quarta-feira, fevereiro 13, 2008

20 DISCOS QUE MUDARAM O MUNDO pt.16

(texto extraído da revista ZERO nº 8)


PRODIGY
THE FAT OF THE LAND

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Lançamento: 1o de julho de 1997
Nas paradas: nº 1 no Top 200 da Billboard
Algumas influências: Sex Pistols, Lee “Scratch” Perry, Kraftwerk, Public Enemy, Afrika Bambaataa, Bomb The Bass
Alguns influenciados: Noel Gallagher, Orgy, Crystal Method, Junkie XL, Static-X, Cirrus

O terceiro trabalho dos ingleses do Prodigy foi um marco importantíssimo para a sedimentação da música eletrônica no planeta. Para realizá-lo, Liam Howlett (DJ e líder do grupo) encomendou algumas participações especiais. Entre elas, a de Crispian Mills, do Kula Shaker, em “Narayan”. Em uma entrevista Howlett disse o que pensava da banda: “Para ser honesto, não gosto do Kula Shaker”. Estranho, não?
O som que fecha o álbum é uma cover das grungeiras L7, “Fuel My Fire”, que tem participação de Saffron, da banda Republica.
The Fat of The Land foi o último álbum inglês a chegar ao número 1 das paradas norte-americanas, até que o Radiohead lançasse Kid A em 2000. Antes de seu lançamento, os singles de “Firestarter” e “Breath” já haviam alcançado o número 1 da parada britânica, vendendo mais de 1,5 milhão de cópias cada. O selo Maverick, da cantora Madonna, comprou o passe dos figuras, antecipando todo o hype da época. O “boom” do álbum possibilitou a seus integrantes fazerem projetos paralelos. O mais curioso foi a parceria de Howlett com Robert “3D” Del Naja, do Massive Attack, na trilha do filme pornô “The Uranus Experiment”. As duas continuações da obra contaram com participações de Howlett também.

Efeitos no Brasil: Artistas como Barão Vermelho, Lulu Santos e Daniela Mercury caem de bunda na música eletrônica. As raves sedimentaram sua força, funcionando como o maior evento social para os adolescentes “rebeldes”. A Galeria Ouro Fino virou o point dos clubbers e cyber-manos em São Paulo. A saber: cyber-manos = clubbers vindos da periferia, com vestimentas e adornos exageradíssimos. Normalmente, pintavam os cabelos com guache e furavam orelhas e narizes com alfinetes e grampos.
Enquanto isso...: O Titãs lança seu maior sucesso comercial da história - Acústico MTV vende mais de um milhão de cópias. Chico Science morre em um acidente de carro durante o carnaval, em Recife. Depois de sustentar por alguns meses Andreas Kisser como vocalista, o Sepultura escolhe o norte-americano Derrick Green como substituto de Max Cavalera. Nasce Prince Michael I, primeiro rebento de Michael Jackson. O filme Titanic é lançado e seu tema “My Heart Will Go On” toma as paradas na voz de Celine Dion.

Um comentário:

Marlo de Sousa disse...

Cara... eu só costumo me afeiçoar a alguns artistas em dois momentos: quando não são "ninguém" ou depois que o hype esfria. Quando o Prodigy começou a aparecer em rigorosamente todas a páginas da então Showbizz e todo mundo propalava que o techno ia salvar o rock (como se este carecesse de salvação), eu queria ver o Jô Soares pelado, mas não queria ver mais uma foto do Keith Flint.

Desde 2006, resolvi dar uma chance aos caras e eis que The Fat Of The Land é mesmo um discão. Adoro o peso dos timbres de bateria e do baixo alucinado. Minha favorita é "Diesel Power".