Lançamento: 1º de outubro de 1977
Nas paradas: nº 106 na parada pop da Billboard
Algumas influências: Ramones, New York Dolls, The Stooges, Alice Cooper, Velvet Underground, MC5
Alguns influenciados: Guns N’ Roses, Oasis, Backyard Babies, Nirvana
O punk como estilo musical pode não ter nascido com Never Mind the Bollocks... Afinal, desde o final dos 60 / início dos 70 Iggy Pop encabeçava a música tocada dessa forma com seu Stooges, e na mesma época que Nova York pariu a banda seminal do punk, alguns anos antes da explosão britânica, a famosa casa de rock underground CBGB’s abria a porta para Ramones e cia. Mas o punk como atitude (e suas conseqüências) explodiram com os 38 minutos e 35 segundos do disco dos Pistols.
Os argumentos contrários são muitos – desde que eles são uma banda fabricada por Malcom McLaren no fundo de sua loja de roupas “Sex” (verdade) até que a rebeldia de Johnny Rotten (vocal), Steve Jones (guitarra), Paul Cook (bateria) e Sid Vicious (baixo) era fabricada (mentira).
Antes de gravar Never Mind the Bollocks... eles conseguiram a façanha de serem expulsos de duas gravadoras (EMI e A&M), e após o lançamento do álbum provocaram uma revolução sem precedentes na história do rock. Trabalhadores da indústria fonográfica, pela primeira vez, cruzaram os braços e se recusaram a fabricar um disco; quando “God Save the Queen” ultrapassou Rod Stewart e alçou o topo da parada britânica, os responsáveis omitiram o nome do líder e deixaram em branco o primeiro posto – apenas duas histórias que ilustram bem a disposição de quem trabalhava com música em aceitar o sucesso dos quatro delinqüentes.
No conteúdo do disco de capa amarela, apologia à anarquia, censura ao cristianismo, louvação ao niilismo e até música composta a partir de cartas que o vocalista recebia de uma louca internada no hospício, Pauline (“Bodies”).
Após o lançamento do álbum, eles partiram pra uma turnê pelos EUA que implodiu a banda em 14 dias. Cada um seguiu seu caminho – Johnny Rotten isolou-se e formou o PIL (Public Image Limited); Steve Jones e Paul Cook vieram pegar um bronze no Brasil e gravaram algumas canções com Ronald Biggs, famoso pelo assalto a um trem pagador inglês, e Sid Vicious foi pra Nova York com a namorada, Nancy Spungen, e acabaram morrendo por lá no ano seguinte – ele, de overdose, e ela, assassinada.
É chavão, mas o rock nunca mais foi o mesmo depois dos Sex Pistols. E olha que eles não chegaram a durar dois anos.
Efeitos no Brasil: Os ecos do punk demoraram a chegar por aqui. À época, o rock BR era dominado por três vertentes: o progressivo de grupos como Casa das Máquinas, Vímana, O Terço e, mesmo, Mutantes, o hard rock de Made in Brazil, Patrulha do Espaço e Bixo de Seda, e o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabira. Quem chegou ao Brasil como um furacão não foram os “needles e pins” dos Pistols, mas as meias coloridas e as jaquetas de Tony Manero da onda disco. As primeiras bandas punk apareceram no ano seguinte: AI-5 e Restos de Nada. Logo depois, viriam Olho Seco, Ratos de Porão, Cólera e Inocentes, que ganhariam atenção de fato apenas em 1982, com o lançamento do primeiro disco do gênero, Grito Suburbano.
Enquanto isso...: Elvis Presley, que havia morrido dois meses antes, continuava reinando nas paradas inglesas com “Way Down”. Nos EUA de Steven Spielberg, “Star Wars Theme” (Meco) comandava. Mais os artistas mais famosos do ano são os Bee Gees, com a trilha de Embalos de Sábado à Noite. No Brasil a ditadura ainda respira e o presidente Ernesto Geisel decreta o recesso do Congresso Nacional.
Nas paradas: nº 106 na parada pop da Billboard
Algumas influências: Ramones, New York Dolls, The Stooges, Alice Cooper, Velvet Underground, MC5
Alguns influenciados: Guns N’ Roses, Oasis, Backyard Babies, Nirvana
O punk como estilo musical pode não ter nascido com Never Mind the Bollocks... Afinal, desde o final dos 60 / início dos 70 Iggy Pop encabeçava a música tocada dessa forma com seu Stooges, e na mesma época que Nova York pariu a banda seminal do punk, alguns anos antes da explosão britânica, a famosa casa de rock underground CBGB’s abria a porta para Ramones e cia. Mas o punk como atitude (e suas conseqüências) explodiram com os 38 minutos e 35 segundos do disco dos Pistols.
