quarta-feira, novembro 15, 2006

ROLLING STONE BRASIL – O VEREDICTO

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Agora que terminei de ler a primeira edição da versão brazuca da Rolling Stone, posso fazer uma melhor análise da mesma. Bem, os grandes destaques dessa edição de estréia acabaram sendo duas matérias traduzidas da versão gringa, uma com o grande Bob Dylan e outra com o (tão grande quanto) Jack Nicholson. Aliás esse vai ser o grande diferencial da revista (os textos traduzidos), porque são materiais que dificilmente algum jornalista brasileiro poderia fazer (vocês imaginam o Lúcio Ribeiro entrando na casa do Nicholson ou batendo um longo papo com Dylan?). Do que foi produzido aqui, destaco o texto de Ricardo Soares sobre o Congresso Nacional, a matéria sobre o PCC e o diário do Cansei de Ser Sexy nos EUA. A seção Rock & Roll, com pequenas notas, é bem feita e informativa na medida certa.
Agora o ponto fraco da revista é o Guia, a seção sobre lançamentos. Aqui os textos são paupérrimos. Para você ver a seriedade do problema, meus textos aqui do blog não fariam feio nessa parte da RS. Vi uma boa vontade gritante (para não dizer ingenuidade) em algumas críticas de discos. A menor nota foi um simpático “razoável”! Ou tem muito disco bom na praça ou estou muito exigente. Nesse quesito, com sua escrita inteligente, enxuta e ácida, a Bizz dá de 10 a 0 (você pode até não concordar com o jornalista, mas que o texto fica legal, isso fica).
Claro, é só a primeira edição. É normal nem tudo sair direitinho logo no começo, ajustes nessa fase é algo habitual. Mas mesmo assim a revista me surpreendeu, tem tudo para dar certo. Basta urgentemente dar um jeito na seção de reviews, sei lá, deixar os jornalistas sem comida antes de escrever a resenha talvez ajude...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eduardo Cyrillo:Boa meu jornalista!