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sábado, outubro 01, 2011

NEVERMIND - 20 ANOS

O pessoal todo já sabe da importância que Nevermind teve/tem pra mim. Foi o disco que abriu as portas para o rock, ou, de maneira geral, para a boa música. Depois de conhecer o Nirvana através desse CD – na época ainda o vinil, que tenho até hoje -, vieram Metallica, Pearl Jam, Alice In Chains, Ramones, Beatles, Black Sabbath, REM, Pink Floyd etc, etc.
Hoje tudo acontece de maneira instantânea. Uma banda começa a fazer um barulhinho numa pequena cidade sueca, uma nova música é tocada num programa de madrugada da Radio 1, um blog fala de um show num lugarzinho caindo aos pedaços, isso tudo chega ao nosso conhecimento – e aos nossos ouvidos – quase imediatamente.
Mas nos gloriosos primeiros anos da década de 1990 as coisas não eram assim, principalmente onde moro, uma cidade de tamanho mediano no interior da Paraíba. Se Nevermind foi lançado na gringa em setembro de 91, o fenômeno só chegou à capa da Bizz em março do ano seguinte, e foi mais ou menos nessa época que o clipe de Smells Like Teen Spirit começou a ter execução no Cliptonita, opção para quem não tinha MTV como eu, que era exibido nas tardes da Record. E, pasmem, as FMs locais passaram a tocar Nirvana, e não só Smells..., mas também Come As You Are, Lithium, In Bloom. Acho que consegui gravar metade do disco num K7 só com o que passava no rádio.
Mas o que mudou tudo para mim foi o show do Nirvana no Hollywood Rock de 1993, costumo dizer que foi minha epifania rock‘n’roll. Se no ano anterior tivemos shows conforme o figurino de Extreme e Skid Row, ver aqueles caras com uma postura totalmente contrária, como se estivessem tocando numa garagem depois de ficarem totalmente chapados, mudou minhas concepções. Tinha, finalmente, encontrado meu nirvana. Vi e revi infinitas vezes o show no vídeo cassete. Engraçado que fui atrás de comprar Nevermind pouco tempo depois e não encontrei de maneira nenhuma, só achei o Incesticide, que acabou sendo meu primeiro disco de rock.
O resto é história, que se desdobra até hoje, quando ouço um Cage The Elephant ou um Yuck da vida...

domingo, agosto 23, 2009

CALL ME CRAZY...

Em tempos de música digital, MP3, MP4, iPOD etc, onde as novas gerações nunca entraram numa loja de discos e mal sabem como é o encarte do álbum de sua banda favorita (pelo menos até surgir um novo hype), fiz algo que vai contra toda essa maré: comprei CDs que já tinha em minha discoteca.

Já há algum tempo planejava adquirir as versões importadas dos CDs do Nirvana. Os meus discos, apesar de cerca de 15 anos de uso, continuavam em bom estado, sem arranhões nos disquinhos ou amassados nos respectivos encartes. Mas meu lado fanático falou mais alto, e com uma graninha extra sobrando, não perdi tempo e encomendei na London Calling os três CDs de estúdio da banda, Bleach, Nevermind e In Utero, mais a coletânea de raridades Incesticide. O meu Unplugged in NY já era importado, assim como os boxes Singles e With The Lights Out (esse nem existe em versão tupiniquim mesmo), e não vejo necessidade em adquirir novos From the Muddy Banks of the Wishkah, Sliver – the Best of the Box e a coletânea que leva o nome da banda (aquele da capa preta e contendo a até então inédita “You Know You’re Right”).

Os CDs pouco diferem dos seus similares nacionais. Todos eles têm uma arte estampada no disco, Nevermind tem uma faixa extra (“Endless, Nameless”, presente também no single de “Come As You Are”), o In Utero americano não contem o bônus “Gallons of Rubbing Alcohol Flow Through the Strip” e a capa de Bleach não tem o letreiro verde de outrora. Aliás, tenho que adquirir a nova versão comemorativa de 20 anos desse último, recém lançada. Quando sair o DVD com a apresentação do Nirvana em Reading, faço uma feirinha e compro ambos.

