quinta-feira, julho 06, 2006

DIÁRIO DA COPA – Pt. 10

Grande jogo entre Alemanha e Itália. Pode não ter sido excelente em termos técnicos, mas foi uma partida onde ambas seleções lutaram até o fim (diferente de uma que bem conhecemos), com emoções para todo lado. E o técnico italiano Marcello Lipi deu um show de conhecimento tático, impedindo a Alemanha de impor seu estilo de jogo (aquele verdadeiro bombardeio no ataque que vimos em vários momentos durante outras partidas) e, na prorrogação, com duas substituições, empurrou seus jogadores para frente, num adversário já cansado. Aliás, a prorrogação foi um show de bola. A Itália, de cara, meteu duas bolas na trave, e Buffon realizou uma defesa milagrosa na segunda etapa do tempo extra. Então, quando tudo parecia caminhar para a disputa de pênaltis, Grosso (olha o nome do cara!) faz um belo gol depois de receber um passe açucarado de Pirlo, e ainda houve tempo para Del Piero fazer mais um para o país da bota. E sem esquecer de Canavaro, um puta zagueiro. Fiquei alegre por um lado, pois gosto bastante da Itália, mas triste por outro, pois jogando em casa, a Alemanha contagiou muito.
Já a outra semifinal entre Portugal e França foi bem inferior. No primeiro tempo os franceses tiveram mais volume de jogo, apesar de Deco, Ronaldo e Figo começarem bem. Depois do gol de Zidane, Portugal não cresceu para buscar o empate, e os franceses ficaram apenas no contra-ataque, tornando o jogo meio morno. No segundo tempo, quase Henry marcava mais um para sua França, e depois disso pouco fez o time. Pelo lado de Portugal, muitas tentativas de achar um pênalti com seus jogadores caindo toda hora na grande área, tanto que chegou a ficar ridículo certo momento, mas o juiz não caiu na deles. O goleiro Barthez tava com uma vontade imensa de ajudar os Joaquins e fazer uma lambança daquelas. Mas, depois de algumas chances perdidas nos minutos finais, os portugueses tiveram que se contentar em ir para a decisão de terceiro lugar.
Agora Itália e França na final. Não sei para quem torcerei. Gosto bastante dos dois países, não só pelo futebol, mas sua gente, a língua, o cinema etc. Seria legal a Itália conquistar o tetra e pressionar o penta brasileiro, mas também seria bom ver a geração de Zidane se despedir com um título. Acho que só saberei para quem meu coração baterá mais forte quando o juiz apitar o começo do jogo. Mas tenho certeza que teremos uma bela final.