quinta-feira, novembro 30, 2006

DINASTIA M #3

Photobucket - Video and Image Hosting
A minissérie continua num crescente de qualidade. Começou meio morna, melhorou no nº 2, e agora evolui ainda mais. A turma que percebeu a mão da Feiticeira Escarlate alterando a realidade procura ajuda, “libertando” outros heróis para o confronto com Magneto e trazer de volta a “verdadeira” realidade. Com a turma reforçada, os heróis partem para Genosha, onde Magneto está recebendo vários líderes mundiais, não só para confrontá-lo, mas também para saber do paradeiro do Professor Xavier. A seqüência que mostra o Homem-Aranha, que nessa versão da realidade é casado com a Gwen Stacy e tem um filho, descobrindo a verdade é emocionante. Outro ponto alto é quando Jessica Drew questiona se não seria melhor deixar tudo como está, já que todos são felizes e realizaram seus sonhos nessa versão alternativa da Terra, ao mesmo tempo sendo rechaçada pelo Wolverine. Apesar de algumas críticas negativas, tenho gostado dessa minissérie. Confesso que esperava bem menos. Bom enredo do Bendis e bons desenhos do Coipel. Espero que a última edição não decepcione.

quarta-feira, novembro 29, 2006

PACOTÃO NEIL GAIMAN E RESOLUÇÃO DE ANO NOVO ANTECIPADA

Photobucket - Video and Image Hosting
Aproveitando uma promoção monstro do Submarino que recebi via e-mail (desconto de R$ 20,00 mais frete grátis para compra de livros acima de 100 reais), coloquei em dia os encadernados de Sandman. Comprei os volumes 5 e 6 da série de 10, respectivamente Um Jogo De Você e Fábulas & Reflexões, os últimos lançados até agora pela Conrad, e o especial estrelado pela personagem que surgiu nas páginas da mesma HQ, Morte, tudo escrito pelo Neil Gaiman, que dispensa apresentações. Olha só a economia: o frete seria R$ 34,94, mais o desconto de 20 reais. E os três livros estavam em promoção: Um Jogo De Você, de RS 60,00, estava por R$ 42,10; Fábulas & Reflexões, de R$ 66,00, custava R$ 55,90, e, finalmente, Morte custou R$ 41,20, e não os normais R$ 60,00. Total final: R$ 119,20, dividido em 5 vezes. Acabei economizando mais de 100 reais. Considerando a qualidade do material, uma verdadeira pechincha. O pedido, feito na quinta-feira passada, chegou hoje. Natal antecipado para nerd nenhum botar defeito.
E essa encomenda acaba meio que sendo o final de uma era. Explico: agora em 2007 quero diminuir drasticamente os gastos com gibis. Vou diminuir minha lista de títulos mensais e ser mais seletivo quanto aos especiais e minisséries que comprar. Estava sem controle, chegando a ponto de gastar em média 150 reais mensalmente em HQs. E recentemente, lendo os absurdos de Jeph Loeb em Superman & Batman, testemunhando o lixo da arte de Rob Liefeld em Novos Titãs e quase passando mal com as histórias do Pantera Negra, percebi como estava gastando minha curta grana de maneira errada, com um material que, se já era difícil ler pela primeira vez, ficaria só ocupando espaço, porque nunca mais voltaria a ler. Só não decidi ainda o que vou cortar por causa desse imbróglio envolvendo a Pixel e a Panini pelos direitos de publicação da DC Comics, mas a meta é passar dos 7 títulos mensais da DC e da Marvel atuais para apenas 4. Quanto aos mangás, aquela febre inicial passou e agora só estou acompanhado duas revistas, uma delas bimestral, e a outra comprarei com preços promocionais pela Internet. Republicações de luxo eu continuarei adquirindo um bom número delas, são materiais de alta qualidade e ficam legais na coleção (e esses, sim, você vai ler e reler sempre). E claro, comprarei os 4 volumes restantes de Sandman que ainda serão lançados.

sábado, novembro 25, 2006

U2 – ACHTUNG BABY (1991)

