Se Superman ganhou Grant Morrison e Frank Quitely como equipe criativa, o Morcego e o Garoto Prodígio não ficaram atrás e levaram Frank Miller e Jim Lee nos roteiros e desenhos, respectivamente, para a linha All Star. Nessa primeira edição é retratada a morte dos pais de Dick Grayson, o Robin original, num espetáculo de circo, tudo visto por Bruce Wayne, que na ocasião se encontrava da boa companhia da colunista Vicki Vale. Depois do ocorrido, a polícia de Gotham leva o garoto em sua patrulha para lhe dar uma dura, quando são interrompidos pelo Batman, que fala para o pequeno Dick que ele foi convocado para uma guerra.
Vi muitas críticas negativas internet afora para essa HQ, mas sempre que falam mal de um trabalho do Frank Miller, temos que considerar o seguinte: é ruim comparado com os clássicos do mesmo roteirista, como Cavaleiro das Trevas e Ano Um (para ficar com seus trabalhos estrelados pelo Morcegão), ou é ruim em relação aos gibis em geral? Aqui, como na maioria das vezes, a alternativa certa é a primeira, até porque o Miller nos seus piores dias ainda é infinitamente melhor que um Chuck Austen da vida. Já Jim Lee é aquela coisa, não tem meio termo, ou você gosta do estilo do cara ou o odeia. Sou dos que curtem seu traço, e aqui ele faz um trabalho até melhor que o usual, preocupando-se mais em contar a história e menos em fazer pin ups página sim, página não. Miller, sabendo da desenvoltura do desenhista em fazer belas mulheres, coloca Vicki Vale na trama, que aparece em toda sua exuberância logo nas primeiras páginas. No final, o gibi não tem aquela cara revolucionária de Grandes Astros Superman, é mais pé no chão, mas é tudo bem contado, e faz jus ao que propõe essa linha de quadrinhos da DC.
Um comentário:
Se não fosse pelo Jim Lee eu comprava.
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