domingo, maio 08, 2005

TEM QUE TER!

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PINK FLOYD – THE PIPER AT THE GATES OF DAWN (1967)

Nenhum álbum representa melhor a psicodelia inglesa do que este. É uma combinação de canções curtas e longos períodos de improvisação experimental, com letras de forte simbolismo.
O Pink Floyd já estava estabelecido como uma sensação do underground londrino quando Piper foi lançado, com o timing exato para pegar o auge do “verão do amor”.
Talvez por sair pouco depois do sucesso revolucionário de Sgt. Peppers (lançado dois meses antes do Piper), o disco não decolou imediatamente. Mas os meses seguintes ao lançamento se provariam fundamentais para a futura evolução do grupo.
Em outubro de 67, o Pink Floyd embarcou para os Estados Unidos, disposto a fazer a América. Eles apresentaram-se em todos os principais programas de TV da época. Mas foi um fiasco atrás do outro: Syd Barrett, no auge da loucura, sempre dava um jeito de estragar a performance do Floyd nas entrevistas e apresentações.
Apenas dez dias depois de partir, o Floyd voltou para Londres. A banda inteira estava furiosa com Syd. Mas a atitude desdenhosa do guitarrista com relação à mídia americana acabou angariando pontos junto ao superelitista underground londrino.
Syd Barrett era um caso sério. Era então o principal compositor do grupo. Capturava com perfeição a experiência lisérgica. Canções como “Scarecrow” e “Mathilda Mother” pareciam alegres versões musicais de contos de fadas. Mas como todo conto de fada – e especialmente os inspirados pelo LSD – eles continham um subtexto ameaçador. A faixa instrumental “Interstellar Overdrive” é a que melhor representa como eram os shows do Floyd na época. Tornou-se um clássico da banda.
Seguindo a convenção contracultural, nenhum dos dois hits que o Floyd tinha emplacado antes do lançamento do disco – “Arnold Layne” e “See Emily Play” – foram incluídos em Piper.

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