A ideia dos androides Thomas
Bengalter e Guy-Manuel de Homem-Christo é proporcionar aos ouvintes (e a eles
mesmos) uma passagem no túnel do tempo. O destino? Algum lugar musical da Costa
Oeste norte-americana entre 1980 e 1983. Revisionismo não é novidade para quem
acompanha o trabalho do Daft Punk. Mas isto pode ser a chegada do Santo Graal
para o pessoal mais jovem. O hit “Get Lucky” e seu chacundum guitarreiro a
cargo do ex-Chic Nile Rodgers é a ponta do iceberg que é Random Access
Memories. Há homenagem a Giorgio Moroder, que ganha faixa com seu nome com mais
de 9 minutos de viagens em loopings eletro disco; há acenos ao Chic em “Give
Life Back to Music”; boas-vindas ao rock-semiprogressivo do Alan Parsons
Project em “Instant Crash”; abraços ao adult oriented rock em “Fragments of
Time”; e mixes de vocais de rock de arena com beats de Kraftwerk em “Doin’ It
Right”. Detalhes interessantes como bateria “humana”, uso de sintetizadores
vintage e a apropriação enciclopédica de um período bem fértil da música pop
credenciam o disco para curtição total.
sábado, junho 29, 2013
DAFT PUNK - RANDOM ACCESS MEMORIES
(texto publicado originalmente na Rolling Stone Brasil, edição #80, maio de 2013; autoria de Carlos Eduardo Lima)
quarta-feira, junho 05, 2013
EVIL DEAD (2013)
Desde que saíram as notícias de que um novo Evil Dead estava em produção já cuidei para que nenhuma novidade do reboot passasse despercebida. Com frequência visitava o Omelete, Blood Disgusting e outros sites que postavam com certa frequência essas novidades. Desde o anúncio praticamente nenhuma novidade passou despercebida aos meus olhos ávidos por informação.
Com o trailer veio oficialmente a ansiedade, e a medida que o filme estreava nos cinemas daqui do Brasil, mas não na minha cidade, a frustração também crescia. Mas finalmente a espera acabou e o filme saiu no cinema daqui. E eu, como fã da trilogia original e louco para saber se esse novo filme fazia jus ao nome que carregava, fui assistir, e aqui vão minhas impressões sobre o filme.
Evil Dead (não, não se trata de um remake, e sim de um filme original) tem como personagem principal uma jovem chamada Mia, que vai com os amigos e o irmão para uma cabana no meio da floresta para passar por uma desintoxicação depois de uma overdose que quase a matou. Então, o grupo de amigos encontra um livro bizarro num porão sinistro, e Eric, um dos amigos de Mia, lê o que está escrito, mesmo com advertências de que não se deve pronunciar os escritos do livro. A partir daí o que temos é o mais puro terror gore.
Sangue, vômito e outros fluidos corporais jorram de todo canto, e sim, é isso que um fã de Evil Dead realmente precisa para sair satisfeito. O filme é muito violento, e mesmo não me impressionando nesse sentido, tenho certeza que boa parte dos que assistirem vão virar a cara em certas cenas.
As atuações não são incríveis, mas são o suficiente para segurar a tensão do filme, mas ao menos Jane Levy (que interpreta Mia) merece um destaque. O filme não possui praticamente nenhum efeito criado em computador, é tudo feito usando efeitos práticos, o que ajuda o filme a parecer ainda mais realista e se aproxima mais do original. Outro bom destaque é que existem vários easter eggs que os fãs do original com certeza notarão, então é bom ficar ligado a certos detalhes.
Evil Dead é tudo que eu esperava: Assustador, violento e acima de tudo, divertido.
Ah, assistam até o final. A cena pós créditos é de fazer qualquer fanático gritar de emoção!
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