quinta-feira, agosto 17, 2006

METALLICA, BLACK ALBUM (1991)

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Na primeira metade da década de noventa, ao lado da onda grunge criada pelas bandas de Seattle, vivíamos também um grande momento do heavy metal. Bandas como Pantera, Corrosion of Conformity, Biohazard, além de velhos de guerra como Black Sabbath (que voltava com os vocais de Dio), Iron Maiden e Megadeth, tocavam direto na MTV (e em horários nobres) e em rádios rock. E o maior responsável dessa explosão metal foi sem dúvida o Metallica, com seu disco homônimo, apelidado de Black Album, lançado em 1991.
Em outubro de 1990, a banda entrou em estúdio com o produtor Bob Rock, que até então era conhecido pelo seu trabalho com bandas de qualidade duvidosa, como Bon Jovi e Mötley Crüe. Ou seja, nada a ver com o Metallica. Mas também a própria banda queria mudar. Nada de músicas beirando 10 minutos, nada de solos intermináveis, nada de discos só com 8 músicas. Eles queriam o oposto do que fizeram em ...And Justice For All, trabalho anterior que contém todos os excessos que o metal pode trazer. Agora eles queriam músicas curtas, cruas e mais acessíveis, mais sem perder o peso característico do som da banda. O disco estava marcado para ser o divisor de águas na carreira da banda. Dito e feito.
Assim que lançado, o Black Album entrou direto no primeiro lugar da parada inglesa. O primeiro single, “Enter Sandman”, era uma das músicas mais tocadas nas rádios americanas. O CD chega a marca das 10 milhões de cópias vendidas. A banda é capa de várias publicações, como a Melody Maker, NME e Time Out. “Enter Sandman”, “Sad But True”, “The Unforgiven”, “Nothing Else Matters” e “Wherever I May Roam” ganharam clips (até então eles só tinham feito um clipe, para a música “One”), que tiveram alta execução MTVs afora. A turnê que começou onze dias antes do lançamento do álbum, foi um sucesso por onde passou, inclusive o Brasil, e foi tão longa que foi dividida em partes (primeiro a Wherever I May Roam, depois a Nowhere Else To Roam, a Summer Shot Tour e finalmente a Escape From The Studio ’95). Definitivamente o mundo tinha se rendido ao Metallica.
Pessoalmente, curto muito o Álbum Preto. Tenho dúvidas se é o melhor da banda ou não. A batalha por esse prêmio é disputadíssima aqui em casa entre ele, Kill ‘Em All e Master Of Puppets. Isso sem citar o Ride The Lightning, que tem a melhor música da banda na minha opinião, “Fade To Black”. Mas o disco de 91 tem o mérito de ter tornado o Metallica conhecido fora do mundinho metal, e com isso fez com que os novos fãs adquiridos graças a ele procurassem os sons antigos, não só do próprio Metallica, mas de bandas como Black Sabbath e Iron Maiden, que foi o que ocorreu comigo na época. Hoje já não acompanho o heavy metal com o mesmo entusiasmo da época, mas o Metallica, junto com o Sabbath e o Sepultura, estarão ainda durante muito tempo na minha lista particular de melhores bandas de todos os tempos.

Algumas opiniões sobre o Black Album que saíram na imprensa especializada à época de seu lançamento:
“O disco todo é massacrante. Especialmente dignas de nota são o single “Enter Sandman”, a apavorante “Sad But True”, a quase-balada “Nothing Else Matters” e uma bela homenagem à mitologia estradeira, “Wherever I May Roam”. Metallica é metal moderno para quem leva metal a sério, produzido por uma banda que se leva extremamente a sério e embalado pelo melhor marketing que o dinheiro pode comprar.” (Bizz)

“A banda está ampliando sua gama musical à sua própria maneira. Este pode ser um passo positivo para um grupo que está atravessando o espaço entre o metal comercial e o thrash de Slayer, Anthrax e Megadeth. (...) Várias canções parecem destinadas para se tornar clássicos do hard rock.” (Rolling Stone)
O que a banda disse sobre o disco:
“‘Sad But True’ tem o silêncio mais pesado que já gravamos.” Jason Newsted

“No total passamos nove meses e meio no estúdio. Houve momentos de tensão, um quase estrangulando o outro. Mas sabíamos onde estávamos indo. E acho que, no final, conseguimos a melhor qualidade de som jamais produzida em metal.” Jason Newsted

“Capa preta, logotipo preto, e que se foda!” James Hetfield

“Os trabalhos anteriores de Bob Rock soam ótimos, mesmo com aquelas porcarias de músicas e aquelas bandas gays.” James Hetfield

3 comentários:

Anônimo disse...

Indispensável em qualquer coleção.

Anônimo disse...

Cara, esse álbum é muito bom, sou muito fã do Metallica. O único disco que ainda não tenho é St. Anger. Não tinha visto esses comentários das revistas e dos integrantes, na época do lançamento eu ainda ñ conhecia a banda.

Anônimo disse...

Discaço! Mal conheço o Metallica anterior a ele e perdi o interesse com os outros que vieram depois, mas este disco é fundamental.