Já falei isso no post sobre a primeira edição, mas me permitam ser repetitivo: Que gibi, meu deus, que gibi! Nesse segundo número de All Star Superman (bem que a Panini poderia ter deixado o nome original mesmo, né?), a dupla criativa, Grant Morrison e Frank Quitely, nos apresenta a Fortaleza da Solidão, o lar do Homem de Aço, fazendo uma caracterização perfeita dela. Enquanto tenta convencer Lois Lane que o Superman na verdade é Clark Kent, o casal faz uma tour pelo local. Não sei se algumas coisas que foram mostradas, como o Espelho da Verdade e o Telescópio do Tempo, já existiam ou foram concepções do Morrison nessa revista, mas são criações muito interessantes, com aquela cara da Era de Prata que permeia a trama. Enquanto isso, Lois fica paranóica, tentando descobrir por que o herói a trouxe para lá, e o Super descobre que ficou imune à Kriptonita, outro efeito colateral da expedição ao sol. Mais uma vez, nota 10.
Quanto ao título do Homem Morcego da mesma linha All Star, bem, não é tão bom quanto o descrito acima, mas é uma leitura agradável, e melhor do que o que vem sendo publicado no título mensal do personagem. Essa edição se passa praticamente toda dentro do batmóvel, onde Batman, junto ao seu futuro pupilo, tenta escapar da corrupta polícia local. É até engraçado o Batman tentando parecer mais durão do que já é com o intuito de amedrontar o garoto, mas ele logo percebe que o vigilante de Gotham está imitando o Clint Eastwood (nesse momento logo me passou pela cabeça que o Eastwood chegou a ser cotado a viver o herói no cinema, numa adaptação do clássico Cavaleiro das Trevas, do mesmo Frank Miller desse gibi). As cenas de perseguição ficaram ótimas, e Jim Lee tá cada vez mais preocupado na narrativa (tem até uma página dupla com 32 quadrinhos, algo inimaginável para esse especialista em pin ups). Vale quanto pesa.
Como naquela música dos Titãs, em Crise Infinita continua acontecendo tudo ao mesmo tempo agora. Num momento estamos em San Diego, depois na Ilha Paraíso, Gotham, Texas, Galáxia Polaris, Central City e por aí vai. Cada um desses cenários rende 2, 3 páginas da história, impedindo um aprofundamento na trama e que uma série de diálogos que se desenvolva normalmente (com a exceção daquele entre Batman e o Superman da Terra 2, que acaba sendo o melhor momento dessa edição 3). Ainda estamos longe de entender como cada um desses acontecimentos irão se desenvolver, e qual a importância deles no que realmente importa em Crise Infinita, que é a volta de personagens que desapareceram na Crise original. Foi revelada a identidade do verdadeiro vilão, e só nessa parte a história avançou. Apesar de ser uma leitura razoável, o gibi ainda não deslanchou e não faz jus a toda expectativa gerada. Eu continuo com um pé atrás. E saber que uma das edições futuras é só quebra pau sem sentido, conforme opiniões que vi na Internet, não ajuda. Mas eu sou decenauta e não desisto nunca.
Um comentário:
As histórias nas revistas de linha caíram absurdamente de qualidade nos últimoes meses, com poucas exceções. Porém, todas as edições de fevereiro estão bem melhores! Só me falta comprar LJA 51 para confirmar se foi uma "doença" que pegou em todos os títulos. Até a ultimamente lazarenta Superman & Batman teve uma edição digna de nota - e, desta vez, não foi merito só da Maravilhosa.
Postar um comentário