domingo, setembro 28, 2008
domingo, setembro 21, 2008
MINHA COLEÇÃO
RICHARD WRIGHT, *1943 +2008
O único londrino entre os integrantes do Pink Floyd nasceu a 28 de julho de 1943. O papel de Richard Wright no grupo sempre foi o de “terceiro homem”, “o quieto”, como George Harrison nos Beatles, John Paul Jones no Led Zeppelin e John Entwistle no Who. Nunca o talento dominante, mas alguém capaz de se desincumbir de suas funções com competência e até mesmo, eventualmente, sendo capaz de atingir momentos de brilho.
Ao contrário de outros mamutes da era progressiva, os teclados de Wright dificilmente soavam obstrutivos ou grandiloquentes. Mesmo após trocar seu Farfisa por um potente EM VC53, ele nunca abandonou o piano acústico (cheque o belo solo no miolo de “Wot’s...Uh! Deal” ou as passagens de “Us and Them”).
O novo sintetizador foi um instrumento crucial na definição sonora de The Dark Side of the Moon, particularmente em “On the Run” e “Brain Damage”, e mais ainda em Wish You Were Here, em especial nos efeitos de “Welcome to the Machine”.
Como compositor, Wright contribuía com uma ou duas músicas por álbum ou colaborava na arquitetura coletiva de obras laboriosas como “Echoes” ou “Time”. Dark Side assinala seu instante máximo no Pink Floyd: os teclados dividem espaço em pé de igualdade com a guitarra de Gilmour e cinco das dez faixas trazem sua assinatura.
A partir de Animals, Waters se instalou no comando e Wright começou a passar mais tempo em sua ilha grega. Acusado de não contribuir em nada (Waters deu pista em declarações que ele, na realidade, estaria “cheirando” demais) o tecladista foi demitido durante as gravações de The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.
A exceção de um inócuo álbum solo, nada se ouviria dele até Waters deixar o Pink Floyd. Wright telefonou a Gilmour pedindo para voltar e foi readmitido, mas como um assalariado recebendo 11 mil dólares por semana. Na excursão de 1987 e 88, Wright era apenas mais um em cena, tendo inclusive que dividir espaço com Jon Carin, outro tecladista.
Apesar do papel coadjuvante, é quase consenso entre antigos fãs que o Pink Floyd viveu seu melhor período enquanto Richard Wright participou criativamente.
quarta-feira, setembro 17, 2008
DOIS REVIEWS PARA DEATH MAGNETIC
:: Em 'Death magnetic', Metallica faz o verdadeiro 'novo metal'. Trabalho é digno de ser considerado o verdadeiro 6º álbum da banda. Em contraposição a experimentos chatos, disco é agressivo e rápido. Texto completo.
domingo, setembro 14, 2008
CAPAS PANINI SETEMBRO - DESTAQUES
segunda-feira, setembro 08, 2008
ELE AINDA É O CARA!!!
Agora há pouco Roger Federer, vulgo "o melhor tenista de todos os tempos", cumpriu mais uma parcela da sua habilidade de quebrar recordes e se tornou o primeiro tenista a conquistar dois Grand Slams cinco vezes consecutivas (em Wimbledon e no US Open). Batendo o escocês Andy Murray (uma das boas surpresas dos últimos meses) por 3 sets a 0 (6/2, 7/5 e 6/2), o suíço levou seu primeiro grande torneio do ano, depois das decepções em Rolland Garros e Wimbledon, quando perdeu duas vezes para Rafael Nadal, que também lhe tomou o posto de número 1 do ranking. Recuperou, assim, um pouco da sua confiança, que ficou debilitada pelos resultados recentes. Com essa nova condição, Federer mudou sua postura na quadra, deixando de lado sua fama de frio, e joga agora com raiva (a foto acima mostra tudo) e comemorando cada ponto importante ou jogada mais insinuante. Muitos contavam que a Era Federer tinha acabado, mas ele demonstrou nessas duas últimas semanas, e principalmente na semifinal e na final, que ainda tem muito chão pela frente, e pode bater Peter Sampras no número de Grand Slams conquistados (falta só mais um para chegar a marca do americano). E eu quero ver isso tudo de camarote.
domingo, setembro 07, 2008
JOHN CONSTANTINE - HELLBLAZER: SANGUE REAL
Definitivamente John Constantine é o personagem mais conhecido da Vertigo, ao lado de Sandman. Mas em pouco mais de um ano e meio com os direitos do personagem, a Pixel Media publicou apenas um especial dedicado ao bruxo inglês. Com uma vida editorial conturbada no Brasil, passando por editoras fundo de quintal como a Metal Pesado e a Brainstore, o que não falta é material para publicar (a fase do Paul Jenkins é praticamente inédita em terra brasilis), e leitor para comprar tudo que sair. Mais especiais, que poderiam até servir para adiantar a fase do Brian Azzarello que está saindo na Pixel Magazine, seriam bem vindos.
Bem, então vamos falar do que saiu. O álbum Sangue Real reúne as últimas histórias da fase de Garth Ennis ainda inéditas por aqui. Essa fase é, com sobras, a mais aclamada de Hellblazer. Ennis praticamente reinventou o personagem, lhe dando um ar de canalhice que não havia antes, além de colocar no caldo uma violência extrema, tanto física quanto mental, e uma boa dose de humor negro, marca registrada do roteirista. Longe de ser uma leitura leve, portanto.
Na primeira história, em quatro partes, e que batiza o encadernado, Constantine se envolve com um grupo da elite inglesa que gosta de todo o tipo de bizarrice. E uma dessas bizarrices acabou trazendo de volta o demônio que havia possuído Jack O Estripador, e sua sede por sangue ainda não foi saciada. A arte desse arco fica a cargo de William Simpson, que faz apenas um feijão com arroz, mas não chega a prejudicar a trama.
Depois temos Argila Mortal, em duas partes. Aqui o tema é o sumiço de cadáveres. Quando o corpo do falecido tio de seu companheiro para todas as horas, Chas, é roubado, Constantine tem que investigar o ocorrido. Hora de chamar as sofridas almas donas dos corpos violados para dar uma mãozinha. Na arte, o excelente Steve Dillon, ou seja, temos aqui a mesma dupla da já clássica Preacher.
A edição traz ainda as ótimas capas originais desenhadas por Glenn Fabry , o mesmo de, adivinha? Preacher!, e um guia para a fase de Ennis. De resto, impressão OK, papel de luxo e capa cartonada. A edição só peca pelo formato paraguaio, mas no momento em que você começa a ler, esse detalhe já é esquecido. HQ nota 10!