Abaixo, fotos ilustrativas para comparação, incluindo os vinis, uns dos poucos que não me desfiz com o advento do CD.










domingo, abril 05, 2009

15 ANOS SEM KURT COBAIN

Pois é, amigos, hoje faz quinze anos que o Kurt tirou sua própria vida (o corpo foi encontrado dia 8, mas a autópsia revelou que ele estava morto desde o dia 5). O tempo urge (e ruge) e é imperdoável. Lembro que, quando comecei a curtir rock e lia algo sobre o movimento punk dos anos 70, aquilo me parecia tão distante, um outro mundo. E agora já passou 15 anos da morte de Kurt e quase 18 anos do lançamento de Nevermind, mais ou menos o mesmo tempo entre o auge do punk e o início da década de 90.
Bem, quem acompanha com certa frequência esse espaço virtual já sabe da importância de Kurt e do Nirvana na minha formação musical. Quando saiu Nevermind e ouvi (e vi) pela primeira vez “Smells Like Teen Spirit” no saudoso Kliptonita, programa de videoclipes da Record, foi um baque. Eu, que nunca tinha dado bola ao rock pesado, não fiquei imune ao que passava na telinha. Eram tempos diferentes, discos de rock não eram fáceis de serem encontrados nas lojas aqui da cidade, principalmente de uma banda que acabara de estourar. O que eu podia fazer senão comprar uma fita K-7 e esperar tocar algo da banda nas FMs? E foi assim que passei a ter contato com “Lithium”, “Come As You Are”, “In Bloom”, “Stay Away” e “Lounge Act”. Sim, para espanto das gerações mais novas, isso tocava nas rádios de Campina Grande na época, lembro até de ter rolado especiais com Faith No More e Metallica, dá pra acreditar?!
Em 93 tivemos a histórica apresentação dos caras no Hollywood Rock, transmitido pela Globo. Aquilo foi o que me faltava pra me debandar para o mundo do rock de uma vez. O show não teve nada de profissional, parecia um (péssimo) ensaio, mas apesar disso, ou talvez por isso mesmo, achei sensacional! Bastou a dobradinha “Polly” e “About a Girl” para me conquistar. E a quebradeira, a cusparada nas câmeras e a microfonia durante a ainda inédita “Scentless Apprentice” serviram para confirmar que tinha encontrado meu nirvana. A interrupção da transmissão, com a Globo temendo mais bizarrices por parte de Kurt, veio tarde. O estrago estava feito. Finalmente tinha encontrado um tipo de música que combinava com minha visão da vida (e do mundo).
Passou-se pouco mais de um ano, outras bandas entraram no meu radar rock ‘n’ roll, já tinha todos os vinis do Nirvana, andava ao lado da galera do mal no colégio, quando chegou o fatídico dia. Oito de abril de 1994, uma sexta-feira. Estava trancado no quarto ouvindo um K-7 com o álbum Dirt do Alice In Chains gravado, acompanhando as letras numa revista que tinha comprado naquela tarde. Meu pai bate na porta para dar as más noticias. Corri para a TV para ver Boris Casoy falar da morte de meu ídolo. Na época isso não passava pelas nossas cabeças, mas pensando bem, prestando atenção em todos os sinais, não havia outra maneira das coisas acabarem senão em uma tragédia, um suicídio.
Quinze anos depois continuo no circo rock ‘n’ roll, novas e boas bandas continuam a aparecer, mas nada como naqueles velhos tempos. Sei lá, talvez eu esteja velho e rabugento, mas a cada dia que passa tenho mais certeza que nunca mais encontrarei músicas que mexeram tanto com a minha cabeça como àquelas compostas por Kurt Cobain. Rest in peace, Kurt, um dia você consegue.