Photobucket - Video and Image Hosting
Pensou que tinha acabado? Nada disso. 1991 ainda tem mais grandes discos em seu currículo, e não seria logo a obra-prima do U2 que ficaria de fora, né?
No final da década de 80, o U2 tinha o mundo aos seus pés. Com o álbum The Joshua Tree, que trazia canções como “With Or Without”, “Where The Streets Have No Name” e "I Still Haven't Found What I'm Looking For", Bono e cia tinham finalmente conquistado a América, alcançando as primeiras posições das paradas na terra do Tio Sam. Com o mezzo ao vivo, mezzo de estúdio Rattle And Hum, o reinado dos irlandeses só se confirmou. Então, o U2 poderia sossegar, passar o resto da vida numa ilha do Caribe e lançar a cada dois anos uma nova versão de The Joshua Tree (da mesma forma que os Rolling Stones têm feito há 20 anos, lançando mais do mesmo para apenas manter o status), certo? Nada disso! Os caras resolveram se reinventar.
Os quatro integrantes foram de mala e cuia para a recém reunificada Berlim para gravar aquele que seria o primeiro disco de uma trilogia, Achtung Baby (trilogia essa, planejada ou não, que se completaria com Zooropa e Pop). A cidade escolhida para servir de base para o trabalho não poderia ser melhor, pois foi também Berlim o local escolhido por David Bowie para se reinventar (ele é mestre nesse quesito) e também fazer sua trilogia, ao lado de Brian Eno, que também embarcava com o U2 nesse projeto.
Quem estava acostumado com o tom “rock de arena” da banda se assustou quando colocou Achtung para tocar pela primeira vez. “Zoo Station”, que abre o CD, traz uma guitarra suja quase heavy metal, enquanto a voz de Bono aparece cheia de efeitos, tudo isso envolto à batidas dançantes. Isso mesmo, o U2 soava eletrônico! As letras também mudaram, e o costumeiro messianismo deu lugar à uma acidez que era novidade para os fãs.
As novidades continuam com o riff repetido à exaustão em “Even Better Than The Real Thing”, ainda mais dançante que a faixa inicial. Inclusive ela foi muito executada nas pistas de dança na Europa. Em seguida temos aquela que talvez seja a balada definitiva da banda, “One”, que recentemente ganhou uma eleição como uma das melhores letras de música da história da música pop. Realmente, Bono estava inspirado quando a escreveu. “Until the End of the World”, dedicada ao diretor alemão Wim Wenders, é outro grande destaque, com uma letra à altura da bela melodia.
Em “The Fly”, a banda soa quase industrial, com a bateria de Larry Mullen soterrada na mixagem e o vocal sussurrado de Bono. A guitarra de The Edge é um caso aparte. Hoje é difícil imaginar, mais “The Fly” foi a primeira música de trabalho do álbum, apresentando de cara a nova sonoridade da trupe irlandesa. “Mysterious Ways” tem um groove que impede qualquer um de ficar parado. Não é a toa que no clipe aparece uma garota fazendo a dança do ventre, e o próprio Bono dá umas sacolejadas nos shows quando ela é executada.
Todas as músicas citadas acima viraram hits na turnê que se seguiu, a famosa Zoo TV, que arrastou mais de 2,5 milhões de pessoas para os shows, a maior que o U2 tinha feito até então. Achtung Baby vendeu cerca de 8 milhões de cópias no mundo todo, e foi crucial para a popularização da mistura de rock com batidas eletrônicas, fórmula já usada pelas bandas da cena de Manchester na segunda metade da década de 80. Na minha opinião, o melhor disco da banda, disparado.

O que disse a mídia especializada:
Trocaram a Dublin da “guerra santa” pela Berlim velha de guerra, botaram todos os produtores no mesmo saco e cometeram um troço meio pesado, meio dançante, meio apaixonado: pós-punk tardio, dúbio, como o rock tem que ser. (Bizz) (texto completo aqui)

quinta-feira, novembro 23, 2006

MONSTER #4

Photobucket - Video and Image Hosting
Tá difícil esperar 2 longos meses entre uma edição e outra de Monster. Neste volume 4 mais ingredientes são adicionados na trama. Aqui ficamos conhecendo uma organização de extrema-direita (ou neonazista, sendo mais claro) de Frankfurt, que planeja tornar Johan, o garoto que o doutor Tenma salvou na edição de estréia, uma espécie de novo Hitler. Nina infiltra-se na organização para descobrir o paradeiro de seu irmão. Mas os neonazistas também planejam pôr fogo no bairro turco da cidade, e tanto Nina quanto Tenma (que também apareceu por lá) esquecem um pouco seus planos de procurar Johan e ajudam a população do bairro. Não conheço muitos mangás, mas não deve ficar muito melhor do que isso. A VIP comparou seu autor, Naoki Urasawa, a Hitchcock, o que não é exagero. Quadrinhos de suspense dos bons. Agora é esperar janeiro para comprar o próximo volume.

