domingo, setembro 07, 2008

JOHN CONSTANTINE - HELLBLAZER: SANGUE REAL

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Definitivamente John Constantine é o personagem mais conhecido da Vertigo, ao lado de Sandman. Mas em pouco mais de um ano e meio com os direitos do personagem, a Pixel Media publicou apenas um especial dedicado ao bruxo inglês. Com uma vida editorial conturbada no Brasil, passando por editoras fundo de quintal como a Metal Pesado e a Brainstore, o que não falta é material para publicar (a fase do Paul Jenkins é praticamente inédita em terra brasilis), e leitor para comprar tudo que sair. Mais especiais, que poderiam até servir para adiantar a fase do Brian Azzarello que está saindo na Pixel Magazine, seriam bem vindos.
Bem, então vamos falar do que saiu. O álbum Sangue Real reúne as últimas histórias da fase de Garth Ennis ainda inéditas por aqui. Essa fase é, com sobras, a mais aclamada de Hellblazer. Ennis praticamente reinventou o personagem, lhe dando um ar de canalhice que não havia antes, além de colocar no caldo uma violência extrema, tanto física quanto mental, e uma boa dose de humor negro, marca registrada do roteirista. Longe de ser uma leitura leve, portanto.
Na primeira história, em quatro partes, e que batiza o encadernado, Constantine se envolve com um grupo da elite inglesa que gosta de todo o tipo de bizarrice. E uma dessas bizarrices acabou trazendo de volta o demônio que havia possuído Jack O Estripador, e sua sede por sangue ainda não foi saciada. A arte desse arco fica a cargo de William Simpson, que faz apenas um feijão com arroz, mas não chega a prejudicar a trama.
Depois temos Argila Mortal, em duas partes. Aqui o tema é o sumiço de cadáveres. Quando o corpo do falecido tio de seu companheiro para todas as horas, Chas, é roubado, Constantine tem que investigar o ocorrido. Hora de chamar as sofridas almas donas dos corpos violados para dar uma mãozinha. Na arte, o excelente Steve Dillon, ou seja, temos aqui a mesma dupla da já clássica Preacher.
A edição traz ainda as ótimas capas originais desenhadas por Glenn Fabry , o mesmo de, adivinha? Preacher!, e um guia para a fase de Ennis. De resto, impressão OK, papel de luxo e capa cartonada. A edição só peca pelo formato paraguaio, mas no momento em que você começa a ler, esse detalhe já é esquecido. HQ nota 10!