novos From the Muddy Banks of the Wishkah, Sliver – the Best of the Box e a coletânea que leva o nome da banda (aquele da capa preta e contendo a até então inédita “You Know You’re Right”).

Os CDs pouco diferem dos seus similares nacionais. Todos eles têm uma arte estampada no disco, Nevermind tem uma faixa extra (“Endless, Nameless”, presente também no single de “Come As You Are”), o In Utero americano não contem o bônus “Gallons of Rubbing Alcohol Flow Through the Strip” e a capa de Bleach não tem o letreiro verde de outrora. Aliás, tenho que adquirir a nova versão comemorativa de 20 anos desse último, recém lançada. Quando sair o DVD com a apresentação do Nirvana em Reading, faço uma feirinha e compro ambos.

Abaixo, fotos ilustrativas para comparação, incluindo os vinis, uns dos poucos que não me desfiz com o advento do CD.










sexta-feira, agosto 21, 2009

VERTIGO (E WILDSTORM) PELA PANINI!!!

Ainda tô tentando processar essa novidade, os pensamentos estão a mil por aqui. Saiba tudo clicando aqui. Só quero dizer: PANINI RULEIA TOTAL!!! PAU NO CU DA PIXEL!!! E PREACHER VAI TERMINAR NO BRASIL SIM SENHOR!!!

domingo, agosto 02, 2009

4 MESES, 3 SEMANAS E 2 DIAS

Estreou ontem no Cinemax 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, filme romeno de 2007 vencedor da badalada Palma de Ouro em Cannes. O filme mostra a jornada de duas estudantes da Romênia comunista (a história se passa em 1987) na tentativa de fazer o aborto de uma delas.

Diferente do também ótimo Juno, com temática semelhante, mas que trata o assunto de uma maneira mais suave, embalado numa bela trilha sonora indie, 4 Meses... não faz concessões, é pesado do começo ao fim, fato que o tom quase documental, com planos longos e sem trilhas para “preparar o clima”, deixa tudo ainda mais intenso.

Esse estilo do diretor e roteirista Cristian Mungiu faz destacar o trabalho dos seus atores, principalmente o da personagem Otilia, vivida por Anamaria Marinca (atenção na longa cena do jantar, ímpar!).

Não é o típico filme para assistir comendo pipoca ou com a namorada do lado (até porque há o risco dela querer discutir a relação depois do filme, hehe) nem esperar por um entretenimento para se desligar do mundo por duas horas. Mas se isso não for problema para você (não foi para mim), assista sem pensar duas vezes, pois vale muito a pena. Pois é, não é só gibi que a Romênia tem a oferecer...

sábado, agosto 01, 2009

OS INCOMPREENDIDOS


Os Incompreendidos (Les 400 Coups no original) é o primeiro longa-metragem do diretor François Truffaut, um dos grandes nomes do movimento que ficou conhecido como a Nouvelle Vague francesa. Lançado no distante ano de 1959, o filme narra a vida de Antoine Doinel, um adolescente problemático vivendo em Paris. Doinel cabula aula, faz pequenos furtos, mente sobre a morte da mãe para escapar de um castigo no colégio, foge de casa e acaba sendo enviado para um reformatório juvenil.

A película revelou-se autobiográfica, já que Truffaut, também roteirista da trama, teve uma infância bem parecida com a do protagonista, com problemas na escola e com os pais, aplicou pequenos golpes e também teve sua temporada num reformatório.

O diretor voltou ao personagem Antoine Doinel em mais quatro ocasiões, nos filmes Beijos Proibidos, Domicílio Conjugal e O Amor em Fuga e no curta-metragem Antoine e Colette, sempre com o ator Jean-Pierre Léaud interpretando o protagonista através dos anos, mostrando uma sintonia raríssima entre diretor, ator e personagem.

Os Incompreendidos tem uma história simples, mas mesmo assim não deixa de ser perfeito e sensacional. Uma ótima pedida para quem quer fugir um pouco do cinemão blockbuster americano.