(o texto abaixo contém linguagem ofensiva; recomenda-se discrição)
Preacher, série da Vertigo (o selo adulto da DC Comics) criada pelo escritor Garth Ennis e pelo desenhista Steve Dillon, teve uma vida atribulada no Brasil. Ela começou a sair por aqui em 1997, pela editora Metal Pesado, durando 11 edições. Depois saiu pela Tudo Em Quadrinhos, que era nada mais que o novo nome da Metal Pesado (mudança possivelmente motivada para fugir de um processo de falência), que modificou seu nome mais duas vezes (Edições Fractal e Atitude Publicações), totalizando 18 edições. Então a Brainstore assumiu o título, com nova numeração, publicando 34 edições e mais 3 especiais (O Cavaleiro Altivo, O Homem da Guerra e Os Bons Companheiros), interrompendo a publicação no meio do último arco da série, para desespero dos colecionadores, tendo mais uma vez a falência como vilão da série.
No ano passado, em meio a vários lançamentos, como Authority, Planetary e Hellblazer, a editora Devir anunciou que iria relançar Preacher desde a primeira história, no formato de encadernados de luxo. E finalmente, em abril deste ano, saiu o primeiro volume, intitulado A Caminho do Texas, trazendo as 7 primeiras edições avulsas da série, que formam o arco inicial.
Aqui somos apresentados ao trio principal de personagens, o pastor Jesse Custer, sua ex-namorada Tulip e o vampiro beberrão Cassidy. A trama é mais ou menos assim: Custer está perdendo sua fé, e Gênesis, filho de um anjo e um demônio, foge do paraíso e vai parar exatamente no corpo do pastor, dando-lhe o poder de um deus, e um desses poderes é o dom da palavra, ou seja, o que ele falar, todos obedecem (numa das melhores passagens, ele manda alguém se foder, e é literalmente atendido, pois o fulano corta o próprio pênis e enfia no próprio ânus!). Deus abandonou o céu, deixando seu trabalho na mão de anjos nada angelicais, que não pensam duas vezes em chamar o Santo dos Assassinos para caçar Gênesis. Ao lado de Tulip e Cassidy, Jesse parte pelos EUA em busca do Todo-Poderoso, encontrando pelo caminho policiais em sua caça, um serial killer, e, claro, o Santo dos Assassinos. Ou seja, é uma espécie de Código Da Vinci hardcore.
O texto de Ennis é excelente, casando perfeitamente com os traços de Dillon, repleto de humor negro e violência (não é material para qualquer um), e as capas de Glenn Fabry são verdadeiras obras-primas (todas elas estão presentes entre um capítulo e outro). A edição da Devir está bem caprichada, e esse formato ABC, um pouquinho menor que o tradicional americano, não prejudica em nada a arte, a impressão está perfeita num belo papel couché, e a capa, com orelhas e verniz no título, também se destaca (e pelo preço que cobram não se espera menos que isso). Desde já, uma das melhores aquisições do ano, e estou aguardando ansioso pelo 2º volume, já prometido pela editora para o segundo semestre.
Melhor frase: “Vou me vingar de Jesse Custer! Vingarei o sangue do meu pai! E se tenho uma cara parecida com um cu... Então, que seja! Vou me tornar o Cara-de-Cu!” Uahahaha!
Ao som do álbum Under The Covers, da dupla Matthew Sweet e Susanna Hoffs, cortesia de Fabiano “Roquenrou”
No ano passado, em meio a vários lançamentos, como Authority, Planetary e Hellblazer, a editora Devir anunciou que iria relançar Preacher desde a primeira história, no formato de encadernados de luxo. E finalmente, em abril deste ano, saiu o primeiro volume, intitulado A Caminho do Texas, trazendo as 7 primeiras edições avulsas da série, que formam o arco inicial.
Aqui somos apresentados ao trio principal de personagens, o pastor Jesse Custer, sua ex-namorada Tulip e o vampiro beberrão Cassidy. A trama é mais ou menos assim: Custer está perdendo sua fé, e Gênesis, filho de um anjo e um demônio, foge do paraíso e vai parar exatamente no corpo do pastor, dando-lhe o poder de um deus, e um desses poderes é o dom da palavra, ou seja, o que ele falar, todos obedecem (numa das melhores passagens, ele manda alguém se foder, e é literalmente atendido, pois o fulano corta o próprio pênis e enfia no próprio ânus!). Deus abandonou o céu, deixando seu trabalho na mão de anjos nada angelicais, que não pensam duas vezes em chamar o Santo dos Assassinos para caçar Gênesis. Ao lado de Tulip e Cassidy, Jesse parte pelos EUA em busca do Todo-Poderoso, encontrando pelo caminho policiais em sua caça, um serial killer, e, claro, o Santo dos Assassinos. Ou seja, é uma espécie de Código Da Vinci hardcore.
O texto de Ennis é excelente, casando perfeitamente com os traços de Dillon, repleto de humor negro e violência (não é material para qualquer um), e as capas de Glenn Fabry são verdadeiras obras-primas (todas elas estão presentes entre um capítulo e outro). A edição da Devir está bem caprichada, e esse formato ABC, um pouquinho menor que o tradicional americano, não prejudica em nada a arte, a impressão está perfeita num belo papel couché, e a capa, com orelhas e verniz no título, também se destaca (e pelo preço que cobram não se espera menos que isso). Desde já, uma das melhores aquisições do ano, e estou aguardando ansioso pelo 2º volume, já prometido pela editora para o segundo semestre.
Melhor frase: “Vou me vingar de Jesse Custer! Vingarei o sangue do meu pai! E se tenho uma cara parecida com um cu... Então, que seja! Vou me tornar o Cara-de-Cu!” Uahahaha!
Ao som do álbum Under The Covers, da dupla Matthew Sweet e Susanna Hoffs, cortesia de Fabiano “Roquenrou”
2 comentários:
I'm impressed with your site, very nice graphics!
»
Very pretty site! Keep working. thnx!
»
Postar um comentário