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quarta-feira, novembro 10, 2010

BLACK CROWES – CROWEOLOGY

(texto publicado originalmente na Billboard Brasil, setembro de 2010; autoria de Daniel Tambarotti)

Se a regra “a cada 20 anos tudo volta” se confirmar e passarmos a ter um revival dos anos 90 (que, por sua vez, tinha no DNA uma vibe meio 70’s), o momento é ideal para o Black Crowes soltar esta coletânea. Ainda hoje afogada em sotaque sulista, visual hippie e groove blueseiro, a banda americana está comemorando duas décadas de existência com Croweology – são vinte músicas em versão acústica. Mas não deixe essa escolha por arranjos desplugados te assustar – os hits continuam com o punch característico do grupo, mesmo que rearranjados para rodinhas de violão. Muito uísque e cigarro deixaram a voz de Chris Robinson ainda mais rouca, e o irmão Rich não deixa a “melosidade” do formato unplugged amolecer seus riffs e solos. “Remedy” ofusca o restante do repertório do CD. E por que diabos deixaram “Sometimes Salvation” de fora?

domingo, maio 13, 2007

PACOTÃO DE CDS

Aproveitando uma folguinha no bolso, há algumas semanas fiz duas encomendas de CDs, uma no Submarino e outra nas Americanas, totalizando nove discos. Os preços estavam legais, usei um vale-desconto no Submarino e aproveitei uma promoção de frete grátis e um desconto extra (cortesia da carteira de estudante da Jovem Pan, apesar de não possuí-la; como vivíamos sem a internet mesmo?!) nas Americanas. Segue a lista de compras:

BOB DYLAN – THE ESSENCIAL

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Coletânea dupla de um dos maiores poetas do rock. Confesso que demorou um pouco para o Dylan cair no meu gosto, curtia uma ou outra música esporádica, mas não o suficiente para me aprofundar mais. Ficava sempre naquela, “um dia eu compro um disco desse cara”, e finalmente chegou a hora. O disco 1, que cobre o período de 1963 a 1967, é o meu favorito, trazendo as faixas mais low fi, basicamente apenas voz, violão e gaita. No caso de Bob Dylan, menos é mais. Assim não deixei de me perguntar: será que, se eu estivesse naquele primeiro show onde ele empunhou uma guitarra elétrica, eu também o chamaria de Judas?

SOUNDGARDEN – BADMOTORFINGER

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Quem costuma freqüentar esse blog já deve ter percebido que as bandas de Seattle têm um lugar especial no meu universo pop particular. Badmotorfinger era um dos poucos discos que tinha em vinil, mas ainda não tinha conseguido comprar a versão em CD. Ele foi relançado recentemente e não perdi a chance. O disco não é tão bom quanto seu sucessor, Superunknown, em minha opinião uma das obras-primas da década de 90, mas já mostra todo o potencial dos caras. Além das conhecidas “Outshined”, “Rust Cage” e “Jesus Christ Pose”, o álbum contém outras ótimas faixas como “Somewhere” e “Room A Thousand Years Wide”. Bem melhor que a outra banda do Chris Cornell, o finado Audioslave.

QUEENS OF THE STONE AGE – LULLABIES TO PARALYZE

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Existem poucas bandas hoje em dia em que você pode confiar e comprar um CD cegamente. O Foo Fighters é uma delas. O Queens Of The Stone Age é outra. Lullabies To Paralyze é o quarto disco dos caras, e o primeiro sem o baixista porra-louca Nick Oliveri, e é tão bom quanto os anteriores. A seqüência que vai da faixa 1 até a 8 é perfeita. Depois cai um pouco a qualidade, mas só um pouquinho mesmo, até porque uma das melhores do disco, “Long Slow Goodbye”, é a penúltima do álbum. Mas uma vez Josh Homme chama seus amigos, entre eles Mark Lanegan e Shirley Manson, para mais uma aula de rock ‘n’ roll.

