domingo, outubro 10, 2010

SWU - DIA 1


Como eu moro longe demais das capitais, estou acompanhando o festival SWU no canal Multishow. Ontem exibiram três shows, Los Hermanos, The Mars Volta e Rage Against the Machine.

Bem, os Los Hermanos já não fazem parte do meu dia-a-dia musical, mas na época do auge deles ouvi até cansar, e Bloco do Eu Sozinho é um dos melhores discos já lançados por essas terras. Depois ficaram muito MPB e pouco rock demais pra meu gosto. Dito isso, a apresentação da banda ontem foi bem legal. Sempre fui mais fã do Rodrigo Amarante, adoro o jeito dele cantar, e ontem ele foi um belo dum front leader (nas músicas que cantava), soando bem simpático com a galera. Já o Marcelo Camelo, com aquele jeitão de despachante da década de 70, com aquela barba horrorosa e um par de óculos que deve ser do avô dele, cantou super mal, quase esganiçado. Os pontos altos foram mesmo com Amarante, com “Último Romance”, “Retrato pra Iaiá” e principalmente “Sentimental”, que ainda consegue me emocionar. Saldo positivo, mas poderiam tocar algo do debut.

Quando o The Mars Volta entrou, senti aquele choque. O cara vendo uma banda nacional e se depara com aquilo. O visual, a presença de palco e o próprio som. Os Hermanos pareciam amadores perto daquilo. Não é a toa que os americanos dominam o mercado musical. Bem, não conheço o suficiente o The Mars Volta para ter curtido o show deles da maneira que deveria. Mas acabei gostando assim mesmo. A banda parece meio deslocada no tempo, não existe mais nos dias de hoje bandas de rock com um instrumental daqueles, com aquelas longas jams, aquela porção jazzística e um vocalista que canta pra caralho! Se eu fechasse os olhos durante a apresentação, poderia imaginar facinho que estava assistindo a algum especial do Woodstock ou algo do tipo. Gostei, vou atrás de mais coisas dos caras.

O Rage Against the Machine nunca caiu no meu gosto. Eu até tenho o CD original de The Battle of Los Angeles, mas fora isso... Sou daqueles que acham as músicas deles todas iguais (e estou longe de estar sozinho nessa), conhecendo uma você conhece todas. E esse lance de “Viva la revolución!” não é de meu feitio. Mas os caras mandam muito bem ao vivo, tenho que dar o braço a torcer. Tanto que a intensidade do som da banda causou problemas ontem, obrigando a organização do festival a pausar o show duas vezes para acalmar os ânimos da galera. O vocalista Zack de la Rocha não conseguia esconder a satisfação de tocar para tamanho público, e o guitarrista Tony Morello mostrou toda sua habilidade. Pena que o Multishow cortou o show pela metade, queria ter visto a catarse que deve ter ocorrido durante “Killing in the Name”...

A noite tem mais!

Um comentário:

Unknown disse...

Também não vejo graça no RATM... poderiam ter ficado recolhidos que não fariam falta.