terça-feira, novembro 21, 2006

SUPERMAN: AS QUATRO ESTAÇÕES

Photobucket - Video and Image Hosting
Publicada originalmente em quatro edições em 1998, a minissérie Superman: As Quatro Estações, da dupla Jeph Loeb e Tim Sale, volta em edição única em mais um volume da série Grandes Clássicos DC.
Aqui é retratado os primeiros dias do Superman, de sua adolescência em Smallville até sua ida à Metrópoles. Cada um dos quatro capítulos é narrado por um personagem importante na mitologia do homem de aço. No primeiro, intitulado Primavera, Jonathan Kent fala do crescimento do filho e do temor quanto ao seu futuro, enquanto Clark aprende sobre seus poderes e questiona seu lugar no mundo. Já em Verão, narrada por Lois Lane, Clark está em Metrópoles e já fez suas primeiras aparições como Superman. A repórter fala da esperança que o herói trouxe ao local e questiona como alguém vive para ajudar os outros. Também são mostradas as primeiras rusgas entre Lex Luthor e o Kriptoniano. O terceiro capítulo, Outono, é justamente narrado por Luthor, mostrando seu ódio pelo herói, que lhe tirou a condição de pessoa mais importante da cidade, e o vilão não perde tempo em bolar um plano para voltar a sua antiga condição. Luthor consegue atingir o calcanhar de Aquiles do herói, seus sentimentos. Com a derrota, Clark volta a Smallville para repensar sua vida. No capítulo final, Inverno, é a vez de Lana Lang revelar o que pensa do herói, que um dia foi sua paixão, e como a revelação dos seus poderes acabou com os sonhos dela, enquanto uma tempestade na cidade obriga Clark a voltar a agir como Superman. No final, um pastor local fala da importância do inverno, que por mais horrível que seja, é uma estação de onde os novos galhos da árvore saem mais fortalecidos, que acaba servindo de paralelo para a trajetória do herói, que acaba retornando à Metrópoles.
Sei que o nome Jeph Loeb causa calafrios em muitos fãs de quadrinhos, mas quando ele se reúne ao desenhista Tim Sale sempre sai algo de bom. O Longo Dias das Bruxas, Vitória Sombria, Homem-Aranha Azul e esse As Quatro Estações são os exemplos máximos dessa parceria. Os textos são inspiradíssimos, ressaltando o lado humano do Superman, assim como as raízes de um tradicional sujeito do interior americano, com seus valores intrínsecos que o fazem querer usar seus poderes para ajudar a humanidade. A arte de Tim Sale, ao lado da colorização de Bjarne Hansen, cai como uma luva no tom nostálgico da história, cheio de páginas duplas que enchem os olhos do leitor. Se você está pensando em apresentar um gibi do Superman para um leigo, é esse. Não tem como não gostar da criação de Jerry Siegel e Joe Shuster quando terminar a leitura.
A edição da Panini, como sempre em sua linha de luxo, está excelente, com papel de qualidade, capa cartonada e boa impressão, fazendo valer os R$ 25,90. Gibiteca básica.

sábado, novembro 18, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-Tudo bem a empresa valorizar seu produto, mas o Levi Trindade, editor DC da Panini, elogiando a “arte maravilhosa” (palavras dele) de Rob Liefeld em Novos Titãs # 28 foi podre. Tudo tem limite, né?

-Falando em editor, Ricardo Alexandre disse que em 2007 teremos novidades na Bizz. É o começo da guerra Bizz versus Rolling Stone. Se nenhuma das duas acabar sendo cancelada no meio da batalha, beleza. Os leitores saem ganhando.

-Assisti ao filme X-Men – O Confronto Final em DVD. Achei bem mais ou menos, com certeza o pior da trilogia. E tanta gente falando mal de Superman Returns...

-Como já passei daquela fase que não admitia gostar de certas coisas, posso dizer tranqüilamente: tem duas músicas dos novos discos da Marisa Monte, ambas originando clipes, que são sensacionais: “Até Parece” e “O Bonde do Dom”.