quarta-feira, julho 18, 2007

CAPA DA ROLLING STONE BRASIL DE JULHO

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Familiar? Não estou me referindo ao bebê da capa do já clássico disco Nevermind, do Nirvana, que é muito óbvio, mas ao fato de que, alguns anos atrás, a Rolling Stone gringa ter feito uma capa também emulando a imagem que ilustra o CD do Nirvana, só que usaram o Bart ao invés do Homer, como você confere abaixo:

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E naquela mesma época, a revista saiu com mais duas capas alternativas, homenageando discos dos Beatles e do Bruce Springsteen, olha só:


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É, os Simpsons são rock and roll, sim, senhor.

quinta-feira, março 01, 2007

20 DISCOS QUE MUDARAM O MUNDO pt. 2

(texto extraído da revista ZERO nº 8)

NIRVANA
NEVERMIND

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Lançamento: 24 de setembro de 1991
Nas paradas: nº 1 do Top 200 da Billboard
Algumas influências: REM, Cheap Trick, Melvins, Neil Young, Sonic Youth
Alguns influenciados: Bush, The Vines, Weezer, Silverchair, Sponge, Queens Of The Stone Age

Num mundo ideal, onde cores, cabelos e estrelismo superavam a própria música, Nevermind surgia como o filho rebelde, bastardo e sem o mínimo saco para escutar os sermões dos pais e professores da escola. Nada foi igual depois dele. A força e a violência aplicada em cada acorde do segundo álbum do Nirvana realçavam a necessidade do alternativo se deslocar para o ouvido das grandes massas. E foi exatamente isso que aconteceu.
Os primeiros acordes de “Smells Like Teen Spirit” vinham lotados de agressividade adolescente, o hino para toda uma geração X, Y e Z. Um cantor franzino, de aparência esquálida, soltava a voz por detrás da poderosa cozinha formada pelo baixista Krist Novoselic e pelo baterista Dave Grohl.
Kurt Cobain passou rapidamente pelo mundo terreno. Nos três anos seguintes ao lançamento de Nevermind, cravou sua história no mundo do rock. Seu lirismo pop, entrelaçado com a veia pesada e dura dos acordes de sua guitarra hipnotizavam quem quer que escutasse suas músicas. “In Bloom” agregava a raiva de Kurt contra os rednecks americanos, numa melodia marcante, quase dançante. “Come As You Are” era absorvida como uma droga de demorado efeito alucinógeno.
De “Smells Like Teen Spirit” até “Something In The Way”, todas as canções foram hits instantâneos. Nevermind vendeu mais de 2,5 milhões de cópias em poucas semanas em todo o mundo e fez possível o trio lançar um álbum bem menos acessível – tão bom ou melhor – dois anos depois (In Utero). A chama de Kurt se apagou no dia 5 de abril de 1994, em Seattle, resultado de um tiro na cabeça. Desde aquele dia, o meio musical procura insistentemente seu novo Nirvana.

Efeitos no Brasil: Os nada oportunistas Titãs lançam disco de grunge produzido por Jack Endino, o pai do gênero. As camisas de flanela ganham lugar de destaque nos guarda-roupas adolescentes. Detalhe: enquanto em Seattle chove o tempo todo, a temperatura média aqui beira os 30º. Capital Inicial vira grunge. Cássia Eller assassina “Smells Like Teen Spirit” em seus shows.
Enquanto isso…: Brian Adams lidera a parada norte-americana com a melosa “(Everything I Do) I Do It For You”. Bush pai iniciava a primeira guerra do Golfo. Michael Jordan ganha seu primeiro título da NBA pelo Chicago Bulls, anunciando a febre sobre o basquete americano. A geração cara-pintada “derruba” o presidente Fernando Collor.

sábado, fevereiro 03, 2007

CD OU DOWNLOAD?

