Nesse quarto capítulo da série de textos sobre importantes álbuns lançados em 1991 (que portanto estão comemorando 15 anos agora), é hora de falar de Out Of Time, do R.E.M.. A banda já existia desde o início da década de 80, tinha um considerável público entre as pessoas mais antenadas, era bem executada nas college radios, as rádios universitárias americanas, e já tinha seis álbuns nas costas. Eles também já tinham sentido o gostinho do sucesso com as músicas “The One I Love” e "It's The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine)", mas nada parecido ao alcançado com Out Of Time.
Com a produção de Scott Litt, uma espécie de quinto membro da banda, Michael Stipe, Peter Buck, Mike Mills e Bill Berry criaram um punhado de canções onde os instrumentos acústicos dão a tônica, numa mistura de pop e folk que poucas vezes soaram tão bem. E os vários arranjos com cordas e sopros só torna isso mais claro. O primeiro single, “Losing My Religion”, que rendeu um clipe excelente, traz em sua letra um retrato daquela geração que vivia um período de incredulidade. “Shiny Happy People”, com sua letra/melodia bobinha e alegre, é o mais perto do pop radiofônico que o grupo já chegou, enquanto “Radio Song”, que abre o CD, critica a programação das FMs (“DJ sucks!” é gritado em várias partes da música). Com exceção dessas duas faixas (“Shiny Happy People” e “Radio Song”), a melancolia impera no disco. Além da já citada “Losing My Religion”, “Low” (belíssima), “Endgame” (outra bela canção, quase instrumental, com Stipe soltando apenas uns la la las) e “Half A World Away” são alguns exemplos dessa melancolia. Mas vale salientar que não se trata daquela melancolia, digamos, morrisseyniana, que serve como trilha de suicídio, mas algo mais leve, para você viajar pela sua mente e se sentir melhor após o fim do long play. Outros grandes momentos de Out Of Time são “Texarkana”, com os vocais de Mills, que prova que não é bom só de backing vocal para Stipe, e a preguiçosa “Country Feedback” (essa para ouvir na varanda de uma bela fazenda assistindo ao pôr do sol).
Esse álbum pode não ser o meu favorito da banda (prefiro a sujeira de Monster, do qual já falei aqui no S&D), mas é inegável sua qualidade em todas as faixas, e assim como o Álbum Preto do Metallica, teve o efeito de trazer sua discografia anterior para os novos fãs se deliciarem (e pensarem: “por que não conheci isso antes?!”). Discoteca básica!
O que a mídia especializada disse:
Com a produção de Scott Litt, uma espécie de quinto membro da banda, Michael Stipe, Peter Buck, Mike Mills e Bill Berry criaram um punhado de canções onde os instrumentos acústicos dão a tônica, numa mistura de pop e folk que poucas vezes soaram tão bem. E os vários arranjos com cordas e sopros só torna isso mais claro. O primeiro single, “Losing My Religion”, que rendeu um clipe excelente, traz em sua letra um retrato daquela geração que vivia um período de incredulidade. “Shiny Happy People”, com sua letra/melodia bobinha e alegre, é o mais perto do pop radiofônico que o grupo já chegou, enquanto “Radio Song”, que abre o CD, critica a programação das FMs (“DJ sucks!” é gritado em várias partes da música). Com exceção dessas duas faixas (“Shiny Happy People” e “Radio Song”), a melancolia impera no disco. Além da já citada “Losing My Religion”, “Low” (belíssima), “Endgame” (outra bela canção, quase instrumental, com Stipe soltando apenas uns la la las) e “Half A World Away” são alguns exemplos dessa melancolia. Mas vale salientar que não se trata daquela melancolia, digamos, morrisseyniana, que serve como trilha de suicídio, mas algo mais leve, para você viajar pela sua mente e se sentir melhor após o fim do long play. Outros grandes momentos de Out Of Time são “Texarkana”, com os vocais de Mills, que prova que não é bom só de backing vocal para Stipe, e a preguiçosa “Country Feedback” (essa para ouvir na varanda de uma bela fazenda assistindo ao pôr do sol).
Esse álbum pode não ser o meu favorito da banda (prefiro a sujeira de Monster, do qual já falei aqui no S&D), mas é inegável sua qualidade em todas as faixas, e assim como o Álbum Preto do Metallica, teve o efeito de trazer sua discografia anterior para os novos fãs se deliciarem (e pensarem: “por que não conheci isso antes?!”). Discoteca básica!
O que a mídia especializada disse:
“Alheio às fórmulas “ao sucesso”, fora do alcance das idéias preconcebidas, esta surpresa chamada Out Of Time testemunha o R.E.M. atirando no escuro e acertando na mosca. Mais um feito da primeira e única formação metafísica do rock ‘n’ roll.” (Bizz)Curiosidades:
-Kate Pierson, do B-52’s, faz participação vocal em “Shiny Happy People” e “Me In Honey”;
-O rap em “Radio Song” é feito por KRS-1, também conhecido como Chris Parker;
-Out Of Time chegou a encabeçar a lista dos mais vendidos nos EUA e na Inglaterra, chegando a marca das quatro milhões de cópias vendidas;
-A banda não saiu para uma turnê de divulgação, realizando apenas algumas apresentações esporádicas, incluindo um Acústico MTV. Eles só iriam sair em turnê após o lançamento de Monster, em 1994.
3 comentários:
Eita, isso que é sincronia, hein? Out Of Time é daqueles pra escutar todinho, sem pular nenhuma faixa. Mas ainda prefiro o Automatic!
Discão.
near wild heaven é a minha preferida do play... eu queria ter estado no show deles no rio, em 2001... buá...
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