-Finalizando com chave de ouro, essa aí abaixo é a Luciana Vendramini, numa foto do ensaio para a revista UM. É incrível como o tempo passa, e a Lu continua (numa) boa.
Photobucket - Video and Image Hosting

sexta-feira, novembro 17, 2006

CD ROM BIZZ

Photobucket - Video and Image Hosting
Já estava meio que conformado. Parecia que não chegaria mais às bancas daqui, e não estava a fim de pagar um frete absurdo encomendando via Internet. Mas estava navegando no Orkut e vi que o box com 7 CD-ROMs com todo o conteúdo da Bizz desde a edição zero estava com um desconto de 50 % na Loja Abril (a promoção ainda tá valendo, clique aqui). Claro, não pensei duas vezes. Fiz logo a encomenda. O frete ainda foi caro (quase R$ 20), mas o desconto adicional de R$ 4,50 para assinante Abril deixou tudo mais palatável. No total custou 46 reais (dividido em duas vezes), ainda bem abaixo dos 60, que seria o preço normal dos CD-ROMs. E hoje chegou pelo correio.
Tive tempo apenas de dar uma pincelada rápida no material, mas tem muita coisa boa. Tinha a maior curiosidade de saber como eram as primeiras edições da revista (só comecei a acompanhá-la em 1992), que, dizem, tinha a melhor equipe de jornalistas que já passaram pela redação da publicação. Com certeza vou passar um bom tempo em frente da telinha do PC lendo e relendo todo as Bizzes. E claro vai servir como uma grande fonte de pesquisa para bolar os textos do blog, isso quando eu não apenas copiar as matérias aqui (portanto não se assuste se aumentar o volume de críticas de discos tiradas da revista).

quinta-feira, novembro 16, 2006

ROLLING STONE #2

Aproveitando a deixa do post anterior, aqui está a capa da segunda edição da Rolling Stone Brasil, que acabei de ver na comunidade da revista no Orkut:
Photobucket - Video and Image Hosting
Iggy Pop, sensacional! Os caras têm ao menos coragem de colocar uma capa dessa, fala a verdade. E pelas chamadas essa edição promete: Especial Política, Cientologia, The Who, Lily Alen, Pink Floyd, Rock Brasil dos 80... Só espero que a seção de reviews tenha melhorado.

quarta-feira, novembro 15, 2006

ROLLING STONE BRASIL – O VEREDICTO

Photobucket - Video and Image Hosting
Agora que terminei de ler a primeira edição da versão brazuca da Rolling Stone, posso fazer uma melhor análise da mesma. Bem, os grandes destaques dessa edição de estréia acabaram sendo duas matérias traduzidas da versão gringa, uma com o grande Bob Dylan e outra com o (tão grande quanto) Jack Nicholson. Aliás esse vai ser o grande diferencial da revista (os textos traduzidos), porque são materiais que dificilmente algum jornalista brasileiro poderia fazer (vocês imaginam o Lúcio Ribeiro entrando na casa do Nicholson ou batendo um longo papo com Dylan?). Do que foi produzido aqui, destaco o texto de Ricardo Soares sobre o Congresso Nacional, a matéria sobre o PCC e o diário do Cansei de Ser Sexy nos EUA. A seção Rock & Roll, com pequenas notas, é bem feita e informativa na medida certa.
Agora o ponto fraco da revista é o Guia, a seção sobre lançamentos. Aqui os textos são paupérrimos. Para você ver a seriedade do problema, meus textos aqui do blog não fariam feio nessa parte da RS. Vi uma boa vontade gritante (para não dizer ingenuidade) em algumas críticas de discos. A menor nota foi um simpático “razoável”! Ou tem muito disco bom na praça ou estou muito exigente. Nesse quesito, com sua escrita inteligente, enxuta e ácida, a Bizz dá de 10 a 0 (você pode até não concordar com o jornalista, mas que o texto fica legal, isso fica).
Claro, é só a primeira edição. É normal nem tudo sair direitinho logo no começo, ajustes nessa fase é algo habitual. Mas mesmo assim a revista me surpreendeu, tem tudo para dar certo. Basta urgentemente dar um jeito na seção de reviews, sei lá, deixar os jornalistas sem comida antes de escrever a resenha talvez ajude...

