domingo, abril 20, 2008

PACOTÃO GCDC

Durante todo o ano de 2007, só adquiri uma edição da linha Grandes Clássicos DC, justamente aquela dedicada ao mestre Alan Moore. Tirando o atraso, já comprei (e li) três edições da linha agora em 2008: Lendas, O Messias e Odisséia Cósmica. Abaixo, algumas linhas sobre cada um deles.

GRANDES CLÁSSICOS DC # 10 - LENDAS
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Não adquiri esse especial logo quando foi lançado, primeiramente por um problema de caixa, mas também por não esperar grande coisa dela. Com o problema financeiro resolvido, e vendo a edição dando sopa numa nova vinda às bancas, comprei para não deixar um buraco na minha coleção dos Grandes Clássicos DC, pois ainda tinha a impressão de que não iria gostar muito. Esperava uma saga cansativa, envelhecida (ela foi publicada originalmente entre o final de 1986 e o começo de 1987), enfim, chata de ler. Felizmente, estava bem enganado, pois a leitura é bem agradável, e você não precisa ter um conhecimento enciclopédico dos personagens retratados para entender as minúcias da trama. Lendas foi o primeiro grande evento da DC depois de Crise nas Infinitas Terras, que tinha reformulado radicalmente o universo da editora, e mostra Darkseid, sempre um vilão interessante, planejando sobrepujar os heróis da Terra ao influenciar a população a se virar contra seus bem-feitores. O roteiro foi escrito pela dupla John Ostrander e Len Wein, cabendo à John Byrne, uma estrela em ascensão na época, os desenhos. Para reservar uma tarde e ler de uma tacada só.

GRANDES CLÁSSICOS DC # 11 - BATMAN - O MESSIAS

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Se tem um personagem que tem uma bagagem imensa de clássicos, esse é o Batman. É até estranho a Panini ter dedicado apenas três volumes de GCDC ao Morcego (fora a edição definitiva de Cavaleiro das Trevas). O Messias era uma das HQs do herói mais comentadas e pedidas em fóruns e comunidades dedicadas à Nona Arte, e confesso que tinha uma grande curiosidade para lê-la. A trama mostra o confronto de Batman com o Reverendo Blackfire, que está formando um exercito com indigentes e párias que encontra pelas ruas de Gotham para fazer justiça ao seu modo, que inclui matar criminosos, atitude que logo leva o apoio da população. Mas logo fica claro que o plano do vilão é mais complexo. O Homem-Morcego passa boa parte da história sob o domínio do vilão, sofrendo lavagem cerebral para ceder e ser mais um dos acólitos do Reverendo, bem diferente do que normalmente vemos, quando Batman é retratado como um “fodão” que pode com tudo e com todos. Publicada originalmente em 1988, O Messias tem algumas semelhanças com o clássico máximo O Cavaleiro das Trevas, particularmente na narrativa que faz uso da cobertura da TV e no Batmóvel monstruoso que aparece no capítulo quatro. Se foi proposital ou não, isso não tira o brilho do gibi, escrito por Jim Starlin e desenhado por Bernie Wrightson. Vale a pena!

GRANDES CLÁSSICOS DC # 12 - ODISSÉIA CÓSMICA
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Essa é umas das raras reedições da linha GCDC que tive a sorte de ler quando ainda não tinha a alcunha de clássico. Eu tinha a primeira edição da Abril, lançada como uma minissérie em quatro partes, adquiridas no distante ano de 1990. Como tive a estapafúrdia idéia de me desfazer dela (e de diversas HQs daquele período), era imperativo comprar essa edição de luxo da Panini e relembrar tempos mais amenos e inocentes. Escrita pelo mestre das sagas espaciais, Jim Starlin (sim, o mesmo de O Messias) e com os belos traços de Mike Mignola (que anos depois criaria o Hellboy), Odisséia Cósmica traz a improvável união de Darkseid (novamente ele) com um grupo de super-heróis, incluindo Superman, Batman e o Lanterna Verde, contra um mal que pode trazer a destruição de todo o universo. O grupo se divide para atuar nas quatro frentes da batalha: Terra, Rann, Thanagar e Xanshi, todos lugares para onde a Equação Antivida enviou seus espectros. Geralmente não curto muito essas sagas cósmicas, comumente confusas demais para minha cabeça processar, vide a recente Guerra Rann/Thanagar. Mas nesse caso, a trama corre muito bem, sem atropelos, tudo facilitado com a bela arte narrativa de Mignola. Boa leitura, não somente devido a história em si, mas para também lembrar de um período quando primeiro me viciei em quadrinhos de heróis.