Sou fã, aliás, sou superfã de rock com vocais femininos. Não sei bem porquê. Talvez pelo contraste entre o peso das guitarras e a suavidade da voz, talvez pela sensualidade da cantora. Ou apenas por não ser muito comum, neste mundo roqueiro infestado de homens. Quando comecei a curtir rock, lá na primeira metade dos anos 90, tínhamos boas bandas com garotas, não apenas nos vocais, mas também tocando instrumentos. L7, Babes In Toyland, Breeders, Hole, Elastica, Veruca Salt, Juliana Hatfield e Liz Phair são alguns nomes de destaque da época. Depois disso as mulheres continuaram a fazer parte do cenário rock mundial, como Shirley Manson no Garbage e Nina Persson no Cardigans, mas sentia falta de um estilo mais sujo, mais pesado, com garotas no comando. Surgiu as Donnas, uma espécie de Kiss de saias tocando os três acordes dos Ramones. Recentemente a banda The Kills, com sua bela vocalista, ajudou também um pouco a preencher este vazio. Mas ainda faltava alguma coisa que me fizesse ter a mesma sensação que aquelas antigas bandas da década passada me faziam sentir. Eis que Melissa Auf der Maur surge com seu primeiro disco solo.
Melissa não é figura nova na música. Canadense, fez parte da banda Tinker, que teve como maior feito abrir para o Smashing Pumpkins, chamando a atenção de seu líder, Billy Corgan. Depois ela entrou para o Hole, substituindo a baixista Kristen Pfaff, morta por overdose, em 1994. Com a banda da senhora Cobain, além dos shows, gravou o álbum Celebrity Skin. Depois do fim do Hole, foi para o mesmo Smashing Pumpkins para quem tinha feito o show de abertura anos atrás. Os Pumpkins haviam perdido sua baixista, D’arcy, e Melissa caia como uma luva na banda. Mas, pouco tempo depois, Billy Corgan resolveu aposentar sua banda, e Melissa teve que procurar por novos ares. Inicialmente participou do projeto Hands of Doom, só com músicas do Black Sabbath (aliás, preciso ouvir isso), e participou do álbum Rock N Roll, de Ryan Adams. Foi só depois disso que o desejado disco solo começou a ganhar contornos mais precisos.
Auf Der Maur, o álbum, foi produzido pela própria cantora ao lado de Chris Goss, que tem em seu currículo um trabalho com o Queens of The Stone Age. Participam das músicas várias figuras carimbadas com quem Melissa se relacionou nestes anos todos, como os ex-colegas de banda Eric Erlandson (Hole) e James Iha (Smashing Pumpkins), além de Josh Homme (Queens Of the Stone Age), Mark Lanegan (ex-Screaming Trees) e Nick Oliveri (antigo baixista do Queens...). Mas apesar de todo esse pessoal, Melissa toca guitarra, baixo e (às vezes) teclado na maioria das canções. No repertório, bons rocks. A maioria das músicas tem aquela densidade típica das bandas de heavy metal, mas com aquele verniz pop pra lá de saudável. Ecos das bandas por onde ela passou podem ser ouvidos aqui e ali, mas ao mesmo tempo percebemos que a artista tem identidade própria. O disco mantém o pique nas 12 faixas, mais algumas acabam se destacando, como as duas que abrem o CD, “Lightning Is My Girl” e “Followed The Waves” (esta até rendeu o clip, que passou algumas vezes na MTV; quem viu, viu), além de “Real A Lie”, “I'll Be Anything You Want”, “Taste You” e “Would If I Could”. Um CD totalmente recomendável. Talvez o melhor que adquiri desde Rated R, do Queens of The Stone Age, de 2000. E dá um show perto dos discos solos de Courtney Love e Billy Corgan, dois ex-patrões da moça. Ah, e a Pitty daria seu braço direito para fazer um disco assim...
Melissa não é figura nova na música. Canadense, fez parte da banda Tinker, que teve como maior feito abrir para o Smashing Pumpkins, chamando a atenção de seu líder, Billy Corgan. Depois ela entrou para o Hole, substituindo a baixista Kristen Pfaff, morta por overdose, em 1994. Com a banda da senhora Cobain, além dos shows, gravou o álbum Celebrity Skin. Depois do fim do Hole, foi para o mesmo Smashing Pumpkins para quem tinha feito o show de abertura anos atrás. Os Pumpkins haviam perdido sua baixista, D’arcy, e Melissa caia como uma luva na banda. Mas, pouco tempo depois, Billy Corgan resolveu aposentar sua banda, e Melissa teve que procurar por novos ares. Inicialmente participou do projeto Hands of Doom, só com músicas do Black Sabbath (aliás, preciso ouvir isso), e participou do álbum Rock N Roll, de Ryan Adams. Foi só depois disso que o desejado disco solo começou a ganhar contornos mais precisos.
Auf Der Maur, o álbum, foi produzido pela própria cantora ao lado de Chris Goss, que tem em seu currículo um trabalho com o Queens of The Stone Age. Participam das músicas várias figuras carimbadas com quem Melissa se relacionou nestes anos todos, como os ex-colegas de banda Eric Erlandson (Hole) e James Iha (Smashing Pumpkins), além de Josh Homme (Queens Of the Stone Age), Mark Lanegan (ex-Screaming Trees) e Nick Oliveri (antigo baixista do Queens...). Mas apesar de todo esse pessoal, Melissa toca guitarra, baixo e (às vezes) teclado na maioria das canções. No repertório, bons rocks. A maioria das músicas tem aquela densidade típica das bandas de heavy metal, mas com aquele verniz pop pra lá de saudável. Ecos das bandas por onde ela passou podem ser ouvidos aqui e ali, mas ao mesmo tempo percebemos que a artista tem identidade própria. O disco mantém o pique nas 12 faixas, mais algumas acabam se destacando, como as duas que abrem o CD, “Lightning Is My Girl” e “Followed The Waves” (esta até rendeu o clip, que passou algumas vezes na MTV; quem viu, viu), além de “Real A Lie”, “I'll Be Anything You Want”, “Taste You” e “Would If I Could”. Um CD totalmente recomendável. Talvez o melhor que adquiri desde Rated R, do Queens of The Stone Age, de 2000. E dá um show perto dos discos solos de Courtney Love e Billy Corgan, dois ex-patrões da moça. Ah, e a Pitty daria seu braço direito para fazer um disco assim...
Um comentário:
Eu não conhecia ela. Preciso ouvir.
Postar um comentário