quinta-feira, março 19, 2009

ESPECIAL RADIOHEAD PT 1 (AGORA VAI!)

"Que burro, dá zero pra ele!" Pois é, o idiota aqui fez merda e postou um texto (texto alheio, por sinal) que já tinha postado antes. A crítica da Bizz sobre o The Bends está, desde 8 de junho de 2006, nesse mesmo batblog de merda. Se ainda se interessar (tem um texto introdutório meu que ficou minimamente legível) você pode conferir clicando aqui. Prometo que, como penitência, irei ler mil vezes as dicas que o Marcelo Camelo deu na última página da Rolling Stone de fevereiro (quem conferiu sabe do baita sacríficio que farei).
Movin' on! Para corrigir essa mancada imperdoável, confira abaixo o texto de Zeca Camargo (ele mesmo) sobre a obra-prima Ok Computer, CD que contem nada mais, nada menos, a música que inspirou meu nome de batismo no mundo virtual, "Paranoid Android", além de "Let Down", "Karma Police", "No Surprises" e outras maravilhas sonoras saídas da alma atormentada de Thom Yorke. O texto saiu na Bizz de agosto de 1997. E se quiser se aprofundar no tema, tem outro texto sobre Ok Computer aqui. Enjoy!



RADIOHEAD - OK COMPUTER

Se fosse para descrever o que OK Computer realmente nos inspira a fazer, esta resenha não poderia nem estar sendo publicada pela SHOWBIZZ - sairia na Playboy. Mas, respeitando princípios básicos da decência, vamos dizer que o novo CD do Radiohead é uma obra-prima da sensualidade. Calma: não é aquela sensualidade óbvia, à la kama sutra e outras bobagens. O prazer de ouvir cada faixa de OK Computer vem de algo muito básico no rock - ou no pop, ou no gênero que você achar melhor -, que foi esquecido há tempos: boas composições. Do momento em que você é seqüestrado pelas duas primeiras músicas ("Airbag" e "Paranoid Android"), não tem resgate que o faça voltar. A primeira, com aquele refrão poderoso, e a segunda, com suas pretensões - perfeitamente preenchidas - de ser uma "Bohemian Rhapsody" compacta: um duplo ataque, quase uma covardia ao ouvinte que se acostumou a viver sem melodia. E por falar nela (a melodia), essas bandinhas por aí podiam aprender uma coisinha ou duas com outras faixas de OK Computer. Como "Let Down" ou "No Surprises". É um prazer saber que alguém ainda se preocupa em fazer músicas sedutoras, envolventes, hipnóticas e brilhantes como essas. Mesmo quando a banda pega pesado ("Electioneering") ou fica mais obscura ("Climbing Up The Walls"), dá para sentir claramente que o Radiohead não perde o instinto básico do entretenimento - de seus membros e fãs. Se não fosse a possibilidade de o Portishead lançar um disco até dezembro, já daria para falar que esse Radiohead é o álbum do ano... Quem gostou de The Bends e/ou por um sacrilégio perdeu Pablo Honey, todo atraso será perdoado ao ouvir OK Computer. Aliás, pode acreditar: uma banda que é boa assim de títulos não pode ser ruim de som.

2 comentários:

Marlo de Sousa disse...

Ainda não fui contagiado com "radioheadice hemorrágica". Gosto da banda, mas eles sabem ser bem malas quando querem.

OK Computer é mesmo muito bom. "Let Down", "Exit Music (For A Film" e "No Surprises" são minhas favoritas.

Anônimo disse...

Nem tinha percebido que tinha voltado com os comentários... :p

Nem gosto muito de Radiohead, acho meio boring. Na verdade, a única música deles que eu curto é justamente Paranoid Android mesmo.