segunda-feira, setembro 23, 2013

THE END IS COMING, BITCH!

ESSE POST NÃO POSSUI SPOILERS

E hoje assisti "Granite Estate", penúltimo episódio de Breaking Bad. Foi meio que o último fôlego antes do mergulho. E olha que nem deu pra tomar muito fôlego não! O episódio foi tenso, sombrio e muito triste. E o final foi do tipo "ok, agora a porra vai ficar MUITO séria.". 

Breaking Bad é minha série favorita, e eu meio que fico triste em saber que estou a uma semana do último episódio. Mas é assim, o que é bom dura pouco, e me conformo com o final, pois Breaking Bad sairá de cena como uma das mais incríveis séries já feitas, e responsável pelo que chamam de "Terceira era de ouro da TV". A jornada de Walter White e Jesse Pinkman está cada vez mais próxima do final, e estou certo que o Vince Gilligan está guardando muitas surpresas. Que venha o final!

sexta-feira, setembro 20, 2013

THE BEATLES - THE WHITE ALBUM

(texto publicado originalmente na revista ESPECIAL BRAVO! BEATLES; autoria de Sergio Martins)



Mais conhecido como The White Album ou o Álbum Branco, devido a sua capa branca e espartana (criada por Richard Hamilton), o LP duplo descartou de vez os abusos psicodélicos que dominaram os anos de 1966 e 67. A ideia agora era uma “volta ao básico”. Seu aspecto eclético também confundiu alguns críticos na época de lançamento, que acharam que os Beatles estavam atirando para todos os lados e perdendo o foco. Hoje em dia essas opiniões estão esquecidas e o álbum duplo é considerado uma das grandes obras-primas do catálogo dos Beatles. Sua diversidade sonora antecipou muita coisa que iria acontecer nos anos 70. A maioria das canções foi escrita no começo de 1968, quando os Beatles realizaram uma viagem à Índia para estudar com o guru indiano Maharishi Mahesh Yogi. A viagem pode não ter sido grande coisa, mas pelo menos os rapazes estavam prolíficos e inspirados. Quando voltaram à Inglaterra para registrar suas criações, as diferenças criativas afloraram. As gravações foram tensas e começaram em março de 1968 nos estúdios Abbey Road e Trident. Um dos motivos da discórdia foi a insistência de John em levar Yoko para as gravações – até então, o estúdio era o santuário sagrados dos Beatles, onde nenhum intruso participava. O importante é que The White Album serviu para explicitar as diferenças musicais existentes entre os quatro Beatles. Paul ainda era o mestre das baladas memoráveis (Blackbird, I Will, Mother Nature’s Son). E também um criador de pastiches de primeira, simulando o som do Beach Boys (Back in the USSR), proto metal (Helter Skelter), classic rock (Birthday), reggae (Ob-La-Di Ob-La-Da) e anos 20 (Martha My Dear, Honey Pie). George Harrison superou as expectativas e veio com quatro boas canções, sendo que While My Guitar Gently Weeps, que tinha participação de Eric Clapton na guitarra, se tornou um dos mais duradouros standards dos Beatles. John, revigorado pela presença de Yoko, veio com uma excelente safra de novas canções. I’m so Tired, Revolution 1, Glass Union, Sexy Sadie, Hapiness is a Warm Gun, Yer Blues, Julia e Everybody’s Got Something to Hide Except Me and My Monkey relatam suas experiências pessoais e sua visão sobre o mundo e a música. A influência vanguardista de Yoko pesou na hora de Revolution 9, uma caótica colagem de sons e que para muitos é a pior coisa que os Beatles produziram em vinil. Ringo contribuiu com a simpática Don’t Pass Me By e cantou a hollywoodiana Goodnight, que Lennon escreveu para ele. Ao lado de Sgt. Pepper’s, The White Album se tornou o disco mais debatido pelos fãs, que tentavam “decifrar” o significado das canções. Um desses foi Charles Manson, o líder de uma seita de fanáticos hippies que usou o disco como “bíblia” para comandar uma série de bárbaros assassinatos em Los Angeles.