quarta-feira, janeiro 16, 2008

RETRÔ: QUADRINHOS EM 2007 (PT. 2)

Parafraseando nosso maldito presidente, nunca na história desse país se publicou tanto gibi. Com a Panini a frente, tivemos materiais para todos os gostos e bolsos. Mas, como dizem, quantidade não significa qualidade. Nesse post, falarei do que valeu a pena eu ter investido meu escasso dinheirinho.


Demolidor
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:: Minha primeira reação quando soube que a dupla Brubaker/Lark substituiria Bendis e Maleev a frente do Demolidor foi: “perfeito!” E, quando li as primeiras histórias dessa nova fase, vi que estava certíssimo. Bendis terminou sua passagem deixando o herói na prisão (e na pior). Qualquer escritorzinho de merda mudaria isso logo de cara, com um explicação totalmente nonsense, algo como “não passava de um clone” ou “foi tudo um sonho”. Mas não o Brubaker, que afundou ainda mais o protagonista no fundo do poço, “matou” seu melhor amigo e ainda colocou o Justiceiro no mesmo presídio. Como tem sorte esse Demolidor, com duas fases seguidas que já se tornaram clássicas.

Capitão América
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:: Nunca dei a mínima para o Capitão América. Só mesmo um escritor como Ed Brubaker (mais uma vez ele) para me fazer ir atrás das histórias do herói que estampa a bandeira americana em seu uniforme. Trazer de volta um personagem morto há décadas e deixar isso tudo crível e excitante é para poucos. E foi o que se conseguiu aqui, com a volta de Bucky, o sidekick que lutou (e morreu) ao lado do Capitão na Segunda Guerra Mundial, numa trama que em nenhum momento desconsidera a inteligência do leitor. É, parece que o Quesada não dá muitos pitacos nas histórias do Demolidor e do Capitão América.

Grandes Astros Superman
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:: As expectativas eram grandes. Um dos grandes escritores da atualidade (Morrison), um dos desenhistas mais celebrados dos últimos tempos (Quitely) e um personagem com quem ambos sempre queriam trabalhar (Superman). E todas elas foram cumpridas a contento em Grandes Astros Superman, que finalmente aportou por aqui e surpreendeu até os detratores do maior dos heróis. Idéias geniais em cada quadro, atualizando o super-homem para o novo milênio, fizeram desse um dos melhores lançamentos do ano.

Superman
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:: Junto ao salto de um ano na cronologia, veio um salto de qualidade em alguns títulos da DC. Superman, com o arco Para o Alto e Avante, foi o melhor deles. Escrito pela dupla Geoff Johns e Kurt Busiek, e com os desenhos divididos entre Pete Woods e Renato Guedes, a trama mostra a volta a ativa do herói, após um período sem poderes. Algumas passagens, como aquelas que mostram Clark Kent como um homem comum feliz no trabalho e no casamento, são de uma delicadeza impar. Dá até uma certa pena ver ele abandonar essa vida pacata com o retorno dos seus poderes.


Planetary/Batman
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::Forte candidato a melhor crossover de todos os tempos. Ponto. O grupo Planetary visita uma versão de Gotham onde Batman não existe. Mas alguém com poderes para moldar a realidade vai dar um jeito nisso, e Batmans de diversas épocas acabam aparecendo para dificultar o trabalho dos Arqueólogos do Impossível. O roteiro de Warren Ellis é perfeito, assim como os desenhos de John Cassaday, realçados pelo formato maior do gibi. Algumas pessoas reclamaram do preço (R$ 11,90) e não compraram. Deixaram de ter um item essencial em sua coleção.

Sandman - Vidas Breves
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:: Nesta altura do campeonato, é chover no molhado elogiar algo de qualidade indiscutível como Sandman. Vidas Breves é o sétimo volume (dum total de dez) da série que está sendo republicada de maneira impecável pela Conrad. Aqui acompanhamos Morpheus e Delírio juntos numa jornada pelo Mundo Desperto em busca de Destruição, o Perpétuo que partiu há 300 anos. O autor Neil Gaiman mais uma vez nos mostra, nesse arco em nove capítulos, por que essa série é uma das mais cultuadas dos quadrinhos.


Death Note
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::Pouca vezes vi uma trama tão interessante (e viciante) quanto em Death Note, um dos grandes destaques entre os mangás iniciados em 2007, publicação da JBC. Death Note é um caderno mágico, onde, ao se escrever nele o nome de alguém, essa pessoa morre. Sendo encontrado por um estudante adolescente, ele resolve usá-lo para matar criminosos. E isso é só o começo, desse mangá de 12 volumes que já rendeu um animê e um filme. Até agora (as duas primeira edições chegaram no eixo setorizado) tem valido cada centavo gasto.

Outros destaques (alguns ficariam fáceis entre os dissecados acima; e com certeza alguma coisa ficou de fora, mas eu tinha que terminar esse texto um dia...):

:: Lanterna Verde (Geoff Johns e Ivan Reis)
:: Liga da Justiça (Brad Meltzer e Ed Benes)
:: Surpreendentes X-Men (Joss Whedon e John Cassaday)
:: Gotham City Contra o Crime ( Ed Brubaker, Greg Rucka e Michael Lark)
:: Xeque-Mate (Greg Rucka e Jesus Saiz)
:: Planetary (Warren Ellis e John Cassaday)
:: Novos Vingadores (Brian M. Bendis e vários artistas)
:: Batman (Grant Morrison e Adam Kubert)
:: Detective Comics (Paul Dini e vários artistas)
:: Promethea (Alan Moore e J H Williams II)
:: 100 Balas (Brian Azzarello e Eduardo Risso)
:: Guerra Civil e seus tie-ins (Mark Millar, Steve McNiven e outros)
:: Supremos (Mark Millar e Brian Hitch)
:: Preacher Especial 1 e 2 (Garth Ennis, Steve Dillon e Richard Case)
:: Gantz (Hiroya Oku)

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