terça-feira, novembro 14, 2006

SLAM DUNK #7

Photobucket - Video and Image Hosting
É, só agora fui ler a edição 7. Meus planos iniciais de ler um novo número a cada 3 semanas foram para o espaço. O intervalo de uma edição para outra está mais para 2 meses. Em Slam Dunk #6 tivemos o retorno de Ryota, o armador do time. Ele estava hospitalizado devido a uma briga com os veteranos da escola. Agora, no #7, chegou a hora da revanche. E os veteranos não vão se satisfazer apenas dando um pau no Ryota, eles querem bater no time de basquete inteiro! E é basicamente o que temos nessa edição, muita briga. E se houve um princípio de desentendimento entre Sakuragi e Ryota, tudo ficou bem entre os dois depois do primeiro ficar sabendo que o segundo está no time pelo mesmo motivo dele, uma garota (o Sakuragi até solta um “Eu te entendo!”, com as lágrimas nos olhos, hehehe). No final o bando do Hanamichi também se envolve na luta e o resultado... bem, a conclusão só no nº 8 do mangá. Só espero não levar tanto tempo para ler.

sábado, novembro 11, 2006

MATCH POINT & SCARLETT JOHANSSON

Photobucket - Video and Image Hosting
Se existe um diretor que consegue manter uma alta qualidade nos seus trabalhos, mesmo depois de tantos anos, esse diretor é o Woody Allen. E ele prova mais uma vez isso em Match Point, seu mais recente filme, que vi no último fim de semana. Nele, Jonathan Rhys-Meyers interpreta Chris, um instrutor de tênis ambicioso, que chega à Inglaterra atrás de novas oportunidades depois de sua carreira como tenista não ter dado muito certo. Ele logo conhece Tom (Matthew Goode), que acaba se tornando seu cunhado. Mas surge um triangulo amoroso quando Chris conhece a pretendente a atriz Nola Rice (Scarlett Johansson), namorada de Tom. Prato cheio para Allen colocar suas neuroses sobre os relacionamentos, tópico recorrente em seus filmes. Mas Match Point não é só mais um filme do diretor, não é um “mais do mesmo”. Pela primeira vez Allen sai de sua conhecida Nova York e vai filmar em Londres. Sai também o tradicional jazz de suas películas (ele mesmo é um saxofonista) e entra a ópera, bem mais condizente com a tragédia que se desenrola na trama. O final então, é daqueles que entram para os mais inesperados da sétima arte, além de ser inteligentíssimo (e não é que Allen também tem seu lado Hitchcock!). Scarlett Johansson, minha atual musa do cinema, nunca esteve tão bela na tela, e você fica extasiado cada vez que ela aparece, falando com aquela voz sexy que só ela é capaz de fazer. Filmão, com certeza vai entrar no meu top 10 de melhores do ano.
Photobucket - Video and Image Hosting
Não foi só em Match Point que Scarlett Johansson deu as caras aqui em casa recentemente. Em outubro assisti a dois filmes estrelados pela moça. Primeiramente revi o delicioso Encontros e Desencontros, onde ela tem a companhia de Bill Murray (excelente, como sempre) numa Tóquio cheia de gente, mas ao mesmo tempo bem solitária para dois estranhos na terra do sol nascente, que acabam se consolando um no ombro do outro. Dirigido por Sofia Coppola (sim, a filha do homem), o filme chegou a ganhar o Oscar de roteiro original. Merecido.
Photobucket - Video and Image Hosting
Ela também passou por aqui em Uma Canção de Amor para Bobby Long, dessa vez ao lado de John Travolta. No filme ela é Purslane, que vai à Nova Orleans para a casa da mãe recém-falecida e encontra morando lá duas figuras estranhas, que vivem bêbadas. O trio acaba dividindo o teto, apesar do relacionamento nada bom entre Purslane e Bobby (Travolta). Bom filme, que serve também para conhecer um pouco mais o local recentemente foco dos noticiários durante o Katrina.