Os argumentos contrários são muitos – desde que eles são uma banda fabricada por Malcom McLaren no fundo de sua loja de roupas “Sex” (verdade) até que a rebeldia de Johnny Rotten (vocal), Steve Jones (guitarra), Paul Cook (bateria) e Sid Vicious (baixo) era fabricada (mentira).
Antes de gravar Never Mind the Bollocks... eles conseguiram a façanha de serem expulsos de duas gravadoras (EMI e A&M), e após o lançamento do álbum provocaram uma revolução sem precedentes na história do rock. Trabalhadores da indústria fonográfica, pela primeira vez, cruzaram os braços e se recusaram a fabricar um disco; quando “God Save the Queen” ultrapassou Rod Stewart e alçou o topo da parada britânica, os responsáveis omitiram o nome do líder e deixaram em branco o primeiro posto – apenas duas histórias que ilustram bem a disposição de quem trabalhava com música em aceitar o sucesso dos quatro delinqüentes.
No conteúdo do disco de capa amarela, apologia à anarquia, censura ao cristianismo, louvação ao niilismo e até música composta a partir de cartas que o vocalista recebia de uma louca internada no hospício, Pauline (“Bodies”).
Após o lançamento do álbum, eles partiram pra uma turnê pelos EUA que implodiu a banda em 14 dias. Cada um seguiu seu caminho – Johnny Rotten isolou-se e formou o PIL (Public Image Limited); Steve Jones e Paul Cook vieram pegar um bronze no Brasil e gravaram algumas canções com Ronald Biggs, famoso pelo assalto a um trem pagador inglês, e Sid Vicious foi pra Nova York com a namorada, Nancy Spungen, e acabaram morrendo por lá no ano seguinte – ele, de overdose, e ela, assassinada.
É chavão, mas o rock nunca mais foi o mesmo depois dos Sex Pistols. E olha que eles não chegaram a durar dois anos.
Efeitos no Brasil: Os ecos do punk demoraram a chegar por aqui. À época, o rock BR era dominado por três vertentes: o progressivo de grupos como Casa das Máquinas, Vímana, O Terço e, mesmo, Mutantes, o hard rock de Made in Brazil, Patrulha do Espaço e Bixo de Seda, e o rock rural de Sá, Rodrix e Guarabira. Quem chegou ao Brasil como um furacão não foram os “needles e pins” dos Pistols, mas as meias coloridas e as jaquetas de Tony Manero da onda disco. As primeiras bandas punk apareceram no ano seguinte: AI-5 e Restos de Nada. Logo depois, viriam Olho Seco, Ratos de Porão, Cólera e Inocentes, que ganhariam atenção de fato apenas em 1982, com o lançamento do primeiro disco do gênero, Grito Suburbano.
Enquanto isso...: Elvis Presley, que havia morrido dois meses antes, continuava reinando nas paradas inglesas com “Way Down”. Nos EUA de Steven Spielberg, “Star Wars Theme” (Meco) comandava. Mais os artistas mais famosos do ano são os Bee Gees, com a trilha de Embalos de Sábado à Noite. No Brasil a ditadura ainda respira e o presidente Ernesto Geisel decreta o recesso do Congresso Nacional.
5 comentários:
eduardo Cyrillo:faltou dizer que o Steve Jones fez um ótimo trabalho de guitarra,e ao contrário de que todos dizem que não foi ele que tocou o instrumento no disco,isso é pura lenda pois além da guitarra gravou a maioria do baixo.Esses virtuosos de merda(incluíndo nossa metropólis...em paranoid) deveriam ouvir o que é uma verdadeira aula de guitarra rocker!!!
boiei como sempre...
Nunca dei o devido crédito a este disco. Conheço "Anarchy In The UK" e só. Outro que eu devo estar burrando em não comprar, visto que o CD é baratinho, é London Calling, do Clash.
A Zero era bacana, mas, ainda que tivesse seguido em frente, com a volta da Bizz ela estaria reduzida a... zero. Ok, essa foi péssima (rs).
Marlo, eu tb não acho o Sex isso tudo, prefiro mil vezes o Ramones, mas é clara a importância da banda.
Agora o London Calling é excelente, mas eu tb não tenho :(
E Logan, se liga meu! Hehehe
Parece que vc sofre de problemas de memória como o personagem q inspirou teu nick e não conhece nada, hehehe.
Eduardo Cyrillo:vcs,não viveram o KISS THIS!!!????
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