Comprar o CD oficial ou baixar tudo na Internet? Eis a grande questão que seria feita por Hamlet se a famosa estória de Shakespeare fosse transportada para os dias atuais. Confira o que alguns roqueiros da terra da rainha falaram sobre o assunto:
“CD? Como era mesmo que isso funcionava? Foi há tanto tempo...” (Thom Yorke, do Radiohead)

“Tenho minhas assistentes para baixar músicas. Se quero ouvir ‘Fly Like An Eagle’, dos Neville Brothers, aí chamo uma das minhas filhas e uns minutos depois ela me traz a música num desses aparelhinhos. Se eu compro CDs? Ora, eu sou o Keith Richards, nunca comprei um disco na vida. Eu entro em qualquer loja e eles dão.” (Keith Richards, dos Rolling Stones)

“Baixar músicas? Eu não tenho um computador, estou imune a essa merda.” (Noel Gallagher, do Oasis)

“Nunca baixei uma canção. Acho que deve até ser legal, mas eu sou tradicional. Gosto de ir numa loja, de bater papo com o balconista adolescente mal remunerado que veste uma camisa velha do Oasis.” (Richard Ashcroft, ex-Verve e em carreira solo atualmente)

“Eu não baixo músicas, mas não sou contra. É que nunca tive e não vou ter um iPod. Fones de ouvido me lembram do meu trabalho, não uso fones fora do estúdio.” (Paul McCartney, do... como era mesmo o nome da banda onde ele tocava?!)

“Eu baixo músicas na Internet, não compro um CD há décadas. Bem, todo mundo sabe que sou um usuário assíduo da rede, não?” (Pete Townshend, do The Who)
E o que eu acho de tudo isso? Bem, sou como o Ashcroft, sou meio “das antigas”. Gosto do formato álbum, gosto de colocar a bolachinha (ou o bolachão, na época dos vinis) para tocar, pegar o encarte e ver as letras e tal, gosto do cheirinho de novo quando abrimos o pacote do disco. Mas sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco, não posso gastar muito com esse hobby. Lembro que quando meu pai comprou um aparelho de som com CD Player, lá por 1994, num período de um ano comprei mais de 100 CDs, e depois disso mantive uma média acima dos 50 discos anuais. Hoje se essa média chegar aos 15 é muito. Além de não ter muita grana, os CDs estão muito caros agora. Então baixo uma música aqui e ali, no limite que minha conexão discada permite. Ainda assim baixo pouco, até porque não estou muito animado com a situação que nós vivemos no mundo musical e prefiro ouvir meus discos antigos mesmo. Mas é certo que essa era de downloads veio para ficar, e não dá para ficar imune a isso, e fico meio entristecido sabendo que esse formato de uma banda se reunir em estúdio para gravar 10, 12, 14 músicas para um álbum está com os dias contados. Será que não teremos jamais um novo Sgt. Peppers, um novo Dark Side, um novo Pet Sounds, um novo Rocket To Russia, um novo Nevermind?!

domingo, maio 01, 2005

CLASSIC ALBUNS: NEVERMIND

A ST2 acaba de lançar mais um DVD da série Classic Albuns, dessa vez trazendo os bastidores da gravação de Nevermind, do Nirvana. Confira o texto publicado na seção Veja Recomenda:

"Lançado em 1991, Nevermind, segundo disco do trio americano Nirvana, é um marco do rock dos anos 90. O álbum recolocou o gênero nas paradas e transformou a banda em porta-voz da chamada geração grunge. Esse documentário da coleção Classic Albuns, que focaliza os bastidores da gravação de discos famosos, esquadrinha os fatores que fizeram o sucesso de Nevermind. O produtor Butch Vig conta como convencia o cantor e guitarrista Kurt Cobain, que cometeu suicídio em 1994, a tornar seus vocais mais palatáveis: toda vez que ele descambava para excessos, citava John Lennon, um dos grandes ídolos do vocalista, como exemplo a ser seguido. Num outro depoimento, o baterista Dave Grohl mostra-se ressentido por nunca receber elogios de seus companheiros."