quinta-feira, novembro 09, 2006

CONTAGEM REGRESSIVA PARA CRISE INFINITA # 4

Photobucket - Video and Image Hosting
Talvez tenha sido meu bom humor, mas achei que essa edição de CRCI teve uma subida de nível. Projeto OMAC continua sendo a melhor das quatro séries. Depois da morte de Maxwell Lord pelas mãos da Mulher Maravilha (mostrada em Superman # 47), um plano de contingência é posto em ação e os OMACs entram em ação para eliminar o Xeque-Mate. Novamente bom roteiro do Rucka e bons desenhos da dupla Saiz/Richards.
Dia de Vingança, até então a pior série dessa Contagem, melhorou sensivelmente, devido principalmente à participação do Detetive Chimp (nessa edição nos foi apresentada a origem do personagem), trazendo boas doses de humor a trama. A interminável luta entre o Capitão Marvel e o Espectro sofreu uma pausa para ambos recuperarem suas energias. Agora vamos saber o que essa tal de Alice Sombria vai fazer. O Willingham está longe do brilho de Fables, mas parece que aprendeu a não levar essa série a sério (com o perdão do trocadilho). Os desenhos do Justiniano não cheiram nem fedem.
Em Vilões Unidos, o Sexteto Secreto vem parar no Acre (no Acre!) para atacar uma instalação da Sociedade dos Vilões. No caminho eles libertam o Nuclear (ué, ele não tinha morrido?!), que servia como fonte de energia para o local, e ficam sabendo dos planos do grupo de Luthor e cia. Não vai mudar sua vida, longe disso, mas a série, escrita por Gail Simone e desenhada por Dale Eaglesham, diverte.
Já falei aqui antes que não sou muito fã dessas sagas cósmicas. E pior quando o roteirista não se dá o menor trabalho de tornar a leitura agradável. Guerra Rann/Thanagar sofre exatamente do mesmo mal, com os textos totalmente sem inspiração do Gibbons. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, mas, curioso, a trama não avança. Bem, ao menos temos os desenhos competentes de Ivan Reis e Joe Prado.

quarta-feira, novembro 08, 2006

MAGNÓLIA

Photobucket - Video and Image Hosting
Da série “finalmente assisti”. Depois de inúmeras chances perdidas de ver pela tv por assinatura, onde foi reprisado várias e várias vezes, nesse fim de semana peguei o DVD de Magnólia. Com o Marcelo Costa (dos blogs Calmantes com Champagne e Revoluttion e editor do Scream & Yell, todos linkados à direita), um dos meus escribas favoritos, sempre arrumando uma desculpa para elogiar o filme, eu mesmo não pude mais arranjar minhas desculpas para não assisti-lo. Apesar de não ter achado tudo aquilo que o Marcelo achou do filme, gostei bastante, e entendi por que a crítica se dividiu bastante à época de seu lançamento. Não é um filme fácil. São mais de 3 horas de exibição (eu mesmo dividi em três sessões para assistir, cada uma com cerca de uma hora) duma trama que você não entende bem qual é, com vários protagonistas dividindo a tela (e sua atenção), e ligados apenas por um game show na tv. Mas chegando ao final do longa, o telespectador é presenteado com um grande filme, com atuações destacadas dos atores (incluído o hoje insuportável Tom Cruise, que concorreu ao Oscar pelo seu trabalho aqui) e um trabalho de direção soberbo de Paul Thomas Anderson (o mesmo de Boogie Nights). Ah, e tem a cena inesquecível da chuva de sapos (isso mesmo, literalmente), que entra para a antologia de melhores cenas já feitas para a sétima arte. Embalando tudo isso a bela trilha sonora feita pela Aimee Mann (vou prestar mais atenção no trabalho dela daqui para frente). Enfim, é menos um da lista de (grandes) filmes ainda por assistir.

Ouvindo o CD Infernal Love, do Therapy?

domingo, novembro 05, 2006

FALA QUE EU TE CHUPO

-Alguém está vendo a série Love Monkey? É uma espécie de Alta Fidelidade. O protagonista não tem uma loja de discos, mas trabalha numa gravadora, e não faz listas de tudo que é assunto. Mas fora isso é bem semelhante ao romance de Nick Hornby (que virou filme com o John Cusack), cheio de referências pop (incluindo participações de músicos do mundo real) que deixam a trama mais saborosa. Passa no Sony, nas noites de quarta-feira. Recomendo.

-Se você tinha alguma fé que a MTV voltasse a ser um canal legal, pode esquecer. Palavras de Zico Góes, diretor de programação do canal (sim, é tudo culpa dele, podem xingá-lo à vontade): “Acredito que o clipe esteja morrendo na televisão.” (Como se ele não tivesse culpa no cartório). Pois é, e dá-lhe Beija Sapo, A Fila Anda e outros “programas de comportamento” enchendo a grade do canal (e nosso saco).