THE CLASH – LONDON CALLING

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Um dos discos clássicos do rock que faltava em minha coleção. Faltava. Nesse álbum, originalmente duplo, o Clash em sua melhor forma mostra que o punk vai bem mais além dos três acordes, colocando na receita pitadas de reggae, ska, rockabilly, numa mistura bem longe de ser intragável. London Calling mantém o bom nível em todas suas 19 faixas, mas algumas acabam se destacando, como a faixa título, “The Guns Of Brixton”, “Death Or Glory”, “I’m Not Down”, “Train In Vain”, entre outras. Ah, e tem a capa, tão clássica como o conteúdo musical.

BLACK CROWES – THE SOUTHERN HARMONY AND MUSICAL COMPANION

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Desde meados da década de 90 essa banda está presente na minha lista de compras, mas só agora adquiri um disco do grupo liderado pelos irmãos Robinson. E para começar bem, nada melhor que The Southern Harmony And Musical Companion, considerado o melhor da banda e presente em diversas listas de melhores discos da década passada. Todo mundo deve conhecer a excelente “Remedy”, que rendeu um clipe com alta rotação nos bons tempos de MTV, mas ainda temos ótimas músicas como “Sting Me” e “Sometimes Salvation”. Para quem curte aquele estilo de rock setentista, é um prato cheio.


WOLFMOTHER – WOLFMOTHER

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Álbum de estréia dessa banda australiana que foi uma das revelações de 2006. Assim como o Black Crowes, o som do Wolfmother é calcado nos anos 70, mas especificamente naquele estilo do Led Zeppelin e do Black Sabbath, credenciais mais que suficientes para correr atrás desse CD. Sons como “Woman”, “Dimension” e “Tales” conquistam de imediato aqueles fãs de bons riffs de guitarra. Ideal para ouvir no volume máximo para deixar seu vizinho louco da vida, principalmente se ele tem o mau gosto como o meu. A capa, no entanto, é bem feiazinha.

GUNS N ROSES – GREATEST HITS

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Coletânea básica do Guns N’ Roses, trazendo músicas dos seus quatro álbuns e do EP de covers The Spaguetti Incident, mais a versão de “Sympathy For The Devil”, que saiu na trilha sonora de Entrevista com o Vampiro. A seqüência inicial, com “Welcome To The Jungle”, Sweet Child O’ Mine”, “Patience” e “Paradise City”, já vale o preço do disco. Mas ainda temos “Civil War”, “Live And Let Die” e “Since I Don’t Have You”, entre outras. Para mim, que não sou o maior fã da banda do mundo, longe disso, é mais que suficiente.

THE KILLS – NO WOW

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Esse CD estava custando inacreditáveis R$ 5,99 no site das Americanas. Claro que com esse precinho camarada eu não poderia deixar passar essa. The Kills é um duo formado por Allison Mosshart (ou VV para os íntimos) e por Jamie Hince, fazem um rock bem cru e já passaram por aqui há quase dois anos. O forte da banda é mesmo sua vocalista VV. Sabem a Patti Smith? Então, se ela fosse bonita seria como a VV (confira fotos da moça nesse antigo post). A garota transpira rock n’ roll em cada poro de sua pele. Ah, sim, o disco... É bem legal, com destaque para a faixa “Rodeo Town”.

CANSEI DE SER SEXY – CANSEI DE SER SEXY

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CSS é a banda brasileira mais badalada lá fora, tanto que conseguiram um contrato com a Sub Pop, a mesma gravadora que revelou o Nirvana. Não se via brasileiros tão hypados assim desde o Sepultura na década passada. No Brasil o álbum de estréia do grupo saiu pela Trama, e o preço também tava bem camarada (R$ 12,49), e não resisti. O som é bem básico, ideal para festas ou ouvir enquanto você dá aquele trato no seu quarto (no meu caso, tentar achar novas combinações para guardar a coleção de gibis). E a própria banda não se leva a sério, ponto para eles.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

