sexta-feira, abril 07, 2006

FOO FIGHTERS - IN YOUR HONOR

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Parece que foi ontem, quando o primeiro disco do Foo Fighters, inteiramente gravado pelo Dave Grohl, cantando e tocando todos os instrumentos, chegava às lojas. Mas já se passaram mais de 10 anos, e a banda, com 5 álbuns de estúdio nas costas, é veteraníssima na cena rock, e se inicialmente muitos críticos olharam tortos para esse empreendimento do ex-baterista do Nirvana, atualmente o FF é quase uma unanimidade entre a mídia especializada.
In Your Honor é o mais recente disco dos caras, lançado em 2005 e que adquiri no começo desse ano. Duplo (mas com preço de simples), a primeira metade é inteiramente rock n’ roll, com guitarras no talo e vocal gritado, enquanto o segundo CD é totalmente acústico.
Na parte plugada, é o velho Foo Fighters de sempre, com aquele peso nas guitarras, mas com aquele verniz pop característico da banda. Grohl nunca gritou tanto quanto nessas 10 faixas que cobrem o 1º CD, e logo na música que abre o disco, “In Your Honor”, isso fica claro, com a gritaria preenchendo as caixas de som. “No Way Back” lembra um pouco a sonoridade de There’s Nothing Left To Lose. “Best Of You”, primeiro single, e que todos já devem conhecer, começa calminha (apesar dos gritos de Dave), explodindo perto do 1º minuto de execução. “DOA” é talvez a mais pop do CD 1, e Dave segura um pouco nos vocais, lembrando um cantor mais tradicional. O peso e a gritaria voltam com tudo em “Hell”, fazendo jus ao seu título, com menos de 2 minutos de duração. “The Last Song” tem aquele refrão pegajoso que faz o público pular nos shows. “Free Me” lembra aqueles rocks intensos do One By One, até na duração, de quase 5 minutos. “Resolve” é minha música preferida, com uma bela melodia e um refrão que gruda no nosso ouvido desde a 1ª audição. Se tiver uma canção aqui que merece ficar para a posteridade, é essa. “The Deepest Blues Are Back” é a mais lenta deste CD 1, e ficaria até interessante se fosse parar no lado acústico. Finalizando a parte plugada, temos “End Over End”, outro pop rock de qualidade. Disco 1 aprovado.
Depois de 40 minutos de peso, nada melhor que uma dezena de canções calminhas, certo? Então coloque pra tocar logo o CD acústico. Começamos com a ultracalma “Still”, para nossos ouvidos se acostumarem logo com o que vem pela frente. As coisas melhoram um pouco mais em “What If I Do?”, que deixaria o Jack Johnson verde de inveja. Seguimos com “Miracle”, uma das melhores entra as acústicas, com seu belo refrão, que tem John Paul Jones (ele mesmo, o baixista do Led Zeppelin) no piano. “Another Round” também tem um refrão que se destaca, e também tem o Jones, dessa vez no bandolim. “Friend Of A Friend”, composta ainda quando o Dave era integrante do Nirvana, tem uma sonoridade mais simples, sem orquestrações, e aqui cai um pouco a qualidade do álbum, e o fato de durar mais de 5 minutos não ajuda. “On The Mend” é uma bela balada para se ouvir a dois. “Virgina Moon” traz a alardeada participação de Norah Jones, e é uma bela mistura de jazz com a nossa bossa nova. Em “Cold Day In The Sun” o batera Taylor Hawkins assume os vocais, enquanto Grohl volta às origens comandando as baquetas, nessa que é a mais animada faixa do CD 2. Terminando uma jornada de quase 1 hora e meia (juntando os dois discos), temos “Razor”, só com o vocal de Dave e o violão de Josh Homme, do Queens Of The Stone Age. Disco 2 também aprovado.
No final, o resultado é mais que positivo, e apesar de não empolgar tanto quando os 2 primeiros discos da banda, ainda é bem melhor que a grande revelação da semana da New Music Express, qualquer que seja ela. E Dave Grohl ganha mais créditos na condição de cara mais legal da cena rock atual.

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