-Tava na fila do supermercado há uns 10 dias, esperando minha vez, quando vi a VIP entre as revistas que ficam perto do caixa. A Ana Hickmann olhando para mim, eu olhando de volta. Tinha curiosidade em relação à revista desde que ela ganhou uma eleição feita pela finada Zero, mas deixei esse sentimento adormecido. Mas resolvi arriscar dessa vez e comprei a bendita com a Ana na capa. Li rapidinho e virei fã. Textos inteligentes, enxutos, boas dicas e mulheres bonitas no recheio (claro, tinha um ensaio de moda que simplesmente ignorei). Resultado: fiz minha assinatura.

-Essa nunca vai acontecer por aqui: amanhã Sir Alex Ferguson completará 20 anos (20 anos!) como técnico do Manchester United. E nada melhor comemorar essa data especial com o time líder isolado do Campeonato Inglês.

sábado, novembro 04, 2006

DEMOLIDOR - DECÁLOGO

Photobucket - Video and Image Hosting
Estou aqui em estado de êxtase após ler as duas aventuras do Homem Sem Medo publicadas em Demolidor #33. Eram os dois capítulos finais de Decálogo, o penúltimo arco da dupla Bendis & Maleev à frente do título. Desde já um dos melhores arcos da passagem da dupla, que está fazendo história (daqui a alguns anos vai ter neguinho implorando por novos volumes da série Os Maiores Clássicos do Demolidor com a republicação dessa fase). Fico imaginando o que o Brian Michael Bendis faria com o Batman, personagem em muitos aspectos semelhante ao Demolidor. Mas depois daquele imbróglio em que o Bendis se envolveu numa convenção de quadrinhos anos atrás, acho difícil isso acontecer, pelo menos num futuro próximo. (Relembrando: o Bendis falou do seu interesse em escrever um crossover entre o Cavaleiro das Trevas e o Homem Sem Medo, e foi totalmente desmoralizado pelo editor da DC, que falou que jamais trabalharia ao lado da Marvel enquanto o Joe Quesada mandasse por lá, deixando o escritor com cara de tacho, e ainda tendo que se desculpar por ter colocado a carroça à frente dos bois). Ah, sim, teve o Pantera Negra na revista também, mas é um lixo.

CURTE UMA GORDINHA? DEVE SER FOME

Deu na VIP. A Universidade de Newcastle, na Inglaterra, realizou a seguinte experiência: fotografou várias mulheres, de todos os tipos e tamanhos, e usou as imagens numa pesquisa com estudantes que freqüentavam o refeitório do local, e aqueles que tinham acabado de comer preferiam as fotos com garotas magras e com pouco peito (agora me lembrei daquela piada: “Você gosta de mulher com muito peito?” “Não, dois já bastam.” Uahahaha), enquanto aqueles que ainda estavam esperando a comida escolhiam as mais cheinhas. Explicação científica do ocorrido: os desejos do homem dependem da taxa de açúcar no sangue. Com a barriga vazia, e conseqüentemente a taxa de açúcar baixa, os hormônios despertam interesse por tudo que pareça mais opulento. Como diria minha mãe, tudo demais é veneno, mais aquelas gordinhas que participaram recentemente de uma campanha da Dove na tv satisfazem os apetites mais primitivos, mesmo depois de uma baita feijoada.

quinta-feira, novembro 02, 2006

LETRA TRADUZIDA

THE CURE
Charlotte Sometimes
Charlotte Às Vezes


All the faces, all the voices blur
Todos os rostos, todas as vozes se enevoam
Change to one face, change to one voice
Mudam para um rosto, mudam para uma voz
Prepare yourself for bed, the light seems bright
Prepare-se para a cama, a luz parece forte
And glares on the white walls, all the sounds of
E reflete nas paredes brancas, todos os sons de
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes
Into the night with
Noite adentro com
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes

Night after night, she lay alone in bed
Noite após noite, ela se deita sozinha na cama
Her eyes so open to the dark
Seus olhos tão abertos para o escuro
The streets all looked so strange
As ruas todas pareceram tão estranhas
They seemed so far away
Pareceram tão distantes
But Charlotte did not cry
Mas Charlotte não chorou
The people seemed so close
As pessoas pareceram tão próximas
Playing expressionless games
Jogando jogos sem expressão
The people seemed so close
As pessoas pareceram tão próximas
So many other names
Tantos outros nomes