DICAS DO MÊS

As duas recomendações do mês, com textos extraídos das mais recentes edições da Bizz e da Rolling Stone, são Peel Sessions, da musa indie PJ Harvey, e Freak ‘N’ roll...Into The Fog, de uma das melhores bandas dos anos 90 (e com cara de anos 60/70), Black Crowes. No primeiro temos faixas que foram executadas no antigo programa do radialista inglês John Peel, que morreu em 2004. O texto é de autoria da jornalista Lígia Nogueira e foi publicado na Bizz #209, de janeiro (vou poupá-los do texto da Ivy Farias sobre o mesmo CD que saiu na RS de dezembro passado; parecia que a autora nem sabia quem era o John Peel, uma lástima). Depois é a vez do ao vivo dos Black Crowes, a banda dos irmãos Robinson (nem só do clã Gallagher vive o rock), num show de 2005. Texto de Paulo Cavalcanti que saiu na Rolling Stone #4, também de janeiro. Vale ressaltar que a seção Guia da RS, o ponto fraco da revista, teve uma sensível melhora nessa edição. Finalmente!
PJ HARVEY
Peel Sessions (1991-2004)
Universal
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A combinação é saborosa: se John Peel é hoje considerado o radialista mais importante da música pop, ninguém melhor do que a intrigante roqueira inglesa PJ Harvey para homenagear o locutor da BBC, morto em outubro de 2004. Pois essa musa atormentada caprichou na escolha do repertório de Peel Sessions (1991-2004), que reúne 12 faixas gravadas durante as apresentações no programa do amigo. Poderia ser “apenas” mais uma coletânea, se PJ Harvey não fugisse do óbvio – característica, aliás, das mais marcantes em sua carreira. Os primeiros acordes da faixa de abertura, “Oh My”, dão o recado: PJ não brinca em serviço. Sensualidade e dramaticidade se encontram em uma seqüência que inclui três outras faixas de seu disco de estréia, Dry (1992) – “Victory”, “Sheela-Na-Gig” e “Water” – e as até então inéditas em álbuns oficiais “Naked Cousin”, “Losing Ground”, “This Wicked Tongue” e “Wang Dang Doodle” (Willie Dixon). Da parceria com John Parish vem a balada “That Was My Veil”, incluída no álbum Dance Hall At Louse Point (1996). A sinuosa “Snake”, de Rid Of Me (1993), quebra o transe com um grito amedrontador, mas ainda repleto de malícia. “Beautiful Feeling” ficou mais crua e bela sem Thom Yorke – que participa dos vocais no disco Stories From The City, Stories From The Sea (2000). “You Come Through”, homenagem póstuma, encerra o set list à maneira de PJ (e que certamente John Peel aprovaria): espinhosa e cheia de beleza.
Lígia Nogueira
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BLACK CROWES
Freak ‘N’ roll...Into The Fog
ST2
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Os discos de estúdio do Black Crowes na maioria das vezes são irregulares, mas esses caras, quando sobem ao palco, não deixam para ninguém. Este CD duplo, gravado no lendário Fillmore East (São Francisco), traz o registro da tour realizada em 2005 e que quebrou recordes de público. Foi uma espécie de volta do grupo, já que seus integrantes estavam mais interessados em desenvolver trabalhos solos. Freak ‘n’ roll...Into The Fog também foi lançado em DVD, mas os fãs não vão dispensar este registro em áudio. Todos os clássicos estão incluídos e até algumas das canções mais fracas da banda, como “Welcome to the Goodtimes”, ganham novo ímpeto quando tocadas ao vivo. A troca de figurinhas entre os guitarristas Marc Ford e Rich Robinson é de dar água na boca e o vocalista Chris Robinson comanda o show com seu vocal que passeia por elementos de soul, gospel, blues e country. Os pontos altos são vários, mas de cabeça já dá para lembrar de “Soul Singing”, “Hard to Handle” e “Sunday Night Buttermilk Waltz” (uma bela versão acústica). Tem até uma cover de “The Night the Drove Old Dixie Down”, do The Band. Rock sem papagaiadas e de primeira.
Paulo Cavalcanti