quinta-feira, julho 28, 2005

DAVE GROHL NA ROLLING STONE

Na ultima edição da Rolling Stone tem uma entrevista bem legal com Dave Grohl, líder do Foo Fighters, onde ele fala sobre sua família, sua banda, John Kerry e, claro, sobre o Nirvana. Clique aqui e confira (em inglês). Abaixo se encontra um trecho que traduzi, onde ele faz algumas revelações sobre seu relacionamento com Kurt Cobain.
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Quando eu entrei no Nirvana eu era o quinto ou sexto baterista--eu não sei se eles alguma vez tiveram um baterista com quem eles estavam totalmente contentes. E eles eram estranhos. Nunca houve muito uma conexão mais profunda fora da música.
Krist [Novoselic] e o Kurt tinham uma conexão de uma vida inteira legendária. Esses sujeitos eram almas gêmeas. Eles passaram por tanta coisa juntos, de Aberdeen para o sucesso de Nevermind. Eles compartilharam tudo, e eles eram o tipo de amigos que não tinham que falar um com o outro--eles sabiam o que o outro sentia. Eu nunca realmente compartilhei um momento com eles porque eu vim de um lugar diferente, e dentro de oito meses a um ano de estar no Nirvana, a banda se transformou em algo que ninguém tinha esperado. Ficou difícil de se conectar com qualquer pessoa quando isso aconteceu.
Eu acho que nunca contei para qualquer um isto, mas havia tempos que o Kurt estava realmente infeliz com o modo que eu tocava a bateria. Eu poderia o ouvir falando sobre o quanto ele achava que eu não prestava. Mas ele nunca diria isto a mim. Se eu o confrontasse sobre isto-- “Há algum problema? Se você quer que eu parta, é só pedir” --ele diria, “Não, não, não." Isso aconteceu principalmente mais tarde, na época do In Utero. Foi quando eu achei que o Kurt ficou infeliz com o que estava acontecendo com a banda.
Kurt era tantas coisas diferentes. Ele era engraçado ou tímido ou esta persona maior-que-a-vida, extrovertida. Ele poderia ser um doce ou ele poderia ser mau pra cacete. Ele poderia ser intimidante. Eu pensei que eu era um baterista decente, mas eu não achava que era bom o bastante para estar fazendo esta coisa. Eu não me imaginava um grande baterista. Eu era o mesmo baterista que tocava no Scream, ou tocava em minha cama. Toda a pressão....
Eu não me lembro de nenhum show que eu tenha feito com aquela banda onde nós caminhamos fora do palco e dissemos, "Isso foi legal." Nunca. Só duas vezes eu obtive alguma confiança de Kurt. Uma vez quando eu entrei na banda, em 1990, quando nós estávamos bêbados em alguma discoteca na Inglaterra, e o Kurt subiu e disse, "Eu estou tão alegre por você estar na banda. Eu estou tão alegre por você ser simples." Eu fiquei tipo, “Uau!” A outra vez foi entre o fim de 93 ou o começo de 94 quando eu cheguei em casa e liguei minha secretária eletrônica e tinha uma mensagem de Kurt que dizia, “Sabe, eu estava sentando há pouco aqui escutando o In Utero, e sua bateria é impressionante.Você fez um ótimo trabalho!" Eu fiquei tipo, "Uau!" Essas duas coisas foram ditas num intervalo de aproximadamente quatro anos [risos].

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