Sometimes I’m dreaming where all the other people dance
Às vezes estou sonhando onde todas as outras pessoas dançam
Sometimes I’m dreaming, Charlotte sometimes
Às vezes estou sonhando, Charlotte às vezes
Sometimes I’m dreaming, expressionless the trance
Às vezes estou sonhando, sem expressão o transe

Sometimes I’m dreaming, so many different names
Às vezes estou sonhando, tantos nomes diferentes
Sometimes I’m dreaming, the sounds all stay the same
Às vezes estou sonhando, os sons todos permanecem os mesmos
Sometimes I’m dreaming, she hopes to open shadowed eyes
Às vezes estou sonhando, ela espera abrir os olhos sombreados
On a different world, come to me, scared princess
Num mundo diferente, vem para mim, princesa amedrontada
Charlotte sometimes
Charlotte às vezes

On that bleak track (see the sun is gone again)
Naquele caminho frio (veja que o sol já se foi de novo)
The tears were pouring down her face
As lágrimas pingavam no rosto dela
She was crying and crying for a girl
Ela estava chorando e chorando por uma garota
Who died so many years before
Por uma garota que morrera há tantos anos

Sometimes I dream (where all the other people dance)
Às vezes eu sonho (onde todas as outras pessoas dançam)
(Charlotte sometimes)
(Charlotte às vezes)
(The sounds all stay the same)
(Os sons todos permanecem os mesmos)
Sometimes I’m dreaming (there are so many different names)
Às vezes estou sonhando (são tantos nomes diferentes)
Sometimes I dream
Às vezes eu sonho

Charlotte sometimes crying for herself
Charlotte às vezes chorando por si mesma
Charlotte sometimes dreams a wall around herself
Charlotte às vezes sonha um muro em volta dela
But it’s always with love
Mas é sempre com amor
With so much love it looks like everything else
Com tanto amor que parece com tudo o mais
Of Charlotte sometimes so far away
De Charlotte às vezes tão longe
Glass sealed and pretty, Charlotte sometimes
Vidro fechado e bonita, Charlotte às vezes
Splintered in her head
Estilhaço na cabeça dela
Shape is still asleep
A forma ainda está dormindo
With the toys as tall as men
Com os brinquedos altos como homens
The pictures in the hallway
Os retratos no corredor
Turning inside
Entram
Whispers unseen
Suspiros não vistos
Jumping against the sky
Pulsando contra o céu
Slipping away
Deslizando embora
He looks for the last time
Ele olha pela última vez

O The Cure foi formado em 1976 na cidade de Sussex, Inglaterra. Na formação, Robert Smith (vocal e guitarra), Lol Tolhurst (bateria) e Michael Dempsey (baixo, substituído mais tarde por Simon Gallup). “Charlotte Sometimes” foi lançada em single em 1981, e é uma das canções mais góticas da banda, fruto da obsessão pelos Strangers, principalmente por parte de Robert Smith. A letra fala diretamente aos corações dos fãs solitários, assim como a personagem Charlotte. Depressão pouca é bobagem.

quarta-feira, novembro 01, 2006

CAPA DE ASTONISHING X-MEN #17, BY JOHN CASSADAY

Photobucket - Video and Image Hosting

DANE-SE O LULA II

Não satisfeito em citar o Mainardi, agora trago um trecho da coluna de Roberto Pompeu de Toledo, extraído da mesma edição da Veja:
“Que o próximo governo não roube, ou roube menos. Que não atente contra esse bem precioso, embora negado pelos cegos e mal-intencionados, que é o estado de direito. E que nossos ouvidos sejam poupados (este é um pedido especial) da hórrida retórica do ‘jamais visto neste país’, ou ‘pela primeira vez em quinhentos anos’. O Brasil não está aí para ser inaugurado toda hora. Nenhum país está. Achar o contrário é fruto da ilusão, da ignorância ou da má-fé.”
Acho difícil acontecer isso escrito pelo colunista, principalmente com o ego cada vez mais inchado da corja petista (isso sem falar da cara de pau deles). Mas não custa sonhar, e isso Morpheus tem nos proporcionado satisfatoriamente.