Finalmente li o volume final da clássica série de Neil Gaiman. Despertar serve mais como um epílogo da saga, depois dos eventos mostrados no volume anterior, Entes Queridos. Aqui temos a despedida a Morpheus, quando revemos vários personagens que foram mostrados ao longo das 75 edições de Sandman, e a chegada de um novo Mestre dos Sonhos, Daniel. Ao final da jornada é inevitável um sentimento estranho, talvez uma sensação de perda, mas isso logo some, quando percebemos que iremos ler e reler essa obra prima por muitos e muitos anos. E parabéns a Conrad! Coisa rara aqui no Brasil ver um tratamento de luxo para um material dessa estirpe, e mais raro ainda, esse tratamento ser mantido até o final. Minha estante só agradece.
A maldição de Preacher existe, e é implacável! Depois de tomar a série de Garth Ennis da Devir (que vinha mantendo uma certa regularidade), a Pixel, após lançar dois volumes encadernados (Rumo ao Sul é o primeiro, o outro é Guerra ao Sol, ainda na lista de leitura) e alguns especiais, mostra uma banana aos leitores, interrompe todos os lançamentos e nem se dá ao trabalho de dar uma mínima explicação. Enfim... Nesse volume a trama pouco se desenvolve, mas isso não quer dizer uma queda na qualidade. O Ennis parece ter reservado os 7 capítulos reunidos aqui para trabalhar com os personagens, desenvolvê-los. Custer, Tulipa e Cassady continuam sua jornada atrás do Todo Poderoso, e no caminho praticam vodu, encontram uns vampiros emo e, vejam só, fazem as pazes com o Cara de Cu! Sensacional! (Em tempo, já baixei o restante da série; não vou ficar na dependência dessas editoras de merda para ler o final)
MADMAN
Curto e grosso: uma merda, e, em muitos momentos, constrangedor. A crítica adorou essa bosta não sei como. Inovador a cabeça do meu p#&!$! Situações imbecis, vilões idem, herói (herói?!) idem. Salvam-se apenas os desenhos, porque, como roteirista, o Mike Allred é um grande desenhista. Ainda bem que comprei numa promoção, mas o tempo perdido lendo esse excremento em forma de HQ nunca mais eu recupero.
OS MAIORES CLÁSSICOS DO INCRÍVEL HULK VOLUME 1
Tinha a maior curiosidade em ler a fase do Peter David à frente do Golias Esmeralda (ou Cinzento, como o mostrado aqui), mas ao adquirir essa edição me senti meio que ludibriado. Ela traz as primeiras histórias do escritor com o personagem, tudo bem, mas ao ler o prefácio, escrito pelo mesmo, soube que ele tinha pegado o cargo com a saída “repentina” de Al Milgrom da equipe criativa. Ou seja, pode ser o começo de sua fase, mas não é o começo de uma saga. Então a trama começa já numa correria, devido aos acontecimentos que o antigo escritor deixou em aberto. Se você não leu as histórias anteriores, como foi meu caso, vai ficar boiando em boa parte do tempo (as explicações no já citado prefácio não ajudam muito; além disse não tem resumo que substitua a história em si). A parte que eu entendi é interessante, David escreve bem e não deixa a ação cair, e os desenhos do então iniciante Todd McFarlane caem bem. Mas mesmo assim fica aquela sensação que perdemos alguma coisa. Panini, antes do volume 2, quero o volume 0!
MENSAIS
Atualmente estou comprando cinco títulos mensais: Superman, Batman, Liga da Justiça, Homem-Aranha e Gantz. Tenho comprando também X-Men, mas apenas enquanto está saindo Complexo de Messias. Infelizmente a Pixel Magazine nos deixou de mãos abanando.
Superman passa por uma ótima fase. A saga com a Legião acabou na última edição, e foi sensacional em todos os sentidos. Geoff Johns está bem à vontade com o título e os desenhos do Gary Frank são um show a parte (e olha que acho que ele já desenhou melhor). E pelo que tem rolado lá fora, essa fase ainda vai durar muito. Pena que a Supergirl não encontra seu caminho.
