Fui à banca na última sexta esperando comprar, além dos costumeiros comics, algum mangá. Já fazia duas semanas que havia comprado uma edição de Love Junkies (minha primeira incursão nesse tipo de quadrinho), e minha encomenda das três primeiras edições de Slam Dunk ainda não havia chegado (acabou chegando nessa segunda; depois falo mais dele), então estava seco para ler meu segundo mangá. Então me deparei com Sade, de Senno Knife. Não conhecia nada dele, nem vi na net nada sobre esse lançamento. Como tinha um exemplar sem o plástico, dei uma folheada, e só aí descobri que se tratava de histórias adaptadas de contos do Marquês de Sade (apenas ao chegar em casa vi que também havia contos adaptados dos irmãos Grimm e de Pauline Reage). Chamou logo minha atenção (além do “aconselhável para maiores de 18 anos” estampado na capa) e resolvi comprar, apesar do preço meio salgado (R$ 13,90, com cerca de 200 páginas), mas como era uma edição única, sem continuação, resolvi arriscar. Comecei a ler no mesmo dia. São três contos do Marquês ("O baile de máscaras", "Uma história trágica" e "Justine"), uma dos Grimm ("A casa das atrocidades") e outra de Reage ("A história de O"), todas recheadas de perversões das mais diversas. Temos S&M, sodomia, hedonismo e incesto, entre outras anormalidades, mas tudo contado de uma maneira que não agride o leitor (a não ser que você seja um moralista ou religioso fervoroso, mas não creio que existem pessoas assim entre os que lêem esse blog), e sem aquelas piadas que parecem comuns em hentai (putz, até parece que sou um especialista em mangás, hehehe), pois os temas aqui são tratados com uma certa seriedade, e parecem ser fiéis aos contos originais. A arte interior é bem legal, melhor até que a da capa, com bons detalhes dos cenários típicos da era retratada em cada história. As cenas de sexo são bem conduzidas, ficando mais para o erótico do que para o pornô, apesar das bizarrices mostradas. E a leitura, até para um iniciante como eu, flui facilmente. Enfim, foi uma grata surpresa esse material, e se eu estava à procura de uma alternativa aos quadrinhos de super-heróis, acertei em cheio ao comprá-lo.
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