Depois do arco em oito partes “Cara a Cara”, de James Robinson (que, fora um ou outro equívoco, foi deveras interessante), as novas equipes criativas do Cavaleiro das Trevas fazem sua aguardada estréia.
Em Detective Comics temos a dupla Paul Dini (roteiro) e J. H. Williams III (desenhos). Dini é conhecido pelo seu trabalho nos desenhos animados Batman The Animated Series (aquele bonzão da década de 90) e Liga da Justiça, além de uma passagem na equipe de escritores de Lost. Já Williams, com uma arte de estilo arrojado e ângulos diferenciados, desenhou a série Promethea, de Alan Moore (que está sendo publicada agora por aqui, via Pixel Magazine) e a edição zero de Sete Soldados da Vitória, projeto do malucão Grant Morrison. Os dois começam com um one-shot bem interessante, “Os Ricos e Famosos”, onde colocam o lado detetivesco do herói a prova.
Já no outro título mensal do Morcego nos States, Batman, a dupla é nada menos que Grant Morrison (roteiro) e Adam Kubert (desenhos). Morrison tem sido figurinha fácil nas nossas bancas atualmente, com a sensacional Grandes Astros Superman e a interessante (desculpem, mas por enquanto, com três edições lidas, vai ficar apenas no interessante, veremos o que o escritor escocês está aprontando quando tiver lido tudo) Sete Soldados da Vitória. Kubert, após anos se dedicando à Marvel, estréia na DC em ótima companhia, e apesar de achar que seu estilo cairia melhor no Superman, por exemplo, ele não faz feio, longe disso. O arco “Batman & Filho” já começa a mil por hora, com o comissário Gordon envenenado pelo Coringa e uma página dupla sensacional com o vilão gritando que matou o Batman. Ainda temos bons ( e bens humorados) diálogos entre Bruce e Alfred. Ah, e o filho do título não é o Robin (que está sendo adotado pelo Morcego), só para constar. Morrison já começa aprontando das suas.
Ainda temos a estréia de Batman Confidencial, escrita por Andy Diggle e desenhada por Whilce Portacio, com uma aventura que se passa no início da carreira do herói. A arte é péssima, para dizer o mínimo, e o roteiro é bem feijão com arroz (não dá para engolir as empresas de Bruce Wayne fornecendo armas para o governo americano). E o primeiro arco de Bruce Jones a frente do Asa Noturna finalmente termina, e digo sem nenhuma dúvida: é séria candidata a pior história do ano. Poderia passar o dia inteiro digitando “merda” no teclado e não seria suficiente para mostrar o quanto fede essa fase do Asa.
Para terminar (putz, só planejava escrever umas 10 linhas), bola fora da Panini na escolha da capa. Essa de Batman Confidencial perde feio tanto para a de Detective 821 (de Simone Bianchi) quanto para a de Batman 655 (de Kubert). Confira ambas abaixo. Além disso, não há nenhuma chamada na capa para as estréias das fases de Dini/Williams e Morrison/Kubert. Depois reclamam das baixas vendas...
Um comentário:
Você deve ter visto o Taskmaster falar no fórum Miolos que os três títulos-mestres da DC (Batman, Superman e LJA) tiveram um salto de vendas desde o Um Ano Depois. Mesmo assim, a Panini realmente comeu bola de não usar o Grant Morrison (ou o filho do Batman) como Viagra para a revista.
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