Belíssimo filme! Nele vemos a saga da família Beaulieu num subúrbio da Canadá. A história começa em 1960, com o nascimento do quarto filho da família, no total de cinco, e a trama é focada neste quarto filho, o Zachary. Desde cedo ele percebe ser diferente. Já em casa nota a distância entre seus irmãos e ele. Mas ele tem uma boa relação com o pai, e é isso que lhe importa.
Aos poucos o pai nota as diferenças no filho, ao vê-lo vestir-se de mulher, ao escolher brinquedos diferentes da maioria, e tenta se aproximar dele exatamente para evitar algo que para ele seria fatal – um filho homossexual. Algo que o filho também rejeita com todas as forças.
Os anos passam, vemos os problemas típicos – e também atípicos – da família, e Zachary, agora adolescente e fã da boa música (Pink Floyd e David Bowie, entre outras joias, estão na trilha sonora) parece confortável, e seu pai está tranquilo ao ver que o filho é “normal”. Mas alguns acontecimentos isolados dizem o contrário.
Não vou entrar mais em detalhes para não estragar. Mas trata-se de um belo exemplar daquela estirpe de filmes que conta a história de uma família ao longo dos anos (ela vai até o começo dos anos 80), com todos os conflitos inerentes a ela. E o principal aqui não é saber se o protagonista é gay ou não. No final é uma história de amor, de encontrar o amor, de aceitar as pessoas como são e aceitar a si próprio. Mais do que recomendado! Só uma coisinha para terminar: CRAZY, além de ser o nome de uma das músicas da trilha, é uma sigla formada pelos nomes dos cinco irmãos.