No título do Cavaleiro das Trevas também tivemos o final de uma saga importante, A Ressurreição de Ra´s Al Ghul, que achei apenas mediana. Na edição desse mês tivemos a volta da Mulher-Gato, com suas aventuras sempre acima da média. Sinceramente, não sei como esse título foi cancelado! Agora o ponto negativo são os desenhos. O Dini e o Morrison devem cobrar muita grana para escrever os títulos do Morcego, porque a DC está economizando com os desenhistas. Ninguém merece esse tal de Tony Daniel e o Dustin Nguyen.
Depois da fase morna do Brad Meltzer (pelo menos eu achei isso), agora temos o Dwayne McDuffie escrevendo as histórias do principal grupo da DC. Mostrando uma dinâmica similar aos desenhos animados da Liga, as aventuras atuais ficam na categoria de diversão descompromissada. Mas pelo que li por aí, o cara está se perdendo e vem merda por aí. Quem parece em eterna boa fase é a Sociedade da Justiça. O arco Reino do Amanhã, apesar de seu desenvolvimento lento, é leitura de primeira, e tem tudo que um bom gibi de herói deve ter. Johns (novamente ele) tem carta branca e desenvolve vários sub-tramas que, de início, parecem levar a lugar nenhum. Aguardem e confiem! Mulher Maravilha, agora pelas mãos da Gail Simone, mas ainda contando com os belos traços do casal Dodson, está divertido, e o Flash e família tem um foco bem interessante, mas sofre com os péssimos desenhos.
É, tem neguinho radical que deixou de ler o gibi do amigão da vizinhança depois das merdas que a Marvel (leia-se Quesada) fez com o personagem. Nerd boicotador (existe essa palavra?!) é dose! Mas convenhamos, essa nova fase, depois do reboot, está muito legal. Comecei a me interessar pelos quadrinhos de heróis com o Aranha já há uns 20 anos, e essas novas histórias tem um gostinho daquelas que lia naqueles bons tempos. Ação rolando a mil, a velha sorte de Peter Parker, piadinhas infames (e sensacionais), tudo isso em aventuras bem escritas e bem desenhadas. Quem ficou com raivinha da Marvel pelos acontecimentos recentes está perdendo um material de qualidade acima da média.
Para finalizar, Gantz! Dos mangás que tem saído atualmente, esse é o único que tenho acompanhado (Monster tá paralisado, e Slam Dunk tô atrás das edições atrasadas). E a cada edição fica mais viciante! Violento até o talo, com uma sempre bem vinda dose de sacanagem, o autor Hiroya Oku não tem pena de ninguém, e qualquer um pode morrer a qualquer momento nas missões malucas que ele cria. Mas os melhores momentos são aqueles entre as missões, quando vemos os personagens tentando levar uma vida normal. Esse com certeza acompanharei até a edição final.
2 comentários:
Uia... de quem foi tamanha sinceridade? Adorei, mas quem é "essa" tal de Paranoid? ;-)
Minhas aquisições de edições motherfucker estão temporariamente suspensas, então, vamos às mensais.
SUPERMAN está muito bem mesmo e me espanta que alguns nerds de meia-tigela reclamem do Gary Frank por desenhar o Clark com a cara do Christopher Reeve. Hereges! Reeve ERA o Superman e não é porque ele está no século 30 ajudando a Legião que devemos esquecê-lo!
Do BATMAN, eu gostei do Retorno do Ra's. Bem movimentada o tempo inteiro, mas você está certo quanto aos desenhistas de meia pataca - e segure-se aí, porque o Daniel virou argumentista! Quem sabe ele faz o caminho inverso do Allred....
LIGA DA JUSTIÇA anda morna. A equipe dona da casa entrou numa fase mediana com Alan Burnett. O pequeno arco do McDuffie foi bem legal, ação descompromissada e só. Flash começou até bem, mas Waid claramente se perdeu com essa saga que, graças a Deus, acabou. Mas eu até gosto dos desenhos do Freddie E. Williams III. Nada que se compare ao Daniel Acuña, mas legalzinho. A Maravilha de Gail Simone foi uma boa surpresa, o clima de suspense tava muito bacana, pena que evitou um final mais corajoso. Já a SJA, como você disse, tá indo muito bem, mesmo nos episódios em que não acontece muito. Mas de que tamanho vai ficar essa equipe, hein? :-D
Gantz? Abstenho-me.
Último recado: volte às aulas de matemática elementar! Conte comigo: Superman + Batman + LJA + Aranha + Gantz = CINCO títulos, não quatro!
Abração!
Correções feitas, valeu pelos toques.
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